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Antonia Alves Bezerra de Oliveira1,

RESUMO

Este trabalho, faz uma reflexão sobre a função social da educação, e tem por
objetivo verificar os pressupostos de aprendizagem empregados pelas
diferentes tendências pedagógicas, na prática escolar brasileira, numa tentativa
de contribuir, teoricamente, para a formação continuada de professores.
Levando sempre em consideração o contexto histórico do momento e sendo
influenciado por ele e por estudiosos desta época. Como alternativa a esse
cenário histórico no presente estudo teve-se por finalidade pesquisar e
identificar as principais Tendências Pedagógicas Liberais, seus autores e suas
características. Em termos conclusivos, destaca-se que as tendências
pedagógicas contribuem no desenvolvimento do processo de ensino e
aprendizagem, influenciam a relação aluno e professor e definem a prática
docente em sala de aula.

PALAVRAS-CHAVE: Educação. Prática Escolar. Tendências de Ensino.

ABSTRACT

This work reflects on the social function of education, and aims to verify
the learning assumptions employed by different pedagogical trends in Brazilian
school practice, in an attempt to theoretically contribute to the continuing
education of teachers. Always taking into account the historical context of the
moment and being influenced by it and by scholars of that time. As an
alternative to this historical scenario, the present study aimed to research and
identify the main Liberal Pedagogical Tendencies, their authors and their
characteristics. In conclusive terms, it is emphasized that pedagogical trends
contribute to the development of the teaching and learning process, influence
the student-teacher relationship and define the teaching practice in the
classroom.

KEYWORDS: Education. School Practice. Teaching Trends.

1
Faculdades Integradas de Naviraí – FINAV- Pedagogia- nietabezerraoliveira@gmail.com
TENDÊNCIAS LIBERAIS E SUA PERSPECTIVA HISTÓRICA

Introdução

A história mostra que os diferentes momentos culturais e políticos da


sociedade ajudaram a formar diversas Tendências Pedagógica no País.
Diversos autores brasileiros dedicam parte de suas vidas promovendo e
aprimorando estudos que contribuem no avanço da educação, desenvolvendo
teorias que nos oferecem bases e suportes para práticas pedagógicas.
Os principais propagadores dessa tendência são: Montessori, Anísio
Teixeira, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo, Dewey entre outros. O objetivo
deste artigo é verificar os pressupostos de aprendizagem empregados pelas
diferentes tendências Liberais na prática escolar, em especial trataremos da
Tendência Liberal Renovadora Progressiva que vai totalmente contra as
tendências de um professor autoritário e protagonista do ensino aprendizagem
e a educação tradicional.
Neste método tem por base o professor orientador que auxilia o
educando a resolver na prática determinados problemas, que poderão ser
aplicados em sua vida facilitando assim sua convivência na sociedade. Aqui
trataremos dos aspectos gerais entre eles os principais teóricos responsáveis
por esta tendência, sua formação e contribuições neste meio, do que se trata
esta tendência pedagógica, seu papel na escola, conceitos, conteúdos
trabalhados e a relação entre professor e aluno.

Tendências Pedagógicas Liberais

As Tendências Pedagógicas Liberais são classificadas em tradicional,


renovadora progressiva, renovadora não diretiva e tecnicista (LIBÂNEO, 1985).
Foram concebidas no século XIX sob forte influência da Revolução Francesa
do liberalismo ocidental e do capitalismo.
Segundo Libâneo (1985, p. 21), “a concepção pedagógica liberal
sustenta a ideia de que a escola tem a função de preparar o educando para o
desempenho dos diversos papéis sociais, conforme as aptidões dos sujeitos”.
Isso pressupõe que o indivíduo precisa adaptar-se aos valores e normas
vigentes na sociedade de classe, através do desenvolvimento da cultura
individual. Devido a essa ênfase no aspecto cultural, as diferenças entre as
classes sociais não são consideradas, pois, embora a escola passe a difundir a
ideia de igualdade de oportunidades, não considera a desigualdade de
condições.

Tendência Liberal Tradicional

A pedagogia tradicional está no Brasil desde os jesuítas e busca a


universalização do conhecimento, a repetição, o treino intensivo e a
memorização como estratégia utilizada pelo professor para transmitir o acervo
de informações aos alunos. A proposta de educação centrada no professor que
transmite os conhecimentos por meio de exercícios de fixação, e mantém uma
relação autoritária, onde o aluno é disciplinado, atencioso e cumpridor de seus
deveres para com o ensino. De acordo com Kramer:

O papel da escola baseia-se em transmitir conhecimentos


disciplinares para a formação geral do aluno, a fim de inseri-lo
na sociedade. Também se caracteriza pelo preparo moral e
intelectual do aluno, partindo de um modelo de postura
conservadora que mantém como compromisso da escola a
cultura, os problemas sociais pertencem a sociedade.
(Kramer, 2003, p. 18),

Os conteúdos são pré-estabelecidos tendo como base os


conhecimentos sociais e valores. A tendência liberal tradicional se caracteriza
por acentuar o ensino humanístico, de cultura geral. De acordo com essa
escola tradicional, o aluno é educado para atingir sua plena realização através
de seu próprio esforço. A criança é vista, assim, como um adulto em miniatura,
apenas menos desenvolvida.

Tendência Liberal Renovada Progressista

No Brasil, a Tendência Liberal Renovada Progressivista teve


repercussão pelo Movimento Escola Nova, influenciado pela corrente
progressivista de Jonh Dewey. De acordo Dewey:
A escola deve assumir a feição de uma comunidade em
miniatura, ensinando situações de comunicação de umas a
outras pessoas, de cooperação entre elas, e ainda, estar
conectada com a vida social em geral, com o trabalho de todas
as demais instituições: a família, os centros de recreação e
trabalho, as organizações da vida cívica, religiosa, econômica,
política (DEWEY, 1967, p. 8).

Para John Dewey a escola não pode ser uma preparação para a vida,
mas sim, a própria vida. Assim, a educação tem como eixo norteador a vida-
experiência e aprendizagem, fazendo com que a função da escola seja a de
propiciar uma reconstrução permanente da experiência e da aprendizagem
dentro de sua vida.
Segundo essa perspectiva teórica de Libâneo (1985), a tendência liberal
renovada acentua o sentido da cultura como desenvolvimento das aptidões
individuais. A escola continua, dessa forma, a preparar o aluno para assumir
seu papel na sociedade, adaptando as necessidades do educando ao meio
social, por isso ela deve imitar a vida. A Tendência Liberal Tradicional, a
atividade pedagógica estava centrada no professor, na escola renovada
progressivista, defende-se a ideia de aprender na prática, portanto centrada no
aluno, valorizando as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o
estudo do meio natural levando em conta os interesses do aluno.

Tendência Liberal Renovada Não-Diretiva

A Pedagogia de tendência liberal renovada não diretiva, procura


defender na sua formulação pedagógica, a função que a escola deve cumprir
na formação das atitudes dos alunos. Nessa tendência, o papel da escola na
formação de atitudes, razão pela qual deve estar mais preocupada com os
problemas psicológicos do que com os pedagógicos ou sociais. Todo o esforço
deve visar a uma mudança no indivíduo. Aprender é modificar suas próprias
percepções.
O professor atua como um facilitador no processo de aprendizagem, os
conteúdos passam para segundo plano, focando na busca de
autoconhecimento do aluno. Observa-se, portanto, que a Tendência Liberal
Renovadora não diretiva ou Escola Nova, também trazia como autor principal
do processo de aprendizagemo aluno, e tinha como foco a formação de
atitudes voltadas para a democracia. Ficaclaro também que apesar de
idealizarem um novo formato para a educação, ele não foi colocado em prática
em todas as unidades de ensino, ora pela resistência de alguns professores,
ora por falta de suporte do governo.

Tendência Liberal Tecnicista

Surge no Brasil em meados da década de 50, mas é introduzida


efetivamente no final dos anos 60, com predomínio a partir de 1978. O
tecnicismo é uma estrutura pedagógica de visão capitalista dentro das
tendências liberais, que despreza as relações afetivas professor-aluno e
valoriza a técnica e a reprodução sistematizada atrelada às capacidade e
habilidades dos indivíduos, seu interesse principal é, portanto, produzir
indivíduos para o mercado de trabalho, não se preocupando com as mudanças
sociais. Conforme Saviani:
Compreende-se, então, que para a pedagogia tecnicista
a marginalidade não será identificada com a ignorância nem
será detectada a partir do sentimento de rejeição.
Marginalizado será o incompetente (no sentido técnico da
palavra), isto é, o ineficiente e improdutivo. A educação estará
contribuindo para superar o problema da marginalidade na
medida em que formar indivíduos eficientes, portanto, capazes
de darem sua parcela de contribuição para o aumento da
produtividade da sociedade. (SAVIANI, 1981, p. 11).

A escola tecnicista vê o aluno como depositário passivo dos


conhecimentos, que devem ser acumulados na mente através de associações.
Geralmente não há lugar para o aluno atuar, agir ou reagir de forma individual
sem atividades que estimulem a criatividade e o senso crítico dos alunos. As
aulas são expositivas, com muita teoria e exercícios sistematizados para a
memorização.

Papel da Escola

A escola é um local de ressignificação dos conteúdos, nela o aluno


encontra os meios que o prepara para a vida, é no ambiente escolar que ele
será inserido em círculos sociais e deverá cumprir funções básicas da vida
adulta como ter uma rotina, compreender o conteúdo, respeitar as pessoas e
executar as tarefas da melhor maneira possível.

Papel da Escola: Parte integrante do todo social. Prepara o


aluno para a participação ativa na sociedade. Papel do aluno:
Sujeito no mundo como ser social, ativo. Relação professor-
aluno: Professor é autoridade competente que direciona o
processo ensino-aprendizagem. Mediador entre conteúdos e
alunos. Conhecimento: construído pela experiência pessoal e
subjetiva. Metodologia: Contexto cultural e social. Conteúdos:
São culturais, universais, sempre reavaliados frente à realidade
social. Avaliação: A experiência só pode ser julgada a partir de
critérios internos do organismo, os externos podem levar ao
desajustamento. (QUEIROZ; MOITA, 2007, p. 15).

O papel da escola está na formação de atitudes, onde seus conteúdos


baseiam-se na busca dos conhecimentos pelos próprios alunos, auto-
realização. Na relação professor e aluno a educação é centralizada no aluno e
o professor e é quem garantirá um relacionamento de respeito.

Conteúdos de Ensino

Como o conhecimento resulta da ação a partir dos interesses e


necessidades, os conteúdos de ensino são estabelecidos em função de
experiências que o sujeito vivencia frente a desafios cognitivos e situações
problemáticas. Dá-se, portanto muito mais valor aos processos mentais e
habilidades cognitivas do que conteúdos organizados racionalmente. Trata-se
de “aprender a aprender”, ou seja, é mais importante o processo de aquisição
do saber do que saber propriamente dito. O conteúdo deve ser a
materialização organizada dos saberes com intenções educacionais definidas
de acordo com os aspectos sociais, políticos, culturais e econômicos, segundo
Veiga:
Na organização curricular é preciso considerar alguns
pontos básicos. O primeiro é de que o currículo não é um
instrumento neutro. O currículo passa por ideologia, [...] o
currículo expressa uma cultura. O segundo ponto é o de que o
currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez
que ele é historicamente situado e culturalmente determinado.
O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular
que a escola deve adotar. Em geral, nossas instituições têm
sido orientadas para a organização hierárquica e fragmentada
do conhecimento escolar. (VEIGA, 1998, p. 11-35).
Neste sentido, as teorias de conteúdos de ensino são construídas a
partir dessas demandas que exercem influência na sua materialização de
diferentes formas de acordo com cada época, seus atores, situação política e
econômica.
De um modo geral, independentemente de convergir com a teoria
tradicional, crítica ou pós-crítica, o currículo é uma obra intencional projetada
por uma engenharia social capaz de reproduzir ou modificar uma sociedade,
transformar seus indivíduos e sua visão de mundo e percepção da realidade.

Professor e Aluno 

O professor deve facilitar a aprendizagem de seus alunos e estar aberto às


novas experiências, compreender o mundo em que estão inseridos e também
numa relação empática aos sentimentos e aos problemas de seus alunos.
Segundo Freire (1996, p. 96),

O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o


aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua
aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus
alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as
idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas
imaginações, suas dúvidas, suas incertezas.

O professor ganha o papel de facilitador e ajuda o aluno no seu


desenvolvimento livre e espontâneo orientando os alunos para o conhecimento,
apresentando a eles novos desafios para estarem em constante processo de
aprendizagem sendo um ser fragmentado, espectador que está sendo
preparado para o mercado de trabalho para "aprender a fazer". A disciplina é
definida como atitudes solidárias, participativas, respeitáveis.

Aprendizagem

Na tendência liberal a educação tem como objetivo principal preparar os


alunos para exercerem o seu devido papel na sociedade, a educação então
busca facilitar o entendimento do que é a convivência social e as regras
necessárias para essa convivência. O enfoque da aprendizagem é sempre o
aluno buscando de forma natural e não forçada o seu aprendizado, através de
tentativas, testes e experimentações, valorizando a experiência humana
sempre centrada no aluno desenvolvendo seus processos mentais e suas
habilidades cognitivas (atenção, foco, percepção, memória e linguagem, além
de capacidades responsáveis pelo planejamento e execução de tarefas
raciocínio, lógica, estratégias, tomada de decisões e resolução de problemas)
para que este consiga se comportar e atender a necessidade da sociedade,
para isso o professor deve propor problemas (MARCIO FERRARI, 2008).
De acordo com John Dewey deve-se sempre colocar o aluno numa
relação de experiência para que o leve a reflexão orientando quando for
preciso de forma discreta com informações e instruções acerca do problema, o
fazendo buscar soluções, testando-as e concluindo qual seria sua utilidade na
vida. Por fim a aprendizagem do aluno deve formar um indivíduo disciplinado,
solidário, participativo, respeitador de regras desde a escola trabalhando com
seus grupos até pôr em pratica no seu meio social buscando uma convivência
democrática na sociedade (IVAN GUEDES, 2017).
A aprendizagem aqui depende da estimulação do problema e do
ambiente, para a tendência liberal renovadora progressiva o aprender vem do
fazer, a aprendizagem está totalmente ligada a pratica de experiências
relacionadas a vivencia da criança/individuo. Para John Dewey os alunos
fixavam melhor os ensinamentos ao realizar tarefas associadas ao conteúdo
que lhes foi passado sendo assim estimulados a experimentar e desenvolver
seus próprios pensamentos, tendo assim espaço para expor suas ideias
permitindo seu maior desenvolvimento aqui o aprendizado não pode ser
imposto, mas sim construído essa construção deverá contar com a participação
de todos, entre professores, alunos, escola e família. (MACEDO. L.C, 2019).
CONCLUSÃO

Ao fim deste trabalho podemos entender que as tendências pedagógicas


influenciam os docentes na construção do processo educativo, seja qual for a
tendência seguida pelo educador, elas contemplam o enriquecimento do ensino
e da aprendizagem, além de objetivarem a articulação entre teoria e prática.
Por meio delas procura-se adequar às necessidades individuais e da sociedade
buscando sempre retratar no máximo a vida mesclando as experiências,
defendendo sempre o “aprender fazendo” usando a metodologia de
experimentar, pesquisar, solucionar problemas, estudando o meio natural e
social desenvolvendo no individuo o interesse, desafios e reflexões valorizando
assim a mente e o cognitivo, o professor aqui deve ser um facilitador da
aprendizagem.
O conhecimento histórico sobre as tendências pedagógicas, também
pode ajudar a compreender as questões pertinentes à prática educacional, sua
relação com a vida e os movimentos sociais da época respectiva.
Por fim, é importante definir na prática educativa os posicionamentos
que merecem destaque, o que convém conservar e o que precisa mudar como
reflexão necessária para que a educação possa contribuir para a
transformação social, cultural e histórica do ser humano.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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