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JOHN DEWEY

PRAGMATISMO: Corrente de ideias que prega que a validade de uma doutrina é


determinada pelo seu bom êxito prático.
Sobre a base de uma
Psicologia funcional – tributária da Biologia evolucionista de
Darwin e do pensamento pragmatista de seu amigo William James
– iniciou o desenvolvimento de uma teoria do conhecimento
que questionava os dualismos que opõem mente e mundo, pensamento e ação, que haviam
caracterizado a Filosofia ocidental
desde o século XVII. Para ele, o pensamento não é um aglomerado de impressões
sensoriais, nem a fabricação de algo chamado “consciência” nem muito menos a
manifestação de um
“Espírito Absoluto”, mas uma função mediadora e instrumental
que havia evoluído para servir aos interesses da sobrevivência e
do bem-estar humanos.
A teoria do conhecimento destacava a “necessidade de se comprovar o pensamento por
meio da ação que se quer transformada em conhecimento”.
O pragmatismo se reflete de uma maneira bastante evidente na teoria educacional de
Dewey, que procurava conciliar os aspectos teóricos e práticos da aprendizagem, na ligação
entre ensino e prática cotidiana, dando grande ênfase à ideia de experiência como um
processo ativo, um processo contínuo de criação de conexões de saberes. A filosofia
pragmatista de Dewey tem como eixo central o interesse de base psicológica gerado por
situações da experiência de vida no ambiente social. Dewey concebeu a educação como
um processo de contínua reconstrução da experiência humana na sociedade.

DEMOCRACIA E EDUCAÇÃO
Segundo Dewey, as pessoas conseguem realizar-se, utilizando
seus talentos peculiares, a fim de contribuir para o bem-estar de
sua comunidade; razão pela qual a função principal da educação
em toda a sociedade é a de ajudar as crianças a desenvolver um
“caráter” – conjunto de hábitos e virtudes que lhes permitam realizar-se plenamente desta
forma considerava que, em seu conjunto, as escolas americanas não cumpriam
adequadamente a tarefa. A maioria das escolas empregava
métodos muito “individualistas” que requeriam que todos os alunos
da classe lessem os mesmos livros, simultaneamente, e recitassem as
mesmas lições. Nessas condições, atrofiam-se os impulsos sociais da
criança, e o educador não podia aproveitar o “desejo natural da criança de dar, de fazer, isto
é, de servir”.
As concepções pedagógicas de Dewey envolvem um olhar atento para o espaço
extraescolar – neste caso, tratando-se de aprendizagem –, o que nos remete ao enunciado
condicionante incluído em sua proposição educacional, visto acima: a educação em moldes
deweyanos só se realiza em uma sociedade democrática.
Dewey entende por democracia, resposta que se encontra, de modo sintético, em
Democracia e educação: “Uma democracia é mais do que uma forma de governo”; antes de
tudo, é “[...] uma forma de vida associada, de experiência conjunta e mutuamente
comunicada (DEWEY, 1959b, p. 93); há democracia “[...]

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