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FACULDADE SANTISSIMO SACRAMENTO

LAYZA SENA

ELISANGÊLA GOMES

MILENA PALMA

NOEMY ARAÚJO

RAÍSSA PAOLILO

A TEORIA DE JOHN DEWEY

ALAGOINHAS BA

2022
LAYZA SENA

ELISANGÊLA GOMES

MILENA PALMA

NOEMY ARAÚJO

RAÍSSA PAOLILO

A TEORIA DE JOHN DEWEY

Trabalho solicitado ao curso de Bacharelado


em Psicologia, 4º semestre. Trabalho, para
obtenção de nota e aprendizado na Disciplina
de Psicologia Escolar I, da Faculdade
Santíssimo Sacramento.

Orientador(a): Prof. Francinea Santana de


Oliveira

ALAGOINHAS BA

2022
1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por finalidade apresentar a metodologia e as ideias


de John Dewey para a educação escolar no Brasil, ressaltando um novo
pensamento de educação e aprendizagem nacional, e colocando como elemento
central a experiência ou as relações que a criança mantém com o mundo e o papel
do professor como agente de mudança e pensamento crítico.

O pensamento da Escola Nova desenvolvido por John Dewey é responsável


por apresentar numa escola diferenciada da tradicional aristotélica, onde se possa
promover uma aprendizagem experiencial, como base no desenvolvimento cognitivo
da infância e dos métodos de ensiná-la. Dessa forma, uma educação mais humana,
voltada para os interesses e necessidades do aluno, que contemple suas
experiências e suas reais necessidades, não só teóricas, mas praticas também.

A Escola Nova foi a metodologia mais difundida no meio acadêmico e


pedagógico e foi pelo qual, o teórico ficou mais conhecido pelos comentadores e
difusores pedagógicos brasileiros. A proposta educacional da Escola Nova levanta a
problemática em torno da possibilidade de compreender o aluno como um ser
integral, ativo e reconstrutor social. Alguns cenários políticos e históricos maiores
norteavam aquela visão de escola, principalmente pela estrutura política na qual o
Brasil estava inserido, a exemplo da preparação do aluno para uma sociedade
democrática, industrializada e científica. Foram essas as ideias desenvolvidas pelos
apoiadores de um novo jeito de fazer escola para o século XX, como J. Dewey. John
Dewey era contra à ideia tradicional de formar uma criança para um futuro e uma
sociedade melhor, sendo assim, a aprendizagem partiu do pressuposto da realidade
e necessidade da criança e do contexto sociopolítico na qual a mesma estava
inserida. Na obra Experiência e educação, Dewey desenvolve a ideia da
necessidade de uma filosofia da experiência, que precisa ser articulada também às
formas mais antigas de educar e aos modelos científicos e técnicos que a sociedade
também precisa, com seus laboratórios e experiencias. Assim, objetiva as condições
necessárias para que o ato de educar se torne concreto, e não uma mera utopia.
O autor explicita como se dava a educação nos padrões tradicionais que
significava formar para um tipo de sociedade engessada, que apenas pretendia ter
pessoas passivos, obedientes, ou seja, não ativos em seus pensamentos críticos
sobre si mesmo e a cultura. Assim, a finalidade da educação tradicional implicava
em estatizar uma criança para esta ficar numa condição de obediência ao sistema
pedagógico e sociopolítico e se caso saísse dessa servidão mecânica ou
condicionada, seria fortemente punida por exemplo, com espaços de trabalho menos
intelectualizados ou a inacessibilidade às universidades públicas e ao ensino
acadêmico superior.

2 REFERENCIAL TÉORICO

John Dewey nasceu em Burlington em 20 de outubro de 1859 e morreu em 1


de junho de 1952 (92 anos). Ele foi um filósofo e pedagogo de norte americano, um
dos principais representantes da corrente pragmatista. John também escreveu sobre
pedagogia e é uma referência no campo da educação.

John exerceu a influência no movimento de renovação da educação em


várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, baseado
na experimentação e na verificação. Durante dez anos ensinou na Universidade de
Michigan. Enquanto se aprofundava no pensamento de Hegel, despertou o interesse
pelos problemas do ensino. Em 1894 foi nomeado direito dos departamentos de
filosofia, psicologia e pedagogia, que por sugestão sua, essas três disciplinas se
agruparam em um só departamento.

Na universidade de Chicago, John fundou uma escola laboratório para


experimentar suas mais importantes ideias:

• A da relação da vida com a sociedade


• Dos meios com os fins
• Da teoria com a prática

Inspirado no pragmatismo do filósofo William James e de sua permanente


preocupação com a pedagogia chegou à conclusão de que não é possível manter
um dualismo entre o homem e o mundo, o espírito e a natureza, a ciência e a moral.
Então ele buscou uma lógica e um instrumento de pesquisa que pudesse ser
aplicado igualmente a ambos os domínios, sendo assim ele desenvolveu a doutrina
a que deu o nome de instrumentalismo. Em 1904, John ingressou na Universidade
de Colômbia, em Nova Torque, onde assumiu a direção do departamento de
filosofia, na qual permaneceu até seus últimos dias.

A partir da Primeira guerra mundial interessou-se pelos problemas políticos e


sociais. Deu curso de filosofia e educação já Universidade de Pequim em 1919 e em
1931. Elaborou um projeto de reforma para a Turquia em 1924, visitou o México, o
Japão e o Estados Unidos, estudando os problemas da educação nesses países.
John faleceu em Nova Iorque, no dia 1 de junho de 1952.

John Dewey teve uma vida longa e faleceu em 1952, ao completar 93 anos. E
deixou para trás um histórico exemplar e contribuições super importantes na
educação de adultos, mesmo não sendo um antropólogo, e sim, um pedagogo de
grande influência.

Como muitas outras teorias, as contribuições de Dewey carregam consigo


algumas contradições aparentes, e essas contradições dizem respeito tanto as
formas de aplicação, no modo de fazer escola, como nas condições estruturais para
sua execução. Para ele a educação e, em especial, a escola possui uma função de
coordenar a vida mental de cada indivíduo nas diversas influências dentro do meio
social onde o indivíduo vive.

E a contribuição dele na pedagogia moderna foi de esclarecer a ideia de que


existe uma dissociação entre a escola e a vida, o que não existiu na realidade do
aluno, mostrar que o bom ensino estimula a iniciativa, promovendo condição para a
produção e exploração de interesse, e identificar que o problema em materiais da
educação é fornecer um ambiente no qual as atividades educativas possam se
desenvolver, ou seja, a escola deve proporcionar um ambiente de oportunidades,
sem tornar difícil entender e compreender o interesse do aluno.

No seu livro “Vida e Educação” ele traz um olhar sobre a escola e como a
mesma trabalha o ensino dos conteúdos disciplinares de forma teórica e, muitas
vezes, desvinculada da vivência da criança. Dewey também contribuía para o
desenvolvimento das tendências pedagógicas liberais renovadas, progressistas, ao
valorizar as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio
natural e social, partindo de atividades adequadas a natureza do aluno e as etapas
do desenvolvimento.
O filósofo americano John Dewey, ganhou espaço no campo da teoria
socioeducativa por meio de movimentos como a Escola Nova e o movimento ativista.
Dewey acreditava que, para o sucesso do processo educativo, bastava um grupo de
pessoas se comunicando e trocando ideias, sentimentos e experiências sobre as
situações práticas do dia a dia. A filosofia de educação proposta por Dewey (2011)
envolve considerar as vivências do educando, proporcionando o desenvolvimento de
habilidades por meio da interação, isto é, da experiência.

Ele propõe ainda, que a aprendizagem seja instigada através de problemas


ou situações que procuram de uma forma intencional gerar dúvidas e desequilíbrios.
O método "dos problemas" valoriza experiências concretas e problematizadora, com
forte motivação prática e estímulo cognitivo para possibilitar escolhas e soluções
criativas. Que dessa forma leva o aluno a uma aprendizagem significativa, pois o
mesmo utiliza diferentes processos mentais

O filósofo destacava no processo de ensino aprendizagem que o


conhecimento se torna significativo quando é adquirido através da vivência. Pois
tanto professores como alunos possuem experiências próprias e que devem ser
aproveitadas no cotidiano escolar. Dessa maneira além dos conteúdos formais o
aluno teria a disposição algo concreto para apreender. E através das experiências
compartilhadas no ambiente escolar, a aprendizagem e a produção do
conhecimento seriam coletivas. Pois quando se vivencia e experimenta
aprendizagem se torna educativa e um ato de constante reconstrução. Dewey
pertence a tendência liberal renovadora progressiva, onde o papel da escola é
adequar as necessidades individuais ao meio social. Os conteúdos são
estabelecidos a partir das experiências vividas pelos alunos frente as situações
problemas, e o método é a solução de problemas. O professor é auxiliador no
desenvolvimento livre da criança e a aprendizagem é baseada na motivação e
estimulação do problema.

John Dewey teve uma vida longa e faleceu em 1952, ao completar 93 anos. E
deixou para trás um histórico exemplar e contribuições super importantes na
educação de adultos, mesmo não sendo um andragogo, e sim, um pedagogo de
grande influência.

Como muitas outras teorias, as contribuições de Dewey carregam consigo


algumas contradições aparentes, e essas contradições dizem respeito tanto as
formas de aplicação, no modo de fazer escola, como nas condições estruturais para
sua execução. Para ele a educação e, em especial, a escola possui uma função de
coordenar a vida mental de cada indivíduo nas diversas influências dentro do meio
social onde o indivíduo vive.

E a contribuição dele na pedagogia moderna foi de esclarecer a ideia de que


existe uma dissociação entre a escola e a vida, o que não existiu na realidade do
aluno, mostrar que o bom ensino estimula a iniciativa, promovendo condição para a
produção e exploração de interesse, e identificar que o problema em materiais da
educação é fornecer um ambiente no qual as atividades educativas possam se
desenvolver, ou seja, a escola deve proporcionar um ambiente de oportunidades,
sem tornar difícil entender e compreender o interesse do aluno.

No seu livro “Vida e Educação” ele traz um olhar sobre a escola e como a
mesma trabalha o ensino dos conteúdos disciplinares de forma teórica e, muitas
vezes, desvinculada da vivência da criança. Dewey também contribuía para o
desenvolvimento das tendências pedagógicas liberais renovadas, progressistas, ao
valorizar as tentativas experimentais, a pesquisa, a descoberta, o estudo do meio
natural e social, partindo de atividades adequadas a natureza do aluno e as etapas
do desenvolvimento.

A escola tradicional e da escola progressiva de que trataremos agora busca


revelar a própria concepção de aluno e de professor que fariam uso delas. Esses
modelos de escola, podemos dizer, situam-se em opostos, quando utilizam de
estruturas e métodos diferentes uns dos outros. Ocorre que o uso dessas estruturas
e métodos diferentes não incapacita a escola tradicional de proporcionar
experiências na medida em que as escolas progressivas proporcionam, como
afirmara o próprio Dewey (2010a, p. 27).

A discussão sobre o modelo de escola progressiva toma como base os


escritos de Dewey que dedicou longos estudos sobre ela, com destaque na obra
Experiência e Educação (1938), pois para o modelo de democracia e de sociedade
em miniatura que ele definia era necessária uma nova concepção de escola.

Na obra de Dewey, como anunciado anteriormente, a escola é entendida


como uma sociedade em miniatura, nela o indivíduo teria as primeiras formas de
socialização em comunidade. Os ideais dessa comunidade seria o compartimento
de interesses entre os membros de um grupo e a liberdade com que esse grupo
colaboraria. Na medida em que a sociedade democrática deveria preparar seus
membros a partir de meios e formas associadas, a escola dessa mesma sociedade
deveria adotar um tipo de educação que possibilitasse aos alunos o
desenvolvimento de seus interesses e hábitos que permitissem mudanças sociais.
Assim, o indivíduo na escola tornar-se-ia apto ao desenvolvimento de suas aptidões
e seria orientado por um desenvolvimento progressivo para fins sociais.

O modelo da escola tradicional é contemporâneo a construção dos sistemas


nacionais de ensino, ainda no século XIX, tendo como princípio a universalização do
ensino, a instrução da população e sua constituição enquanto um corpus de
cidadãos. Dessa maneira, buscava cumprir os interesses burgueses que acendiam
ao poder e romper com as práticas do antigo regime. Com essa crítica à pedagogia
tradicional, a escola progressiva surge buscando efetuar uma nova maneira de
pensar e fazer a educação, primeiro em escolas pilotos, depois expandindo-se nos
sistemas de ensino.

Para ele as escolas tradicionais têm como cerne transmitir o passado a uma
nova geração que se reflete no conteúdo escolares a partir de informações e de
habilidades elaboradas a priori. Essa seria a primeira característica desta instituição.
A rotina da escola tradicional é criticada pelo autor pois teria como finalidade o
cumprimento dos objetivos e métodos nela estabelecidos. Assim, cumpriria a função
de preparar os jovens para futuras responsabilidades a partir de informações
organizadas e de formas preestabelecidas de habilidades, devendo os alunos
receber esse conjunto de informações com atitudes de “docilidade, receptividade e
obediência”.

A escola progressiva, diferente da escola tradicional, teria a experiência


associada ao aprendizado. Seu nome faz jus à teoria da experiência formulada por
Dewey, pois ao se propor enquanto progressiva adota a perspectiva de progresso no
aprendizado, na perspectiva da continuidade. Assim, sua dinâmica proporcionaria
práticas educativas com finalidades sociais aperfeiçoadas a partir de experiências.
Portanto, para que o programa escolar atendesse as fases de maturação da criança
era necessário compará-lo com o conteúdo da própria experiência. Desta maneira,
como defendia o autor, a criança deveria ser “o ponto de partida, o centro e o fim”,
mas reconhecia que o planejamento da escola progressiva era mais difícil do que o
da escola tradicional e que apenas abandonar o velho não resolveria todos os
problemas educacionais, era necessário outro currículo e novas formas de interação
entre professor e aluno.

3 CONCLUSÃO

Conclui-se que o trabalho de Dewey foi marcado por duas fases A primeira
tem um tom mais político e de introdução de embate ideológico. Na segunda fase, a
influência do autor aparece na formação de professores e na licenciatura em que
coloca o professor como o centro da mudança educacional. O pensamento do autor
é caracterizado pelo avanço das ciências durante o século XIX e as condições
histórico-sociais, políticas, sociais e metodológicas. Os fundamentos principais que
alicerçaram seus conceitos foram: a biologia, a sociologia e a psicologia.

Em destaque a biologia, pode-se citar a teoria de Charles Darwin e suas teses


evolucionistas. A sociologia de Max Weber, Emilie Durkheim e Karl Marx também
influenciaram o autor enfatizando nos aspectos sócio-políticos como problema
cientifico, criticando o capitalismo e a sociedade dividida em classes, com uma
perspectiva de reforma do liberalismo; e o surgimento da psicologia funcionalista de
Wiliian James.

A Escola Nova foi uma resposta ao modelo rígido e tradicional da educação


do século XX. Que era centrada nos conceitos que eram concebidos sem um fim
utilitário pelos alunos. Esse tipo de educação é conceituado como escola clássica e
era vigente neste período. O pensamento do autor era organizar a escola como
representante da sociedade, como uma proposta de mudança do modelo
aristotélico. Ele obteve bastante resistência, principalmente na década de 30 na
ditadura de Vargas e logo depois no pós guerra e pós Estado Novo e em 1964 no
Golpe Militar impedindo a educação democrática. Na década de 50 houve mais
abertura política, com o governo cientificista e desenvolvimentista de Juscelino
Kubitcheck e os ideais de industrialização, que deram vazão há uma pedagogia
pragmática e uma visão técnica do ensino para oferecer base de sustentação há
essa nova economia que surgia.

Um dos empecilhos da Escola Nova é que era considerada cara e de alto


investimento, principalmente em termos de laboratórios específicos, o que deixara a
escola cara e que dificilmente o Estado financiaria, sendo relegada à educação
privada. Isso gerava um ar de estratificação, de uma escola jesuítica de pobres e
ricos. A influência de Dewey é na promoção de programas escolares que
facilitassem o desenvolvimento cognitivo, principalmente com atividades primarias
para crianças para sintonizar a aprendizagem ao desenvolvimento psicológico dos
alunos.

Enfim, com a redemocratização do Brasil, na década de 1990, o país se abriu


novamente para ideias novas de educação, sob uma perspectiva neoliberal, e teve
como fundamento a Teoria do Professor Reflexivo, e a formação continuada de
professores, na qual eles teriam um melhor enfoque nas experiências práticas desde
os primeiros anos da formação. Nesse período, várias políticas internacionais foram
inseridas no Brasil, para direcionar a educação de países periféricos, como a
UNESCO, UNICEF, essa formação volta-se para a capacitação da população e da
força de trabalho. O autor entende também a importância de incitar o pensamento
crítico nos alunos, em oposição à racionalização técnica.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

OUZA, R. A. de; MARTINELI, T. A. P. Considerações históricas sobre a influência de


John Dewey no pensamento pedagógico brasileiro. Revista HISTEDBR On-line,
Campinas, SP, v. 9, n. 35, p. 160–172, 2012. DOI: 10.20396/rho.v9i35.8639620.
Disponívelem:
https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639620.
Acesso em: 29 out. 2022.

GONÇALVES, CARMO. Jhon Dewed e a teoria da experiência: contribuições


fundamentais e contradições aparentes. Universidade estadual do Ceará. VI
Congresso Nacional de Educação. Disponível em:
https://www.editorarealize.com.br/editora/ebooks/conedu/2019/ebook2/PROPOSTA_
EV127_MD4_ID741_27032019114501.pdf

PEREIRA, E. A; MARTINS, J. R.; ALVES, V. dos S. e DELGADO, E. I. – A


contribuição de John Dewey para a Educação. Revista Eletrônica de Educação, v. 3,
n. 1, mai. 2009. BIOGRAFIA de John Dewey. *Ebiografia*. 2021. Disponível em
https://www.google.com/amp/s/www.ebiografia.com/john_dewey/amp/.

PEREIRA, E. A; MARTINS, J. R.; ALVES, V. dos S. e DELGADO, E. I. – A


contribuição de John Dewey para a Educação. Revista Eletrônica de Educação. São
Carlos, SP: UFSCar, v.3, no. 1, p. 154-161, mai. 2009. Disponível em:
http://www.reveduc.ufscar.br>

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