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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Departamento de Educação
Curso de Pedagogia
Disciplina Filosofia da Educação I

Educando: Dandara Rêgo Muniz da Silva


e-mail: dandarabiorm@gmail.com
Tel: (31) 99385-8039

Elabore o um FICHAMENTO TEXTUAL sobre os textos estudados, que tratam do


Movimento Reformador da Escola Nova (o escolanovismo).
FICHAMENTO DE CAPÍTULO DE LIVRO
Referência

ARANHA, M.L.A. A escola nova. In. ARANHA, M.L.A. Filosofia da Educação. 2


ed. São Paulo: Editora Moderna. 1990. p. 167-171.
O objetivo deste capítulo é abordar sobre as principais características da escola nova
ou escolanovismo, movimento que surgiu em contraposição ao que era posto pela
escola tradicional eu vigorava até então.
O texto está dividido em 5 partes. A primeira parte apresenta a introdução ao tema,
sendo intitulado “Aprender a aprender”. Em seguida o autor nos apresenta as
características gerais desse movimento. Na sequência, o texto traz uma explanação
sobre
O movimento escolanovismo surge no final do século XIX numa sociedade onde a
educação tinha como principal característica o conteudismo, de forma fixa e
encaixotada, colocando todos os estudantes dentro do mesmo caixote, sem levar em
consideração a individualidade e as vivências de cada. Nesse cenário, a escola nova
desperta propondo uma educação dinâmica, de acesso a todos, cujo principal
fundamento é o de colocar o estudante como o centro do processo, o professor desce
do pedestal e passa a atuar como um mediador do processo do aprender a aprender.
Para alcançar o exposto acima, a escola nova propunha que o ambiente escolar não
funcionasse como um cerceador da criatividade, mas sim como um estimulador dela.
O que importa não é o conteúdo em si, adquirido forma decorada na escola tradicional,
mas o caminho para a sua construção, levando em conta as individualidades
emocionais, cognitivas e físicas de cada estudante. Em um mundo em constante
mudança, os escolanovistas propunham auxiliar na construção de cidadãos autônomos
e preparados para lidar com a movimentação contínua da sociedade. Essa preparação
se dava em todas as etapas do ensino, desde a propor avaliações que consistiam, em
seu fundamento, uma autoavaliação do próprio estudante acerca do seu processo, uma
ferramenta para avaliação própria e não do professor; além disso as normas também se
caracterizavam em regras menos rígidas, estimulando que os conflitos e as normas
coletivas fossem resolvidos e construídas, respectivamente, por meio do diálogo.
Os escolanovistas apresentam antecedentes que remontam ao Renascimento, porém
suas ideias começam a tomar forma mesmo com as ideias de Rousseau (século XVIII),
filósofo que altera os papéis de importância no contexto educacional, colocando a
criança como o centro do processo (pedocentrismo) e o professor atuando, como dito
anteriormente, mediador. As ideias de Rousseau começaram a tomar forma e força
durante o Iluminismo, movimento que cultuava o poder da razão e que apresentava, ao
mesmo tempo, filósofos com ideias tradicionais e outras revolucionárias. Nesse cenário
nomes como Kierkegaard, Nietzsche e Freud merecem destaque. Dentre as tendências
que se destacaram frente ao idealismo, propondo a prática e a experimentação frente a
oura teoria, temos o pragmatismo.
Essa tendência traz em seu nome a sua principal característica, etimologicamente
“pragmatismo” significa ação, logo a prática em detrimento da pura teoria. Cunhada
por Charles Peirce e William James, tal ideia influenciou o filósofo norte-americano
John Dewey, o que o alçou ao posto de um dos principais teóricos da escola nova. Para
Dewey, vida, experiência e aprendizagem não se separam, e por isso que a educação
deve ser pautada na ação. A criança ao desenvolver sua autonomia permite que,
concomitantemente, aumente o seu arcabouço de experiências e, consequentemente,
aprendizados. Dewey desenvolveu parte das suas ideias em uma escola associada a
Universidade de Chicago.
Dentre os principais representantes escolanovistas podemos citar: Kilpatrick,
Claparède, Ovide Decroly, Maria Montessori, Hélène Lubienska, Georg
Kerschensteiner e Célestin Freinet. Com algumas divergências, sendo a mais
representativa a observada entre os projetos de Dewey e Montessori. No Brasil a escola
nova despontou no século XX, a partir da publicação do Manifesto dos pioneiros da
educação nova, tendo como importantes assinaturas as de Anísio Teixeira, Fernando
de Azevedo e Lourenço Filho. O desenvolvimento do escolanovismo brasileiro foi
freado durante o Estado Novo, retomando as suas proposições na década de 1950.
Por fim, a escola nova surge com o intuito de ser a provedora da ascensão social de
toda uma sociedade, como se o simples acesso a educação fosse o suficiente para tal
resultado. E, apesar de ser uma ferramenta importante nesse processo, boa parte dos
escolanovistas falharam ao não questionar os valores burgueses, apenas aceitando-os.
Acabando, por fim, possibilitando uma elitização ainda maior da educação,
principalmente, brasileira, oferecendo aos filhos dos burgueses escolas aparelhadas e
professores qualificados, enquanto que a escola pública campegava com suas estruturas
aos pedaços e professores sem formação não foi capaz de acompanhar o que o
movimento propunha.
Palavras-chave: Escola nova; Escolanovismo; Dewey; Rousseau; Pedocentrismo

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