Elabore o um FICHAMENTO TEXTUAL sobre os textos estudados, que tratam do
Movimento Reformador da Escola Nova (o escolanovismo). FICHAMENTO DE CAPÍTULO DE LIVRO Referência
ARANHA, M.L.A. A escola nova. In. ARANHA, M.L.A. Filosofia da Educação. 2
ed. São Paulo: Editora Moderna. 1990. p. 167-171. O objetivo deste capítulo é abordar sobre as principais características da escola nova ou escolanovismo, movimento que surgiu em contraposição ao que era posto pela escola tradicional eu vigorava até então. O texto está dividido em 5 partes. A primeira parte apresenta a introdução ao tema, sendo intitulado “Aprender a aprender”. Em seguida o autor nos apresenta as características gerais desse movimento. Na sequência, o texto traz uma explanação sobre O movimento escolanovismo surge no final do século XIX numa sociedade onde a educação tinha como principal característica o conteudismo, de forma fixa e encaixotada, colocando todos os estudantes dentro do mesmo caixote, sem levar em consideração a individualidade e as vivências de cada. Nesse cenário, a escola nova desperta propondo uma educação dinâmica, de acesso a todos, cujo principal fundamento é o de colocar o estudante como o centro do processo, o professor desce do pedestal e passa a atuar como um mediador do processo do aprender a aprender. Para alcançar o exposto acima, a escola nova propunha que o ambiente escolar não funcionasse como um cerceador da criatividade, mas sim como um estimulador dela. O que importa não é o conteúdo em si, adquirido forma decorada na escola tradicional, mas o caminho para a sua construção, levando em conta as individualidades emocionais, cognitivas e físicas de cada estudante. Em um mundo em constante mudança, os escolanovistas propunham auxiliar na construção de cidadãos autônomos e preparados para lidar com a movimentação contínua da sociedade. Essa preparação se dava em todas as etapas do ensino, desde a propor avaliações que consistiam, em seu fundamento, uma autoavaliação do próprio estudante acerca do seu processo, uma ferramenta para avaliação própria e não do professor; além disso as normas também se caracterizavam em regras menos rígidas, estimulando que os conflitos e as normas coletivas fossem resolvidos e construídas, respectivamente, por meio do diálogo. Os escolanovistas apresentam antecedentes que remontam ao Renascimento, porém suas ideias começam a tomar forma mesmo com as ideias de Rousseau (século XVIII), filósofo que altera os papéis de importância no contexto educacional, colocando a criança como o centro do processo (pedocentrismo) e o professor atuando, como dito anteriormente, mediador. As ideias de Rousseau começaram a tomar forma e força durante o Iluminismo, movimento que cultuava o poder da razão e que apresentava, ao mesmo tempo, filósofos com ideias tradicionais e outras revolucionárias. Nesse cenário nomes como Kierkegaard, Nietzsche e Freud merecem destaque. Dentre as tendências que se destacaram frente ao idealismo, propondo a prática e a experimentação frente a oura teoria, temos o pragmatismo. Essa tendência traz em seu nome a sua principal característica, etimologicamente “pragmatismo” significa ação, logo a prática em detrimento da pura teoria. Cunhada por Charles Peirce e William James, tal ideia influenciou o filósofo norte-americano John Dewey, o que o alçou ao posto de um dos principais teóricos da escola nova. Para Dewey, vida, experiência e aprendizagem não se separam, e por isso que a educação deve ser pautada na ação. A criança ao desenvolver sua autonomia permite que, concomitantemente, aumente o seu arcabouço de experiências e, consequentemente, aprendizados. Dewey desenvolveu parte das suas ideias em uma escola associada a Universidade de Chicago. Dentre os principais representantes escolanovistas podemos citar: Kilpatrick, Claparède, Ovide Decroly, Maria Montessori, Hélène Lubienska, Georg Kerschensteiner e Célestin Freinet. Com algumas divergências, sendo a mais representativa a observada entre os projetos de Dewey e Montessori. No Brasil a escola nova despontou no século XX, a partir da publicação do Manifesto dos pioneiros da educação nova, tendo como importantes assinaturas as de Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo e Lourenço Filho. O desenvolvimento do escolanovismo brasileiro foi freado durante o Estado Novo, retomando as suas proposições na década de 1950. Por fim, a escola nova surge com o intuito de ser a provedora da ascensão social de toda uma sociedade, como se o simples acesso a educação fosse o suficiente para tal resultado. E, apesar de ser uma ferramenta importante nesse processo, boa parte dos escolanovistas falharam ao não questionar os valores burgueses, apenas aceitando-os. Acabando, por fim, possibilitando uma elitização ainda maior da educação, principalmente, brasileira, oferecendo aos filhos dos burgueses escolas aparelhadas e professores qualificados, enquanto que a escola pública campegava com suas estruturas aos pedaços e professores sem formação não foi capaz de acompanhar o que o movimento propunha. Palavras-chave: Escola nova; Escolanovismo; Dewey; Rousseau; Pedocentrismo