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L1MONGI FRANÇA
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HERMENEUTICA
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I\dv"g.\d", d" I'.,r,; (' d" 11.1I1i,1
Prefácio
GISELOA M. F. NOVAES HIRONAKA
EDrroRArtiI
REVISTA DOS TRIBUNAIS
ATENDIMENTO AU CONSUMIIJOI!
Te!. 0800·702·2433
HermenêuticaJurídica
Principais obras do autor
Videp.185
Fr'nç;>,~, Umongi
Hermeoê<lti<' i""o;".'., Uman~i f"n,.l; "",I"'~lo Antonio"" S
Limú"8' Fr.lnç;>;pce/klo <:;,,,,10' M. F. N""',~ HI••.•",ka, _. "" "" - ,"o
~d"lo , ,"li"" R•."""",,, T"l><m,;"'000
Blbllo~rafi,.
ISBN976·85·,(1.'·)490·'
1. Direito po,iti"" .'. Hermon'••• ,i"
100"'ilo) I. Fr''OI'. Antonio de S
limooSL 11,H"onJb, GI>eld"M. F.No,,",. 111. TI""o,
0"0"2 lU CDU·340, UH
R. LIMONGI FRANÇA
=
HERMENÊUTICA JURíDICA
-
Afualizadur
ANTONIO DE S. llMONGI FRANÇA
Prefácio
Gi5ELDA M. F. NOVAES HIRONAKA
EDITORA ('iiI
REVISTA DOS TRIBUNAIS
H!~M!NtUTlCA IU~jDlC'.
9.' edição revista
R, LIMüNGL FRANÇA
0287
C>de".1 edição [2009i
EVITORA R!VISTA DOS TRIBUNAIS bOA.
ClN[l<A, ~E RaACIONAM,NTO RT
1.,ondimoo1O, ""' oh, ÚlOi',d." Hà, 17 ""ro,)
Tel. 0801l_702·2433
e·m,11 de .1tendimenlO"O con,umidur: SRe@rt.çom.or
Vi,ire nu"" sile, www.rt.cum.or
Impr.,,,, nu Bra'iIIQ7-2009i
Profissional
F<x:homenlu de't. Edição: 116.06.20091
...-..,.. ~
ISBN 978_85_2ffi_3490-4
A memdria do Pl'<lr~ssorDoutor
FERNANDO PER"'"" SODERO,
prócer do Direito Agrário em "0«0 Par"
amigo fiddrssimo, colega exemplar,
batalhador incansável.
exemplu paratO<1os nús
e para asserações fumra'.
dedica e camwgra
o AUTOR.
PREFÁCIO À 8.a EDIÇÃO
PARTEI
HERMEN(UTICA E INTERPRETAÇÃO
DO DIREITO
Capo \- No,ões ger3is de hormeneU1i"" e inlerl'rw,i1o
Cap_ 11_ Si,umas interpretativos
Cap_ lll_ R'gras de interpretação ou hcrmenfutiea
PARTE11
APLICAÇÃO OU I NTEGRAÇÃO DO DI REITO
Capo 1_ Noçoes gerais de aplkaçao ou integra,'o
Capo n - Moio normal d. aplica,lO uu lnregr-"çlO
Capo lU - Meios especiais: A) Analogia
C.p. IV - Meios especiais: 5) Eq~idadc
PARTE111
APLICAÇÃO DA LEI
Cap. 1- Conceito e """,creres da lei
Cap. 11~ E<péoies de l<i
Cap. Ul_ T,rmo inici>1 do eficácia do loi
Cap. IV_Termo final da efidei> da lei
PARTEIV
APLICAÇÃO DO COSTUME
Capo 1_ Conc<i1o deco-'tume
Cap. 11- m>tórico do ooS1ume
Capo 111- Espécies e fund.""mo do <OSLu~,e
C.p. IV - Apllc'çilo do coslurne
CONCLUSOES
A~~NDICE
FORMAS DE EXPRESSÃO DO DIREITO POSITIVO
SUMÁRIO
"
"
PARTE!
HERMEN!UTIO E IN'l'ERPRlTAÇAO00 DIREITO
l""",
21 SISn]l,t~S
H
INTERPRETATIVOS
,~•~ RequIsito,.
limites
4
•.,
MElOS ESPECIAIS: B) EQÜllJAl)c
Conceito, de c4üiti.tio" .
4.1.1 Prim<imacop,ao .
4.1.2 Segunda acepçlo ..
4.1.3 Tm:<im"cC""ao.
4.1.4 Quarta ac'pçao
4.1.5 QuinlaacepÇ~o
E'pécie, do eqüidade ..
A e4üidade no direito I'05i11\-o.
4.3.1 Texto' •• pres,n,.
4.3.2 Te.LO'de rtfcrénd. indiret.
4.3.3 T,xto, gemi, ..
Requi'i'os da eqllidade
PARn lU
ApUO\ÇÃo DAl«
Camcte", d. lei
1.3.1 Aleioomopreceilo.
1.3.2 NalurEZ. jUrldic. do pTee<ito le8"1
1.3.3 E.p",""otsCrll •. ".
1.3.4 Origem esl.I.1 d.lei .... ".
1.3.5 Comp"!nci. do poder I'giferante
1.3.6 G<nernlidad<
1.3.7 Obrigaloriodad<.
2. ESPÉCIES DE tEI
,, Crll/rios P"'" a cl.ssifi<açao das Id,.
" Classificação da, lei' .."... "... "... "... "... ."."
2.2.1 CritéMo da hier.rquia.. .... " "."
" ".
" "... "." "." ... ".
2.2.2 Critério da n",ureza jurldk •.
2.2.3 Critério d. forma técnÍ<•..
2.2.4 Critério tio pro,es", tio dabur.<;ilu
2.2.) Critério d•• mplitude do respcctivo precdto
2.2.6 C";téMo das rel.çt>es de direilU que <iornin'm
2.2.7 Critério da durnção
2.2.8 Critério d. "n.lidade.
2.2.9 Crilériodoobjelo .."...
2,2.10 Critériodomododealuar ..
2.2.11 Critério da legalid.de.
2.2.12 Critériu d" justiça
2.2.13 Critério ti. rorrrul tle exprtsSilu tio dirdto ..
PAJlH IV
MICAÇÃO DO CoSTUMo
J. CONCEITO DE COSTUME .1..... "... "... "... "... ".. "... "... "... "... "... ,,,
2. HISTÓRICO DO COSTUME ,w
3. ESPJ':CIESE fUNDAMENTO 00 COSTUM~ ... m
Esp.xies de c""IUmo •.• " •.• " •.••.•
'"
Fundam<nlO. Div","", leori"'
Nn<sa orient>ção .
.
'",,,
4 APlICAÇAO DO COSTUME. "ó
PAllTEV
ApUCAÇÃO DAjURISPRUIJ!NCIA
IIIterprelar" lei ,.
'"
m
Vi"ificar a lei. m
HllIn,"iz.r. le, m
Supl,menlm .I'i m
Reju\'""esccr" le, .,. 137
PAim VI
APLICAÇÃO DO DIREITO CiENTfflCO
NOÇOESPREAMBULAllES. 139
1.1 Prelimillar ,.,'".,'".,'".".,. 139
1.1 I o direito cicntlficonosiSl<Inálkaci>sformasdcexpressão
do direilo ,,, ,,.,, ". .. " " " " " " ,. 13Q
1,1,2 CUn(dto<lCTIninulogi.,. 139
1.2 Atriplicevoca,lIododireiloci,nUlico.. 140
RRF.VF. HISTÓR!CO
'"
2.1 Direiloro'MM
Direilo m,di",',1 '"
2.2
2.3 Direito luso-brasileiro,. '"
'"
ORIENTAÇÚE.S FUN DAMENTAiS.
''"
3.1
3.2
3.3
Preliminar..
Ulpi"M eJuslini,no. ,.,.".,.".,.".,.".,.".".,.".,." .. "....,.".,.".
Hdm<<ius.
..'"
""
,
Savignye l'uchta..
3.4
3.5 WindscheiJ ,.. "... "... "... "" ... '"
'"
3.6 Ojr<;"kcô".
3.7 GélL}'".,.".,.".,. ""
H'
4 I'OSlçAOATUAL DO DIREITO CIENTIFICO
Oireilodo,po\'o<cul'o,
'"
4.1
'"
,B HER),tE~·tUTl CA JURID lU
I)ireilo brasiloiro .. "." ... "... ,... "... "... " ''0
Orien, •• lo qu< prupomos
4.3.1 Fundamentos lo!!"i,
_.
,_" " . '"
4.3,2 Fund.mento' de ratO ,." ... "... "... "... '"
m
4.3.) Roquisilospora" ulili<.\Jo do Jirdto cimufico .. " m
CONClUSOf.S " ".
1
NOÇÕES GERAIS DE HERMEN~UTICA
E INTERPRfTAÇÃO
I. p.,qu.le Fio", D< la irt"'vacr;\'ldoJ e l"i""l'rewciÓll d< I", l<y<s. p. 564; of.
S.vigny, Si.<ro"", dei di>irro"'mano, v, 2, § 32, p. 315 e".: Beviláqu., 'Ji:oria
geral do di reHo civil. § 35; Mello Freire, POI riijuri' "omu"'"11 co;hl51 u ri" j"ri'
'ivili, b<ila"i, p. 139; Paula s"p'iSLa, Hcrrnen~uLlca juridica, Pro,,,," 'i,i!
< ,"m"clal, p, 295: Alipio Silvei,". H""",n'"tica"" dir<iro"'''''ik;ro, 2 v.
2, Carlos Maximiliano. !J",,"m'"';ca o "I'Ii",çwJo direito,p. 14,
H F.RMF.N~UTlCA J URllJlCA
COmO "'" Icrli"m g<""S,oá. inl0'1,rel'''O ,",;al, que nlto é "",,"'mon" n,m
publica, nem p,,,,.d •.
J Q. V Código de Direito C.nónicu. art. 29; "C""'" d "dQ,~I "pll mo kgt<m Inr"pre,-
("O co'tume é ótimo Int.érprele d. lei")
NOÇOESGER.'" DF.HF.'MEN~UTlC.~
E lNTERPRETAÇAO 13
~
A p.Iinllli:ta,po ré m, d ir ige-se ma is ao que chamaríamos ori gn lcgi.<,
isto é, as origens da lei, cujas raizes SeeSlend~'.r~[óprias manifesta.
ções primeiras da instituição regulada,Já .~ase emende mais de
perlo COmo que se dello mina Q((asio leg 11,sendo des ne~essá ri [) encare·
ccr a imporUlncia do concurs<J da sociologia, da economia, da pOlflic.
e de outras ciênci.s ar,ns, p"a a consecução do respectivo escopo_
Malerial de gr.nde significado para a interpretação histórica
próxima são as pubhc",-óes que contêm os debates do Legislativo em
tomados projclOsquese lorn"ram preceito legaL
Por fim, quanto à natureza, a inlerprelaç;;ü pode ser ainda ,;,tf-
mcllkJ,lslo é, " descoberta da mcns /egislaruris da norma jurídica pode
e deve ser pesquisada em conexão com as demais do eStaluto onde se
encontra.
Também nesta interpretação surpreendemos dois aspectos di_
versos:
1) o de quando é feita cm rela,""o ;, própria lei a que °dispositivo
pertence: e
2) o de quando se processa COm vistas para o sistema geral do
direito positivo em vigor
No primeiro caso, releva considerar Ocanller geral da lei: o livro,
til ulo ou pa njgr~ fUonde o preceito se encontra: o sentido tec no 16gko-
jurídico com que certas pabvr~s são empregadas no diploma etc." No
segundo caso, importa atender;, própria Indole do direito nacional
com relação a matéria, semelhantes à da lei interpretada: ao regimc
político do país; às últimas tendências do costume, da jurisprudéncia
e da doutrina, no que conccrne aOassunto du preceito etc.
oe
i8, Washington B. Monteiro, Curso oi"';10 civil, v, 1, p, 42; Bl'VIU4U', r,or;a,
cit.,p,56-59,
e
19, o m<Smo 4UC 'c dá CO," o ,n, 1,1)90 do C6digo, «gundo o '1u,1 -o, con_
t•.•1O'benéfico, inl"'p"Ulr-,e-ào "" rilO",,,nle". A "'01ér;. ''1ui, entretanto,
,; referente à interpretação do, negOdo' Jurídicos.
N,At" O aulor se refore,o arl, I ,090 do C6digo Civil de 1916. A ele COrI<S_
pondo, no Código Civil de 2002, Oafl. 11 +: "0' negóoio, juridioo, benéfICO,
ea renuncia interprEtamos< «"itamente",
I cDJ-'~
r:;----
SISTEMAS INTERPRETATIVOS
que "l'inlerprNecsr rédlr.mfnt I'esdave d, la loi, "" cemlS qu'iJ ne peul pas
oppOStr sa volontl' <lulle <luItgislalcur".' Por sua vez, Mourioll, no que
foi seguido por v'rios aUlores, ao publicar o seu compêndio de dir~ilo
civil, não fez mais do que apresentar um Cursu de Cddigo Napoledil'
Den tro desse sistema, p<.>demos d istin gu ir ainda duas mjentadh:s(
asaber:
l)aex!mmlàu;e.
2) a moderada
A primeira é enc"beçarla pelo próprio Lament, para 4uem O
I1I=p"SIQ geralnf55" matéOa é sempre de que a lei é clara e que,
Q
n
enquanto" processo histórico-evoluti VQ cinge-se à in ul:n<,;ja mesológi<:ll, (Il ti O ,I
conlentando-5e com a contemplação do mundo exterior, Q sistema da ~
li \'Te pesquisa alarga as suas vistas para horizontes novos e mais dilatados,
<a\lIcsenta aQ ladQ 00 lei estatal, outras fontes jurldicas portadoras clt
vida autO noma, dando Iu~r a U m nOvo Direilo ,.mJ!',.j!ara os extremados
l<ode sobrepor-se ou mesmo colllmpor-se às d.i:!~ç~gais ")'
Em meio aos propugnadores de livre pesquisa, p(}(iem distinguir-
se <.luas alitu<.les bem distintas;
1 ') a que cham.rtamos tl)'!'<l"(ica: e.
2.') • propriamentecie"ffjica .••
A livre criação de cunho rom~ntieo encontramos encarnada no
denominado fenCme"o Magnaud'.
É assim que comumente os compêndios se referem à figura do
magistrado desse nome, cujas sentenças ficaram célebres pela total
libertação de peias legais: "O Direito por ele distribuído" - diz Serpa'
Lopes - "tinha a coloração <.Iesuas idéias políticas ou Cllllho dos seus'
peQdo.J:es sentimentais",,"' Como se Vê, não se trata propriamente de
,§lIS legais;
~s cientif,cas:
c
@asdajurisprudênda.
12. timong; França, 8mcanL;>" dI. NOI""'•• porém. quo. nas outras ""nes do
Dig.,m, mui1asoulr"" reg'''' se 'na,"lram, de grande impDrtilncia.
REGRASD~ INTERPReTAÇÃOOU Hf.RMf.N~UnCA 37
§ 2." Se as palavras ela lei são conforme, com a razão, devem ser
tomadas no sentido literal, e as rdcrenles não dão mais direi lo do que
aquelas a que,e referem.
§ 30 Deve-se evita ra su perst icios, obse rvãncrn da lei que, olhando
só a lc\l"~dela, deslrói a Sua inlenção,
§ 4,' O que é conforme ao espírito e letra da I~i se compreende
na sua disposição.
§;;, oOs te"IOS da meSma lei devem-se entender uns pelo, outros;
aS palavras antecedellles e subseqüentes declaram Oseu esplrho.
~ 6," Devem concordar os t~"ros das leis, de modo. lorná-los
conforme c não contradirórios, não sendo admis,ível a contradição
ou incompalibili,bde neles.
§ 7,' As proposições enunciativa, ou ineid~ntes da lei não tem a
mesma força que as suas decisões.
§ S'Oscasoscompreendid06 na lei eslãosujeitos ãsuadispo,ição,
ainda que não os especifique, devendo proceder-se de semelhanre a
semelhante, e dar igual intel igência às disposições conexas.
§ 9." O caso omisso na iclr~ da lei Se compreende na disposição
quando há razão mais fone,
§ 10. A idelllidade de razão corrcsponde à mesma disposição de
direito.
§ lI. Pelo esprrilo de umas Se declaro o das outras, lratando-s~
de leis análogas,
§ 12. As leis conformes no seu fim de,em ler idtoli"" execução
e não podem Ser enlendidas de ",odo a produzir decisões diferent~s
sobre o mesmo objelo.
13, Quando a lei não f~zdistinção o intérprete não deve fazê-Ia,
§
cumprindo emcnder gcralmente lOda a lei geral.
§ 14. A cqüidade é de direito l1alur~1e não permile que alguém
se locuplele com jactllrn alheia,
§ 15. Violentas inte'l'retações constitu~m fraude da lei."
11. Savjg"Y, Si"«o" ci,., p. 216; "Una '.lo pc",c'io"o dei di'i"o ;, possibilc o
"oco,,,,,'i, pc, og"i '!,""ic di fo,,'i giuri<!id,o",
23 Art. 5° da Lei de Intruduçã(); orl. 113 do Código de Prooesso Civil de 1939;
arl. 129 do Código alual, de 1Y?3
N.AL: V art. 126 do CPC de 1973
Parte II
APLICAÇÃO ou INTEGRAÇÃOPO DIREITO
1
NOÇÕES GERAIS DE APLICAÇÃO ou INTEGRAÇÃO
- SlH>I.IRIlJ:
1.1ConceilOdeãplic.çãoQU inteB"'ç;;u-I ,2Fase,da apli-
cação ou integmç.,o_ 1.3 Si,tema. de aplicação ou intcgr.,çõ".
o rei nOlificado para que dissesse da soluçJo a ser dada, "porque nJo
somente tais de lenn i nações são desembargo daquele fei lOque se Ira ta,
mas são lels para desembargarcm outras semelhantes" .'
A última orientação é a atualmente adotada entre nós, conforme
se depreende do que exposto já foi sob,:" oS .<15.4° e 5." da atual ~e;
de Introdução ao Código CiviL ~ Oi6J,. ~ ctJ t cp e
b.n _w(\!) \10 ill~w oo.c~
3.1 Conceito
O conceilO jurldico de an.logia já foi exarado acima. Noutras
palavras, diz Ferrara que "ela é a aplicação de um princípio jurldico
quea lei eSl,belece, para um certo fato, a um outro falO não regulado
mas juridicamcnlc semelhante ao primeiro" ,
E e>:plica: "Posto que no sistema se podem descobrir caSoSaná-
logos já regulados. por um processo de absuação, extrai-se a regra que
v.1 e pa ra aqueles, alarga ndo_" a ré compreender oS caws não p revistos
que aprescnlcm 00 entanto a lllesma essência jurtdica" ,I
Na mesma ordem de idéias. o referido autor explica o fundamento
da "nalogia, que, a seu ver, repousa sobre" idéia de que "os fatos de
igual nalure~. devem possuir igual regulamento, e, se um deste> falOS
encontra já no siSlema a SUadisciplina, esla constitui o tipo de onde
promana a disciplina jurfdka geral que deve governar os casos afins.
Analogia" _ conclui - "é harnlónica igualdade, proporçilo e pa"ldo
entre relações semdhanres".'
3.2 Analogia, indução e interpretação extensiva
A analogia, porém, não se confunde COm" indução nem com a
iOlerprelaçflo exlensiva.
QuanlO à diferenÇa entre a analogia e a indução, lembre-se que
esta consiste em estender, em general izar para lodos os casos da mesma
natureza aquilo que é válido para um só deles, ao passo que a primeira
se limita a estendera que" v.lido para certo caso a nm outro que lhe
seja similar.'
1 FerraTIl,TmllalO,cil.,p. 227.
2. Idem, ibidCtn. Cf. T",bucc~i, 1'liI"rio"i, cit.
3. l.hr, Ma"u"l. oit., p. 397, § 2; RI 176/821.
MEIOS ESPEClAIS, AI MHLOGIA 47
3.3 Modalidades
Há duas modalidades de analogia:
a) a legal (analogia !egis): e
b) a jurídica (analogia iuris).
A analogia legi' é aquela que extrai. igualdade de tratamentop.ra
certo caso dc uma norma legislativa exislente pa"'~OUIro similar.
Embora o seu fund.mento último seja o mesmo da analogi<l iuris,
aS b.ses que a SUSlentam cncontram-se cxaradas em velho brocardo
juridico, cujos lermossao os seguinles: Ubi eadem legi' mtio, ibi eadem
legi' di'po'itio, Como se vê, supõe a dcsçoberla d. ratio legis.
A <lnalogia iuri, não se apóia n. ralio legis, mas na ralio iuris.
Implic. a austnda to\.1 de norma leg.l. respeito do objelo,
O preceito, enlre\a~IO, que lhe servirá como ponto de p.rtida
dcvcrá estar já formulado em meio às outr.s formas de express.ão do
direlto, que não. lei. Dal julgar ferr.ra que "o recurso aos princlpios
gerais de Direito não é m.isque uma forma de analogia iuri,".'
Discord.mos. A an.logiajurldica, em verd.d., nilo r.rose ,erve
dos prindpios gerais de direito; mas cumpre atent.r par. o fato de que
é per[ei\.me~\e possr"e1 aplicar esses princípios ao caso concreto por
via direta, sem necessi,lade da utilizaçilo do processo .~alógico.
Por outro lado, é possível aplicar a "nalu!!ia iuril uUlizando_sc
um preceito consagrado pela doutrina. pelajurisprudênci., ou outra
forma de expressão de direito, sem que csse preceito constitua um
principio geral.
3.4 Requisitos
Em Trnbucchi enconlrarnos um. expo,içào fdiz dos requisitos
d. an.logia. Seriam três:
3.5 limites
Quanto aos limites da analogia, cumpre assinalar qne ela não é
admissivel fundamenlalmente em dois caSoS:
I.") 110das leis de cardter criminal, exc~to as bipóteses em que a
analogia beneficie o réu;"
2.°) naS d~ ius 5ingulare, cujo caráter excepcional, confonne a
çommuni., opinio do(!orum, não pode comportar a d~cisão de sem~-
lhante a semelhante,
4.1.4 Quartaacepçào
3.1d<m,odl<r
4. René David, T'"it~ de droil civil <ompMé, p. 269 < ss; Raoo,", El d,reoha
.nglo-americano, p. 136" ss.
HERM""~L!TIÇA JURiDlC!l
b) judicial.'
A legal é "queb que se ~ontém "o próprio textn d" lei, cujo m"n-
d"menlO prev~ ahernali ,as ou esmiuça a possibilidade de soluções
diversas, à face de uma provável casuística. Exemplo desl" espécie de
eqüidade é o revog"do art, 326 do Código 0,11,' sobre a guarda dos
filhos de desquitados,'
A eqüid"dejudicial é aquehque, exp"""" ou implicitamente, o
legislador incumbe o magistrado de 1e'ar " efeilo,'
Uma elassificação não m~nOSoportuna e, data 'mia, quiçá mais
completa seria aquela que, coiocando·se num ponto de vista algo di-
,erso, dl,ldisse a eqüidade em'
a) civil:
b) natuml: e
c) ccrebrina
Ci,iI, a que ,e fund<l5seexcluSin menle em deI erm inação contida
na lei.
Na(ur~I,a que se baseasse no direito natural que tem o juiz de
d islrihuir justiça equanimemente,
Cerebrina, a f"lsa equidade (n;;o assim lão dif!cil de ser depara-
d"), a ~qo.i(]a(]~sentlmenlal iSla, antidenufica, c, sob certos aspectos,
lirânica. Nela se inclui ainda a equidade co~fe55jOlIQI, cujas decisões
estão jungidas "OSpreconceito' de um credo,
Se as duas primeiras silo indispen&lveis" realização prática da
JUStiça, a úlTima deve ser banida de uma visão autêntica da missão de
julgar, pois, no dizer de Ascarelli, o bom juiz, como todo bom tirano,
permanece um tirano,
1
CONCEITO E CARACTERES DA lEI
1.1 Con,ideraçõespreliminares
V, PO' exemplo, o C(\(jigo Ciyil chi"ts, "n, 1,°: "En m"'iórc civil". il d<,JuUl
d, di 'p",;U"n Ugo I, oppl itable, on 'u Ill" cou lum" "à dd an t de mur u m e 1«
prind pes g<,nérau" d li dmi'" (Ho Tohon g _(lun, Crnk Ci"iIde lo Rlp" bllq""k
ChilL', X'''gai_Paris, 1930), Por sua vej;, COrn. promulg.\·aoJo no"o CóJlgo
j"pone>. de I B96, 050051 u me; fi",,,.m pre j uJiaoJos, poi, enq nanr o, J, m aJo
gora I, Iho ""Mude hase o Código alem 10, n Oque co noeme ,U p róp'iO d ireiLO
de I.m ma, o Código já co nSl i,ui u Uma cOn dOn'"I'ao Jo' an ligo, co>lum<s (v.
W,J, Sebald. TiI< Ci"ji (ode oJjapaR, o,poLlalmonl< o Prefádo, p. 11. 193+)
58 HERMEN ~lJT'CA JU~f D ICA
/,1.2 ConceilOextemo
o conceito interno d" !ri lU"iS jolfCeSS;la n1osoÜ. do direilo c à
teoria geral do ESIJrlq ri" que propriamenle aOSeu estudo como forma
de qpressão do d irci'Q Se 000 deixJmos de I~cer algumas considera-
ções sobre a maléria [oi porque não só n30 quisemos deixar a impres_
são d~ fuga do problema, como ainda pelo [al.Ode que, na ,'~rdad~, o
lotalsill'ndo >obr~ ~.sseaspe~1Oda matl'ria talv~z d~ixasse uma noção
defeituosa do assunto especffico desle trabalho
Nesse OUlTOselor, [elizmenle, a própria dj"ersidad~ d~ épocas e
posições filosófocas não implka variedade subSI"ndal de resultados_
Com~cemos por lembrar, verbi grmiu, a célebre dcfmição de Pa-
piniaoo. s~gunJo a qual "a lei é um preceito comum, dceis30 prolatada
pelos prudcnle>, punição dos delitos praticados por vontade ou por
ignorllncia: uma obrigação de toda arepública",' POfSua vez, em meio
11 Patri5lka, Santo lsidoro de S~vilha, em conceito ~sposado na Summa
teologiw de Santo Tomás, diz que "a lei é a constituição do povo, p~la
qual os patricios, simuhaneamente com a plebe, estabeleceram algu-
ma coisa", [ónnula esla completada por outra, s~gundo a qual a lei "é
6 &mlo TomásdeAquino, Summa, dl_, lo, 1100,Q_XCV"rl. 11, Re,p. Aliás, Ripm,
n. su. obra I." o,di" OU"roH, r. 104, ob,.rva, enl re as cau,a, d. decadencia
do direito, o r.lo de 'lue "I. loi n'e'l P"' re>pcclé p.rcequ'cllc e<1injuslo".
7. Apud G.lvilu de Socu., O pu'ili"ismú jurídico Cu direi," n'lur.1, p. 29.
8 P'piniano, D_ 1,3, 1, "Lex <sI commuo< pra<e<plum, "rurum prudenlium
con,uitum, dehctorum quae spc",e vel ignúranli. coni",hunlur coercilio
communi' roi public", sponsiu" (ti. com" iradw;ào iranc"'" de j'lulul, Lo<
cinq"""" liv",,"" Di~,,", Paris, 1003, ,_ I, p_56_7)
CONCEITO E CARACTERES D.~l.EI 61
12, Sonto Tumás. 5umma, cit .• Q. XC, ao 'ati"m: -I-"x a 1,~""J", vo<"'" <Stquia
,cripl' e"-,
13, V,úlhrein, Phllo,"phla ",,,,ali>, cit., p. 355_6, § 11, "Soeieta, di"ingUilUr:
".pai"'"" impcrfeow, Ex duplici ralion< ,0oi<1" role" dici POrrO"'.: l)
proplt"'" 4uia oTdina'ur.d p,riecfam suffi"i,nfi.m vi,"c humana €\ sihi.d
hunc finem .uum .sscquondu'n tlcco""'i. in St:Olp<r s<.. posside< el ab
alh, soçietalibu, •• hOt" dir"CLenon dcpmd<t",
°
14, A ConSfiluiçl.obrasil,j", de 1946 cuIl5agro prinoipio dos tlt, poderes no ar!.
36, que TeZa:"Sào Pod<res da Unilo O Legisl'fh'o, OExctutivo < OJudiciáriD,
independ,n,es e haronõnicQsOntre ,i", Cf. Consh'uição de 196711%9, a"- 6',
N.Al.: V,Con,)ifuiç1lo de 198-8,an. 2.°.
CONCEITO E CARACTERES DA LEl 63
1.3.6 Generalidade
Com carálerdegenerolidaàe. Comovimos,iá Papinianoatribu!a
a lei o caráter de commune praeceplUm, e assim tem sido entendido pela
generalidade dos autores, juristas ou filósofos. "
Enlretanto, Planiol assinala que a lei não é sempre elaborada
para toda, a, p"soas que compõem uma nação,"e, ao lado disso, é
1.3.7 Obrigatoriedade
Com c~n\1er de generalid~de e de obrigatoriedade, Com efeito,
sem a sanção coercitiva, a nonna jnrldica nao se pode considerar tal,
pois só alravés dela se podem fazer valer os di reilos slIbjcl Ivos que a
norma garante. A sanção cocrci tiva, ou obrigatoriedade, pode ser di ",ta
ou l"direl<1,lO co"forme seja, ou não, capaz de compelir os indivlduos
a cumprirem exalarnenl e a obrigação oriunda da lei, ou a suprirem_na
por lnlermédio de expedienles reparadores. Exemplo da primeira é
O dever de prestação do serviço militar, de não fnrlar ou de nao lc.""
os cofres públicos; da segunda, o de pagar aluguéis dentro do prazo
eonl ral uaL NeSla, o impicmenlo da obrigação pode ser diferidr> çr>m
a pnrgação da mora: naquela, a obse,.,:~ncia da nOTIna e estrita e não
pode ser eompensada por outra ação do interessado, A prisão oriunda
do seu deseumprimento é meramente pUIlitiva e não wmpell,u!óriu.
Entretanto, COlllOfoi dito acima, a norma, para ter obrigatorie-
dade, deve ser produzida segundo os seus processos regulares, que
variam confonne se trate de lei ,(ri«o 'ema, on de mero regulalllento
administrativo. O processo da eriação deste ultimo é variado, confor-
me o ólgão ou o setor dos vários órgãos do Poder Público, seudo que
o seu C5lUiucamento compele ao direito administralivo, Também o
referente à lei penence a um ramo especializado da ciência j uridic., °
Jirdto COnSliludonai,
19 Laubadtr<,Mo"o<i,cit., p. lBO,
20 Cf. \V",hington deD'fTO.Monl<ÍTO, eu"o,cil, v. 1. p. 19,
2
Esr~clEs DE lEI
5,"""",0:2.1 Critérios1"'" a d ••ssific,ç.,o 'ü, lei. _ 2.2 CI""ifica.
çao das lei" 2.2.1 Critério rl. hierarquia; 2.2.2 Critério d.1n"!"reza
jurídica; 2.2.3 (rHérlu da forma técni<:<l;2.2.4 erilério do processo
eleelabu"'ção; 2.2.S Critério d. amplitu<le do re>f"'ctivopreceito;
2.2.h Critério das relações de dim itoGUcdominam; 2.2.7 Critério d,
duração; 2.2.8 Critério d. finalidade; 2.2.9 Crilério do ohl"'o; 2. 2,1O
Critériodo mododúatuar; 2.2. 11 Critéfio<!a legalid,de; 2.2. 12 Cri.
tério da ju;tiça; 2.2.13 Critério d, forma deexpre',,;o do dimito.
1)0 ponto de vista d" IUllurrZ<l jurldic<l,"s leis podem ser (eóricas,
.<ubstantiv<1S,ou rntlleriais e prdtiws, Qdjerivas,formais ou processuais.'
15 Rioo., Cu,.,o, cit" p, 114. OS,Cf. Correia e Sei.da, Ma"oal de dir<ito romano,
,'o I, p. 12. Como se v~ nesses au'ore" há diben\'. ",or. um •• outro coi,a,
u lus 'i"gula'''~ uma derruga,ao do j", CO"''''O"', ",!ativo a uma calegoria de
ressoas, ",>i'", ou relação, já 05privi Itgio ""spei1amgeralmmlo a detcrm inada
~-,
16. Cf,JOSéF",dErioo M.e'1uos, Da revoga,ão do' alO, aJminiSlra Ii .'os, São Paulo,
1955. "'parala da R<VÍ""do, Trib""ais, p. 5. A ,evogabilidade, porém, não
prejudico o direito adquirido, que ai SE""ume na indeniza,ão correspon·
den1•. Por ,xemplo: um. lei indi<'idual pode presor"," Otútnod.1O de um
próprio público para a cons'mçi\ú ue "m Iem pio; ,evogado por conveni~ncio
run,",da, oSg." OScoma cons'nwilu uo I"'" p10aosim como o cor",'p'-' nd,"-
1<10 uliliuauc do próprio publico dev'm ser Indenizado<, <alvo dispo'içãO
expressa ,m c(Jnlrário <IaI.i que concedeu o privilégio.
n, H,inécio. R,ci'"'ioncs In d""'''''ia j"ri5 civilis, p. 37, § 73: "Quid apud no,
iexl EsI praee'plum commun, .. Co",",""' Uldi5linguatur a pri"iI'giQ",
IB Cf. Rioo., C"",o, di., p, I 17:gerais, provinciais e municip,i"
19, J- H. Meirell" Teixeira, E""dos de di,-,;," odmi"iSlnlll,'o. p, 267-169. nOOalB
ê5P~CII:S Of. LEI
Oiz_se legal aquilo que é conforme à lei, do mesmo modo que por
legalidadese enlende o qualidade daquilo que t legal. PorlanlO, origor,
não é possivel a concepção de leis que legai' não sejam. l\asla que um
preceito emanado do Poder Público nao Se coadune com as normas
bierarquicamenle superiores para que não seja uma lei no senlido
próprio, ainda que lalo, do lermo, deixando assim de trazer consigo
qualquer forço obrigalória"
2.2.12 Critériodajustiça
Segundo o prisma da justiça, as leis podem ser lu'las e injusta .•.
Ora, sendo a jUSliça O próprio objeto do direito, dai se segue que uma
lei injuSla não é lei. Com deito, COIllOjá roi observado, esse o ensina_
mento deSaoiO Tomás, para quem, se a lei humana em alguma coisa
discordar da lei natural,já não será lei, mas corrupção dela, iam non
erit lu, sed legis wlTI<rtio," do mesmo modo que de 110mlas que lais
ar"mou Vico serem monstros de leis, mOll5tra legum."
Grave questão, entretanto, é a de se saber, em ciéncia pol!tlca, em
ética e em filosofia do d ireilO,'lua Ia pcssi bilidade, os limites c 05modos
de resistir à lei injusta, sem que, com isso, O cidadão, magistrado, ou
oUI~oórgão do Poder Público comprometa, mais do que o necessário,
o respeHo à aUloridade c à ordem da nação."
55. Ribas, C""", ti\.. p. I n V,sobreo conceito I,'ode lei, hneccerus, Der<c/w
civil. v, I, p"m g<n<r,l,p. 136.
3
TERMO INICIAL DA EFICÁCIA DA LEI
3.],2 Particularidades
Duas peculiaridade. de relevante interesse apresen\~ desd~ logo
o sistema brasileiro.
A primeira relaciona-,. com o falo de o regime em "igor, acima
exposto em suas linhas gerais, não se aplicar ao.' regulamentos. A se-
gunda, a circunstância de o § l." do citado arL. 1." da Lei Introdutória
estabelecer o termo inicial de Irês meses para a obrigatoriedade da lei
na esrrWl.<;Ôro,
Quan LOà primeira particularidade, é preciso esclarcccrquc, para
diplumas que não constituamlcis em senúdo eSlrito, isto é, at"s do
LegislativO COm o earáler de commune praeoeplUm, admite-se a obri-
gatoriedade u parlirdu publicação, de acordo com o art. ).0 do Decreto
572, de 12 de julho de 1890, que, nesta parte, não se considera revngado
pelo Código Civil."
mesma dispensável, o que não Seda ria" o m erros su bsta nciais, capazes
de modir,car e alé suhlrair lotai mente o sentido da lei.
A correçao da Icl, se efetuada em meio ao decurso da VGwlio legis,
faz comqueos prazos de inlcio da vigência da mesma lei passem aser
aqueles consignados na nova pnblicacão, ou, sendo a meSma omissa,
cOm que os prazos legais se contem a partir dai. Se, porém, qnando a
correção for feda, o diploma incorrelO já estiver em vigor, a publicação
do texto corrigido se considera lei nova, cumprindo aplicar, com rela-
Cão ao texto errôneo, as regras uecom:nles das distinções que aeima
foram feitas."
Na França, conforme a infonnação de Ripert, a práticadosuTa"
ta deu lugar a lais ,bUS05 que gemu uma jurisprudência da Corte de
Cassação, no sentido de que a correção não poderia Ser aceila senao
no plano puramente materiaL" Por sua vez, visando a disciplinar o
assunto no plano leg,l" Comissão de Reforma do Código Civil, nos
trobalhos de 1948-1949, aprovou o seguinte texto referente à m,lério:
"São desp rOVidas de (j ua 1(j uer efeilo as rcl ir,caçOes pnblicadas no Diário
Ofidal, quando não tenham por objeto senão reparar um erro material
ou Sanar uma lacun, evidente"."
A nossa antiga Lei de Introdução, como a generalidade dos Códi-
gos. nenhuma disposição trazia a respeito, mas o estatuto inlrodutório
de 1942. regulando o assunto pelo modo acima exposto. veio trazer
louvãvel progresso ao nOSSo direito positivo que. nisto, como em
outras matérias, passou a assumir posição de vanguarda no sislema
da Civil La",
2. VicenteRáo, O rilr",jO, c;' .. \'. I, p. 385, ver<.251. P,rece que" tr~, ú(lim"'
",tiedados se confund,m num" única, aquol. quo decorre d. na'u""" da
lei.
3 N.At.. O Códtgo Como",;.i de lS50 foi parcialmenle revogado pelo "ou.1
Código (i"';I, oOllSlando, m.ltd. T<vogad. do 1';\''0 li da P,rte E<pedai
4, i'I,1\\,: O • .,IOf se refere ao Código Civil de 1916,
HER.\1EN~unCAJU"!DLCA
5, N.Al.; O arL 185do Cl>digo Penal roi rc"o~do pda lei 10.695/2003.
6. N.At.: o aulor se refere ao Código Civil de 1916, m,,-,<eu al1. 667. "nLe' da
re\'O~çllo pelu CC/2002.já havia sido revogado pela Loi9.61 0198.
7. Sobre e"" imporumtissima maréri., em 00,". monog.-.r", Do nom, <i,i! da,
p<.<.,o"-",,,," rois, p. 300, "OL"448, fIZemosa segtJint~obse t'\'.çI!o,que é OpOrlu"
no seja "'pelida" "la "ltUTa:"Quanto a e>te disposi Li'o (O. ri, 667 do Cl>digo
Civi1),cumpre no lar inicia imenre que os se oSdiz, re, se dev,m " d<-"", roda
in'ervençllo de Mrhur Lemo, (v, Trabollw do Cmni,s/lo Espe<tal da Cdmam
do, JJtp"laJo,. '''), m, p. 103, Rio, 1902), se"d" quo o projeto primitivo do
úldigo Chol, art. 774, assim como Oprojeoo revisto, art, 763 (v. idem, vol. I.
p. 95 e 913) dispunham exaramo",. OcOntrário. Promulgado o Código, foi
logo alvo d. <rfrie. do Be"iIá4ua, 4ue coosiderou o diSI'",;,ivO "'"traria d
"ai"reza do direilo outoml (Cádi!;o Civil com,nl<l<1o,111,p. 227), o me.mo"
dando com outros autores, como ú",.llw s.ntos, para quem o 'd;rei,o de
autor "m nam"," eslrit.""n," pessoal, sendo. poi" a patemid,de d. "bra
um direioo inallenavd e imprescritív,I' (Código Civil !""'PrtI""o, vol. VIll,
p. 477, 6' ed., 1953). Quanto. nós, entendemos ainda que constitui uma
negação do, princípios q'," regem u direito ao nome, '''''eos quai •• e Indui
a iaculdade personall<,ima do sujei'o, d, li!;", o "ome ao produto do seu
tr.balho. fdizmmte com o novo Código Pen.l, dispondo o seu an. 185 que
consti'ui crim, 'arrihuir fal,.men!e • algutm, "[(.', surgiu uma orientação,
esposada p,(a autoridade de Fil.tldro A<ovedo (v Reflexo, do novo Códig"
Penal ,ohre Odi"';tO civil.l\lt/uivoJuditidrio, n. 60, I~ I ,Suple"ltnío. p, 29),
M 'entido de que 'ai di'po,ilivo ",vogou" m. 667 do Código Civil. Com
<fei'o, e'-« mod" de pen •• r nOSparece perfei\amon'e admi,srvel, uma V€.
qu" al~tl\ d" ""is, é du "'plrito do nosso direito público coibir a' prnticas
TERMO FINAL [lA ff[CACIA 1)A I.EI
17, N,AI.' O ,Ulor, .par<n'-"rn<me, quis f"" mençilo ao meSmú .rI. I ,M7,
referido .cim.
18. Vicente R.o, O "i"'IW, cir., v. i, p. 392.
Hf.RMEN~UT' CA J URI n 'CA
21. ESlaS regra, de Unger, que não no. foi JaJo eompuisor no original. e,tilo
tr.nstrila, às p. 51.4-515,nola t, dos i'lilU~ionidi di'illOcivil,. d, raoifiei·
Mazzoni, 4" ed. revis'" c oer••ciJ. Je nOtasf'OrVonzi.O ProLVicente 1<;0
tomhémo. '1'On.oreve,traduzidosdo italiano (provav,imonO<do S.• eJ.), em
sua <1,.Ja obra. p. 313-39+. Esq" ece-s<, f'Orém, das< gundo pon e do 5 .• regra
e omite to",imente" regra 6.'.
22. l'ocinei_Mazmni, r<tHu,;otti, oit.,v. I, p. S14
96
23. Ribas.Curso,ciL,p.ln.
TERMO FINAL DA EfICÁCIA DA LEI
°
H. J> ca,o, por ex'mplo. do .borm,orio Decreto·lei 9.070. de março de 19+6,
J> o proprlo o,dlnl" 0<01"'110do que nos falo Rlpert
23. B"vllj~ua, Código Civil com,nlao", dt., v. I. p. 106·107,
26. Sampaio Doria, C"t"So, cil.. v, 2. p, 186, V.Ulmb/m Glovannl Pacchlonl, Cor·
$0 oi dlrlllo clvlle, oelI, leggi lo general" Torino, 1933, p. 93' "... per quan,o
Entre lan lO,reSta saber a que órgão ou a 'Iue 6rgllos do mesmo Poder
]udidtlrio incumbeessu lureju, A penas aos tribunaisde superiorinsUn-
cia ou também aos juizes de primeira'
O ar!. 102 da Constitui~ào da República federativa do Brasil reza
que "compete aoSupremo Tribunal Federal C.l' C.. ) III -julgar, me-
diante re(urso eXIraordi n;\rio, as ","uSa, de(ididas em únka ou última
im;tância, quando a dccisão recorrida: C.. ) b) dcclarara in~onslitucio"
nali(bde de tratado ou lei federal: c) julgarválida lei ou ato de govcrno
local contestado cm face desta Constitnição",
Por outro lado, o art. 97 pre(citua: "Somente pelo voto da maioriu
ab.<ol~!ade seus membros ou dos membros do respectivo órgao espe-
cial poderão os trib~nai, declarar a inconSI iludonal idade de lei ou ato
normativo do Poder Púbiico".
Não se veja, porém, em tais dispositivos Um. reslri".ão à compe-
lêneia para conhe(erda matéria em apreço, de modo a exclnir os juIzes
de primeira inslilncia. Oquor~m eSlabdecido no citado art, Y7 é apenas
"para quando o assumo lenha .<idoSUbmel.idoa algum lribunul"," Por
outro lado, o texto doart. 102, ao se referir a dccisao recorriMi{ue negue
aplicaç~o<llei impugnaM de" está supondo o fato de ter havido uma
decisão anterior, onde a rrulléria da inco nsti môo nal id adc o u ilegalidade
já tenha sido apredada. Se não tiver havido recurso, o assunto pode
passarem julgado em segunda ou em primeira instancia.
E quais os requisiloS p"ru que a i"wnslitudonalidade daI lei, ou a
ilegalidade dOI regulamento, pos.<am wr apreciadas?
Na ~élebre monografia sobre O, 0101 jnconstit~cio"ais do Con-
gre.'.<oe do Executivo Mie a]~sriçu Federal, enumerava Rui Barbosa os
seguintes:
L') que o direilo ~uja ofensa se acusa assente em disposição
conslitucional oulegislaliva:
2°) que haja provocaçao do interessado;
'''0 <pella, per regola,,, 11'." lOrilág; "<II<i",i•. ümtud lágiu<li,;ada é obbli gato
ad "pplic"," 1, lcggi; ma t obbHga'a a dó <010in guanlo si Irolla verameo,.
di I<ggLOra I. leggi ,"'iale di inCOSliw.ion.lilil form.i. 'unu v,re l'ggi sulo
in apporen><,e tomme lal< PllSSO"Oquindi ",nirc ignora1' dai judiei",
27, No m<>mosmüdo. ". Camposfiafalha, Leia, 11L1'od"ç~oa"C6JlgaClvil, clt. .
•. 1,p.B7
LOO H F.RI>'eNêUTI CA JU RI D LCA
'"
mesma, na sua exi.>tl'nda C.) n •• rgiliç<lo da in~onstitudonalidade,
não há propriamente, ataqucà cxis!ên~ia da lei, e, poi.>.uma revogação
qualquer, senão 'penas defesa COnIra a su, dickia indevida, arbit<ária,
injurtdic." ,"
E como conseguir O aniqullamenru clulei inwlIStituciona!? Na ver-
dade, só uma lei revoga outra lei, e ,dmilir a eficácia figa omne, dos
julgados subre matéria de inconstitucionalidade fora reconhecer em
lais atos o caráter da verdadeira lci, o que não seri. próprio, ao mesmu
lempo que desmentiria o principio dos tr~s Poderes, indepemlcntcs e
harmôuicos entre si."
Assim, a lei decla'"da inconstitucional continua em vigor para
os demais casos,' menos que, 1"''" cada um deles, novo julgado no
mesmo senlidose venha a exa"r,
1S10que, Scm dúvida, ~onstilui urna anomalia, se assim sucede,
é ~om o fito mais alto de presel'\'ar a esubilid.de da Replibliea, evi.
tando a ingerência dos lr~s Poderes, um na alçada do oUlro. Por OUlro
lado, • Constituição, no ar!. 52, X, não deixou de prever um remêdio,
embor~ limi\<ldo, p',~ eSSa,iluação, Com efeito, reza o mencionado
cltsposilivo <jue ;n~umbe ao Senado Federal "suspender a ""ecuçolo.
no rodo ou em parte, de Id ou decrl:to declarado inconstitucionais" por
dccisilu clejinWva do Supremo Tribunal Fedeml".
Essa decisão definiliva pode dizer respeito à mattria de qualquer
caso panicular,julgado ou não .nteriormenle por OUlro Tribunal ou
por juiz, desde que o fundamenlO d. decisão imporle em matéria de
inconSlhucionalidade ou ilegalidade. Pode assim não ter mesmo sido
invoc,d, a inconslilucionalidade pel05 interessados, pois a Consli-
iui,·il.onão exige lal, e, como vim05, isso não constitui condição para
que esse assunto seja examinado.
Seria esse, pots, o processo comum e ina;rl:W de se chegar à decla-
ração da inconstitucion.lidade c, pOS1CnOrmenle, à SllSpfllS<lOda lei
ou decreto," cuja força passa a ser verdadcira revoga,'ão,
Om, temos pa~J nós que a possibilidadede se ",vogar uma lei pelo
cessaçao de su~ rJzã<J de ser, total ou parci~lmente, estaria subordina_
da ao enqu"dmmento do assunto noS casos de auto-revogação lácita,
como aqueles em que a lempomriedade do diploma decorre do suo
própria natura., em que a lei se deslina a Um r.m certo elc. (v. item
4. L2, Espécies de revogação daslcis),"
56, E, por ","'''plo, o que sucedeu com O inciso IX do § 6," do aro. 17~do Códi·
gu Civil, quo <,,"bd<da" pr<scri,ãu Je um "nu p.m a "Çao d< cobran,a de
°
honornrioo médicos. O D,creto·lei 7.961, de 1945, aum<n'ou prnzu parn
<inço an05. 11te; de 1~4~revogou o decre1o_le; «m "",'ab,loe" o prnzo
.,,,,,lor, o que só se dtu e,n 1956, CO," • l.ei 2.9"1.3.
N ,At" O an, 176. § 6,·, IX, tio CGI916 <urrcspu"d< aO.n, 206. ~5,·, 11.do
Crn002, que es'abelecru o prazo do prescrição em cinco anos.
57. Serpa 1.01>"" C""o,cil .• v, I, p, 92, V. a hibhograha ai indicada' Gian'urco,
Si'la"", v, I, p. 33, § 11: Dcrnbnrg, P"n<klle. d'., "~o I, p, 76, ~ 30, <tOlo7;
Co"iello, Man"all<, p. 97; Tenório, Lei'" ln'm""{ào,cil., p. 92; Maximiliano,
r-rmne"tulf,", d'., n, 455; 51OIf"DirWIlchilc, v, I, n. 2J 7; Fran«n de Uma,
Curso, v. L n. 130
>06 L,ERMU.,eUTI CA ]URlll1CA
58. Geol'gos Ripcrt, L< régimc dtmo,rali<jU<, cit., p. 29; trala-se d. Lei de 3 de
março de 1922, wbr" momlória
59. W"hinsoon de Rarw' Monteiro, Cu",o, oi1.,p. 34-5; RT 2131361.
H~"O rlNALDA EFICÁCIA DA LEI 107
1
CONCEITO DE COSTUME
i. V.,de no«a aUI mia, Lei-Co nceiOo, <:ará, er, espécies, ~pe"~rio ",,;idoptáiw
,luJlr<iiu b,,,,lieiro,
2. Borges Carneiro, Direito civil J< POrlugoL di., v. 1, p. 4ll, ~ 15, n. 2; Trigo d<
Loureiro, 1""ilUiçoc<,<it., l. I, p. IQ: Ribas,Cur.lfl,ciL, p. 74; Coelhoda Rocha,
1.'liiuiçil<'. cit" v. I,p. 21, § 39.
3. Bernardo Windscndd, Di",llfl dell, pOM<ll<, v. I, p. 50
4. lIiba<,Cur.<o,ciL
2
HISTÓRICO DO COSTUME
1, "Inv<<<,"" con,uetudo P'" lege non irncritu cu"odilur et hoc e" ius, qued
dkitur moribus coS[iLutum"- "Diulurna con,u<tudo por iure Oll'go in his,
quae non 'x scripto, descendunt observari 'OI<L"_ ,f, R<gIa', I, 4.
2, "Quando algum cas.of~r"azidoe'" pr~llc", quc5<jauClerminadoporalgum.
lei de nossos Rein0<,ou •• ti lo de ,"o,," eôn o,ou coslumes em 0<di t"' Reino"
ou em cad, "'M p"rtt: Mies long,mente usado, e 1.1que por dif1OilOse deva
guanbr, "ja por !Ios julg>.do ete.· (Liv", 111,Tr",lo 64, pr .. eu. de D.TIdido
Mendes de Almeida, l870)
3 Borges Carneiro, Dlrello rivll d<Portugal, dt., v. I, 1',49, § 15, n, 11 < nOla 2;
Trigo de Loureiro, l"sli'"i(M,<, oil" v, I, 1', 19, § 30; Coelho da Rocha, 101.<11-
'""Õ", di., v. I, § 39
H'$TO.,(O no COSl1JME III
Por outro lado, a nOSSalei, aliás referida pelo próprio Franzen de Lima,
repele lal teoria, uma vc;: que admite a prova do costume 'pelos meios
3dm issl veis em j ui:! o" _Se gu n d [)a orientação em a preç [), só poder; a se r
aceita m~diante certidolo de senlençu judicial, transilado emjulgado.
Evidentemente, é esta uma teoria inadequada.
9. Isl0, ,,, id, nl<mrnl<, nao impede q"e, por vezes," forme um COS, umecontra o
direito natural, dQ mesmo modo que as lcis propl'iame n, e dita>, Es>es,pol'ém,
scri.m os m.us C05IUtl'CS, cuja curreçilo deve ser reh. "t,,"vés das bo., leis.
lO. Riba" ürso, cil., p. 74
11. BeviM4Ua,T<oria,CiI.,p, 30, ij 2],
12. Ráo, Od;r<Ho,oi1.,v, I, p. 276-277.
E,!'teIES E FUNDAMENTO DO COSTUME 115
1
Do CONCEITO E EVOlUÇÃO DA JURISPRUD~NCIA
20. Cf. Ribas, Curso. <il.: Corlo< de Corvalho, No," Co",oiida,ilo, cil., "rt. 5.0, I,
olfncai.
2
DAJURISPRUD~NCIA NO DnHlToATUAL
2.1 Estadogeraldaquestâo
Cumpre vermos agora, no direitoalual,. questão da possibi] idade
de adquiri r. jurisprudcncia, seja ela secundam !cgcm ou prafter legem,
caráler análogo.o da lei, vale dizer, canUer de Cammune praeceprum,
de norm. geral, de regra obrigatória de Úireito.
Ora, o principio básico definitivamente consagrado, a ",>peitada
matéria, no âmbito da Civil Law, é O de que os julgados anteriores nilo
vinculam nccessariamenle o magistrado, ainda que se trale de de~isóes,
suas ou d. uibunal da mais aha instância.
O nlpido estudo que ['zemos a respei'o da jurisprud~ncia através
dos tempos e dos povos mostra bem que é essa a lradiç~o herdada do
direito romano e confirmada pelos povosde legislação afim. Reiteram-
n. nao só autores de obras gerais, já citados _ ao lado de cujos nOmeS
poderfamosacrescentor o de Planio!. Bonnecase e outros-, como ainda
escrit"res de obras especializadas, entre eles Caldara, Fiore e Gtny,'
Razões profundas corroboram rSSe modo de pensar. En,re dos,
poderíamos referir, primei ramente, a circunst!lucia de que, na genera-
\i,bde das suas decisões, O magistrado não aplica o direito (nem deve
aplicar) segundo uma fórm ula matemática pura e simples, maSatende
a circnustâncias fáticas de ordem moral, social, psicológica e até po-
lftica, que nunca são as mesmas para o caso seguinte. Porouuo lado,
recoo hecer nos julgados, indiscriminadamente, "canller decommune
pracaplum import.ri. em .tribuir-Ihes validade ergQ omnes, o que
lançaria por terra a multissecular, trabalhada e complcx. doutrina da
coisa julgada, cujos pri ndpiosconslilUem • m.isdecisiva s.lvaguard.
dos direito, d c lere oi.-osnão oh amados ã lidc.Além disso, especialmente
nos dias que correm, é conhecida a sobrecarga de serviço acomelida
aos nossos juizes e tribunais, e é evidente que uma conclusão juridica
menos meditada eslá longe de conslituir uma expressão inat.cável do
direito. No lUeslllOplauo, o próprio recurso d. advogados e juizes, no
sev tido de desca nsa ras SUaSmzl'Jese dedsiles em máximas judiciárias,
sem qualquer ponderação do respectivo valor intrlnseco, tem contri"
bUldo, como num circulo vicioso, para a queda do nlvel denH~~o da
própria jurisprudência, Na verdade, assim procedendo, causldicos e
magistrados correm Orisco de encami nhar novas Jecisiles que, il falta
do indispensável reexame, carecem igualmenlede maior valor jurídico,
e cujas emenlas, por sua vez, passam a Ser referid.s como eSlribo de
ouuos julgados que nem sempre atravessam Ocrivo do necessário e
detido reexame, Assim, sucessivamenle, o erro vai gerando o erro e,
por vezes, durante décadas, como, por exemplo, no caso da teoria da
propriedade do nome, consagrad. peb .i urisprudência francesa, ajusliça
e o dileito se véem gravemente sacri fi cad os. pois a rcpeliçao mec~ nica
dos arestos vai se erigindo em autentica wrJadc de evidencia.'
Além de carecer' de qualquer base consli lUciona I, a ereção in discri-
minada dos julgados em norma geral obrigatória serb excessivamenle
arriscada e perigosa para a própria ordem reinante no Pais. É cerlo que
se poderia j nvocar, em contrário, o exemplo do Common La"" no qual,
em sum., ajurisprudência é a principal forma de expressão do direilo
posil 1\'0.Mas tal argumento, par~ logo, resultaria inócuo porque, em
primeiro lugar, o direito jurisprudencial anglo·americatlo em muito
se diversifica do n0550, especial mente pe b ci rcu nstânci. de cons titu ir
um corpo perfeitamente orgânico, ao contrário da jurisprudCncia do
Ci"il La"" integrada por julgados esparsos, e, ainda quando constan-
tes num delerminado senlido, sem qualquer dcpend~ncia necessária
de um conjunto próprio de prindpios. Por outro lado, mudar uma
jurisprudência no regime do Common LAw é algo muito mais gra"e e
diflcil que revogar uma lei entre nós, pois os julgados recentes, COlHO
nos informa René David, não podem competir em valor com os mais
antigos, considerados, muito mais que aqueles, como verdadeiros e
obrigatórios,'
Niloobslanle, excep~ionalmenle, lemos para nós qUE,preenchidos
uns tantos requ isi [as, a j u risprudéncia (não os .i ulgados, ma, " Tere tição
constante, racional e pacífica destes) pode adquirirverdadcim caráter
de preceito geraL
É, a nosso ver, quando pela força da reiteração e, sQbrerudo, da ne-
cessidade de bem regular, de modo eslável, uma silU.ção ~ão prevista,
ou não resolvi(!. e><pressamenle pela lei, e1. assume os caracteres de
verdadei co êOSlUme juàidtlrio. Como e por que é possível a incidência
de lal situação - eis o assunto do item a seguir.
3. TraiU,cit.,p.27).
4 Cf. Sa\'ign)',Si"'ma, cit., v. 1, p. 97 e SS., !'uoh ••, Cor.lo, ciL. p. 9.
5 Cf. Fmnçois G/ny, .04""0<1"cit., § I 16.p. 347.
[),' JU~ISr~uDtNClA ';0 "'"F.lTO ATU.~L 129
10. Cf Grorges Rip<rt,Lc d,din du àmil, cli" Capo Vt, p. 155" ••.
3
DAS fUNÇÕES ESPECIFICAS DAJURISPRUD~NCIA
1
NOÇÚES PREAMBULARES
1.1 Preliminar
Coaçejtg e term!oQlowa
1.1.2
,
O "direito cienUfico" também chamado "do]] trina" ou "cjfnei.
, '
juridjca", é constituido pelo conjunto orgânico do, reS\lhgdo, dai
indagações dos profi:;sjopaj. <!.gdireito especialmente da'lueies que
se dedicaram cxp~fe'so â respectiva pesquisa.
Ilf.P Mf.N eUTICA J U RII>lCA
1. V.5y'1<m,ciL,v.l,eCor<O,ciL
2, V.,de no",",aUloria,Forma., ,arli""do do dl""l0 po'lIIvo,di., p, ti < <S.
2
BREVE HISTÓRICO
SWMARlo:
2 I Direito mmano_2.2 Direito medieval- 2.3 Direito
I u <;<>-br",i Iciro,
2.1 Direitoromano
3.1 Preliminar
N um rápido esboço podem distinguir-se, como o[ienla~"es fun-
damcntai" " respeito do direito cientifIco, as seguintes:
a)" de Ulpiano eJustiniano:
b) a d. Heineccius;
c) ade Sa,'igny e Puchta:
d) a de Wind5cheid;
e) Q fuie, Reohl;
Da orienlaçJo de Gény_
3.2 lJlpianoejustiniano
No PigCSlOencontramos este texto de U!pi,no;
J uTIsprudentia est divioarum alquc humanamm rcrum notitia:
jusli alque i ojusli scientia"
Como se vê, há ai p.lente exactrbação do alcance do direito
científico, elevado que [oi ilcondiçao de conhecimento abrangente de
toda a f,lusofla e da própria teologia (cf D. 1, 1, 10, 2).
Não obslan te. alguns século, depois,J ust ini. nOrcpel iu as palavras
de Ulpiano, conforme se vê nas !nstilUlas (1, 1),
Em verdade, porém, o imperador não acredilJva neSSa.sserliva,
pois, no Dcc<mjormu!ionediges!orum, § 21, infine, proibiu os doutore'
de inlerprelarem a, suas leis, sob pena de destruição elos respeclivas
obras e incriminação de delito de falso.
O texto onde issose dá é o seguinte'
'"
"[taque 'lulsqui' aU'liS fucri! no,tram legum composilionem
commcnlarium aliquod .Jjkere." is seia1, qnod et ipsi lal,i reo
legihus futuro, cl quod composuerit, eripicitur, et mod;, omnihus
corrumpelur".
3.3 Heinecdus
Sua lição depara-se na, Reçilalioncs, 1, 26. onde define doutrina
como O "hábito pn\lico de inle'PrelGr as/eis retum,nte e ap!kaA(ls wm
tXulià<lo ao, caso, concretos"_
Heincccius tcxalamcnteo que se chama Um legjsla, um dogmd-
lico.
A rigur não reconhece nenhum papel normativo autônomo d.
doutrina.
É um precursor da excgesedu Codc ••••
'apolton.
3.5 Windscheid
Seu ensinamenlo est, noS Pandeklen, § 74.
Conforme ai se pode ler, "o trato cientifieo do direito ndo se cir_
CunSCreveaoS limites da intetl'retação"_
Colocando-se prontamenie contra a lição de Heineccius e apro-
ximando-se da orienl"çâo dos mestres da escola hiSlór!ca, assinala
ainda que, quando a interprelação "já desempenhou o Seu papel,
cumpre desenvolver os conceilos comido, nas normas jurldicas e por
seu intermédio "dquiridos".
HERM EN ~1'T1C.~ JURíDICA
"8
3.7 Gény
Em SuaS duas noláveis obms, Ojá cilado Mélhode e a Seie"ce el
!é,h"ique, em + V.," mestre frands, por certo o principal crítico não
Só clo.freies Rechl, como do agonizante positivismo jmldico, d~u ao
mundo do direito uma das maiores lições de crilério e bom SenSo.
Ela eslá expressa em sua cél~br~ frase: "Par l~ Code Civil, lllais
au delà du Code Civil".
É essa a pedra de toque de loda a su, clarividenle doUlrina. se-
gundo a qual a l»Ise do sistema jmldico é a lei, mas, rara além da lei, o
direilo cientllico traz um grande papel normalivo a desempenhar
D~ certa fOTIna,é essa a orientação que lemos suslentaclo ao longo
da genemlidadedos nossos trabalhos.
seguros que possam colimar, da parte dos magistrado, e do, outros pro-
fissionai, do di rcito, uma construção cienllfica da regra de equidade.
11, A Parte 1II vem preencher nma lacuna das anteriores publi-
cações, posto que, com dcito, é principalmente sobre a norma legal
que se descnvolv~ a h~rmenêUlicajUlidica_
Na verdade, a lei é a forma fundamenlal de c'pr~ssão do direito
(v. Apendice), de onde aI cuidarmos das Suas noções fundamenlais, e
dos scns termos, inkial e Iinal.
12, A Parle IV,acrescentada nesta 6' edição,' é complementar à
Parte m, posto que, conforme Oarfo4,' da Lei de Introdução, Ocostume
é apliqjvel qua~do, nonna legal forom;",_
13. A P,ne V,concernente àjurisprudênci" complemenLa • Par-
te I\~ pois ,e tml' de Uma d,s duas espécies do costume erudilo, em
contraposiçao ao popular,
14. A Parle VI, referente ao direito cientifICO, é a outra espécie do
cosltlme erudito, com.s funções específIcas que aI se consignam.
1. N,AL:A presente ediç~ é. 8,", lendo o ''''''o sido desem'olvido p"r-.a 6,",
Apêndice
FORMAS DE EXPRESSÃO DO DIREITO POSITIVO
9. V.,no mesmo senlido, I\le•• ndre Comia < G"Cl""O Sei.seia, M""""L dt., v,
1, p. [2,
10 N. ac<pçao de conjunto do, pronund.",en'os dos órgãos da rUTI\'ilo
jLldi_
eOI\',.
<6, I LE"-" EN~UTL CA JURfl)l CA
5. Obra de Gény
A maior obra, enlretanto, que 5Eescreveu até hoje sobre a ma-
léri. foi. daquele em cuja honra esses estudos foram publicados, o
eminente França!s Gény, por sinal o grande restaurador, no direito
privado, da concepção clássica do direito natural. Denomina-se Mé-
Ihode J'inlerprélalion cl souru, cn droit privé posilif, dois volumes,"
cujas conc1uSCes foram posteriormente completadas por outra reali-
zação magistral, a Scienu el léd,nique en droit prive posilif: em quatro
volumes,l'
De profundo significado é a SUa contribuição no setor da me-
todologia da interpretação das fomes, assim como da construção
científica do direito. Quamo, porém, à qncstào da idenliflcação das
fomes e da sua classificação, Gény fica no lerreno tradicional, distin-
guindo fonles subsurm:lais de fomesformais. e, em meio a estas, a lei,
o costume, a tradição e a autoridade, compreendidas aí a doutrina e a
jurisprudéncia. "
17, Mtrhock,cit.,v.l,p.239,nolaL
18, L/on Duguit,Manuel de drDi!conSlllutlonnd. p. 66,
19 AlOjurldico. conformoO.r!. 8J do Cc. é "todo o alo hcilO,4u<l<nb. !Xlr"m
imedialoadquirir, ""guaniar, lran,fcrir, modi"cor ou ex(;~gulTdireito,"
N.AI.. O.rl. 81 r.r.ridoocimo foi""'ogodo, pon. que OrJ Jo CO<ligo
Civilde
1916.Sugo",.", o l'icu.-. combinod. do. ar", 104(negóciojurtdko) < 185
(OIOSjurldico. ifcito,) do .tu,i CódigoCivil.
lO, Rog<rBonn.r<!,Prt,~oedroU p"olic,p. l_cf. Duguil.Mon"d, d<-,p, 67--69
HERM EN~lJTICA J u.l D[CA
2+. Usamos, "P IT$ãu parJ ". p'i m ir , unidad, mom I. das >on tadesiIldi\'iduais,
"!lão • idéiade um s<ca. ió"omu COllfO""." ensinam", 10 da ",",01. histórica
(v. Alexandre Correi'. Concq>\'ão wmi"" do direilo na'ural. A "010",0, p.
114-128).
2S Jullon Bonnecase, in llimdry_lacantincrie, Supplément ao Tmtlaw l<o";ro
pmliw, Paris, 1924, I. 1,1'.396 e ss .• v., t>mbém, 1"Ir<xl"cIIQ"IJ.i"frud. du
um",
'66 HERMEN~Ul'ICA
JU~lDlCA
34. Cf. Aie,""u", Curreb € Gae'ano Sei.seia, Ma",,,,I, cit., v. t, 1', 12.
169
Mas t bem de ver que a forma, por si mesma, não tem maior
importância, se não vem acompanhada da matéria, do conteúdo que
objetiva .deflne. E é cvidcmeque ""'" oonlcúdo, parachegaraadquirir
fonna, passou necessariamente pm um largo processo de elaboração,
cujo estudo respeita exatamente aO capitulo das fontes do direito
propriamente dila5.
Eis por que, a despeilO da d istin çilo, para nós indispensáv e1.co Irc
junle efonnu do direito positivo, retom.mlo algumas Iloções acima já
esboçadas, tenlaremos precisar bem a distinção enLre a5 diversas fon-
les direito, pa," só depois classificarmos as suas fOTInasde expressa0,
impropriamente chamadas fml!es formois.
Assim, quatro seriam as espécies de fontes do direito, a saher: as
JonUS his(óri<"-,, as jonles genéticas, as fomes in,trumenlais e as assim
chamad", jonles jormoL" para nós, simplesmente,jormas de expressão
dodireiw.
este prisma, o estudo d.s fonles pode remontar 'os mais longínquos
(e nem sempre menoS import.ntes) f.tores da fonnação de um povo
ou de uma cultura.
O estudo das fontes históricas das inst iwições jurfdicas t in.
dispensável .0 Seu detivo conhecimenlO, Como observa Slernherg,
"aquele que quiser realizar o di reito Sem a história nllo t jurisla, nem
sequer um utopista, não tmr' à vida nenhum esplrilo de orden.ção
,ocial con'cienle, senão mera de,ordem e deslruição"."
No que coucerne à sua correla~ao cOm o estudo das dem.is espé"
~ies de fonte" t de ,e assi na lar que é a hi, t!iria do direi to que possibiH t.
o melhor conhecimento das condições relativas às suas fonles, quer
genéticas, quer instrumenlais,
Poroutro lado, essa regra nãose exprime por si mesma, nem pode
seridêntic. em diferenLes lugare,e morncnIO'. Cumpre. poi', aquiialar
aSconveni~ncias daSlla aplicação desle ou daquele modo, oUainda, se
mIo fora melhor, diferira Sua prornulgaç10 para oca,ião mais oportuna.
Ponderações dessa natureza s10, em suma, aquilo que respeita à parte
do arbítrio humano na g~nese do direito positivo, muilo embora esse
'Op"lOp~O)J~l!.lJOpsawr.l!p so ~WJOlllOJ
. o~~r.JIJ'ss"lJ
. ~ m~l~]dUlO~
0UU'wy [~mno 'mW(1 OU'1U~mn ~'~-'Oln~SOwa'3up dSO~U'~pUp-'~"
uu '~nb SOUl"lOU'upu~p~~O,l(J~~)J~u~'3cns r. open~lJ~lle SOUlU'lll~l
olucnbuoo ':<I,O~",-'pJoq~l ~ ~ÁE""9 E] "I' ~'ll;,lJ\lwd ~lsodOJd
"')UllUO]'''IUOJ" '~p OU)U'lJ'SSUP~ OpU2UlUl2X~'Oli~P mo:)
'~IU~Ull"")Uln,,-,dlUJ!jdn SOWdJU1Udl ~nb Osp-
~puZ\-I~]nJi11Ud"p~d5d uwnu SOl2SIUl~p olu,wednlSu OI'~ o~)uulUl
-ouap 2S5:<p?nblOd O ·,nIPI·mí"',-,of WOl'owJ ~p '!"PO' s0li' C.'I
'n}'PI,m[
"J~oJlUa} ,ow :<lu:<ws:<ld
W!Sno 'n:>!pJ-1n(
OJ~oJlUOlowJ Jp '!ppo, '010
JW'1II0U"P ,oUlodOJd ;mb ~J1ojj~l~~~pnbt 2J0'32 50W~S5Ud
UA!li:lJ30or.)JoJ ,wn552 ~ Op2lll)~rqo~ 011"1)1'o s)2nb '01'
OI~m100'" Ill"llOdlU!'i]2WSOpOUl SOl'UPiA1)P w~s ~'osu~w [OAl"~2ndS
ou ''''lU'''"J1UO' sa\Jcd SI' w"!~s ~nb "'lU1= '~WqUl~s"l~ln~)ll~d 'ti
°
'2F'A~1~s Oll"-'!p 'i]2nb 'E]~d ",,,uoJ 'J1UJW[2n'3!'OlU"lwd 'O~S
'~luunW ~ Ul~nuoo UPU~,'!AlOlS~Jdw"Ul'pod SOlEs,,"'~ 9" "i~nb "u
sr.w 'Ir.l~;j=19d1q OUlOO ~)" !"J o~nbs"º)~nl)S SEI'olunfuo) OOpOl
E1U~S"2"s ~"&<J Ern~ WJ ""JipJJn r S3Q~r.p' S"W'55JJ<~]dUlOJ
~p ~U1~11
~wn 'r.SSOW 3wWUJ r.ns eu 'Ul"ll'~m 'S"1l2dS~"-'lU~!'I OpUJZU]''''UI
'J"J~3J~ll"~~ ~p S~WIOUWE)2Jl OUU'~lu~ulalU~P!A3'Jnb s.1Jnl"~l).nd
'O''PJ.1n(SOP9JlJUSopOlUnfuo~o ~J~lro~ 'Ol!"-'!pop O~S""ldxJ"I' EUllO)
OUlOJ'Ol!pJ-1n(OI0~poJdwEOlp~"'J)OpO'IU3pr.pul"':>lmwJ"U1,j
"oPV3JU W!S~',P!! o~u
~sop"""'nlUl ""Ul'Cn~JJJOlnU) s;)lJr.d~q O~U'op!p,d m,w O~U~S'~l!p
:/lu3WUjldmd '0I'Jn ~ISlX:>oçu ~nb w" 'p"VJun!o" OpJ!p'!~n(dp SOl"
SOSOUlJnpU)Ol)~~UO~n~s 0N 'Jl:l W~Anlu! OPr.J53O :>nbw, SOjEll
-uo~ SCl 'SO~)WllS!U1WP2SOSSJ~01dsou SopEJ~n s0'l~~ds~p'o OWO)
'50r2'I1"ln~l)ud SOAllOllS\U'Wp~ 'Ol~ so 'o~YPJd", OpOW3p 'l:J'iP
sOUl~nnb 0~S,aJdJ<3~l'" WOJ'~p"pln"N '""mlEU J211S,~p ']EIJS
n1~1"":Jp "omuou "'J)nO"q>' 501UdW2[n'3:Jl Sop W:U~J'P01LnUl1II~
~nb Ul"piSUW JS :Jp~ SO"!l""ISlu''''pn ,m!pl-Jn( SO)l> So~OIUEnLl
"UlEJJpuods'lJO) nOw3puods'1-'O~ 3nb 2 S:>pq>'POS
"'A!l)~ds:JJ SOUs;)luUnl" SOl"l'P SOp~!1J01'" Ul~-"l Jod dludwlud
HERM ENElJTlCA JU ~jDICA
17. Outroscritério5
Outros cr i1érios, porém, podem ser utilizadus para a classificação
d.s formas de expressão do direito, como, por exemplo,,, da impor-
Mncia queapresenta na integraçãodo sistema jurldico_ Desse ponto de
vista, distinguir-sc-ia inicialmente a lei, que é a furma f~ndamenlal,"
considerando a5 demois formas complemenwrc.<entre das-" COSI mn.,
a jurisprudência, o direito cientifico, os principias gerai5 de direito e
os broeardos juridiços_
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1925,
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185"
PRINCIPAIS ORRAS DO AUTOR
V_Outros livros
x- Legisl.ção
L J"'I'p",dt"'ia do, contraro" S~o Paulo Ro\'i". d", Tribunais, 1977 (es-
gOlado),
2. J"'i,p",dbtClo do mnd""'lulo. Slo P.ulu: Rc.iSla dos Tribunais. 1977
«,guladu)
3 J"l"i'p",dtnclo do "'"capj~o. ~o I'aulo: Revi>!a do, Tribunais, 1979 (es_
gotado).
4, Juri.prudmda das "çDt .• pO'''''úrias, ~a Paula: Revista dos Tribunais,
1979 (esgot.do).
5, )u,-;spmdt"cjo da p''''''i{~o e d<code>uio. 1979
P"'NCIPAI$0"1lASDOAUTOR
ISBN 976·65·203·3490·4
EDITOAAITi'
REVISTA DOS TRIBUNAIS