1) O documento discute vários argumentos filosóficos para a existência de Deus, incluindo os argumentos cosmológico, teleológico e ontológico.
2) Os argumentos cosmológico e teleológico defendem a existência de Deus com base na origem e ordem do universo, respectivamente.
3) O argumento ontológico de Anselmo defende que Deus necessariamente existe porque é impossível conceber um ser maior do que Deus.
1) O documento discute vários argumentos filosóficos para a existência de Deus, incluindo os argumentos cosmológico, teleológico e ontológico.
2) Os argumentos cosmológico e teleológico defendem a existência de Deus com base na origem e ordem do universo, respectivamente.
3) O argumento ontológico de Anselmo defende que Deus necessariamente existe porque é impossível conceber um ser maior do que Deus.
1) O documento discute vários argumentos filosóficos para a existência de Deus, incluindo os argumentos cosmológico, teleológico e ontológico.
2) Os argumentos cosmológico e teleológico defendem a existência de Deus com base na origem e ordem do universo, respectivamente.
3) O argumento ontológico de Anselmo defende que Deus necessariamente existe porque é impossível conceber um ser maior do que Deus.
Desde o início dos tempos, o homem tem vindo a discutir sobre
a existência de uma entidade poderosa, Deus. Tem surgido várias teses sobre este assunto e nós vamos analisar alguns argumentos e respetivas críticas, que surgiram ao longo da história da filosofia. Entre eles estão os argumentos teleológico e cosmológico de São Tomás de Aquino, argumento teleológico de William Palley, a nova versão do argumento teleológico, a teoria da afinação minuciosa e o argumento ontológico de Santo Anselmo de Cantuária. Antes de passarmos aos argumentos em si, vamos falar um pouco do seu significado -Argumento cosmológico -Argumento teleológico -a posteriori -a posteriori -justifica a origem -justifica uma finalidade -argumento dedutivo -argumento não dedutivo -parte de factos empíricos -comparação do mundo
Argumento cosmológico de São Tomás de Aquino
O argumento cosmológico de São Tomás de Aquino consiste em encontrar uma causa primeira para a existência do Universo. São Tomás de Aquino parte da premissa a posteriori de que tudo no Universo precisa de uma causa para existir e que nada se causa a si mesmo, por exemplo, quando fazemos uma fila de dominós e empurramos o primeiro, o que vem a seguir vai cair porque o primeiro caiu e assim sucessivamente. Por isto, podemos observar que tudo tem uma causa. A estas sequências de causas e efeitos, chamamos cadeias causais. Estas cadeias, segundo São Tomás, não podem regredir infinitamente já que tem sempre de existir uma causa primeira, sendo essa causa Deus, que é uma causa incausada. Críticas 1)Este argumento mostra-nos que numa cadeia causal só existe uma causa primeira. Mas será que não pode existir mais do que uma causa? Para não existir várias causas primeiras, São Tomás de Aquino teria de provar tal coisa. 2)São Tomás diz que não existe nenhuma cadeia causal que regrida infinitamente, ou seja, não existe uma cadeia que não tenha uma causa primeira, mas, por definição, uma cadeia causal que regride infinitamente não apresenta uma primeira causa. Portanto, este argumento é falso. 3)Mesmo que possa existir uma causa primeira, não tem necessariamente de ser Deus teísta. Em vez disso, poderia ter sido o diabo.
Argumento teleológico ou do desígnio
Existe duas versões deste argumento a posteriori, a nomológica que significa ordem ou lei e a teleológica, que significa que tem um fim ou um propósito. Com este argumento podemos provar a existência de Deus a partir da ordem do mundo ou a partir de um propósito. Este argumento é baseado numa analogia que compara os objetos com a natureza e, dessa comparação, chega-se á conclusão de que como os objetos têm um criador, então o universo/natureza também têm um criador, que é Deus. Argumento teleológico de São Tomás de Aquino São Tomás de Aquino, na «Suma Teleológica», apresenta a quinta via, que tem o seu fundamento na causa final de Aristóteles, como argumento teleológico a favor da existência de Deus. «A quinta via é tomada da governação das coisas. De facto, vemos que as coisas sem inteligência[que carecem de conhecimento ou são destituídas de cognição], como os corpos naturais, atuam tendo em vista uma finalidade, e isto é evidente a partir do facto de atuarem sempre, ou quase sempre, da mesma maneira, de modo a obter o melhor resultado. Assim, é óbvio que não é fortuitamente, mas antes com desígnio, que atingem as suas finalidades. Ora, o que não tem inteligência não pode direcionar-se a uma finalidade, a menos que seja direcionada por um ser dotado de conhecimento e inteligência, como a flecha é disparada para o alvo pelo arqueiro. Logo, existe um ser inteligente por meio do qual todas as coisas naturais são direcionadas para as suas finalidades; e é a este ser que chamamos Deus.» S. Tomás de Aquino, Suma Teológica(Questão 2, Artigo 3)
Esta quinta via procede da finalidade que que existe na
natureza. Se observarmos a natureza e o universo, vimos que, até mesmo nos mais pequenos objetos, tudo tem uma função e agem entre si para atingir um fim. São Tomás de Aquino recorre a uma analogia de uma flecha, que para atingir o seu alvo precisa de ser atirada por um arqueiro, cuja mestria a dirige para esse fim. A flecha não tem qualquer direção, a não ser quando atirada pelo arqueiro. Assim, como os outros objetos desprovidos de inteligência e conhecimento, como a natureza e o universo, só têm uma ordem se forem dirigidas por alguma coisa inteligente, sendo esse ser inteligente Deus. Críticas 1)quando procuramos justificar a finalidade das coisas, partimos muitas vezes da proposição de que existe uma inteligência criadora por de trás desse fim. E, existindo uma inteligência criadora, por de trás desse fim, fica justificado a finalidade das coisas. Neste caso, encontramos uma circularidade, isto é, um argumento pressupõe o que havia de demonstrar. 2)uma outra crítica é o darwinismo. Esta critica diz que qualquer coisa pode agir para um fim, não por existir um ser inteligente ou Deus, mas sim devido ao darwinismo, ou seja, os seres vivos resultam de um processo de evolução e de adaptação ao meio e ao ambiente por seleção natural……. 3)não se prova a existência de um Deus teísta, já que este argumento não mostra que existe um Deus omnipotente, omnisciente e sumamente bom
Argumento do designio de William Paley
Discurso teams Resumindo: estamos numa floresta, batemos contra uma pedra e ficamos a pensar como ela foi lá parar e chegamos á conclusão de que sempre la esteve. Mas suponhamos que encontramos um relógio. Não podemos dizer que o relógio esteve sempre ali, porque se o inspecionar-mos, vemos que todas as suas peças estão associadas com o propósito de fazer mover os ponteiros para vermos as horas. Dado esta complexidade, chegamos á conclusão de que o relógio teve um criador, o relojoeiro. A natureza é semelhante ao relógio. Cada coisa na natureza, tal como as componentes do relógio, se ajusta a todas as outras coisas com a precisão necessária para que possa cumprir o seu propósito. Tal como o relojoeiro concebeu o relógio, também Deus, criador do universo, concebeu a natureza e atribuiu a cada coisa a sua finalidade.
Criticas ao argumento teleológico ou do designio
1) Fraca analogia. Não podemos comparar coisas que não são comparáveis. Por exemplo não podemos comparar um relógio com a natureza sendo que são coisas totalmente diferentes que não podem ser comparadas. 2) O Darwinismo, que diz que os seres vivos resultam de um processo de evolução por seleção natural. De acordo com esta teoria, a variedade e complexidade de organismos vivos bem como o ajuste das suas partes para as funções que desempenham deve-se á interação de dois fatores: 1- as diferenças aleatórias entre os membros de uma especie...... 2- a seleção natural.....
Nova versão do argumento teleológico ou do
designio Esta nova versão baseia-se na afinação minuciosa, isto é, em como as constantes físicas estão minuciosamente afinadas para a existência de vida. Tendo isto em conta, podemos explicar este fenómeno com um designer, isto é, um criador e o acaso. Dizer que a criação do universo foi fruto do acaso é um absurdo, visto que é muito improvável que que o universo tenha sido criado ao acaso. Mas, por outro lado, se o universo for fruto de um designer inteligente, então assim não é surpreendente o universo ser afinado para a vida, porque se existe uma entidade omnipotente e bom a criar o universo, esta hipótese não é de todo baixa. Assim, é mais provável que o universo tenha sido criado por um designer do que ao acaso, sendo designer é Deus. - Mas será que a afinação minuciosa do universo se deve a um Deus ou deve-se a mais desuses? O designer em questão pode ter poder suficiente para criar a vida mas será omnipotente, omnisciente ou moralmente perfeito? Com base neste argumento é dificil demonstrar que seja Deus teista, porque a criação do universo pode ser obra de mais deuses e as falhas do mundo podem servir como prova de que este não é obra de um ser perfeito Argumento ontológico de Santo Anselmo de Cantuária Santo Anselmo apresenta este argumento a partir de premissas a priori. Santo Anselmo define Deus como «ser maior do que qual nada pode ser pensado» e, quando o insensato (pessoa que diz que Deus não existe) ouve alguém dizer que Deus existe, esse insensato é obrigado a concordar que o «ser maior do que o qual nada pode ser pensado», existe já que a pessoa consegue compreender o que ouve. Mas, se existisse só no pensamento e não na realidade, algo mais grandioso podia ser pensado. Só que nada é mais grandioso do que Deus, logo Deus existe. Para compreendermos este argumento, temos de ter dois aspetos em conta: -o primeiro é a distinção entre existir no pensamento e na realidade. Algo existe no pensamento quando é pensado por nós, mas isso pode não existir na realidade. -o segundo é compreender a ideia de grandiosidade. Segundo Santo Anselmo, algo grandioso significa algo excelente e não uma coisa grande fisicamente. Criticas 1-Um monge da época de Anselmo Gaunilo …. , apresentou uma boa primeira crítica. Segundo este argumento, pode provar-se coisas que não existem. Para mostrar isso, Gaunilo definiu «Ilha Perfeita» como uma ilha maior do que a qual nada pode ser pensado, concluindo que essa ilha imaginária também existe na realidade, o que é absurdo. Gaunilo concluiu que com este argumento poderiamos provar o que nos apetecesse. Dado que não podemos provar a existência do que nos apetece, este argumento não é bom 2- kant criticou o argumento dizendo que comete a falácia de pressupor que a existência é um predicado (qualidade), como a grandiosidade ou a excelência, quando a excelência. Kant explica o que há de errado: a perfeição de uma coisa depende das suas propriedades. Se uma «ilha perfeita» existe ou não, é a questão de observar se há alguma ilha que tenha essas propriedades. A definição de «ilha perfeita» diz-nos apenas como a ilha seria se existisse, e não podemos dizer que a ilha existe verdadeiramente.