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SEMINARIO PRESBITERIANO DO BRASIL

COSMOLOGIA OU CRIAÇÃO DE DEUS


GENESIS 1 : 1
Tibério César Ferreira da Silva

RESUMO
Ao apresentar este artigo tem o objetivo de trazer um argumento teológico
dentro do conceito sistemático nas condições para que se entenda o principio da
existência e do Deus que criou todas as coisas, para o leitor tenho o intuito de mostrar
no campo de pesquisas os resultados do processo de informações já apresentadas por
diversas obras do ponto de vista protestante a natureza de Deus e o principio de todas as
coisas. Utilizando-se da metodologia de pesquisa aplicada nesse artigo para uma revisão
bibliográfica ao ponto de vista teológico criacionista, uma cosmovisão que propõe a
origem do universo é resultado de um ato criador intencional por um ser supremo e
divino. Há diversas discursões sobre o surgimento do universo, a concepção é a
consciência da criação do homem e de todas as coisas.
Estudando os métodos de pesquisas nos mais diversos livros da teologia e
ciência cosmológica que abordam o assunto a respeito da criação e o surgimento do
Universo. O resultado dessa pesquisa dentro da metodologia aplicado caracteriza-se por
uma revisão bibliográfica na perspectiva do Deus criou todas as coisas.
Contudo Deus revelou a criação do universo ao povo hebreu constituído e
separado por Ele um povo monoteísta; já nas outras culturas o homem por seus meios
idealiza de sua maneira onde astros e estrelas se tornam deuses e uma filosofia é
pregada conforme acreditavam dentro de cada cultura como tudo começou. O que pra
muitos povos as estrelas e constelações representam deuses, pra Deus são apenas obras
de suas mãos.

PALAVRA-CHAVE
Cosmologia; Criacionismo; Criação; Deus; Universo; Eternidade; Gn 1 : 1
2

INTRODUÇÃO
A interpretação de Genesis 1 : 1; Partindo da metodologia esse contexto acerca
do universo é um dos principais resultados da pesquisa da criação divina. Contudo,
existem alguns processos durante a formação no consentimento humano, os cientistas
tentam alinhar suas teorias com seus desenvolvimentos.
Nas ultimas décadas houve uma explosão de informações a respeito do universo
e varias teorias, o evento que levantou os holofotes da informação com reportagens,
livros e mídias abordados pelos cientistas e cosmologos, acham ter descoberto para um
cenário ate então desconhecido o Big Bang, uma teoria que não tem convencido a
muitos cientistas da área. Por outro lado, há cientistas da cosmologia que refutam essa
teoria, não dando cabimento do Átomo Primordial que deu inicio a Big Bang
defendendo então uma teoria que o universo não surgiu de uma explosão, mas levanta-
se a teoria do universo eterno, não tendo o principio de sua existência. Contudo, o
criacionismo rebate essas teorias mostrando que o universo teve seu inicio não por
explosão ou por ser eterno, mas, como todas as coisas foram criadas por um projetista
que estabeleceu um designer inteligente, isso só poderia vindo de um Ser Superior e
divino, Deus, o Criador.
Estudos da cosmologia ao longo de décadas desenvolveram teorias baseadas que
o universo está em processo de evolução e expansão. Esse modelo tem sido aceito por
muitos cientistas indicando que o universo tem seus Bilhões e não Milhões de anos
como defende os criacionistas.
O homem não tem encontrado respaldos suficientes para o esclarecimento
descritos. Porém, tem dado muitas horas de seu tempo para desvendar tais mistérios.
Em primeiro lugar devemos entender que o homem tem buscado em diversos tipos de
fontes, cientistas, físicos, matemáticos e cosmologos tem tentado estabelecer meios
esclarecedores para equações e formulas dessa engrenagem de maior grandeza que é o
universo.

1. A CRIAÇÃO DO UNIVERSO É SUAS TEORIAS


A primeira teoria a analisar será a do Big Bang segundo o modelo padrão da
cosmologia apresentada por Arno Penzias, Robert Wilson, Steven Weinberg, Alexander
Friedmann e o Padre Belga G. Lemaitre.
Em 1964, dois radioastrônomos americanos, Arno Penzias e Robert Wilson,
detectaram estranhos sinais bastante regulares que foram interpretados mais tarde como
3

resquícios de uma fase extremamente quente do Universo. Isso foi resultado da


observação de uma radiação eletromagnética que os físicos conhecem de suas
experiências em laboratórios terrestres — e que não passam de grãos de energia da luz
(de frequência de onda não visível), fótons em grande quantidade que se comportam
como se estivessem em equilíbrio térmico. Isso significa que, quanto maior o volume do
espaço, menor a temperatura, e vice-versa.
Essas duas descobertas foram cruciais no sentido de criar condições para o
estabelecimento e ascensão do modelo explosivo de Universo. Entre os físicos, o
impacto desses resultados foi notável. Nas palavras de Steven Weinberg: “Aquilo que a
descoberta, em 1965, da radiação cósmica de fundo de 3° Kelvin realizou de mais
importante foi nos forçar a considerar seriamente a ideia de que houve efetivamente um
começo do Universo.” Em verdade, não foi essa descoberta que induziu os físicos a
pensar que teria havido um instante de “criação do Universo”.
O matemático russo Alexander Friedmann, que descreve um Universo dinâmico,
em expansão, como um processo evolutivo. Assim, nos primórdios da atual fase de
expansão, o Universo teria passado por temperaturas fantasticamente elevadas,
excitando partículas, expondo o comportamento da matéria em situações de altíssimas
energias bastante semelhantes às que se encontram nos grandes aceleradores de
partículas. Este se tornou o estopim para que o modelo big bang fosse aceito como uma
boa teoria por parte daqueles cientistas que trabalhavam com a física das altas energias e
depois por toda a comunidade de físicos. Embora se tenha feito certo esforço para que o
big bang passasse a desfrutar de aceitação e, mais que isso, de consagração como a boa
descrição da dinâmica do Universo, transpor isso para a sociedade foi bastante mais
fácil, e não aconteceu por acaso. O sucesso da ideia fora do círculo científico, na
sociedade em geral, se deve ao fato de que ela possui várias características que foram e
ainda são consideradas vantajosas para uma descrição da totalidade. A aceitação da
existência de um momento singular — o instante de criação (identificado com a
explosão) o Big Bang.1
O padre belga G. Lemaître (1894-1966) constrói um modelo cosmológico que
representa um Universo em expansão, contendo matéria, radiação e constante
cosmológica Λ. Associa a singularidade inicial desse modelo à noção de “átomo
primordial”, apresentando uma hipótese cosmogônica segundo a qual o Universo teria

1
NOVELLO, Mario; Do Big Bang ao Universo Externo. 2Ed. Rio de Janeiro; Zahar 2010
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resultado da desintegração radioativa de um átomo. Quase 30 anos depois, essa


“explosão” reaparece no imaginário cosmológico representado pelo cenário big bang.
Mario Novello é um cosmólogo brasileiro. Formulou a Teoria do Universo
Eterno, sem início e sem fim, que contraria a tese da grande explosão (Big Bang) como
o marco zero do Universo. Segundo suas declarações a teoria do big bang do átomo
primordial o marco zero não existiu. Nas palavras de Mario Novello.
“Dedico-me a apresentar historicamente as circunstâncias que estão
levando o modelo cosmológico conhecido como big bang a perder o caráter
hegemônico que ostentou desde os anos iniciais da década de 1970 até há
pouco tempo.”
Depois da descrição do modelo cosmológico de Friedmann, que nos permitiu
explicar o significado rigoroso do que se costuma chamar big bang, podemos retomar a
questão que nos formulamos no início e repetimos aqui: pode a ciência produzir
racionalidade se o Universo for singular? Pode-se construir uma história causal do
Universo se o big bang for identificado com o começo de tudo? É possível desenvolver
uma ciência do Universo se a hipótese de que houve um começo singular único para
tudo que existe for verdadeira? Estes são os problemas que deveriam estar em foco, no
centro de todas as atenções, mas que infelizmente foram deixados de lado. A resposta
negativa a todas essas perguntas permite entender por que, no modelo de criação big
bang, não é possível desenvolver racionalmente uma ciência completa do Universo. Isso
se deve ao fato de que o modelo do átomo primordial exige a identificação de um ponto
singular com o momento de criação do Universo: o volume total do espaço
tridimensional seria, naquele momento, naquele ponto, estritamente zero. Por
conseguinte, quantidades físicas, como densidade total de energia e matéria, deixariam
de ser observáveis, pois assumiriam rigorosamente o valor infinito — que não faz parte
do resultado de medida alguma que se possa em princípio realizar. Desse modo, não
poderíamos jamais ter acesso a informação alguma sobre o que estaria na origem
daquele momento, nem às suas propriedades internas — nem reconhecê-las como tais.
O Universo teria uma origem que não poderia ser descrita racionalmente.2
Há uma intervenção, feita pelo criador da cosmologia moderna, que decidi
apresentar aqui, pois nela Albert Einstein se posiciona frontalmente contra o big bang

2
NOVELLO, Mario; Do Big Bang ao Universo Externo. 2° Ed. Rio de Janeiro; Zahar 2010
5

por razões que ficaram esquecidas e agora remontam à cena. Diz ele em seu livro de
1948, intitulado: O significado da relatividade:
Em relação à questão da singularidade inicial dos modelos cosmológicos, eu
gostaria de dizer o seguinte: a teoria atual da relatividade se baseia na divisão da
realidade física em um campo métrico (a gravitação), por um lado, e o campo
eletromagnético e a matéria, por outro. Na realidade, o espaço provavelmente terá
caráter uniforme, e a teoria atual somente será valida como um caso limite. Para grandes
valores do campo e da densidade de matéria, as equações do campo e até as próprias
variáveis que intervêm nestas equações não possuem significado real. Não é possível,
assim, admitir a validade de tais equações para densidades de campo e de matéria muito
elevadas. Consequentemente, não se pode concluir dessas equações [da relatividade
geral], ao serem aplicadas ao Universo, que o início da expansão do Universo se
identifique com uma singularidade no sentido matemático. Tudo que devemos
reconhecer é que as equações [da relatividade geral] não são aplicáveis nessas regiões.3

O QUE É A COSMOLOGIA?
Do Grego κοσμολογία, κόσμος="cosmos"/"ordem"/"mundo" + -
λογία="discurso"/"estudo"
A Cosmologia muitas vezes é confundida com a Astrofísica que é o ramo da
Astronomia que estuda a estrutura e as propriedades dos objetos celestes e o universo
como um todo através da Física teórica. A confusão ocorre porque ambas ciências sob
alguns aspectos seguem caminhos paralelos, e muitas vezes considerados redundantes,
embora não o sejam.

Os criacionistas por sua vez aceitam e defende a ideia de um Ser Divino que
projetou um Designer Inteligente, mas eles são mais precisos em declarar que esse
Designer foi estabelecido por Deus, Criador.
A palavra “criacionismo” possui o sufixo “ismo”. Esse sufixo denota a ideia de
“um princípio” ou “um sistema”. Por exemplo, a palavra ateísmo diz respeito ao
princípio ou sistema de pensamento que propõe a inexistência de um ser ou seres
superiores (deus ou deuses). O significado da palavra “criacionismo” é: um princípio ou
sistema de pensamento que propõe que a natureza não teria se autocriado. O

3
NOVELLO, Mario; Do Big Bang ao Universo Externo. 2° Ed. Rio de Janeiro; Zahar 2010
6

criacionismo propõe que processos naturais e leis da natureza não teriam trazido à
existência o universo, a vida, nem a complexidade neles encontrada. Perceba que a
palavra criacionismo não “trata da” e nem “pressupõe a” existência de um Deus
Criador. Colocado de forma simples, “criacionismo” não é terminologia religiosa. A
palavra criacionismo, dentro da cultura atual, passou a ter um sentido de teor subjetivo,
no caso uma conotação religiosa, que não aparece no seu sentido literal.
Essas informações são importantes para podermos compreender de forma
simples e clara os três tipos fundamentais de criacionismos: (1) Criacionismo
Científico, (2) Criacionismo Religioso, e (3) Criacionismo Bíblico.
Uma caracterização simples de cada um seria:
Criacionismo Científico:
–pesquisa (resposta científica)
–trabalha com evidências, lógica e testes científicos
–não está baseado em pressupostos religiosos
–possui implicações religiosas
Criacionismo Religioso:
–temático (explicação mística)
–não está relacionado com a ciência
–baseia-se em pressupostos religiosos (mitos da criação)
–não possui implicações científicas
Criacionismo Bíblico:
–descritivo (narrativa detalhada)
–não é contra evidências, lógica e testes científicos
–baseia-se em pressupostos religiosos
–possui implicações científicas reais4

4
Lourenço, Adauto J. B. Dez Mitos Sobre o Criacionismo, Limeira, SP: Universo Criacionista, 2016
7

DEFINIÇÃO DE CRIACIONISMO
A palavra “criacionismo” possui o sufixo “ismo”. Esse sufixo denota a ideia de “um
princípio” ou “um sistema”. O significado da palavra “criacionismo” é: um princípio
ou sistema de pensamento que propõe que a natureza não teria se autocriado. O
criacionismo propõe que processos naturais e leis da natureza não teriam trazido à
existência o universo, a vida, nem a complexidade neles encontrada. Perceba que a
palavra criacionismo não “trata da” e nem “pressupõe a” existência de um Deus
Criador. Colocado de forma simples, “criacionismo” não é terminologia religiosa.5

1. REVISÃO DE LITERATURA GN 1 : 1
O Universo de fato, surgiu de uma grande explosão? Ele é eterno e sempre esteve
presente em expansão? Ou um Ser superior, uma divindade o tenha criado? Quem de
fato estar certo? As questões abordadas presume-se que o universo através do Átomo
Primordial entrou em colapso dando inicio a grande explosão chamada de Big Bang,
por outro lado a teoria de um universo eterno que está em expansão. O que dizer de um
Deus que criou o universo complexo e estável de uma magnitude incomparável. Como
de fato podemos resolver as teorias? A ciência tem feito seus testes e pesquisas
laboratoriais, o que falar de um Deus Criador, no ato de criar, não é algo testável,
porém, não significa que Deus não tenha criado.
Evidentemente o criacionismo crer que o universo foi criado e sua estrutura não foi obra
do acaso ou da probabilidade de uma sucessão de eventos, seja naturais ou aleatórios,
mas que o universo foi criado por Deus.
2. O ATO CRIADOR DE DEUS
Ao analisar todos os aspectos da criação identificamos uma ordem estabelecida
que está no universo. A complexidade que encontramos no universo em toda estrutura e
organização não é aparente, mas, um grande e belo projeto de um ser supremo que se
revelou ao homem, Deus.
Hoje, a ciência trata com dados (fenômenos observados) e teorias (ideias),
usando os métodos de indução e dedução para estabelecer a sequencia de eventos e as
suas relações, procurando assim estabelecer a causa de certos fenômenos observados e

5
Lourenço, Adauto J. B. Dez Mitos Sobre o Criacionismo, Limeira, SP: Universo Criacionista, 2016
8

fazem predições. A ciência, ao estudar o universo como ele é hoje, pergunta como ele
era no inicio e o que aconteceu para que chegasse a forma atual.6
O Universo e tudo o que há veio à existência por Deus a partir do nada absoluto,
apenas com o poder da sua palavra, usando do verbo “bará” ‫ברא‬, “criar” (trazer à
existência aquilo que não existe). A Bíblia contem as descrições com informações para
“mortais comuns” que somos nós criaturas de Deus que devem ser compreensíveis ao
nosso entendimento e intelecto. Não temos como obter o entendimento divino, ou
melhor: não temos a capacidade divina para entender as coisas divinas como elas são.
Deus as reservou para Ele mesmo.
As Escrituras não apoiam uma datação da Criação que dê à terra idade superior a
mais ou menos dez mil anos. No princípio. Como Deus existe eternamente (Salmos
90:2), isso marcou o início do universo no tempo e no espaço. Ao explicar a identidade
de Israel e o propósito divino de o povo estar na planície de Moabe, Deus queria que
seu povo tivesse conhecimento da origem do mundo em que ele se encontrava. Deus.
Elohim, que significa “o supremo”, é o termo geral para uma deidade e um nome
específico para o Deus verdadeiro, embora, às vezes, seja usado também num sentido
relativo para deuses pagãos (31:10), anjos (Salmos 8:5), homens (Salmos 82:6) e juízes
(Êxodo 21:6). Moisés não fez nenhuma tentativa de defender a existência de Deus, que
é pressuposta; tampouco explicou como ele era em pessoa ou como opera, assunto que é
tratado em outro lugar (cf. Isaías 43:10,13). Tudo deve ser crido por meio da fé (cf.
Hebreus 11:3,6). criou. Aqui, essa palavra é usada apenas para a atividade criativa de
Deus, embora, ocasionalmente, seja usada em outros lugares para a matéria que já
existia (Isaías 65:18). O contexto exige, de modo inequívoco, que essa foi uma criação
sem matéria preexistente (como confirmam outras passagens: cf. Isaías 40:28;
45:8,12,18; 48:13; Jeremias 10:16; Atos 17:24). Um simples decreto de Deus trouxe à
existência a coisa criada. A matéria emergiu daquilo que era imaterial. A partir do nada,
num instante, o universo — juntamente com seu espaço e sua matéria — foi feito pelo
decreto de Deus. O universo — pelo menos sua energia e massa — começou a existir de
alguma forma. os céus e a terra. Toda a Criação de Deus está incluída nessa declaração
sumária, que abrange todos os seis dias consecutivos da Criação.7

6
LOURENÇO, Adauto. A Origem das Teorias, Uma Introdução ao Criacionismo-Como Tudo Começou. São
Jose dos Campos Ed. Fiel 2007
7
MACARTHUR, John, Comentário Bíblico, desvendando a verdade de Deus, Versículo por Versículo, Rio
de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2019.
9

Suas leis são tão perfeitas, que é impossível imaginar a inexistência de um


criador. Para criar essa imensidão toda, só poderia tratar-se de algo superior e com
imenso poder, e esta personalidade superior é de Deus. O problema não é pensar em
possíveis motivos e sim o que é importante saber sobre este procedimento de forma
mais efetiva e através dos conhecimentos adquiridos por estudos bíblicos sobre a
criação.8
Acerca do desenvolvimento teológico, tem uma solução da compreensão na
existência da presença de Deus em todo universo, o conceito assertivo é que Deus está
acima de qualquer conceito cosmológico.

3. DEUS CRIA OS CÉUS E A TERRA ( GENESIS 1 : 1 )

3.1. A Teoria do Intervalo (Gn 1 : 1 – 2)


No principio, (Gn 1:1) há varias interpretações por diversos teólogos do
pensamento protestante criacionista, também Geólogos, Paleontólogos e Filósofos quem
tem teorias a respeito desta declaração. Cada um de áreas diferentes do mundo inteiro
tem acrescentado em suas teorias algo sobre a magnitude do poder e criação de Deus.
Para alguns teólogos acredita-se que houve uma pausa nesse principio absoluto, criando
assim outras interpretações como: a teoria do intervalo.
Neste cenário do principio, acredita-se que a terra mencionada em Genesis era
perfeita onde habitava os anjos de Deus com eles Satanás (Lúcifer) constituído por
príncipe. Conforme a descrição das sagradas escritura que o mesmo teria se rebelado
contra Deus, por consequência a criação onde se encontrava a terra perfeita foi
duramente castigada pelo pecado de Satanás. Essa teoria deu inicio no século XVII
entre o século XIX pelo Geólogo Thomas Chalmers.
Arthur C. Custance, um fisiologista canadense com doutorado em antropologia e
autor da conhecida série Doorway Papers sobre a criação e evidências cristãs, escreveu
um livro publicado em particular, Without Form and Void (1970), defendendo a teoria
do intervalo. Este livro é considerado a defesa mais forte e capaz da teoria da lacuna
disponível.
Arthur W. Pink abraçou e defendeu a opinião de Thomas Chalmers e, sem
dúvida, também absorveu muito de Pember (no livro As Eras Mais Primitivas da Terra).

8
EVARISTO, Pedro. A Presença de Deus em Genesis e Êxodo. Dissertação de Mestrado. Faculdade
Teológica Batista em São Paulo, 1997
10

Pink, em seu comentário no livro de Gênesis [Gleanings in Genesis ou Compilações em


Gênesis], sustentou que “o intervalo desconhecido entre os dois primeiros versículos de
Gênesis 1 é amplo o suficiente para abranger todas as eras pré-históricas que podem ter
decorrido.9
Foi definitivamente Thomas Chalmers, um professor de teologia da
Universidade de Edimburgo, que popularizou a teoria do intervalo. Ele lecionou pela
primeira vez em 1814.

3.2. Apenas Uma Palavra de Deus (Gn 1 : 1)


A narrativa de Gênesis começa com uma sucinta, mas majestosa, declaração de
que “no princípio Deus criou os céus e a terra” (Gn 1.1). A declaração não tenta
esclarecer quando e como isso foi feito, apenas afirma que tudo que existe é produto da
mão onipotente de Deus. Nesse aspecto, o relato é único entre as cosmologias do mundo
do Oriente Próximo da Antiguidade, pois eles não sabiam nada de uma criação imediata
em contraposição a uma criação que faz uso de matéria pré-existente. O verbo hebraico
bãrã\ embora não seja inerentemente indicativo de creatio ex nihib, carrega esse sentido
em todas suas ocorrências no relato de Gênesis.
Deus mesmo é fundamental para a narrativa da criação no caráter dominante
dela, e aqui ele é denominado de Eloím. Eloím, mais um epíteto que um nome, deriva-
se de uma raiz hebraica (e semítica geral) com o sentido de “poder”. Esse nome é usado
mais comumente em contextos em que a singularidade ou diversidade transcendente
dele está em vista em contraposição à imanência ou proximidade dele, relação mais bem
descrita pelo nome Iavé.10
Tudo que existe e simplesmente o fato de Deus criar qualquer coisa fora dEle o
qual trouxe a existência todas as coisas existenciais visíveis e invisíveis, até mesmo o
tempo o qual não existia. Deus chamou a existência, o que estabeleceu para as divisões
de passado, presente é futuro assim esteve no principio. O verbo “nihilo” pode
identifica-lo melhor nos versículos (Cap 1 : 21, 27) quando o Senhor da ordem para
existência todos os seres vivos através da matéria já existente, todos os animais de alma
vivente foram criados por Deus ao quinto dia da criação. Houve um principio absoluto
das coisas criadas. Nesse principio ou começo dar-se em toda criação física material e
física imaterial. Trazendo a existência as três principais matérias prima para esse

9
PINK, Arthur W. Gleanings in Genesis (Resgate em Genesis), 1° Ed. Daroit Books, Rio de Janeiro, 2020
10
H. MERRILL, Eugene. Teologia do Antigo Testamento, Shedd, São Paulo 1° Ed. Setembro, 2009
11

universo; o tempo, espaço e matéria. Assim Deus trouxe a primeira parte da criação.
Mas depois desse principio Deus teve que forma, moldar dar uma característica, fazer e
estabelecer a partir de uma matéria prima o verbo “Asa” ‫עש‬. Devemos entender que há
outros verbos que estão ligados na criação, diferenciados e bem parecidos dos termos
de: criar, fazer, modelar e construir.
Apenas uma palavra “Haja” do verbo haver do sinônimo “exista” e foi assim que
tudo Ele fez. É difícil compreender na mente tão pequena o conteúdo da imensidade
desta ordem. O poder da palavra de Deus em trazer qualquer matéria que podemos
imaginar partículas, célula ou qualquer ordem de grandeza existente sem que pudesse
esperar por eras ou tempo de eras vindo a existência do nada absoluto, trazendo o que
não existia para a existência de imediato. Não temos experiências que possa ser usadas
para poder se comparar com a dimensão revelada transmitida nessa frase “Haja Luz e
ouve luz”. Marcando o imperativo da palavra ordinariamente “Haja Luz”

3.3. Deus Cria os Céus e a Terra (Gn 1 : 1)


No relato da criação (Gênesis 1:1), a descrição do processo vem de uma
veracidade que apresenta questões que a ciência moderna até hoje busca respostas. A
Bíblia oferece-nos uma fonte por completo de padrão que parece muito significativo
para a ciência moderna embora ela não acredite que Deu foi o criador de toda obra
existente. No processo criativo é feita a distinção entre radiação, o poder e a força
nuclear, nas suas diversas formas, como a projeção da luz e nos astros onde se
relacionam as galáxias, sendo assim nas diversas reações em cadeia, à dimensão do
espaço na sua grandeza “firmamento ou expansão” e as diversas composições da
matéria existente por todo espaço. Também se estabelece a distinção entre as leis que
predomina o universo como toda matéria seja ela a matéria bruta e matéria viva.
Podemos dizer que as descrições de Gênesis nos relatam em veracidade afirmativa. A
primeira é que Deus revela a criação do universo e dos diversos céus, a palavra
traduzida para nós por “céus” a palavra hebraica no plural “hashamaym” ‫השמים‬
estabelecidos por Ele no primeiro dia (Gn. 1:1-5). A segunda afirmação é que os
detalhes descritos da criação foram especificamente ao firmamento (Gn. 1:6-10). A
terceira e que Deus revela de forma sublime como foi feita a diversas formas de vida do
reino vegetal (Gn. 1:11-12). A quarta o Senhor revelou como nosso sistema solar foi
estabelecido (Gn.1:13-19). A matéria viva é dividida em categorias. Essas categorias
são especificamente em plantas as mais diversas formas sejam: aquáticas ou terrestres
12

assim o Senhor encheu toda a terra, os animais o Senhor os fez dando ordem para que
tanto as águas quanto o céu e a terra produzissem conforme as mais diversificadas
espécies; marinho, aves ou terrestres (Gn. 1:20-25) e o homem conforme foi feito
imagem e semelhança para dominar sobre toda obra criadora (Gn. 1:26). Na palavra do
Senhor não só descreve Deus como criador, mas, sustentador de toda as coisas criadas
por Ele, sendo todos dependentes dEle.
A teoria do criacionismo relatada pela bíblia sagrada traz uma concepção logica
de todos os processos estruturais, de que Deus tinha como proposito para todos os seres
viventes. Esse mecanismo engenhoso, perfeito efetivo como se fosse por um projetista,
traz a luz de esclarecimento de que toda humanidade e seres vivos que existem foram
criados por algo superior e de forma intencional.11
Ao ponto de vista teológico traz uma discursão de grande importância, a saber, o
conceito do poder imensurável e da existência do Deus criador. Através desse artigo
podemos montar uma estrutura para a compreensão de alguns processos existenciais das
coisas criadas por Deus.
Deus é o único sustentador e criador responsável por toda ordem existencial no
universo, toda a vida que possa existir no universo e criação de Deus. Seja ela da menor
partícula a maior grandeza dessa criação, a complexidade de cada ser vivente e
funcionalidades ultrapassa a mente finita do homem. Só um Ser Supremo Divino para
desenvolver tamanha criação.

4. O SER ETERNO DE DEUS


Deus existe? A existência de Deus não se baseia apenas no aspecto religioso de
fé, mas, e ter uma perspectiva de olhar para o mundo de maneira que todas as coisas que
existe estão em perfeita ordem e beleza, é olhar para o universo e ver a força que
estabelece as leis funcionando tudo em devida sincronia.
Deus não pode ser medido nem calculado, Deus é espirito e como criador e
supridor de tudo e este em tudo e em todos. Todo universo este cheio da presença de
Deus em cada partícula existente.
Contudo, os estudos científicos procuram privar a existência de um Ser divino e
superior que sustenta tudo e está em tudo.

11
BRANCH, Geraldo; SCOTT, Expedito Carlos. Manobras Mais Recentes do Cristianismo, in Cientific
American, fevereiro 2009
13

O que podemos falar de Deus? Da sua grandeza, da majestade, do seu amor, da


sua misericórdia. Isto seria muito pouco falar de um Deus que criou os Céus e a Terra.
Evidente daquilo que a palavra diz, quem e Deus. Quem conhece a natureza de Deus ou
quem conhece os seus mistérios? Quem consegue descrever a pessoa de Deus, o seu Ser
infinito?
É muito comum falarmos de Deus como o ser absoluto, essa expressão é
designada apenas a Ele mesmo, sendo o fundamento de toda existência estando Ele livre
de qualquer limitação, restrição ou qualquer condições em Seu Ser sendo Ele espirito e
poder, há fonte de toda força e tudo o existe vem do Senhor, quando não definimos por
Ele ser completo seus atributos por Ser eterno, indefinido é O Senhor para a nossa
compreensão finita, a sua aparência e realidade ou o que seja a realidade para Deus foge
de qualquer definição humana. Na ótica de Deus ao que Ele ver sendo seus caminhos
eternos é de fato imaginário a compreensão humana não alcança sendo indescritíveis.
Como encontrar a existência de Deus? Podemos dizer que de fato ele existe?
A afirmação categórica da existência de Deus na teologia pode ser também
concluída através da filosofia, com cinco argumentos lógicos, apresentados pelo Dr.
John MacArthur, sobre a relevância da existência de Deus.
Argumento Teológico – Qualquer coisa completa e perfeita em si mesma é
evidencia de um criador. (o universo, portanto, e uma evidencia de que existe
uma inteligência suprema que tenha criado)
Argumento Estético – Por existir beleza e verdade, deve haver em algum lugar
um padrão no qual beleza e verdade estão baseados.
Argumento Volitivo – Pelo fato do ser humano viver face a face com um
grande numero de possibilidades fazer escolhas orientadas pela sua própria
vontade, deve haver em algum lugar uma vontade infinita, sendo o universo a
expressão dessa vontade.
Argumento Moral – O próprio fato do conhecimento do certo e do errado
sugere a necessidade de um padrão absoluto. Se alguma coisa e certa e outra é
errada, é porque existe alguém que fez esta determinação.
Argumento Cosmológico – Este é o argumento de causa e efeito. Com ele
concluímos que alguém deve ter feito o universo, pois todo efeito tem uma causa
especifica e primeira.12

12
LOURENÇO, Adauto. A Origem das Teorias, Uma Introdução ao Criacionismo-Como Tudo Começou.
São Jose dos Campos Ed. Fiel 2007
14

CONCLUSÃO
Através deste artigo, mostrou-se um paralelo ao ponto de vista teológico
protestante junto com reflexivo teórico ao mesmo tempo mostrando questões meras
cientificas sobre a existência de Deus. Contudo, abordando preceitos teológicos na
existência de um Ser Superior que criou e estabeleceu todo desenvolvimento, dando o
equilíbrio de tudo que existe no universo. Dessa forma podemos concluir que de fato
existe um Ser tão completo que trouxe uma complexidade para toda dinâmica e
funcionalidade do universo e tudo que existe na terra. Isto só e possível porque o criador
de tudo é Onipotente com poder de desenvolver a matéria orgânica e inorgânica.
Esse mesmo Deus foi capaz de criar e realizar tudo através de sua palavra
trazendo a existência o que de fato não existia, esse mesmo Deus interage com sua
criação o homem e o mesmo Deus que criou os céus e terra.
Que essa pesquisa sirva de grande importância para metodologia acadêmica mostrando
os conceitos de um Deus criador que se apresenta a humanidade.

ABSTRACT
The interpretation of Genesis 1: 1; Based on the methodology, this context about the
universe is one of the main results of research on divine creation. However, there are
some processes during the formation of human consent, scientists try to align their
theories with their developments.

KEYWORD
Cosmology; Creationism; Creation; God; Universe; Eternity; Gn 1: 1

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