Cosmogonia é o estudo da origem do universo. Em ciência, é um
ramo da cosmologia que se propõe a explicar o início do cosmos usando o método científico. Em cosmologia, a teoria mais aceita para explicar o começo do espaço-tempo é a Teoria do Big Bang. O BIG BANG
O Big Bang é uma teoria cosmológica. Postula que o universo
inteiro surgiu numa “singularidade”, que é, basicamente, um ponto de tamanho zero com temperatura infinita. Seu sucesso se deve ao fato de que tal hipótese consegue explicar várias evidências observacionais, como o desvio para o vermelho, a abundância de elementos leves e a radiação cósmica de fundo. REDSHIFT O Redshift, ou desvio para o vermelho, diz respeito à observação feita pelo astrônomo Edwin Hubble em 1929, uma das várias evidências a favor do modelo Big Bang. Hubble percebeu que a luz das galáxias distantes tinha um espectro avermelhado. Pelo efeito Doppler, isso quer dizer essas galáxias estão se afastando da nossa de uma forma bastante peculiar, o que quer dizer que o espaço entre as galáxias está se expandindo.[1] TEOREMA BORDE-GUTH-VILENKIN
De acordo com as observações de Hubble, o universo se
expande. A partir disso, três cosmólogos proeminentes, Arvind Borde, Alan Guth e Alexander Vilenkin formularam um teorema que comprova que o universo deve ter tido um início em algum ponto do passado, ao invés de ser eterno.[1] MODELOS ALTERNATIVOS: ESTADO DE HARTLE- HAWKING O Big Bang, apesar de sua fama, é incompleto, pois é incapaz de descrever o início do universo. Dessa forma, James Hartle e Stephen Hawking formularam um modelo de gravitação quântica capaz de descrever todo o universo em qualquer momento do tempo. Nas palavras de Hawking, “O universo seria completamente encerrado em si mesmo e não poderia ser afetado por nenhum fator externo. Não seria criado nem destruído. Apenas Seria.”.[2] IMPLICAÇÕES FILOSÓFICAS DA COSMOLOGIA: O ARGUMENTO COSMOLÓGICO KALAM
O Argumento Cosmológico Kalam é um argumento filosófico com
sustentação científica a favor da existência de uma causa primeira para o universo. Originalmente, possui a seguinte formulação:
1.Tudo que passa a existir tem uma causa; 2.O Universo passou a existir; 3.Portanto, o Universo tem uma causa. A N AT U R E Z A D A C A U S A P R I M E I R A
A partir do Argumento Cosmológico, conclui-se que existe uma causa
para o Universo. Essa causa deve ser atemporal e, portanto, imutável, não espacial e imaterial, pois deve transcender toda a realidade material (Universo) que criou, inimaginavelmente poderosa, pois só assim para ser capaz de gerar todo o universo a partir de nenhuma matéria pré- existente, eterna, pois, do contrário, teria uma causa e, dessa forma, não poderia ser a causa primeira, e, acima de tudo, deve ser um ser pessoal capaz de tomar decisões livremente. REFERÊNCIAS
[1] CRAIG, W. L. Apologética contemporânea: a veracidade da
fé cristã. 2 ed. São Paulo: Vida Nova, 2012. [2] HAWKING, S. W. Uma breve história do tempo. 1 ed. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2015.