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Projeto de Ensino –

Análise Ergonômica do Trabalho.

Prof. Ana Elisa Lavezo


ana.lavezo@ead.cesumar.br 1
Análise Ergonômica do Trabalho

AET deve levantar os possíveis problemas críticos dos


setores e elaborar algumas recomendações para a
melhoria das condições desses postos de trabalho.
A realização de uma AET é de suma importância para
sabermos se o nosso trabalhador poderá ter problemas
ergonômicos. Para isso, o profissional que irá produzir
essa AET deverá aplicar o número de ferramentas que
julgar necessário para a sua conclusão.
A AET deve ser produzida e reproduzida, visando
esclarecer os riscos, o interesse da investigação, para
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todos os setores envolvidos e para cada atividade.
Análise Ergonômica do Trabalho

A AET, é possível avaliar aspectos como:


 a duração da jornada de trabalho;
a função;
o ciclo da tarefa;
o número de movimentos executados;
as pausas;
as posturas inadequadas;
o esforço muscular;
o ritmo para a execução da tarefa;
os equipamentos e ferramentas utilizados na tarefa;
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 as condições ambientais: conforto térmico, acústico e
iluminação (Alves , 1995).
Análise Ergonômica do Trabalho

O método da AET desdobra-se em cinco etapas:


análise da demanda;
análise da tarefa;
análise da atividade;
diagnóstico; e
recomendações.

As três primeiras constituem a fase de análise e


permitem realizar o diagnóstico para formular as
recomendações ergonômicas. 4
Análise Ergonômica do Trabalho

COLETA DE DADOS: sempre centrada na atividade real


de trabalho; levar em consideração todas as situações de
trabalho durante a jornada e considerar as variedades da
atividade do trabalhador e da tecnologia dos
equipamentos.
ANÁLISE DE DEMANDA: é a análise de um problema ou
situação problemática que o trabalhador está enfrentando
em sua jornada de trabalho.
Essa análise visa obter e registrar as informações;
entender a natureza do trabalho e os problemas
acarretados; determinar o ponto de partida das ações; 5
levantar todos os problemas acarretados e identificar os
diferentes pontos de vista do problema.
Análise Ergonômica do Trabalho

ANÁLISE DA TAREFA: irá analisar quanto distante a


tarefa desenvolvida pelo funcionário está do que está
descrito nos documentos oficiais, como PPRA, LTCAT.
Sendo possível determinar a discrepância entre a
realidade e o ideal.

ANÁLISE DA ATIVIDADE: como o funcionário


desenvolve a sua atividade, a mesma tarefa pode ser
desenvolvida de várias formas, dependendo dos
treinamentos que esse funcionário recebeu, das
experiências anteriores desse funcionário na função ou
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das situações pessoais pelas quais ele está passando.
.
Análise Ergonômica do Trabalho

Os fatores internos localizam-se no próprio trabalhador


e são caracterizados pela sua formação, experiências,
idade, sexo e outros, além de sua disposição
momentânea, como motivação, vigilância, sono e
fadiga.

Classificam-se em três principais: conteúdo do trabalho


(objetivos, regras e normas); organização do trabalho
(constituição de equipes, horários, turnos); e meios
técnicos (máquinas, equipamentos, arranjos e
dimensionamentos do posto de trabalho, iluminamento, 7
ambiente térmico).
Análise Ergonômica do Trabalho

DIAGNÓSTICO: reformular as questões iniciais; formular


as hipóteses de base; orientar as investigações dos
conhecimentos; contribuir para desvendar as estratégias
usadas pelos operadores; apreender a atividade de trabalho
e contribuir para a mudança das apresentações sobre o
trabalho.
RECOMENDAÇÕES ERGONÔMICAS: que são as
medidas que devem ser tomadas para melhorar o
desenvolvimento da atividade dos seus funcionários.
Seja na parte de treinamentos, mobiliários, postura,
carregamentos manuais de carga, equipamentos ou
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máquinas.
Análise Ergonômica do Trabalho

As metodologias de Avaliações, auxiliam no


desenvolvimento das análises ergonômicas dos postos
de trabalho.
A AET ou Laudo Ergonômico é composto de análise das
condições de conforto e as análises do posto de
trabalho do seu funcionário.
Dependendo das funções que seu funcionário executa
durante a jornada de trabalho serão determinados
algumas ferramentas que é necessário ser utilizada
para analisar o posto de trabalho e desta forma concluir
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se é possível melhor este posto.
Análise Ergonômica do Trabalho

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Condições de Ambientais de
Trabalho
NR 17 – Ergonomia
17.5.1. As condições ambientais de trabalho devem
estar adequadas às características psicofisiológicas
dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser
executado.

17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas


atividades que exijam solicitação intelectual e
atenção constantes, tais como: salas de controle,
laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento
ou análise de projetos, dentre outros, são 11

recomendadas as seguintes condições de conforto:


Condições de Conforto

a) níveis de
ruído de acordo
com o
estabelecido na
NBR 10152,
norma
brasileira
registrada no
INMETRO -
Níveis de ruído
para conforto 12
acústico.
Condições de Conforto

17.5.2.1. Para as atividades que possuam as


características definidas no subitem 17.5.2, mas não
apresentam equivalência ou correlação com aquelas
relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído aceitável
para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva
de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60
dB.

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Condições de Conforto

b) índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e


23ºC (vinte e três graus centígrados);

TBS => temperatura
de bulbo seco, 
TBU => temperatura
de bulbo úmido e 
 Var  => velocidade
do ar.
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Fonte:
http://profedisonmarcon.blogsp
ot.com.br/
Condições de Conforto

ThermoHigrômetro:
TBS => Temperatura de Bulbo Seco, 
TBU => Temperatura de Bulbo Úmido,

Thermoanemômetro

Var => Velocidade Relativa do ar

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Condições de Conforto

c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s;

Thermoanemômetro

Var => Velocidade Relativa do ar.


TBS => Temperatura de Bulbo Seco.

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Condições de Conforto

d) umidade relativa do ar não inferior a 40


(quarenta) por cento.

ThermoHigrômetro:
TBS => Temperatura de Bulbo Seco, 
TBU => Temperatura de Bulbo Úmido,
UR => Umidade Relativa

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Condições de Conforto

17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve


haver iluminação adequada, natural ou artificial,
geral ou suplementar, apropriada à natureza da
atividade.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve
ser projetada e instalada de forma a evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e
contrastes excessivos.
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Condições de Conforto

17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a


serem observados nos locais de trabalho são os
valores de iluminâncias estabelecidos na NBR
5413 (NBR 8995), norma brasileira registrada no
INMETRO.

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Condições de Conforto

5.3.13 Escolas
- salas de aulas .......................... 200 - 300 - 500
- quadros negros ........................ 300 - 500 - 750
- salas de trabalhos manuais ...... 200 - 300 - 500
- laboratórios
. geral ....................................... 150 - 200 - 300
. local ....................................... 300 - 500 - 750
- anfiteatros e auditórios:
. platéia .................................... 150 - 200 - 300
. tribuna .................................... 300 - 500 - 750
- sala de desenho ...................... 300 - 500 - 750
- sala de reuniões ...................... 150 - 200 - 300 20
- salas de educação física .......... 100 - 150 - 200
Condições de Conforto

5.3.28 Hospitais
- sala dos médicos ou enfermeiras:
. geral ....................................... 100 - 150 - 200
. mesa de trabalho .................... 300 - 500 - 750
- quarto de preparação ............... 150 - 200 - 300
- arquivo .................................... 100 - 150 - 200
- farmácia:
. geral ....................................... 150 - 150 - 300
. mesa de trabalho .................... 300 - 500 - 750
- trabalho com radioisótopos:
. laboratório radioquímico ......... 300 - 300 - 750
. salão de medidas ................... 150 - 200 - 300 21
. mesa de trabalho .................... 300 - 500 - 750
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Cardoso Jr., Moacyr Machado. Avaliação Ergonômica:
Revisão dos Métodos para avaliação postural. Revista
Produção, ISSN: 1676:1901, vol. 06, numero 3,
Florianópolis, 2006.

• Couto, Hudson de Araújo. Ergonomia Aplicada ao


Trabalho – Manual Técnico da Máquina Humana.
Volume I, 1ª edição, Belo Horizonte, Editora Ergo,
1995.

• Dul, Jan e Weerdmeester, Bernard. Ergonomia


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Prática. Tradução de Iida, Itiro, 3ª edição revisada e
ampliada, São Paulo, Editora Blucher, 2012.
Projeto de Ensino –
Análise Ergonômica do Trabalho.

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