Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Disciplina de Ergonomia
Professor: Cristhian Luiz Ghisleni
Essa apostila contém o material que será desenvolvido na disciplina de Ergonomia durante o
semestre.
A programação das aulas, a bibliografia bem como as demais informações pertinentes estão no
Plano de Ensino que está disponível no moodle.
ERGONOMIA
1) Definições:
1857: JASTRZEBOWSKI
Primeira definição - A ergonomia como uma ciência do trabalho requer que entendamos a atividade
humana em termos de esforço, pensamento, relacionamento e dedicação.
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das
interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias,
princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho
global do sistema. Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de
tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as
necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das
interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias,
princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho
global do sistema.
"A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus meios, métodos e espaço de
trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas disciplinas científicas que a
compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar
numa melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida".
Kaplan, Robert (1982) - "Campo de conhecimento que ajusta o lugar de trabalho à pessoa"
Murrel, K.F(1965) - A Ergonomia pode ser definida como o estudo científico das relações entre o
homem e o seu ambiente de trabalho.
Wisner, Alain (1972) - A Ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao
homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser
utilizados com o máximo de conforto e eficácia (1972).
Resumindo:
2) Histórico
Pré-história – utensílios.
Brasil
Projeto de uma linha de produção, organização do trabalho, leiaute, segurança do trabalho, etc.
Objetivos da Ergonomia:
Aumento da produção.
Diminuição do absenteísmo.
Micro e macroergonomia.
Ergonomia participativa.
Multidisciplinariedade.
5) Custo/benefícios da Ergonomia
Tempo de retorno.
Risco.
Fatores intangíveis.
1) Biblioteca.
2) Rececionista.
3) Vigilante.
4) Comercial.
Fatores Ambientais
1) Iluminância
Parâmetros
NR 17 – remete à NBR 5413 (Iluminância de interiores). No entanto a NBR 5413 foi substituída
pela NBR 8995 – Iluminação de ambientes de trabalhos.
Aumento de iluminância:
Contraste é baixo;
Erros de difícil correção;
Trabalho visual crítico;
Alta produtividade ou precisão são importantes;
Capacidade visual está abaixo da média;
Diminuição de iluminância:
Tarefa ocasional;
Velocidade ou precisão não são importantes;
Contraste é alto;
17.5.3 - Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral
ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.1 - A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa.
17.5.3.2 - A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3 - Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os
valores de iluminância estabelecidos na NBR 5.413, norma brasileira registrada no Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
17.5.3.4 - A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no
campo de trabalho em que se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula
corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.
17.5.3.5 – Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4 este
será um plano horizontal a 0.75m do piso.
Medidas de controle: troca de lâmpadas e reatores, alteração do leiaute das luminárias, limpeza de
lâmpadas, etc
2) Ruído
NR 15 – 85 dB (A) para 8 horas de trabalho para ruído contínuo. Medido em escala SLOW.
Ruído de impacto: duração inferior a 1 seg, Medido em escala FAST. Limite de 120 dB (C)
3) Calor
Efeitos no organismo: câimbras, fadiga física, inchaço de mãos e pés, insolação, etc.
S= M+ C+ R-E
Temperatura efetiva
Envolve três variáveis: temperatura de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido e velocidade do ar.
Não leva em consideração a temperatura radiante e nem a atividade radiante.
Roteiro:
Resposta térmica do corpo, relacionada com a temperatura efetiva (TE), segundo a American
Society of heading, Refrigerating and air conditioning Engineers - ASHRAE, handbook of
fundamentals, (1977), adaptada por COSTA, 1999.
TE Faixa de Conforto
35 – 40 ºC Muito Desconfortável
27 – 34 ºC Desconfortável
26 ºC Ligeiramente Desconfortável
23 – 25 ºC Confortável
20 – 22 ºC Ligeiramente Confortável
15 – 19 ºC Ligeiramente Desconfortável
10 – 14 ºC Desconfortável
Umidade relativa do ar
A umidade relativa do ar é definida como sendo a relação entre o peso de vapor d’água contido em
um dado volume de ar, e o peso do mesmo que saturaria a mistura à mesma temperatura, em igual
volume de ar.
Exemplo:
Equipamento de medição
Ambientes externos com carga solar: IBUTG = 0,7 tbn+ 0,1 tbs+ 0,2 tg
Ambientes externos ou internos sem carga solar: IBUTG = 0,7 tbn+ 0,3 tg
Exemplo 1:
Conclusão: com o IBTUG encontrado pode-se trabalhar continuamente no mesmo local sem a
adoção de medidas de controle.
Exemplo 2:
Funcionário carrega forno durante 20 minutos e realiza anotações em local mais ameno durante 40
minutos.
Média ponderada do metabolismo (440 x 20) + (150 x 40): 246,6 Kcal/h: 250 Kcal/h.
60
Média ponderada do IBUTG: (31 x 20) + (23 x 40): 25,6 Kcal/h: 25,6 oC
60
Conclusão: com uma atividade de 250 Kcal, o limite do IBUTG é de 28,5 oC. Assim, o limite de
tolerância não foi ultrapassado e não são necessárias medidas de controle.
IMPORTANTE: conhecer outros índices de avaliação de calor mais completos, como por exemplo,
PMV e IST
4) Frio:
Artigo 253 - Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que
movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1
(uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20
(vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho
efetivo.
Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for
inferior, na primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do
Trabalho e Emprego, a 15ºC (quinze graus), na quarta zona a 12ºC (doze graus), e nas quinta,
sexta e sétima zonas a 10ºC (dez graus).
Portaria 21/1994 do MTE
5) Vibrações
Efeitos no organismo – náuseas, palidez, suores, dores de cabeça, doença de Raynaud, etc.
Um corpo está em vibração quando descreve um movimento oscilatório em torno de um ponto fixo.
O número de vezes em que o ciclo completo do movimento se repete durante o período de um
segundo é chamado de frequência e, é medido em ciclos por segundo ou Hertz [Hz].
O corpo humano possui frequências naturais de vibração, conforme mostra a figura abaixo.
Frequências naturais do corpo humano
Assim, se a frequência da vibração externa coincide com a frequência natural do corpo humano,
ocorre a ressonância (amplificação do movimento).
Acelerômetro – equipamento que transforma o movimento oscilatório em sinal elétrico.
VCI – vibrações de corpo inteiro.
VMB – vibrações de mãos e braços.
Medição de vibração
Medidas de controle: reduzir tempo de exposição, ajustar peças com folga, melhorar a suspensão de
veículos, controle médico periódico.
6) Aerodispersóides
São partículas sólidas ou líquidas dispersas no ar e que, pelo seu diminuto tamanho, podem
permanecer em dispersão por tempo suficiente para serem inaladas pelos trabalhadores.
Limites de tolerância: definidos na NR 15.
Medidas de controle: substituição de substâncias/produtos, adoção de processos de exaustão e/ou
ventilação, medidas administrativas, EPI.
Norma Regulamentadora 17
17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das
condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
17.1.2. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos
trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma
abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma
Regulamentadora.
17.2.1.1. Transporte manual de cargas designa todo transporte no qual o peso da carga é suportado
inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o levantamento e a deposição da carga.
17.2.1.2. Transporte manual regular de cargas designa toda atividade realizada de maneira contínua
ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o transporte manual de cargas.
17.2.1.3. Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a dezoito anos e maior de
quatorze anos.
17.2.2. Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador
cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança.
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves,
deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá
utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
17.2.4. Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas deverão ser usados meios
técnicos apropriados.
17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovens forem designados para o transporte manual de
cargas, o peso máximo destas cargas deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os
homens, para não comprometer a sua saúde ou a sua segurança.
17.2.6. O transporte e a descarga de materiais feitos por impulsão ou tração de vagonetes sobre
trilhos, carros de mão ou qualquer outro aparelho mecânico deverão ser executados de forma que o
esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com sua capacidade de força e não
comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
17.2.7. O trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação manual
deverá ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador seja compatível com
sua capacidade de força e não comprometa a sua saúde ou a sua segurança.
Artigo 198.
17.3.1. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser
planejado ou adaptado para esta posição.
Nota Técnica 60 – estabelece os parâmetros que devem ser levados em consideração no posto de
trabalho sentado ou em pé. Conclusão: alternância de posturas.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura,
visualização e operação e devem atender aos seguintes requisitos mínimos:
a) ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de atividade, com a
distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;
17.3.3. Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos
mínimos de conforto:
d) encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
17.3.4. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados sentados, a partir da análise
ergonômica do trabalho, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao comprimento da
perna do trabalhador.
17.3.5. Para as atividades em que os trabalhos devam ser realizados de pé, devem ser colocados
assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante
as pausas.
17.4.1. Todos os equipamentos que compõem um posto de trabalho devem estar adequados às
características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
17.4.2. Nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, datilografia ou
mecanografia deve:
a) ser fornecido suporte adequado para documentos que possa ser ajustado proporcionando boa
postura, visualização e operação, evitando movimentação frequente do pescoço e fadiga visual;
b) ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a utilização do
papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.
b) o teclado deve ser independente e ter mobilidade, permitindo ao trabalhador ajustá-lo de acordo
com as tarefas a serem executadas;
c) a tela, o teclado e o suporte para documentos devem ser colocados de maneira que as distâncias
olho-tela, olho- teclado e olho-documento sejam aproximadamente iguais;
17.5.2. Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e
atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento
ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no
INMETRO;
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC (vinte) e 23oC (vinte e três graus centígrados);
17.5.2.1. Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas não
apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o nível de ruído
aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído (NC) de valor
não superior a 60 dB.
17.5.2.2. Os parâmetros previstos no subitem 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho,
sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e as demais variáveis na altura do
tórax do trabalhador.
17.5.3. Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral
ou suplementar, apropriada à natureza da atividade.
17.5.3.2. A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
17.5.3.3. Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os
valores de iluminâncias estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO.
17.5.3.4. A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no
campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula
corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência.
17.5.3.5. Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este será
um plano horizontal a 0,75m (setenta e cinco centímetros) do piso.
17.6.2. A organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:
f) o conteúdo das tarefas – como o trabalho percebe as suas tarefas: estimulantes, monótonas, etc.
17.6.3. Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros,
dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser
observado o seguinte:
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze)
dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes
na época anterior ao afastamento.
a) o empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos
nas atividades de digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o
automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie;
b) o número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por
hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão
sobre o teclado;
c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco)
horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras
atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não
exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual;
d) nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 minutos para cada
50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho;
e) quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze)
dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis
inferiores do máximo estabelecido na alínea b e ser ampliado progressivamente.
Antropometria
Anthropos – homem.
Metron – medidas.
• Adaptação climática: clima quente (tronco mais fino) e clima frio (tronco volumoso).
• Nutrição: europeus idade média (altura de 1,50m), filhos de imigrantes japoneses nos EUA (11 cm
a mais de altura).
• Qualidade de vida: entre 1989 e 1997, a população brasileira cresceu 2 centímetros a mais que os
países vizinhos.
• Sexo e idade: altura decresce com a idade/diferença de altura entre homem e mulher é entre 6% e
7%.
Então, temos que contemplar essas diferenças quando vamos projetar um posto de trabalho.
Tamanho da amostra;
Equipamento de precisão;
Equipe qualificada;
Controle de erros;
Além disso, a equipe muda(rotatividade).
Roteiro:
Variáveis antropométricas
1. CORPO EM PÉ
1.1 ESTATURA, CORPO ERETO 151,0 161,9 172,5 162,9 173,3 184,1
1.2 ALTURA DOS OLHOS, EM PÁ, ERETO 140,2 150,2 159,6 150,9 161,3 172,1
1.3 ALTURA DOS OMBROS, EM PÉ, ERETO 123,4 133,9 143,6 134,9 144,5 154,2
1.4 ALTURA DO COTOVELO, EM PÉ, ERETO 95,7 103,0 110,0 102,1 109,6 117,9
1.5 ALTURA DO CENTRO DA MÃO, BRAÇO 66,4 73,8 80,3 72,8 76,7 82,8
PENDIDO, EM PÉ
1.6 ALTURA DO CENTRO DA MÃO, BRAÇO 174,8 187,0 200,0 191,0 205,1 221,0
ERGUIDO, EM PÉ
1.7 COMPRIMENTO DO BRAÇO, NA HORIZONTAL, 61,6 69,0 76,2 66,2 72.2 78,7
ATÉ O CENTRO DA MÃO
1.8 PROFUNDIDADE DO CORPO, NA ALTURA DO 23,8 28,5 35,7 23,3 27,6 31,8
TÓRAX
1.9 LARGURA DOS OMBROS, EM PÉ 32,3 35,5 38,8 36,7 39,8 42,8
1.10 LARGURA DOS QUADRIS, EM PÉ 31,4 35,8 40,5 31,0 34,4 36,8
2. CORPO SENTADO
2.1 ALTURA DA CABEÇA, A PARTIR DO ASSENTO, 80,5 85,7 91,4 84,9 90,7 96,2
CORPO ERETO
2.2 ALTURA DOS OLHOS, A PARTIR DO ASSENTO, 68,0 73,5 78,5 73,9 79,0 84,4
ERETO
2.3 ALTURA DOS OMBROS, A PARTIR DO 53,8 58,5 63,1 56,1 61,0 65,5
ASSENTO, ERETO
2.4 ALTURA DO COTOVELO, A PARTIR DO 19,1 23,3 27,8 19,3 23,0 28,0
ASSENTO, ERETO
2.5 ALTURA DO JOELHO, SENTADO 46,2 50,2 54,2 49,3 53,5 57,4
2.6 ALTURA POLÍTEA (PARTE INFERIOR DA 35,1 39,5 43,4 39,9 44,2 48,0
COXA )
2.10 COMPRIMENTO NÁDEGA-PÉ, PERNA 95,5 104,4 112,6 96,4 103,5 112,5
ESTIRADA NA HORIZONTAL
2.11 ALTURA DA PARTE SUPERIOR DAS COXAS 11,8 14,4 17,3 11,7 13,6 15,7
2.12 LARGURA ENTRE COTOVELOS 37,0 45,6 54,4 39,9 45,1 51,2
2.13 LARGURA DOS QUADRIS, SENTADO 34,0 38,7 45,1 32,5 36,2 39,1
3. CABEÇA
3.1 COMPRIMENTO VERTICAL DA CABEÇA 19,5 21,9 24,0 21,3 22,8 24,4
3.2 LARGURA DA CABEÇA, DE FRENTE 13,8 14,9 15,9 14,6 15,6 16,7
3.3 LARGURA DA CABEÇA, DE PERFIL 16,5 18,0 19,4 18,2 19,3 20,8
3.4 DISTÂNCIA ENTRE OS OLHOS 5,0 5,7 6,5 5,7 6,3 6,8
4. MÃOS
4.3 COMPRIMENTO DA PALMA DA MÃO 9,1 10,0 10.8 10,1 10.9 11.7
4.4 LARGURA DA PALMA DA MÃO 7,2 8,0 8,5 7,8 8,5 9,3
4.7 CILINDRO DE PEGA MÁXIMA ( DIÂMETRO ) 10,8 13,0 15,7 11,9 13,8 15,4
5. PÉS
4) Validar os resultados
Premissas de projeto
4) Tabela antropométrica: a variável só serve para aquela população. Cuidado ao utilizar tabelas
antropométricas muito específicas (forças armadas, por exemplo)
5) Soluções de compromissos: são os ajustes necessários que irão acomodar os usuários extremos
sem prejudicar os demais,
Exemplo:
a) Projetar a altura de uma bancada para martelar uma estrutura porta metálica de 1200mm x
2500mm. OBS: será utilizada por homens
b) Projetar a altura de uma bancada para uma atividade de inspeção visual de chapas metálicas.
OBS: devem ser detectados devem da ordem de milímetros e será utilizada por mulheres.
c) Em uma linha de produção, são encaixadas peças quadradas (50 x 50mm) em um componente
metálico de 150mm x 20mm. Projetar qual deve ser a altura da cadeira, da mesa e qual deve ser a
distância que as peças devem ficar do operário?
e) Um armário aéreo será utilizado para guardar objetos no setor de manutenção. Qual será a altura
desse armário considerando que o setor de manutenção é composto somente por homens?
f) Uma porta de emergência será instalada no setor de produção de uma empresa em que trabalham
homens e mulheres. Qual deve ser a altura dessa porta?
Biomecânica
Importância para a ergonomia: avaliar as cargas e o impacto destas nas articulações e músculos e
desta forma, projetar as tarefas de trabalho de forma a minimizar as lesões.
Corpo humano
Coluna vertebral
Assim,
Fadiga
Efeito de um trabalho continuado que provoca uma redução reversível da capacidade do organismo
e uma degradação qualitativa desse trabalho.
Causas: diversos fatores (fisiológicos, psicológicos, fatores ambientais).
A fadiga é uma adaptação do organismo à exigência do trabalho.
Seus efeitos são cumulativos.
Tipos de fadiga
Fadiga física: pode ser medida, reparável com o descanso e explicada em termos bioquímicos
Fadiga psíquica: difícil de ser medida, não pode ser facilmente reparável e não é facilmente
explicável a um só nível.
Monotonia
Situação pobre em estímulos. Repetição de estímulos com pequena exigência. Trabalho prolongado,
de controle e vigilância
Sintomas: sinais de fadiga, sonolência, falta de disposição e diminuição da atenção.
Pessoas extrovertidas, com alto nível conhecimento são mais propensas à monotonia.
Pausas
Tipos:
Pausas fisiológicas: em razão do trabalho executado.
• Pausas furtivas: realizadas entre as lacunas operacionais. Ex: regulagem de máquina, procura de
ferramenta, etc. Ineficaz.
Pausas de repouso: 11 horas entre o final e o início de um turno/24 horas na semana/30 dias anuais.
“Muitas vezes, a empresa não quer fazer pausa, mas o trabalhador, cansado, não produz como
deveria”.
Lembre-se:
Trabalho em turnos
Ciclo circadiano (circa diem): oscilações nas funções fisiológicas em um ciclo de 24 horas. Ex: rim
produz menos urina à noite/temperatura interna do corpo – mínimo entre 2 e 4 horas.
•Vespertinos e matutinos: vespertinos - menor disposição pela manhã e mais ativos à tarde e à
noite/matutinos - dormem cedo e acordam cedo.
•Trabalho noturno: 20% das pessoas não se adaptam (seleção negativa)/pequeno grupo de adapta
sem problemas (selação positiva). Um grupo maior desenvolve úlcera, cansaço, cefaléia, etc e pode
ir para a categoria de seleção negativa; Outro grupo se adapta mas necessita de reforço (cafeína,
álcool, cigarro).
Fatores organizacionais
Organização do Trabalho
Artesanal
Relação homem-produto.
Relação homem-ferramenta.
Pressão inexiste.
Taylorista
Tempos-padrão de desempenho;
Isolamento do operário;
Fordista
Visão sociotécnica
Gestão do conhecimento
Fator humano deixa de ser fator importante para ser o principal fator das organizações.
Questões motivacionais
Sugestão: leitura do artigo “A Importância da Aplicação das Teorias de Motivação nos Recursos
Humanos das Organizações”
Polivalência.
Enriquecimento do trabalho.
Alargamento do trabalho.
Trabalho em equipe.
Desafio
Conseguir provar, na prática, que a alteração de fatores organizacionais vai gerar melhoria de
aspectos ergonômicos e produtividade a longo prazo.
Ergonomia Cognitiva
Cognição – Cognição é o ato ou processo de conhecer, que envolve atenção, percepção, memória,
raciocínio, juízo, pensamento e linguagem.
Ergonomia cognitiva – estudar as interações homem-máquina para elaborara sistemas mais seguros
e eficazes
Histórico:
Através dos canais sensoriais (visão, audição, tato, olfato, paladar). Seleção do canal depende:
Tipo de informação.
Finalidade.
Localização do receptor.
Ambiente.
Audição
Esse canal deve ser utilizado nas seguintes situações: alarme e emergência/mensagens simples e
curtas/eventos/pontuais/velocidade é importante.
Visão
Esse canal deve ser utilizado nas seguintes situações: recepção de sinais complexos e
abstratos/mensagens longas/pessoa está em movimento/ambiente não é silencioso/sujeito fixo.
Memória e atenção
Memória – armazenamento de informações para uso posterior
Memória – codificar, armazenar e recuperar
Temos a memória de curto e longo prazo.
Atenção
Todo o processo de codificação e armazenagem das informações na memória passa pela atenção,
que funciona como filtro do sistema.
Todo o processo de codificação e armazenagem das informações na memória passa pela atenção,
que funciona como filtro do sistema.
Elevada carga mental.
Desempenho cai 20% após meia hora. É pior se: intervalos entre sinais variam muito, pessoa
com estresse físico ou com sono). Melhora com frequência dos sinais, sinais são mais fortes,
são diferentes, etc.
Tomada de decisão
Interface homem-máquina
Bom projeto da interface - Informação: qual é a finalidade? Como ela será mostrada? -
Simplicidade da informação - Capítulo 8 e 10 (Iida) – Controles e manejos e dispositivos de
informação.
Questões básicas:
Carga de trabalho - esforço (físico e mental) desprendido pelo trabalhador na execução da sua
atividade.
Métodos subjetivos: métodos que avaliam de forma indireta a carga de trabalho. Exemplos:
questionários e entrevistas junto ao trabalhador.
Métodos objetivos: métodos que avaliam de forma direta a carga de trabalho. Exemplos:
medição da frequência cardíaca.
NasaTLX - método desenvolvido pela Nasa para avaliar a carga de trabalho através de escalas
subjetivas.
Vantagem: praticidade (equipe não interfere nas atividades do indivíduo, técnica não
invasiva, captor é um relógio de pulso).
Aumento dos batimentos: calor, estresse (FC em um treinamento de motorista de Corpo de
Bombeiros foi de 30 em relação ao repouso. Em uma situação de emergência aumentou 50).
Diferença entre FC durante o trabalho e repouso não pode ultrapassar 35 para os homens e 30 para
as mulheres.
Tela do software
RULA (Rapid Upper Limb Assesment): avaliação rápida dos membros superiores
Objetivo: calcular um índice quantitativo que represente os riscos associados dos membros
superiores e estabelecer um número recomendado de movimentos por minuto, considerando
algumas variáveis como: esforço físico, posturas e pausas.
Ações Técnicas Recomendadas (ATR): 30 x MF (força) x MP (postura) x ME (repetitividade) x
MC (fatores complementares) x MR (recuperação) x MJ (repetitividade no turno)
Resumo:
Estuda uma situação de trabalho, objetivando avaliar as condições de trabalho (físicas, mentais e
organizacionais) para então sugerir, as alterações (correção ou ajuste) a serem feitas no posto de
trabalho.
b) Observação direta dos postos de trabalhos Podem ser utilizadas filmagens e/ou fotografias
Modo operatório: Modo como as atividades são executadas para se atingir o resultado final
desejado. É o resultado da regulação, pelo trabalhador, entre o que é lhe solicitado (tarefa), com que
fazê-lo (meios de produção) e como fazê-lo.
Análise da tarefa
É o que o trabalhador deve realizar de acordo com padrões estabelecidos e que garantam a
qualidade do produto/serviço.
Inclui a análise de objetivos (produção, qualidade, etc), condições técnicas de trabalhos (materiais,
máquinas, ferramentas, documentos, softwares), condições ambientais (ruído, calor, iluminação,
etc), condições organizacionais (ritmo de trabalho, relações hierárquicas, plano de carreira, etc).
Análise da atividade
É a análise do comportamento do homem no trabalho. É o que o homem efetivamente realiza para
atingir os objetivos de produção.
É a fase onde é realizada a análise das atividades desenvolvidas pelos trabalhadores, face às
condições e aos meios que lhe são colocados à disposição.
Nesta fase, é feita a análise dos comportamentos de trabalho: posturas, ações, gestos, comunicações,
direção do olhar, movimentos, verbalizações, raciocínios, estratégias, resoluções de problemas,
modos operativos, etc.
Tudo que pode ser observado ou inferido das condutas dos indivíduos!!!
4) Validação
ABNT. NBR 10152: Níveis de ruído para conforto acústico. São Paulo, 1987.
ABNT. NBR 8995. Iluminação de ambiente de trabalho. Parte 1: Interior. São Paulo, 2013
IIda, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. 2a Ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.
RUAS, A.C. Conforto térmico nos ambientes de trabalho. São Paulo: Fundacentro, 1999.
SALIBA, T. Manual prático de avaliação e controle de calor: PPRA. 4a Ed. São Paulo: LTr, 2012.
Limitações:
Não pode ser aplicada em tarefas de elevação de objetos com uma só mão, na posição de
sentado ou agachado, ou ainda elevações em espaços confinados que obriguem a posturas
desfavoráveis.
Não contempla a elevação de pessoas, de objetos muito quentes ou frios, sujos ou
contaminados.
Assume que a superfície de contato do calçado com o solo tem um coeficiente de fricção
estática, no mínimo, de 0.4 (de preferência 0.5)
Assume que as tarefas de levantamento e de abaixamento de pesos têm idêntico potencial
para causar lesões lombares.
Se o ambiente físico for desfavorável (temperatura ou umidade relativa inferiores aos
intervalos 19º a 26ºC ou 35% a 50%).
Não estão incluídas tarefas que impliquem elevações rápidas de objetos (>15 elev./min)
FDH: Fator distância horizontal. É a distância do indivíduo à carga. Representado pela fórmula
25/H. H: distância (cm) da posição das mãos no início do levantamento ao ponto médio sobre uma
linha imaginária ligando os dois tornozelos.
FAV: Fator altura vertical da carga. Representado pela fórmula: [1 – 0,003(V- 75)]. V: distância
vertical das mãos (cm) com relação ao solo no início do levantamento. Se V= 175cm, FAV= 0.
FDVP: Fator distância vertical percorrida desde a origem até o destino. Representado pela
fórmula: (0,82 + 4,5/DC). DC: distância vertical de transporte da carga entre o ponto de saída e o
ponto de chegada. Valor máximo aceitável: 175cm.
FFL: Fator frequência de levantamento. Ver valor na tabela 1.
FRTL: Fator rotação lateral do tronco. Representado pela fórmula (1 - 0,0032A). A: Ângulo de
rotação (assimetria). Se o ângulo for maior que 135o FRTL=0.
FQPC: Fator qualidade da pega da carga. Ver valor na tabela 2.
Distância percorrida
Assimetria
Tabela1
FREQÜÊNCIA DE LEVANTAMENTO - FFL
DURAÇÃO DA MANUTENÇÃO CONTINUA
FREQÜÊNCIA
<= 8 horas <= 2 horas <= 1 hora
Levantamento(s) V < 75 V >= 75 V < 75 V >= 75 V < 75 V >= 75
por minuto (cm) (cm) (cm) (cm) (cm) (cm)
0,2 0,85 0,85 0,95 0,95 1,00 1,00
0,5 0,81 0,81 0,92 0,92 0,97 0,97
1 0,75 0,75 0,88 0,88 0,94 0,94
2 0,65 0,65 0,84 0,84 0,91 0,91
3 0,55 0,55 0,79 0,79 0,88 0,88
4 0,45 0,45 0,72 0,72 0,84 0,84
5 0,35 0,35 0,60 0,60 0,80 0,80
6 0,27 0,27 0,50 0,50 0,75 0,75
7 0,22 0,22 0,42 0,42 0,70 0,70
8 0,18 0,18 0,35 0,35 0,60 0,60
9 0,00 0,15 0,30 0,30 0,52 0,52
10 0,00 0,13 0,26 0,26 0,45 0,45
11 0,00 0,00 0,00 0,23 0,41 0,41
12 0,00 0,00 0,00 0,21 0,37 0,37
13 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,34
14 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,31
15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,28
> 15 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Tabela 2
Acrescente 1 ao escore A ou B, se: A postura é estática (mantida por mais de dez minutos) ou se
existe atividade repetitiva (4 vezes por minuto ou mais).
Pontuação carga