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COMPETÊNCIAS DA ENGENHARIA CLÍNICA I

ERGONOMIA E ESTRUTURA ADMINISTRATIVA


HOSPITALAR PARTE I
ERGONOMIA
CONCEITOS
A palavra ergonomia vem do grego ergon (trabalho) e normo
(normas, regras, leis), e tem como objetivo compreender as
lacunas existentes entre o trabalho real e o prescrito, com base
em conhecimentos de fisiologia, antropometria e biomecânica,
para adaptar as necessidades entre o homem e o seu ambiente
de trabalho.
ERGONOMIA
MOTIVAÇÃO
Aplicação de conhecimentos científicos necessários para
proporcionar de forma integrada, segurança, conforto, bem-estar
e desempenho eficiente nas atividades profissionais.
No caso dos ambientes de saúde, a sua atuação visa melhorar a
adaptação dos insumos, ferramentas, equipamentos, estações de
trabalho, processo de trabalho e a ambiência aos trabalhadores,
buscando segurança, produção, conforto e saúde, contribuindo
assim para a promoção da qualidade de vida.(Freitas, Irai Borges
de)
ERGONOMIA
MOTIVAÇÃO
Baseia-se na Norma Regulamentadora (NR) nº 17 – Ergonomia,
do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de 1990 , que
destaca em seu escopo o conforto humano. A NR-17 em seus
itens:
17.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados
ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao
mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto
de trabalho e à própria organização do trabalho
ERGONOMIA
MOTIVAÇÃO

17.1.2 Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às


características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao
empregador realizar a análise ergonômica do trabalho.

17.5 ‘Condições ambientais de trabalho’, faz referência às


adequações que devem ser consideradas as características
psicofisiológicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho que
será realizado.
ERGONOMIA
MOTIVAÇÃO
A utilização da técnica está presente em vários setores, entre
eles, nos ambientes de saúde, trazendo com isso benefícios para
todos os envolvidos, incluindo administradores hospitalares,
gestores operacionais, profissionais de saúde, enfermos e seus
acompanhantes

A ergonomia deve apreciar a dimensão coletiva do trabalho,


compreender fenômenos fisiológicos, cognitivos, psíquicos e
sociais do qual o trabalhador se utiliza para realizar a tarefa.
ERGONOMIA

Também deve considerar os conceitos para uma antropometria


aplicada nos requisitos do projeto, que são direcionados para a
tarefa, segurança, conforto, estereótipo popular, envoltórios de
alcances físicos, postura e aplicação de formas e materiais.

A abordagem do controle das condições de conforto ambiental


dos EAS realizou-se a partir da interação das expectativas
específicas a cada sub-aspecto (higrotérmico e de qualidade do
ar, acústico e luminoso) com a classificação dos ambientes
daqueles edifícios segundo as atividades que abrigam. (RDC50)
ERGONOMIA

AÇÕES GERAIS

As ações de manejo são consideradas pela ergonomia


envolvendo o sistema de comunicação e informação do usuário..

Aprecia as ações de percepção, que são relativas aos


movimentos realizados pelos atores dos espaços, considerando
as diversas partes do corpo humano (braços, mãos, pés, dentre
outras), que necessitam de um arranjo espacial para o manuseio
operacional. (Vide estudo: Aspectos ergonômicos e posturais e o
trabalhador da área de saúde, Alexandre,Neusa Maria Costa
Unicamp).
ERGONOMIA

CONFORTO

Todas essas características contribuem para que o ambiente


hospitalar proporcione a todos um local diferenciado, ou seja, que
ofereça um atendimento humanizado e seja seguro.
Entre os principais parâmetros adotados pela ergonomia para
proporcionar o conforto térmico, acústico e lumínico nos espaços
assistenciais de saúde estão:
temperatura efetiva (entre 20ºC e 23ºC a umidade relativa (não
inferior a 40% velocidade do ar (não superior a 0, 75 m/s)
renovação de ar mínima é de 17 m3/hora/pessoa.
ERGONOMIA

CONFORTO ACÚSTICO

Há uma série de princípios arquitetônicos gerais para controle


acústico nos ambientes, de sons produzidos externamente. Todos
agem no sentido de isolar as pessoas da fonte de ruído, a partir
de limites de seus níveis estabelecidos por normas brasileiras e
internacionais. As normas para controle acústico a seguir devem
ser observadas por todos EAS. - Normas da ABNT: NBR10.152-
níveis de ruído para conforto acústico e NBR 12.179 – Tratamento
acústico em recintos fechados.
A NR-17 para o conforto acústico indica 65 dB(A) e a curva de
avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB;
ERGONOMIA
CONFORTO LUMINOSO
A RDC-50 reforça que o conforto luminoso a partir da fonte
natural deve seguir as orientações da NBR-5413 e que é
fundamental observar os ambientes que demandam obscuridade,
a NR-17 considera os valores de iluminância estabelecidos na
NBR-5413 – iluminância de interiores, que orienta as medições
médias mínimas adequadas nas estações de trabalho.. A
ergonomia entende que o sistema de iluminação, a escolha do
tipo de lâmpada e a distribuição das mesmas devem considerar
as características do trabalho que será executado num
determinado espaço.
ERGONOMIA
CONFORTO LUMINOSO

Estabelece também que ambientes funcionais dos EAS que


demandam sistemas de controle natural das condições
ambientais luminosas a certas unidades funcionais que carecem
de condições especiais de iluminação, no sentido de
necessitarem de incidência de luz de fonte natural direta no
ambiente. Exemplo:

Salas de observação em Emergências;

Quartos e enfermarias;

Internação intensiva e queimados;

Quartos e áreas coletivas;

Salas para tratamento hemodialítico.
ERGONOMIA

O seu estudo pode colaborar em diferentes momentos de um


projeto de um estabelecimento de saúde. No momento de
concepção pode se utilizar dos elementos da ambiência(Freitas,
Irai Borges de) :

Morfologia
Cor
Iluminação
Ventilação

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