respiratório, varia entre 350 e 500ml; Volume de Reserva Inspiratório (VRI) - volume inspirado; Volume de Reserva Expiratório (VRE) - volume expirado; Volume Residual (VR) - volume de ar que permanece no interior dos pulmões após uma expiração máxima; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Capacidades pulmonares Capacidade Vital (CV) Quantidade de gás mobilizada entre uma inspiração e uma expiração máximas. Capacidade Inspiratória (CI) Volume máximo de ar inspirado a partir do final de uma expiração espontânea Capacidade Residual Funcional (CRF) Quantidade de gás contida nos pulmões no final de uma expiração espontânea Capacidade Pulmonar Total (CPT) Quantidade de ar contida nos pulmões ao final de uma inspiração máxima. NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Espaço morto ventilatório
• O “espaço morto” ventilatório é de grande
importância clínica; • O espaço morto é todo o espaço que vai desde as fossas nasais até o décimo sétimo ramo brônquico; • Neste espaço não ocorre troca gasosa, impossibilitando a difusão de gases; • Vemos na figura o ar que será inspirado, desse ar uma parte não atinge a faixa utilizável dos pulmões, sendo classificado como espaço morto; • Em casos de dispnéia, ou taquipnéia, pode levar a hipoxia (falta de oxigênio); NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Troca de gases - Hematose
• A troca de gases é conhecida como
hematose pois é a hemoglobina é responsável pelo transporte de gases; • Os gases entram e saem do sangue devido a diferença de concentração, sempre do mais concentrado para o menos concentrado; • Atravessa membranas, porque são moléculas altamente hidrofóbicas e nossas membranas são lipídicas; • O que faz os gases se ligarem a hemoglobina é a alta afinidade pelo grupamento Heme- que é rico em ferro; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Captação de oxigênio
• A captação de gases ocorre devido as
diferenças de concentração, pois a concentração de O2 no sangue é proporcional a concentração atmosférica deste gás; • Vemos a pressão alveolar de O2 (PAO2 ) que é igual a 102 mmHg (ao nível do mar) e a pressão de CO2 (PACO2 ) que é 40mmHg; Quando o sangue venoso chega ao pulmão apresenta pressão venosa de O2 (PVO2 ) de 40mmHg e a pressão venosa de CO2 (PVCO2 ) de 46mmHg; Após passar pelo pulmão o sangue sai com uma concentração de pressão da veia pulmonar de O2 (PpVO2 ) de 102mmHg e a pressão da veia pulmonar de CO2 de 40 mmHg; Dessa forma, o sangue venoso deixou 6 mmHg de CO2 no ar atmosférico e captou 64 mmHg de O2 , tornando-se oxigenado; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Localização da hemoglobina
• Os alvéolos são envolvidos por uma rica
rede de vasos sanguíneos e capilares linfáticos; • O oxigênio esta bem mais concentração na luz do alvéolo e por isso tende a se mover para compartimentos de menores concentrações; • Dessa forma, os gases vão atravessando compartimentos e são atraídos por moléculas com cargas afim, como a hemoglobina. • A hemoglobina é uma molécula encontrada no interior das hemácias (eritrócitos); • As hemácias são células que não possuem núcleo, por isso apresentam essa forma achatada como “boinas”; • Possuem além de moléculas de hemoglobina, uma enzima muito importante no processo ácido/básico a enzima anidrase carbônica que transforma ácido carbônico em dióxido de carbono e água, subprodutos da síntese de ATP; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Transporte de oxigênio
• A hemoglobina é um a molécula que apresenta
elevada afinidade pelo oxigênio, entre outros gases; • Ela possui uma característica única por apresentar quatro grupamentos férricos, com sítios de ligação voltados para sua superfície externa, chamado grupamento Heme-, dai o nome hemoglobina; • O grupamento Heme- é capaz de carregar grande quantidade de moléculas de O2, entretanto a hemoglobina não liberada todo o O2 que ela contém, ficando sempre com uma reserva que não é utilizável, em torno de 40mmHg; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Pressões transpulmonares • O fluxo sanguíneo transpulmmonar é de grande importância para a captação de O2; • O sangue tem que passar lentamente pelo pulmão, sendo ejetado pelo ventrículo direito com uma pressão de apenas 24/9 mmHg, uma média de 14 mmHg; • Quando entra nos pulmões encontra os vasos de resistência que reduzem a pressão para 10,5mmHg; • Essa baixa pressão possibilita as trocas, sendo então captado pelas vênulas com uma pressão de apenas 9mmHg; • Importante lembra que o aumento da pressão, obstruções linfáticas ou insuficiência cardíaca geram aumento da pressão transpulmonar e acumulo de líquido na luz alveolar (congestão pulmonar); NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Perfusão tecidual – Difusão do oxigênio
• O sangue entra no pulmão com uma concentração de
40mmHg de O2 e sai do pulmão oxigenado com 102mmHg de O2; • Desses 102mmHg o corpo utiliza 60mmHg, a serem distribuídos aos tecidos; • As células conseguem sobreviver a pressões medias de O2, em torno de 3 a 4mmHg de O2; • Dessa forma, os capilares liberam 60mmHg de O2 que vão sendo distribuídos igualitariamente, para cada célula de acordo com sua disponibilidade e necessidade tecidual; • Assim cada tecido recebe a mesma quantidade de O2 e utiliza de acordo com sua necessidade, variando o fluxo sanguíneo tecidual e a quantidade de vasos por tecido; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Perfusão tecidual – Difusão do dióxido de carbono
• O dióxido de carbono é produzido na célula através do
processo metabólico de respiração celular, que catalisa nutrientes (glicose) em ATP + CO2 + H2O; • Dessa forma, quanto mais a célula utiliza ATP, mais CO2 ela produz, aumentando sua concentração interna, que quando fica maior que a externa sai da célula e vai para o líquido intersticial; • O CO2 após sair da célula é recolhido pelas vênulas e encontra a hemácia, que possui uma molécula de alta afinidade a hemoglobina; Entretanto a hemoglobina não da conta de todo esse CO2, que acaba se ligando a água (H2O) e formando ácido carbônico (H2CO3 ) como veremos; • O CO2 que não foi reutilizado então vai ligado na hemoglobina até chegar ao pulmão onde é liberado por diferença de concentração; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Curva de saturação da hemoglobina
• Como podemos perceber a hemoglobina se liga a
determinados gases dependendo de sua afinidade, até uma determinada concentração, pois chega um momento que ela não consegue mais manter a molécula aderida; • Por isso existe uma curva de saturação de hemoglobina como vemos na figura: - Nessa curva observamos que conforme a pressão de O2 aumenta a quantidade de hemoglobina oxidada também aumenta; - Isso ocorre até a pressão de 100mmHg de O2 ,pois mesmo com pressões acima de 100mmHg a oxigenação da hemoglobina não aumenta pois ela já se encontra saturada, não carreando quantidades maiores de O2; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Volumes dos gases
• Numa visão geral do processo, o sangue quando passa
pelos alvéolos pulmonares capta uma diferença de 50mL/L de O2 e utiliza uma média de 250mL/min pelas células e metabolismos celular; • Quando utiliza essa quantidade de O2, produz uma quantidade de CO2 livre em torno de 200ml/min e apresenta uma diferença de 40mL/L, que deve ser expirado na ventilação; • Dessa forma, o processo ventilatório trabalha com certa dificuldade e ainda pode gerar problemas pelo excesso de O2 (alcalose metabólica) ou falta de O2, gerando acidose metabólica; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Acidose e alcalose metabólica
• Como já vimos algumas vezes, quem respira é a
célula o pulmão ventila. Ela respira para produzir energia metabólica (ATP); • Quando produz ATP gera dois subprodutos, o CO2 e H2O, se unirmos o CO2 e H2O teremos H2CO3 (ácido carbônico), que acidifica o meio; • Nosso corpo tem algumas estratégias para impedir: - a hemácia possui a enzima anidrase carbônica que hidrata o ácido carbônico e bicarbonato (HCO3-) mais hidrogênio (H+), reduzindo a acidez do meio; - outra estratégia é a formação de compostos carbaminos que são utiizados na síntese protêica; - temos ainda na formação de bicarbonato de sódio devido a sua ligação com este íon; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Ventilação e sua influencia no pH
• O controle ventilatório esta diretamente ligado ao pH,
pois quando fazemos exercício, ou não conseguimos captar O2, a quantidade de CO2 em relação ao O2 aumenta, e o sangue vai cada fez ficando mais ácido; • A enzima anidrase carbônica trabalha até seu limite de saturação não sendo mais eficiente na manutenção do pH; • Conforme o sangue ácido atinge os quimioceptores bulbares, o centro controlador ventilatório é ativado, e ele ativa o interruptor respiratório que ativa o núcleo involuntário que aumenta a ventilação (taquipneia) até que o pH sanguíneo volte ao normal; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Controle do processo respiratório
• Após a ocorrência da ventilação, havendo esforço físico,
o sangue vai ficando ácido. O sangue ácido ativa quimioceptores que modulam os centros controladores bulbares; • Estes estímulos levam a ativação do sistema motor aumentando a frequência ventilatória, que ativa mecanoceptores a inibir o aumento da frequência; • Mas esse comando só ocorre quando o pH sanguíneo voltar a níveis basais (7.25 à 7.35), após a normalidade é que a ventilação diminui retornando ao normal; • Por isso quando estamos ofegantes devido a esforço físico (exercício), paramos o exercício e só depois que e ventilação volta ao normal, esperando a redução do pH; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Controle respiratório involuntário
• A única coisa que controlamos parcialmente no
processo respiratório é a ventilação; • Temos duas formas de controle da ventilação: controle voluntário e controle involuntário; • O controle involuntário, é quem realmente comanda a ventilação, pois como sabemos não podemos ficar em apneia para sempre, pois logo o controle central assume e voltamos a ventilar automaticamente; • Esse controle autônomo, sofre com as alterações dos centro controladores, que são estimulados pelo pH e trabalho ventilatório; • O centro controlador involuntário se encontra no núcleo retroambiguo e no trato solitário, próximos ao quarto ventrículo; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Controle voluntário
• O controle voluntário, nos permite falar, tocar
instrumentos de sopro, controlar o tom e a intensidade da voz, através do controle motor central; • Esse controle mais complexo necessita da atuação de vários feixes nervosos, como o VI, VII,IX, X, XII nervos cranianos, saindo da ponte, bem próximos ao centro controlador ventilatório bulbar; • Vemos um desenho esquemático da localização dos nervos cranianos, apresentando um sistema bem mais complexo, pois deve atuar em diferentes músculos em toda área ventilatória controlando cordas vocais, músculos faciais, língua, entre outros; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Centros respiratórios de controle
• Vemos um esquema dos centros controladores da
ventilação; • Em (A) é o interruptor ventilatório, pois ele recebe informações do sistema nervoso central, que recebe informações periféricas e motoras e repassa para o cérebro; • O cérebro (C) percebe e codifica essa informações, como por exemplo atividade ventilatória acelerada, e manda informação inibitória (B) para o centro interruptor; • Se o pH sanguíneo estiver normal, o interruptor então inibe a ventilação retornando a frequência normal, mas se o pH não estiver normal a hiperventilação continua; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Inervação autônoma
• O sistema nervoso autonomo, influencia o sistema
respiratório, principalmente a nível pulmonar gerando dilatação brônquica ou constrição bronquica, além de interferir na produção de muco; - Sistema Simpático – através do receptor beta-2, gera broncodilatação, aumentando a área de captação de O2. Mas também pode atuar sobre receptores alfa 1 e alfa 2 regulando o fluxo sanguíneo; - Sistema parassimpático – atua através de receptores muscarínicos M1 e M3, como resposta vagal, gerando broncoconstrição e aumento da produção de muco; - O sistema autonomo é alvo de diversos medicamentos utilizados para falicitar a ventilação e captação de gases; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Tônus da musculatura brônquica
• Vemos na figura a diferença no diâmetro da
luz do bronquíolo, causada pela estimulação da musculatura lisa brônquica pelo sistema autônomo; • Observamos a broncocontrição gerada pela atividade vagal, liberando acetilcolina, que atua em receptores colinérgicos muscarínicos; • Depois vemos o tônus muscular normal, sem interferência do sistema autônomo; • E por último observamos a broncodilatação gerada pela liberação da adrenalina estimulando receptores beta-2, gerando broncodilatação; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Patologias e a contratilidade pulmmonar
• Entre as patologias importantes temos a enfisema
pulmonar e a fibrose pulmonar, que afetam a contratilidade e captação; • Enfisema pulmonar - patologia que ocorre pelo acumulo de substâncias no interior do saco alveolar, impedindo a passagem de gases e modificando a forma dos alvéolos, que perdem sua rigidez, aumentando em tamanho e não conseguindo ejetar o ar dos pulmões por se tornarem flácidos; • Fibrose pulmonar - ocorre o inverso, também devido a contaminações com substâncias tóxicas, o tecido pulmonar inicia um processo inflamatório que vai enrijecendo o pulmão; • Vemos na figura na enfisema grande capacidade vital mas baixa pressão, e na fibrose alta pressão e baixa capacidade vital quando comparado ao controle; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Fibrose pulmonar
• Torna o tecido com forma cicatricial, causada pelas
Doenças Intersticiais Pulmonares (DIP), que são doenças crônicas e lentas; • Ocorre uma perda irreversível na capacidade dos pulmões em transferir oxigênio para a corrente sanguínea, causando falta de ar progressiva e tosse seca; • As causas são inalação de poeiras inorgânicas ou pneumoconioses (silica, asbestos), criadores de aves, mofo, drogas (quimioterápicos, amiodarona, cocaína); • É caracterizada pela perda da complacência, aumentando o tamanho pulmonar com o aumento da pressão. NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Enfisema pulmonar
• Enfisema é uma doença pulmonar obstrutiva crônica
caracterizada pela dilatação excessiva dos alvéolos pulmonares (flacidez alveolar), o que causa a perda de capacidade respiratória e uma oxigenação insuficiente; • Ela geralmente é causada pela exposição a produtos químicos ou exposição prolongada ao fumo de tabaco; • Os pulmões perdem a elasticidade ou elastância (tornam-se mais complacentes) de modo que o volume mínimo aumenta, ficando próximo ao da capacidade respiratória final; • A destruição dos alvéolos diminui a área superficial para a troca gasosa. NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Edema pulmonar
• É o acúmulo de água nos pulmões, que leva a
dificuldades na troca gasosa e pode causar insuficiência respiratória; • Causado pela incapacidade do coração em remover o fluido da circulação pulmonar (edema pulmonar cardiogênico) ou causado por uma lesão direta ao parênquima pulmonar (edema pulmonar não cardiogênico); • Atualmente tem ocorrido morte por edema em casos de lipoaspiração, pois a gordura é emulsionada para ser aspirada e muitas vezes penetram nos ramos linfáticos, enrijecem obstruindo-os, aumentando a pressão transpulmonar, gerando edema; NOÇÕES DE FISIOLOGIA HUMANA Pneumotórax
• O pneumotórax ocorre devido a um trauma ou
incisão que gere uma perfuração pleural; • Essa perfuração pode ocorre por instrumentos cortantes, fraturas de costelas, bactérias, gerando o colabamento ou colapsamento dos alvéolos; • Isso devido a pressão atmosférica que penetra na cavidade toráxica e comprime o pulmão que estava protegido pelo vácuo formado pela caixa toráxica; • A entrada de ar comprime o pulmão que colaba; • O pneumotórax é muito comum em acidentes, tiros ou agressões;