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Nas células dos tecidos corporais, o oxigênio reage com diversos nutrientes, formando
grande quantidade de dióxido de carbono. Esse CO2 penetra nos capilares dos tecidos
e é transportado de volta aos pulmões.
Durante o exercício intenso, o corpo da pessoa pode precisar de até 20x mais da
quantidade normal de oxigênio. Além disso, devido ao maior débito cardíaco
durante a atividade física, o tempo que o sangue permanece nos capilares
pulmonares pode ser reduzido a menos da metade do normal.
Contudo, devido ao grande fator de segurança da difusão de oxigênio através da
membrana pulmonar, o sangue ainda fica quase saturado com oxigênio quando
deixa os capilares pulmonares.
Explicação:
1) Em primeiro lugar, a capacidade de difusão do oxigênio praticamente
triplica durante o exercício (o que resulta do aumento da superfície dos
capilares que participam da difusão e da proporção ventilação-perfusão
mais próxima do ideal na parte superior dos pulmões).
2) Em segundo lugar, sob condições de repouso, o sangue fica quase
saturado com oxigênio quando já percorreu um terço do capilar
pulmonar, e pouco oxigênio extra entra no sangue durante os últimos
dois terços do percurso. Ou seja, o sangue normalmente permanece nos
capilares pulmonares 3x mais tempo que o necessário para causar
oxigenação total.
Cerca de 98% do sangue que entra no átrio esquerdo, proveniente dos pulmões,
acabou de passar pelos capilares alveolares e foi oxigenado até PO2 em torno de
104 mmHg.
Os outros 2% do sangue vem da aorta, pela circulação brônquica que supre
basicamente os tecidos profundos dos pulmões, e não é exposta ao ar pulmonar.
Esse fluxo é denominado fluxo de
derivação, significando que o sangue é
desviado para fora das áreas de trocas
gasosas.
Ao deixar os pulmões, a PO2 do
sangue da derivação fica em
torno da PO2 do sangue venoso
sistêmico normal (40 mmHg).
Quando esse sangue se combina
nas veias pulmonares com o
sangue oxigenado dos capilares
alveolares, essa mistura venosa
de sangue faz com que a PO2 do sangue que chega ao coração esquerdo e é
bombeado para a aorta diminua para cerca de 95 mmHg.
Quando o sangue arterial chega aos tecidos periféricos, sua PO2 nos capilares
ainda é 95 mmHg. Contudo, a PO2 no líquido intersticial é de apenas 40 mmHg.
Assim, a diferença entre as pressões é muito grande, o que faz com que o oxigênio
se difunda rapidamente do sangue capilar para os tecidos.
Essa difusão ocorre tão rapidamente que a PO2 capilar diminui, quase se igualando
à pressão do interstício.
Portanto, a PO2 do sangue que deixa os capilares dos tecidos e entra nas veias
sistêmicas é também de aproximadamente 40 mmHg.
O oxigênio está sempre sendo utilizado pelas células. Portanto, a PO2 intracelular,
nas células dos tecidos periféricos, permanece menor do que a PO2 nos capilares
periféricos. Além disso, em muitos casos existe a distância física considerável entre
os capilares e as células.
Por isso, a PO2 intracelular normal varia de tão baixa quanto 5 mmHg a tão alta
quanto 40 mmHg, sendo, em média, de 23 mmHg.
Na medida em que apenas 1 a 3 mmHg são normalmente necessários para o
suporte total dos processos químicos que utilizam oxigênio na célula, mesmo essa
PO2 baixa de 23 mmHg é mais do que adequada, e proporciona grande fator de
segurança.
Difusão de dióxido de carbono das células teciduais para os capilares pulmonares, e
deles para os alvéolos
A quantidade
Nas condições basais, os total
tecidosde oxigênio ligado à hemoglobina no
Porém,para os 5 ml de oxigênio
sangue
Portanto, arterial
a PO2 tecidual não pode
necessitam de cerca de 5 ml de aumentar acima de 40 mmHg,
sistêmico normal, que é serem
oxigênio de cada 100 ml de
97%,liberados
é de cerca de100
para os 19,4 ml por
ml de 100 ml de sangue. Ao
uma vez que, caso isso aconteça, a
fluxo sanguíneo, é preciso que a
sanguepasssar
que passapelos capilares teciduais, essa quantidade
de 40 mmHg é reduzida, em média para
pelos capilares quantidade de oxigênio necessária
PO2 caia para cerca
teciduais para os tecidos não será liberada.
14,4 ml (PO2 de 40 mmHg, hemoglobina 75% saturada).
Coeficiente de Utilização
É a porcentagem do sangue que libera seu oxigênio enquanto atravessa os
capilares teciduais.
Valor normal = em torno de 25% (Ou seja, 25% da hemoglobina oxigenada liberou
seu oxigênio para os tecidos)
Durante exercício intenso = Pode aumentar por 75 a 85%.
E, nas áreas de tecidos locais onde o fluxo é muito lento ou a intensidade
metabólica é muito alta, já foram registrados coeficientes de utilização
próximos a 100%, ou seja, essencialmente todo o oxigênio sendo liberado
para os tecidos.
Obs 2: Ou seja, ligeira queda da PO2 faz com que grande quantidade de oxigênio extra
seja liberada da hemoglobina.
Além de reagir com a água, o dióxido de carbono reage diretamente com radicais
amina da molécula de hemoglobina, formando o composto carbaminoemoglobina
por reação reversível que ocorre com elo fraco, de modo que o CO2 é facilmente
liberado para os alvéolos.
Pequena quantidade de dióxido de carbono também reage da mesma maneira com
as proteínas plasmáticas nos capilares teciduais.
Bem menos significativo para o transporte
A quantidade de dióxido de carbono que pode ser carreada dos tecidos periféricos
para os pulmões pela combinação de carbamino com hemoglobina e proteínas
plasmáticas representa cerca de 30% da quantidade total transportada.
Ou seja, 1,5 ml de CO2 a cada 100 ml de sangue.
Reações mais lentas, portanto, na prática, não devem representar mais que 20% do
transporte.
O efeito Haldane
O transporte normal de oxigênio dos pulmões para os tecidos, por cada 100 ml
de sangue é de aproximadamente 5 ml, enquanto o transporte normal de
dióxido de carbono dos tecidos para os pulmões é de aproximadamente 4 ml.
Assim, sob condições normais de repouso, apenas cerca de 82% mais
dióxido de carbono são expirados do que oxigênio é captado pelos
pulmões.
A proporção do débito de dióxido de carbono em relação à captação de
oxigênio é denominada proporção de trocas respiratórias (R) ou quociente
respiratório