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O Desenvolvimento Psicossexual de Sigmund Freud

Sigmund Freud nasceu em 1856- 1931, em Friburgo, na Morávia, região actualmente


pertencente à República Checa. Descendente de uma família judaica, foi o filho mais
velho do casamento de seu pai, Jacob Freud, comerciante de lã, com Amalie
Nathansohn. Entre as obras publicadas, para além de inúmeros artigos, encontram-se
Estudos sobre a Histeria (1895), em parceria com Breuer, A Interpretação dos Sonhos
(1900), Psicopatologia da Vida Quotidiana (1901) e Três Ensaios sobre a Teoria da
Sexualidade (1905).
Técnicas Terapêuticas
Na primeira década do século XX, Freud criou a sua teoria do desenvolvimento da
personalidade, a qual tem sido amplamente estudada e discutida, tanto pela
importância que nela assumiram a infância e as respectivas experiências precoces como
pela descoberta do inconsciente enquanto poderoso meio de desenvolvimento, pese
embora as limitações apontadas aos seus estudos, designadamente no domínio
metodológico.
Com efeito, uma das críticas mais cerradas aos trabalhos de Freud prende-se com o seu
método de recolha de informação. Na sua prática clínica, Freud, ao procurar averiguar
as causas das dificuldades emocionais dos adultos recorreu à hipnose, técnica que veio
a abandonar, quer pela sua restrita aplicabilidade a um reduzido número de pessoas
(nem todas entravam em transe) quer pelas curas tão-só temporárias, com sequentes
recaídas. Voltou-se, então, para o que apelidou de associação livre, em que os pacientes,
em estado de vigília, eram estimulados a descrever tudo o que lhes viesse à mente, não
importando o quão corriqueiro ou constrangedor pudesse parecer a memória ou o
pensamento. Também a análise dos sonhos conquistou grande interesse em Freud. Ele
defendia a importância de trazer o inconsciente para o consciente, no contexto
terapêutico. Ora, o conteúdo manifesto e, sobretudo, o latente, dos sonhos, ou seja, os
acontecimentos, pessoas e objectos a respeito dos quais sonhamos, e o que isso
representa em termos de desejos, medo ou conflitos reprimidos, constituíam, segundo
Freud (1980), vias de acesso para investigar a mente inconsciente.
É incontestável o contributo de Freud para o estudo do desenvolvimento humano, pois,
a par da audácia de contrariar a ideia prevalecente à época, de que a infância
correspondia a um período esvaziado e menor, sublinhou a sua importância para a
definição da personalidade adulta, avançou com a concepção revolucionária do papel
da sexualidade enquanto motor do comportamento humano desde o nascimento, e
realçou a existência de um conflito interno, de que muitas vezes as pessoas não estão
cientes, que afecta os pensamentos e os comportamentos.
Estrutura da Personalidade- Constituição do aparelho psíquico
Para descrever a estrutura da personalidade, Freud (1962) convocou três forças
hipotéticas, independentes mas relacionadas, de cuja interacção e conflito emergia o
comportamento humano: o Id, o Ego e o superego. A partir da visão do autor (Freud,
1962), passamos a caracterizar sucintamente cada uma dessas forças.
ID – instância presente à nascença, ligada ao organismo físico, é hereditário. É
completamente inconsciente, é a fonte de energia psíquica – líbido – e de impulsos
básicos, como a fome, a sede e o sexo e, os instintos básicos como o instinto sexual e o
instinto da morte ou instinto agressivo.
1- O instinto sexual, em sentido amplo, ou seja, o instinto da vida, o instinto
construtivo;
2- O instinto da morte ou instinto agressivo.
De predominância de um ou de outro, desenvolver-se-á uma personalidade mais
construtiva, cooperadora, amorosa ou uma personalidade mais destrutiva, agressiva e
possessiva.
As actividades irrealistas e ilógicas do id, na busca pelo prazer e no evitamento pela dor,
são referidas como processos primárias. Por proporcionar a satisfação dos desejos sem
qualquer dilação temporal e sem considerar as circunstâncias e os custos, afirma-se que
o id opera de acordo com o princípio do prazer.
EGO/EU – instância que resulta da interacção do ID com o meio social. É a parte racional
da personalidade que procura manter o controlo sobre o ID, verificando que desejos e
impulsos podem ou não ser satisfeitos.
O EGO é o instrumento da razão e da realidade (Freud, 1962). Começa a desenvolver-se
por volta dos seis meses, vai buscar a sua energia ao id e é parcialmente consciente,
parcialmente pré-consciente e parcialmente inconsciente.
Consiste no mecanismo através do qual o id acede ao mundo exterior. Tem por função
satisfazer os impulsos do id, desde que na realidade esteja presente o objecto
apropriado. Caso tal não aconteça, o ego tem por missão proceder a uma suspensão
temporária, a um adiamento da satisfação, até surgirem as condições oportunas, ou
seja, que preservem a segurança do indivíduo e que contribuam para a sua integração
na sociedade. O EGO rege-se pelo princípio da realidade e tenta manter o equilíbrio
entre o ID e o Superego.
SUPEREGO/SUPEREU – instância ou estrutura parcialmente inconsciente e parcialmente
pré-consciente que se começa a desenvolver entre os 3-5 anos a partir do ego e que, tal
como aquele, não tem energia própria. À semelhança do id e ao contrário do ego, não
tem contacto com o mundo externo. Agrega os padrões absolutos de moralidade e ética,
representa o certo e o errado, o bom e o mau, as regras e as admoestações que a
sociedade transmite à criança através dos seus agentes de socialização: pais,
professores e outros significativos. A internalização dos valores, costumes e coações da
sociedade faz-se através de dois subsistemas: a consciência e o ego ideal. O primeiro, a
consciência, labora no sentido de fornecer informação sobre o que é moralmente errado
(o que a criança não deveria fazer), proporcionando a assimilação de experiências
associadas a comportamentos alvo de castigo. Gera sentimentos de culpa sempre que a
criança efectua ou pensa efectuar as actividades pelas quais foi castigada.
O ego ideal, ao corresponder à assimilação de experiências compensadoras, à
apropriação de situações em que os comportamentos foram premiados, motiva para o
moralmente adequado. Realizar ou pensar realizar este tipo de comportamentos, gera
na criança orgulho e gosto por si própria; surgem, no entanto, sentimentos de
inferioridade quando o ego é incapaz de atender aos padrões de perfeição do superego.
Depois do superego se encontrar desenvolvido, diz-se que a criança está socializada, o
que consiste nas normas e padrões sociais internalizadas pelo indivíduo durante a vida,
principalmente na infância. Aos poucos vai assimilando o que pode e não pode fazer, o
que convém ou não ao sistema social. É a base da consciência moral.

Mecanismos de Defesa

Freud descreveu um conjunto de mecanismos de defesa utilizados pelas pessoas para


lidar com a ansiedade, a qual definiu como «um estado sentido, afectivo e desagradável,
acompanhado de uma sensação física que alteraria o indivíduo para o perigo próximo»
(Freud, 1933/1964, como citado em Feist & Feist,2008, p.33) e que tende a manifestar-
se sempre que as pessoas antecipam dor física ou psicológica. O medo de perder o
objecto de amor é um exemplo comum. Esses mecanismos foram sistematizados pela
sua filha Anna, em 1964. É essa sistematização que nos serve de base para a
apresentação que, a seguir, vamos realizar:
 A repressão – Constitui o método mais básico e directo de confrontar a
ansiedade. Os impulsos provocadores de ansiedade, como por exemplo,
sentimentos de hostilidade por um familiar próximo, são excluídos da memória,
são ignorados. Estas lembranças ou impulsos dolorosos podem, porém,
manifestar-se por intermédio dos sonhos, de sintomas físicos, de lapsos de
linguagem ou mesmo através de outros mecanismos de defesa.
 A regressão- Caracteriza-se por um retrocesso no desenvolvimento. As pessoas
adoptam comportamentos exteriorizados em fases antecedentes do
desenvolvimento, como por exemplo, uma criança perturbada pelo nascimento
de um irmão por reagir voltando a chuchar no dedo, ou um estudante
universitário em tensão excessiva por causa dos exames poderá manifestar um
comportamento infantilizado.
 A racionalização-Ocorre quando o sujeito distorce a realidade, quando
apresenta uma explicação racional e lógica, mas falsa, para justificar fracassos
que comprometam a sua autoestima. Por exemplo, num acontecimento
desportivo, uma derrota por falta de capacidade técnica ser justificada pela
parcialidade da equipa de arbitragem, ou uma classificação baixa por evidente
falta de estudo ser atribuída pelo estudante, à elevada dificuldade da prova.
 Na formação reativa- Para se esconder um motivo atribui-se crédito exagerado
ao motivo oposto. Poderão estar nesta condição as pessoas que obstinadamente
se afirmam contra determinados padrões de comportamento, como consumo
de determinadas substâncias (por exemplo, o álcool).
 O deslocamento- Corresponde a um redireccionamento de desejos ou
pensamentos inaceitáveis acerca de uma pessoa com mais poder para uma outra
menos ameaçadora. O exemplo clássico é o de gritar com o subalterno na
sequência de ter sido criticado pelo chefe, ou o de um aluno, castigado na aula
pelo professor, chegar ao recreio e empurrar um colega.
 A identificação- Serve de base à socialização. Consiste na adoção simbólica de
características ou êxitos pertencentes a outras pessoas, frequentemente os pais,
mas também os professores. Por exemplo, a masculinidade ou feminidade
manifestada pela criança depende da força da identificação com cada um dos
pais ou com os seus professores.
 A projecção- Consiste na atribuição aos outros de qualidade ou pensamentos
considerados indesejados, mas que, na verdade, residem no próprio
inconsciente do indivíduo. É quando o «eu detesto-o» se projeta em «ele/ela
detesta-me».
 A sublimação- Através da sublimação, substitui-se o objecto pulsional por outro
socialmente aceite. Por exemplo, uma pessoa com fortes sentimentos agressivos
pode tornar-se um/a famoso/a desportista de kickboxing.

Em síntese, a generalidade das pessoas usa, de modo benéfico, diferentes mecanismos


de defesa para proteger o ego contra a ansiedade. No entanto, um recurso
excessivamente intenso aos mesmos, pode significar uma entrada no domínio da
psicopatologia.

Estádios de Desenvolvimento Psicossexual

De acordo com Freud, o desenvolvimento humano ocorre através de uma evolução


psicossexual do sujeito. A sexualidade, evolui através de uma sucessão geneticamente
determinada de estádios- oral, anal, fálico, de latência e genital (Freud, 1980). Cada
estádio é caracterizado pelo predomínio de uma dada zona erógena – fonte de
gratificação libidinal – e a sua vivência envolve conflitos entre o id, o ego e o superego
(Woolfolk, Hughes & Walkup, 2008). A passagem com êxito pelos sucessivos estádios
ocorre quando se verifica um equilíbrio entre a gratificação de pulsões libidinais ou
instintos e as limitações do mundo externo, as convenções sociais (Freud, A., 1973).
Tanto o défice como o excesso de satisfação e de gratificação em cada estádio podem
contribuir para a criança evidenciar dificuldade na passagem para o estádio subsequente
e mais tarde, na vida, para comportamentos que sejam característicos do conflito
durante o estádio específico em que ocorreu a falta de moderação (Hothersall,2006).
Assim, apresentam-se os seguintes estádios:

1- Estádio Oral- Período correspondente ao primeiro ano de vida (Freud, 1980).

O ser humano nasce com o id, isto é, com um conjunto de pulsões inatas. O ego forma-
se no primeiro ano de vida, de uma parte do id, que começa a ter características
próprias. Estas formam-se pela consciência das percepções internas e externas que o
bebé vai experienciando, sendo particularmente importantes as percepções visuais,
auditivas e quinestésicas.
Características principais: a região do corpo que proporciona maior prazer à criança é a
boca, sendo esta a zona erógena. É pela boca que a criança entra em contacto com o
mundo, e é por esta razão que a criança pequena tende a levar tudo o que pega à boca.
O principal objecto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que além de a alimentar
proporciona satisfação ao bebé. O sugar o seio é para os freudianos a primeira
representação de actividade sexual.
Fonte de prazer: Prazer derivado dos lábios e da boca: sugar, comer, chupar o dedo.
Mais tarde, com a erupção dos dentes, prazer em morder.

2- Estádio Anal- Abarca todo o segundo ano de vida (Freud, 1980).


Neste período a criança apresenta um desenvolvimento psicomotor e maturação
que lhe permitem o controlo dos esfíncteres, sendo a zona erógena (maior zona de
prazer) a região anal, pois a satisfação encontra-se ligada à função de defeção e à
aprendizagem do controlo esfincteriano. Este, através do treino do bacio, consiste
na primeira experiência de controlo imposto. Mais autónoma, nesta fase ela
procura afirmar-se e realizar as suas vontades. Ambivalência (impulsos
contraditórios) está presente na forma como a criança hesita entre ceder ou opor-
se às regras de higiene – regulação da defecação e da micção- que a mãe exige. As
relações interpessoais com a mãe e com outras pessoas vão estabelecer-se neste
contexto, daí a importância dada à forma como se educa a criança a ser asseada
pois, assim, a criança poderá transformar-se numa mulher ou num homem
extremamente generoso, desordenado e desarranjado, ou num adulto com rigidez
de funcionamento, avaro e, eventualmente, perfecionista.

Fonte de prazer: prazer derivado da retenção e expulsão das fezes e também do controle
muscular.

3- Estádio Fálico- Período compreendido entre os três e os cinco anos


Características: Nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta-se para
a região genital. O órgão genital é a fonte de prazer, sendo comum a sua
manipulação. As crianças estão atentas às diferenças anatómicas entre os sexos, às
relações entre os pais e às relações entre homens e mulheres; têm brincadeiras
onde exploram estes interesses “como brincar aos pais e às mães” e “aos médicos”
e estão interessadas em questões do tipo: “como nascem os bebés?”. Freud deu
particular importância a esta fase de desenvolvimento por ser durante este período
que a criança vai viver o Complexo de Édipo e por ser no final desta etapa que a
estrutura da personalidade está formada com a existência de um superego, a
terceira instância do aparelho psíquico. O complexo de édipo é a atracção que o
rapaz tem pela mãe, a quem esteve sempre ligado desde que nasceu e que agora é
diferentemente sentida. A sexualidade que, para Freud era até esta idade
predominantemente autoerótica, agora vai ser investida nos pais. O rapaz pode
assim falar no desejo de casar com a mãe e ao descobrir o tipo de relação que liga
os progenitores, sente rivalidade pelo pai, considerando-o um intruso. A resolução
deste conflito ocorre quando o menino experimenta o medo de castração por parte
do pai e ultrapassa esse medo identificando-se com ele. Para o caso das meninas,
Freud preferiu a denominação de complexo de castração-Electra, pois acreditava
que o trauma delas estava no desapontamento sequente à descoberta de que
tinham sido castradas, presumivelmente pela mãe. As meninas começam então a
desenvolver sentimentos negativos em relação à mãe e de inveja e sedução
relativamente ao pai. A superação deste conflito, à semelhança do que ocorre com
os meninos, dá-se quando as meninas reprimem os seus sentimentos relativamente
a cada um dos progenitores e passam a identificar-se com a mãe (Strachey,1996;
Feist & Feist,2008).

O autor considera que a forma como se resolve o Complexo de Édipo influencia a vida
afectiva futura.
Fonte de prazer: Prazer derivado da estimulação genital e fantasias associadas.

4- Estádio de Latência- Período que dura até à puberdade (Freud,1980)


Depois de vivências como o Complexo de Édipo e com o superego já formado, a
criança entra numa fase de latência, através de um processo que se chama de
amnésia infantil. Este período tem por característica principal um deslocamento da
libido da sexualidade para as actividades socialmente aceites, ou seja, a criança
passa a gastar a sua energia em actividades sociais, escolares e culturais. Uma das
grandes aprendizagens é a compreensão dos papéis de género, isto é do que é ser
mulher e ser homem na sociedade em que vive. A vergonha, o pudor, o nojo, a
repugnância são sentimentos que contribuem para controlar e reter a libido. A
existência de um superego vai manifestar-se em preocupações morais.

Fonte de prazer: Com a repressão temporária dos interesses sexuais, o prazer deriva do
mundo externo, da curiosidade, do conhecimento, como gratificações substitutas.
5- Estádio Genital (Freud, 1980)- Período que inicia na puberdade e se prolonga até a
morte.
Características: neste período, que tem início com a adolescência, há uma retomada dos
impulsos sexuais, o adolescente passa a buscar, em pessoas fora de seu grupo familiar,
um objecto de amor. Se todo trajeto anterior decorreu adequadamente, este estádio
terá por meta a escolha do objecto heterossexual e o fruir da sexualidade adulta com
vista à reprodução. O amor torna-se mais altruísta. Um importante aspecto é alcançar
um equilíbrio entre amor e trabalho (Miller, 1989). Prováveis fixações à estrutura
infantil, podem ocasionar sintomas neuróticos ou conduzir à homossexualidade.
A adolescência é um período de mudanças no qual o jovem tem que elaborar a perda
da identidade infantil e dos pais da infância para que pouco a pouco possa assumir uma
identidade adulta.
Fonte de prazer: Prazer derivado das relações sexuais com companheiros do sexo
oposto.
Contributos para a Educação

As questões educativas no sentido de aplicações pedagógicas, não foram alvo de


particular atenção em Freud. No entanto, a sua filha Anna, que aliás, também foi
professora, deu continuidade ao trabalho do pai, igualmente nesse campo.
Em cada estádio do desenvolvimento infantil existe uma reacção emocional específica
da criança, relativamente ao ambiente que a rodeia, que a psicanálise ajuda a perceber.
A educação formal constitui um desses ambientes e, em regra, conflitua com os desejos
naturais da criança (Woolfolk, Hughes & Walkup,2008).
De acordo com Anna Freud (1963), para que a educação concorra positivamente para o
desenvolvimento infantil, os professores deverão ser cientes das necessidades
emocionais das crianças e saber gerar um clima de segurança, onde se evitam
frustrações desnecessárias. Uma dessas necessidades parece fundamentar-se na
relação afectiva da criança com o educador já que, na óptica da psicanálise, a maior
parte das situações de insucesso escolar explica-se pela falta de contacto afectivo com
o professor (Oliveira,2007).
A figura e o papel do professor também foram alvo de atenção por parte de autores
psicanalíticos. Na perspectiva destes, a escolha da profissão de professor seria
decorrente de motivos mais ou menos inconscientes, que poderiam facilitar ou dificultar
o ser professor e a relação pedagógica. Entre esses motivos situam-se:
a)- O da omnipotência, ou desejo de poder, de ser chefe; o de desempenho de papel
parental (paternidade ou maternidade);
b)- O de exibicionismo, no sentido da procura de um certo público; ou
c)- O de identificação, no sentido de ser uma criança entre as outras (Oliveira,2007).
Se alguma destas motivações prevalece em demasia, o comportamento do professor
torna-se patológico; se, por outro lado, não as consegue alcançar, desenvolve
sentimentos de frustração. Qualquer destas, ou outras situações, decorrentes do modo
como a pessoa do professor consegue gerir e viver as suas necessidades, levam os alunos
a reagirem afetivamente e também exercem influência sobre o comportamento dos
pais. Como se encontra exposto em Oliveira (2007), o comportamento do educador
consiste numa síntese entre o que ele diz, o que ele faz e o que ele é.

Bibliografia
 VEIGA, Feliciano H. (2013). Psicologia da Educação. Climepsi Editores. Lisboa.
 Monteiro, M. M. & Santos, M. R. (2005). Psicologia 2ª parte, Porto Editora, Porto.

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