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MANUAL

1. AUTO ESTIMA

O termo “auto-estima” e as suas derivações na educação tem uma história recente. Em vários
idiomas, como no italiano e no francês, o termo não existe, e o conceito faz parte das características mais
gerais e, ao mesmo tempo, mais limitadas de auto-imagem ou autoconceito positivo e negativo.

No passado, a auto-estima era considerada contrária à “virtude da modéstia”, com a respectiva


rejeição por sua conotação negativa, em todos os ambiente onde a modéstia imperava.

Atualmente, o sentido hedonístico do termo foi modificado, acrescentando-se a ele conotações


de responsabilidade do indivíduo por si mesmo e, ainda, sua relação consigo mesmo e com os demais.
Isso muda radicalmente a percepção do conceito, de sua importância na educação e, evidentemente, na
vida.
Dessa perspectiva, já podemos incluir a auto-estima entre os elementos básicos do crescimento
pessoal, uma vez que elevar o próprio sentido de responsabilidade corresponde a assumir o encargo por
nossa vida, e essa é uma das manifestações básicas do crescimento como pessoa.

Averiguou-se que, em sua grande maioria, as pessoas com auto-estima elevada encontram-se em
paz consigo mesmas. Estão abertas a relacionar-se de forma empática e compreensiva, aceitam-se a si
mesmas como pessoas auto-realizadoras ou em aprendizagem e crescimento contínuo e não permitem que
erros e fraquezas interfiram em seu desenvolvimento pessoal, mas aprendem com eles.

2. A DEFINIÇÃO DE AUTO-ESTIMA

Em 1984 o estado da Califórnia, nos Estados Unidos, nomeou uma comissão de especialistas
(Task Force) para o estudo da auto-estima. A finalidade do programa era a institucionalização de seu
ensino nas escolas primária e secundárias.

Como primeiro passo, a comissão destacou que a auto-estima pode ser aprendida, uma vez que
depende da situação psíquica geral do indivíduo e esta pode se modificar. Assim, a auto-estima depende
de como esse indivíduo sente que perceber, aceitar e querer as pessoas importantes de sua vida, e segundo
a maneira pela qual se desenvolveu, desde a infância, sua segurança, autoconceito, senso de pertença,
motivação e competência, e os integrou em sua personalidade.

A comissão do estado da Califórnia definiu a auto-estima da seguinte forma: “apreciação do


próprio valor e importância, e compromisso do indivíduo em assumir a responsabilidade por si mesmo e
por suas relações intra e interpessoais”.

Portanto, a auto-estima não pode ser, simplesmente, um sentido de auto-satisfação, dada sua
grande relevância nas relações com os outros e com o meio.

Ao mesmo tempo, com o desenvolvimento de maior auto-estima pelas pessoas, vão ocorrendo
mudanças generalizadas de relações e motivações que, por sua vez, originam novas perspectivas e
resultados no próprio desenvolvimento da sociedade em que vivemos.

3. APRECIAÇÃO DO PRÓPRIO VALOR

Reconhecer e apreciar o próprio valor significa ser consciente, não apenas da própria forma de
agir em determinado momento, mas também dos próprios potenciais e possibilidades. Isso nos permite
compreender nossa atuação como conseqüência natural e, ao mesmo tempo, causa de contínua
aprendizagem e consciência de que estamos aprendendo, cada dia mais. Essa conscientização é o que nos
permite, na realidade, aproveitar nossa capacidade e possibilidade de aprendizagem contínua. Se não nos
damos conta do que estamos aprendendo, torna-se muito mais difícil utilizar a aprendizagem como
referência para a vida e ponto de partida para novos conhecimentos.

Se aceitamos a perspectiva de que o ser humano age segundo condicionamentos educativos e


ambientais que interferem na formação naturalmente positiva de sua personalidade, poderemos também
aceitar que somos capazes de mudar a sociedade alterando as mensagens condicionantes enviadas às
pessoas desde a infância, na família, na escola e no meio em que vivemos.

Por outro lado, se percebemos a essência do ser humano dessa forma, podemos adquirir maior
confiança no valor intrínseco do indivíduo e em suas possibilidades como pessoa real e natural, e nos
motivar a descobrir esse valor em nós e nos outros.

4. O NOSSO VALOR

O apreço pelo nosso valor e importância individuais não deve depender da comparação com as
qualidades e habilidades dos outros. As qualidades de cada pessoa são-lhe próprias, sendo ainda valiosas
e necessárias por seu próprio peso e nas circunstâncias e ambientes pessoais de cada um. Todas, no
entanto, advêm da essência do ser humano, com as suas semelhanças e diferenças.

Conseguir acreditar no próprio valor e importância como seres humanos pode influir
profundamente na definição das nossas estratégias de participação efetiva na vida. Isso não tem qualquer
relação com a falsa modéstia ou pseudo-auto-estima. Nestas, a vaidade e a arrogância limitam e escondem
a essência e identidade da pessoa por trás da máscaras, muitas vezes, escondem ou tentam encobrir um
sentido de impotência, culpa ou vergonha de si mesmo, interiorizado desde a infância e não resolvido.

Devemos entender que qualquer pessoa, para que aprecie e respeite a si mesma, precisa aceitar
que é querida e tratada de maneira respeitosa pelo simples fato de ser pessoa.

Cria-se, assim, uma disposição para a busca de soluções consensuais, ainda que o próprio
condicionamento ou o dos outros interfiram nas necessidades de convivência. Não se atinge uma
convivência satisfatória se não há respeito consigo mesmo e com os demais.

O respeito mútuo, como elemento básico em qualquer tipo de relacionamento saudável e efetivo,
tem de ser assumido na família e em todas as instituições que contribuem para a educação (escola, igreja,
local de trabalho, lazer etc.).

5. SER RESPONSÁVEL POR SI MESMO

Ser responsável por si mesmo significa aceitar que cada um é responsável pelas próprias ações e,
portanto, pelas suas conseqüências. Enquanto responsável por algo, se esse algo não nos agrada, também
nos responsabilizamos pela modificação.

Essa responsabilidade tem um valor e uma efetividade especiais quando vêm de dentro, de nossa
escolha pessoal e da confiança em nós mesmos. Perde efetividade quando nos é imposta pela percepção e
decisão dos outros, pois, nesse caso, corremos o risco de nos sentir vítimas e desistir de agir.

Assumir a responsabilidade por nós mesmos significa confiar em nossa própria capacidade de
avaliar e até criar a nossa realidade. Assim, motivamo-nos a agir segundo a nossa consciência, sem
atribuir aos outros ou às circunstâncias os nossos possíveis erros ou dificuldades.

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Se, pelo contrário, assumimos os erros e suas conseqüências como uma forma de aprendizagem e
crescimento pessoal, motivamo-nos a utilizar a experiência correspondente de forma positiva e
construtiva para qualquer tipo de mudança de conduta ou ação específica, e para a consecução dos
resultados desejados.

O indivíduo com baixa auto-estima, por sua vez, não se aprecia nem se aceita suficientemente e
tende a renunciar a grande quantidade de oportunidades de relacionamento que a vida lhe oferece. Tem
medo que os outros o aceitem e apreciem pelo que é e fecha-se diante da possibilidade de colaborar com
eles para estabelecer uma boa relação. O seu mecanismo de defesa pede-lhe que não se rebaixe a pedir
ajuda e que esteja sempre a controlar a sua própria atuação e as emoções correspondentes, por medo de
ser objeto de crítica e julgamentos.

6. AUTO-ESTIMA como TREINO

A auto-estima pode ser aprendida, e todos estão em condição de fazê-lo.

Portanto, é preciso refletir sobre os seguintes pontos:

1. Entrar em processo de crescimento pessoal e tomar a respectiva decisão depende da vontade


e da motivação de cada um.

2. Mudar é possível. Quando se valorizam em si mesmo algumas características próprias de


pessoas de elevada auto-estima, a vida adquire novas conotações, como ação, resultados e
satisfação pessoal e profissional.

3. O exemplo e a atuação dos líderes ou figuras de referência nas vidas de cada um, permitem
neutralizar, ainda que parcialmente, os eventuais exemplos negativos recebidos da família
ou meio.

4. A introspecção e o trabalho pessoal não têm por que ser penosos. Depende de cada um a
forma como se desenvolve esse trabalho e a reinterpretação do passado para o futuro, com
base na aceitação e superação do presente.

5. As mensagens negativas que as pessoas recebem dos meios de comunicação e do ambiente


podem ser neutralizadas com mensagens positivas.

7. AS PORTAS DA AUTO-ESTIMA

- Se você encontrar uma porta a sua frente, pode abri-la ou não.

- Se você abrir a porta, pode ou não entrar em uma nova sala.

- Para entrar, você vai ter que vencer os obstáculos da vida...

- Você já venceu, dá um grande passo: nesta sala vive-se.

- Mas há um preço: inúmeras outras portas se descobrem ao abrir a anterior.

- “O grande segredo é saber: quando e qual porta deve ser aberta”?

- A porta que todos devem abrir, é a porta do coração, este coração tem uma chave que pode
ser aberto por dentro, somente o próprio pode abrir a porta do seu coração.
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- Esta porta, este coração chama-se auto-estima, na verdade a vida é uma arte, a arte de viver
bem.

- Estar de bem com a vida, de bem com as pessoas, com a família, consigo mesmo.

12. PASSOS PARA AUTO-ESTIMA

APRENDER COM A VIDA

Isto significa encarar a vida, não ficar pelo lamento. Nos dias difíceis, não é hora de arrancar e
sim de plantar, plantar vida, esperança, otimismo, aprender com a maior universidade do mundo, porque
ninguém sabe tudo sobre a vida.

Toda a nossa vida tem razão de ser, de viver, de saber saborear cada minuto esperando com o
coração aberto pelo dia seguinte, é uma pena que alguns ainda não a descobriram ou não quiseram
assumi-la. O espírito se enriquece com aquilo que recebe, mas o coração com aquilo que dá. (Vítor
Hugo).

NÃO TEMER O AMANHÃ

Todos nós vivemos em função do amanhã, do futuro e esquecemos que a maior riqueza é saber
viver os detalhes do momento presente, saborear cada manhã, cada tarde, cada noite como se fossem
únicas.

VALOR DA VIDA

A vida é um presente que vale a pena viver; viver é fundamental, portanto, se há um custo para
construir é preciso reconhecê-lo e apreciá-lo, através da projeção para o futuro e das ações concretas.

ENCARAR A NOSSA REALIDADE

Saber enfrentar o nosso dia-a-dia, a nossa realidade é uma grande virtude, mas também é preciso
resolver os problemas, sem os deixar acumular. Deixar para depois não será salutar em função de que o
amanhã, terá os seus próprios problemas.

Só consegue sucesso na vida quem se levanta mesmo que caia, quem se esforça sem se deixar
derrotar mesmo que fracasse muitas vezes.

“Uma grande virtude é saber resolver nossos próprios problemas, sem querer transferir aos
outros”. (TANIGUCHI).

UM TEMPO PARA CADA COISA

O discernimento é necessário: cada coisa no seu lugar e no seu devido tempo, lembrando sempre,
que as urgentes em primeiro lugar, e depois, as mais importantes, e por fim as outras.

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“Quem não se arrisca a um fracasso nunca chega a uma vitória”. (CELINE LHOTTE).

TEMPO PARA FAZER O BEM

Na vida encontramos tempo para atividade física, laser, para família, trabalho mas pouco tempo
para fazer o bem.
Não fique à espera que os outros dêem o primeiro passo ou que os outros façam por si. Construa o seu
próprio tempo, o seu próprio caminho, lembrando sempre que muitos irão passar por este caminho.

PERSISTÊNCIA

Só ganha quem não desiste, quem persevera mesmo sofrendo derrotas. É preciso recomeçar
sempre, acreditar que sempre que é possível chegar lá, mesmo encontrando obstáculos no caminho. Por
isso, calma, coragem e paciência são fundamentais.

O verdadeiro heroísmo consiste em persistir por mais um momento, mesmo quando tudo parece
perdido. (GRENDEL).

CAMINHAR

A vida passa.Ver a vida, as pessoas, e não reagir às necessidades de caminhar, de dar os passos
para chegar ao objetivo não basta. Tudo se conquista com perseverança e ação.

ESTAR DE BEM COM A VIDA

Esse é o segredo para o sucesso, dar o sentido verdadeiro que a vida exige. É necessário sonhar
alto, ter pensamentos voltados ao grande, seja este qual for. Nem todos os sonhos se tornam realidades,
mas se colaborarmos um pouco, muito deles se concretizarão até com facilidade, lembrando sempre que é
preciso dar o 1o passo.

CONSTRUIR A FELICIDADE

Viva a sua vida, seja muito feliz, mas deixe que as outras pessoas também sintam felicidade.
Ninguém poderá ser feliz construindo a sua vida sobre a infelicidade alheia. A melhor higiene mental é
fazer o bem a alguém. Não queira, porém, ser feliz como os outros, seja feliz à sua própria maneira, cada
um pode ser feliz dentro daquilo que é.

TEMPO PARA RECOMEÇAR

A aprendizagem é o segredo do crescimento. Só recomeça quem erra. Só errando é possível evoluir.

O AMOR E A VIDA

Alimentar sentimentos positivos e uma comunicação clara e assertiva é um ato de amor para consigo e
para com os outros. O seu impacto na vida pode ser profundamente transformador.

DÊ OS PASSOS PARA O OTIMISMO

Ser otimista pode constituir-se como um desejo e treino. Só ele leva á ação, á concretização e ao sucesso.

SONHO

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Mesmo quando sonhamos, não podemos fugir da realidade. Nem sempre aquilo que queremos se
realiza mas sonhar é importante, o ser humano é movidos por sonhos, se não há sonhos não há motivação
e esperança.

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