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AUTOESTIMA, SEM MEDIDAS! 


 

Por Simone Pereira


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AUTOESTIMA/AUTOCONCEITO/AUTOIMAGEM
Autoimagem

Nathaniel Branden, o psicólogo considerado o papa da Autoestima disse que:


“Autoimagem é quem ou o que nós pensamos ser. Nossos traços físicos e psicológicos, nossas
qualidades e imperfeições,nossas possibilidades e limitações, nossas forças e fraquezas… “

É a forma como eu me vejo, não só fisicamente, mas emocional, social, cognitivamente


e nos diversos papéis que todos nós exercemos.
Eu posso ter uma autoimagem positiva
como amiga e uma autoimagem negativa como
estudante.

Apesar de ser uma construção interna, tem


uma forte influência do que percebi sobre mim a
partir de outras pessoas, desde a primeira
infância. Por exemplo, se desde cedo ouvi que sou
inteligente e capaz, é provável que esta seja uma
informação assimilada na construção da minha
autoimagem. Toda criança nasce sem o senso do
eu. Esse senso será formado na interação com os
pais e o mundo pois uma criança não consegue se
avaliar. O retorno das outras pessoas vão
formando a forma como ela se enxerga.

Quando nossa capacidade cognitiva está


apta, podemos e devemos questionar, desafiar e
reconstruir nossa auto imagem com uma que seja
mais condizente e verdadeira. Nós não somos como nos vemos e a maneira como nos vemos
influência diretamente em nossas realizações e estas jamais serão maiores do que a forma
como eu me vejo.


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Autoconceito

William James, considerado o pai da psicologia moderna foi o primeiro psicólogo a


desenvolver uma teoria acerca do Autoconceito em seu livro ‘The Principles of Psychology’ de
1890. James subdividiu o Self em dois.
O primeiro, subjetivo, o ego, capaz de ter pensamentos, o segundo, o self objetivo, a
soma de tudo o que a
pessoa entende sobre
si.

O autoconceito
depende das interações
sociais e o modo como
percebemos o juízo que
outras pessoas fazem
de nós.
É uma construção
daquilo que se pensa
de si e do modo como
se percebe o juízo que
outras pessoas fazem e
relaciona-se com as interações sociais e funciona como um ajuste do eu subjetivo com o
mundo exterior.
O Autoconceito é multifacetado: autoconceito pessoal, espiritual, emocional e o físico.
Se não somos como pensamos ser, também não somos o que pensamos que outras pessoas
pensam sobre nós. O autoconceito é um conjunto de crenças sobre si mesmo, que se
exterioriza no seu comportamento, pois cada pessoa age em conformidade com a perceção
que tem de si.


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Autoestima

É o apreço que a pessoa sente por ela, é o sentimento que tem perante uma
auto-avaliação. Não significa ter orgulho, soberba ou sentimento de superioridade. Significa se
amar e se aceitar mesmo reconhecendo suas fraquezas e seus defeitos. A forma como se vê, a
sua autoimagem e a forma como se percebe, o seu autoconceito influencia diretamente o nível
e a qualidade de autoestima. Depende de como o indivíduo concebeu sua imagem e através
desta imagem qual o conceito criou de si mesmo, desta junção nasce a autoestima, que para
ser satisfatória depende da qualidade da autoimagem e do autoconceito.
A imagem que temos de nós
mesmos reflete em nossa
autoestima e em nosso
comportamento.
Uma pessoa que se
julga perdedora ou vencedora
tenderá a se comportar desta
maneira. A forma como nos
vemos nos projeta e sinaliza o
amor que cada um tem por si .
A partir disso, a
pessoa constrói um marco
interpretativo próprio, ao
longo de todo seu
desenvolvimento, que permite
que a autoestima não
modifique-se a cada opinião
alheia, mas pode modificar-se
quando necessário. É ser
capaz de respeitar, confiar e gostar de si mesmo, assim como de se valorizar. Uma autoestima
mais real e positiva é alicerce para que o indivíduo tenha segurança e confiança em suas
habilidades e competências:


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Como posso te ajudar a elevar a sua autoestima?

A autoestima não goza de uma definição única na ciência, como lemos acima. mas gostar de
si mesmo(a) parece resumir a ideia geral por trás da autoestima. Em termos gerais a
autoimagem é um ingrediente essencial na composição da autoestima. A capacidade de se
cuidar bem também é uma das características geralmente citadas quando se fala de
autoestima. Ou seja, se ver como alguém de valor que merece cuidados é um sinal de
autoestima.

Mas a ideia de valor é acompanhada muitas vezes de conteúdo moral, e essa moral,
assim como outros valores: do que é belo, agradável, desejável e apreciável-, é adquirida no
convívio social, com a família, na escola, na vizinhança, no trabalho e em outros espaços e
momentos.

Anteriormente se considerava que a autoestima era um traço de personalidade. Mas


posteriormente foi-se atualizando o conceito de autoestima para entendê-la também como um
estado, afetado pelo meio externo. Hoje, considera-se que ela possa ser tanto um traço quanto
um estado.

A autoestima desempenha papel crucial no nosso bem estar. A Psicologia Positiva


contribui como o estudo científico das condições e processos que contribuem para o
florescimento e ótimo funcionamento de pessoas, grupos e instituições.

Uma proposta bem estabelecida sobre a autoestima e como melhorá-la vem do “pai” do
movimento da autoestima nos EUA, Nathanaiel Branden, que descreve como a autoestima se
relaciona com racionalidade, realismo, intuição, criatividade, independência, flexibilidade,
habilidade para lidar com mudanças, disponibilidade para admitir e corrigir erros, benevolência
e cooperação.

Para Branden a autoestima baixa correlaciona-se com irracionalidade, rigidez, medo do


novo, conformismo, submissão ou desejos de controle e medo dos outros ou hostilidade em
relação a eles.

Quanto mais baixa for a autoestima, mais propensa a pessoa estará a esquecer quem
é. As relações serão mais impróprias, doentias, com dificuldades na comunicação e
sentimentos de inferioridade diante do outro.

Para o autor a autoestima é uma consequência de atitudes geradas internamente.


Branden propõe que o desenvolvimento de algumas atitudes podem elevar a autoestima e
ajudar a incentivar a autoestima das outras pessoas.

Ele cita 6 atitudes fundamentais que denominou “os seis pilares da autoestima” que
todos deveriam desenvolver:


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MINI CADERNO TERAPÊUTICO


1º pilar: “A atitude de viver conscientemente”: a importância de ter consciência do
que está por trás dos nossos atos. Quanto maior consciência, entendida como um recurso de
sobrevivência, melhor será a relação com a vida.

“Você está envolvido em


uma atividade presente, não
em um futuro. O presente é
seu ponto de poder.”

Você se considera alguém realmente feliz?


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O que especificamente, faria você mais feliz?


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Feche os olhos e respire profundamente. Faça isso por um minuto. Sem pensar em nada.
Olhe pra si, para a alegria, a gratidão, o amor que existe dentro de você. pense no que te deixa
feliz!


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2º pilar- “A atitude da autorresponsabilidade”: ser responsável pela realização de meus
desejos, minhas escolhas e meus atos, pelo nível de consciência com que trabalho e vivo meus
relacionamentos, por meu comportamento com os outros, pela qualidade das minhas
comunicações, por aceitar e escolher os valores que vivo pela minha própria felicidade e pela
minha própria autoestima.

COPIE O CONTRATO DO AMOR PRÓPRIO

CONTRATO PESSOAL

EU, ________________________________________________________________________
ME COMPROMETO E ASSUMO O COMPROMISSO ETERNO E DEFINITIVO DE ME AMAR
BUSCAR O AMOR-PRÓPRIO NA MINHA VIDA. SEREI FELIZ A CADA DIA E MAIS SINCERO
COMIGO.

ASSINADO: ______________________________________________________________

3º- Pilar: “A atitude da Intencionalidade”: é necessário estarmos atentos, estabelecendo metas


e objetivos produtivos. É viver de forma intencional, assumindo as escolhas com
responsabilidade e de forma consciente. Para viver de forma intencional e produtiva, segundo
Branden, é necessário desenvolver dentro de nós a capacidade da autodisciplina, que é uma
virtude de sobrevivência.

Quais fatores hoje são necessários para aumentar os seu nível de felicidade?
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● Busque momentos de felicidade,


● Reconheça suas qualidades/defeitos,
● Não considerar-se superior (nem inferior) aos demais,
● Seja flexível, aberto e compreensivo,
● Tenha capacidade de superar seus fracassos,
● Saiba estabelecer relações saudáveis com os demais. 


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