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Universidade Lúrio

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Licenciatura em Desenvolvimento Local e Relações Internacionais

Impacto da Covid-19 para o desempenho do Município da Matola: Um


olhar sobre as receitas da cobrança nos mercados (2020-2022).

Denilson Marcelino

Ilha de Moçambique, Abril de 2023

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Licenciatura em Desenvolvimento Local e Relações Internacionais

Impacto da Covid-19 para o desempenho do Município da Matola: Um


olhar sobre as receitas da cobrança nos mercados (2020-2022).

Orientador: Mestre Cláudio Zunguene

Ilha de Moçambique, 30 de Outubro de 2022

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Conteúdo
Capitulo I: introdução...............................................................................................................3
Contextualização........................................................................................................................3
Delimitação da pesquisa.............................................................................................................3
Problematização.........................................................................................................................3
Objectivos...................................................................................................................................5
Geral............................................................................................................................................5
Específicos...................................................................................................................................6
Questões de investigação............................................................................................................6
Justificativa e relevância do estudo...........................................................................................6
1.1. Limitações do Estudo.....................................................................................................8
1.2. Estrutura do trabalho....................................................................................................8
Capitulo II: Revisão da literatura...........................................................................................10
Autonomia das autarquias.......................................................................................................10
a) Autonomia administrativa.......................................................................................10
b) A autonomia financeira............................................................................................11
c) A autonomia patrimonial.........................................................................................11
Início da pandemia em Moçambique......................................................................................12
Impacto da COVID-19 nos órgãos locais do estado...............................................................12
1.3. Breve caracterizacao do local do estudo.....................................................................14
1.3.1. Historia......................................................................................................................15
1.3.2. Governo Municipal...................................................................................................17
1.3.3. Caracterização Social e Política...............................................................................17
1.3.4. Grupos étnicos e línguas...........................................................................................18
1.3.5. Divisão Administrativa.............................................................................................18
1.3.6. Economia...................................................................................................................18
Capitulo III: Metodologia........................................................................................................20
4.1. Quanto à abordagem.........................................................................................................20
4.2. Quanto aos objectivos.......................................................................................................20
4.3. Quanto aos procedimentos................................................................................................20
4.4. Instrumento de colecta de dados......................................................................................21
4.5. Universo e Amostra...........................................................................................................21
4.6. Plano de apresentação, análise e interpretação de dados...............................................22
4.7. Perfil dos entrevistados.....................................................................................................23
6. Bibliografia.......................................................................................................................25

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RESUMO
Matola é uma cidade e município moçambicano, capital da província de Maputo, e é
também um distrito. A autarquia possui uma localização geográfica estratégica, o que
rapidamente a tornou na principal zona industrial da província de Maputo. Em 2020 o
mundo assistiu uma situação atípica que foi a emergência do vírus da Covid-19 que
rapidamente se expandiu pelo mundo todo afectando negativamente todas as áreas
sociais, com especial enfoque a área económica. Varias são as actividades económicas
praticadas nesta autarquia que viram-se com o rendimento comprometido, entretanto,
pretende-se olhar para as actividades de compra e venda que ocorrem nos mercados da
mesma autarquia, sobretudo para o Impacto da Covid-19 para o desemprenho do
Município da Matola: Um olhar sobre as receitas da cobrança nos mercados (2020-
2022). Nesta senda, surge a seguinte questão de investigação: que impacto a Covid-19
teve na colecta de receitas nos mercados do município da Matola? A pesquisa tem como
objectivo geral: Analisar os impactos da Covid-19 na colecta de receitas nos mercados
do município da Matola. Entretanto, para poder alcançar os objectivos (Geral e
específicos), o autor serviu-se das seguintes técnicas de recolha de dados: questionário e
entrevista não estruturada. Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos por intenção num
total de 17, de realçar que, quanto a abordagem a pesquisa é quantitativa/qualitativa,
quanto aos objectivos, descritiva, e como também quanto ao procedimento pesquisa
bibliográfica e documental.

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Capitulo I: introdução
1.1. Contextualização
Segundo a OMS, a pandemia começou da Covid-19, teve a sua origem na cidade de
Wuhan, na China, em Dezembro de 2019, mas rapidamente se espalhou para o mundo.
As principais teorias levantadas incluíam o contacto entre um ser humano e um animal
infectado e um acidente em um laboratório na china.

Desde a eclosão da pandemia da COVID-19, em Dezembro de 2019, na China, o mundo


vive momentos sem precedentes. Esta doença de alta transmissibilidade fez até então
cerca de 4,4 milhões2 de óbitos ao nível mundial, e tem gerado inúmeras implicações de
âmbito social, económico e político, condicionando a agenda de vários governos,
incluindo os africanos.

O Governo da República de Moçambique adoptou uma série de medidas para mitigação


e contenção da Covid-19, como resposta ao elevado número de infeções que se
registaram no pais no início da Pandemia.
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As medidas anunciadas pelo governo, trouxeram graves consequências a economia
nacional, o que em grande metida influenciou para a redução das receitas colectadas
pelo estado e pelos órgãos locais do Estado, uma vez que os investidores ressentiram-se
das medidas adoptadas e alguns encerraram as suas empresas.

Os municípios, não ficaram de fora, tendo sofrido grandes impactos na sua governação,
marcado sobretudo pela redução de receitas coletadas, que constitui a maior fonte de
renda de receitas das autarquias em Moçambique, fora das transferências feitas pelo
Estado.

Distante deste exposto, que o presente trabalho, tende a analisar os impactos que a
Covid-19 teve para o desempenho das autarquias no seu processo de gestão local e na
realização de suas atribuições.

A monografia está estruturada em quatro capítulos. Onde o primeiro capítulo está


reservado para a introdução. No segundo, apresentamos a revisão da literatura onde
debruça-se baseando-se em autores sobre a autonomia das autarquias, autonomia
administrativa, autonomia financeira e a autonomia patrimonial. Igualmente falamos
sobre o início da pandemia da covid-19 em Moçambique juntamente com seu impacto
da pandemia nos órgãos locais do estado.

No terceiro, descrevemos os procedimentos metodológicos que utilizados durante a


realização do estudo, está pesquisa quanto a abordagem quantitativa/qualitativa, quanto
ao objectivo, é descritiva, quanto aos procedimentos, bibliográfica e documental, quanto
ao instrumento de colecta de dados, questionário e entrevista não estruturada. O
Universo e amostra da pesquisa é de 17 sujeitos divididos em 14 vendedores e 3
funcionários do conselho municipal da Matola (Director financeiro, Vereador dos
mercados e Directora dos mercados), por fim, a forma de apresentação, análise e
discussão dos resultados que foi feita em três (3) fases das quais a primeira foi de pré-
análise, a segunda foi de exploração do material e a terceira foi de Tratamento dos
resultados obtidos e interpretação. No quarto, apresentamos, analisámos e discutimos os
dados do campo, Conselho municipal da Matola, Mercado municipal da madruga e
mercado municipal da T-3. E por fim, seguimos com a apresentação das nossas
conclusões, constatações e sugestões. Para além destes elementos, o trabalho contém a
bibliografia consultada e os respectivos elementos de suporte (apêndices).

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1.2. Delimitação da pesquisa
A presente proposta de pesquisa, subordina-se ao tema Impacto da Covid-19 para o
desempenho do Município da Matola: Um olhar sobre as receitas da cobrança nos
mercados (2020-2022) e tem como delimitação espacial o Município da Matola. A sua
delimitação temporal, reside nos anos 2020-2022, por se tratar de anos que a Pandemia
da Covid-19, esteve em alta em Moçambique e as noticias relatavam impactos
vivenciados nos mercados.

1.3. Problematização
Em Moçambique, após o anúncio do primeiro caso da doença, no dia 22 de Março de
2020, quatro meses após o seu surgimento na China, várias foram as medidas adoptadas
pelo Governo, com vista à mitigação dos efeitos da doença. No entanto, apesar desses
esforços, é visível o impacto da pandemia na estrutura social e económica do país, que
ficou grandemente afectada5, assim como nas dinâmicas de governação, tanto a nível
central como local.

Para CEPEDES (2021), a compreender a Pandemia por COVID-19 como um Desastre


significa compreender algumas características importantes. Primeiro, envolve a
combinação de quatro elementos importantes: 1) um novo vírus, Sars-Cov-2, como uma
ameaça; 2) a exposição da população mundial a um novo vírus, sem que a maioria das
pessoas tenha imunidade; 3) as condições de vulnerabilidade de determinados grupos
sociais por idade (idosos), por possuir doenças crônicas (diabéticos, hipertensos, com
insuficiência cardíaca, renal ou doença respiratória crônica) ou por precariedade das
condições de vida e proteção social (trabalho, renda, saúde e educação, habitação e
saneamento, entre outros) afetando principalmente os mais pobres; 4) capacidades para
respostas e redução dos riscos e danos à saúde da população, o que envolve entre outros
aspectos a infra-estrutura de saúde.

A isto, aliam-se questões como a resiliência das instituições a ultrapassarem esta crise
provocada pela pandemia da Covid-19.

Numa informação avançada pelo jornal O pais, de 2021, indicava que o município da
Matola, tinha obras e projectos parados devido ao impacto da COVID-19, nas suas
finanças. Diante do exposto, coloca-se a seguinte questão: que impacto a Covid-19
teve na colecta de receitas nos mercados do município da Matola?

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1.4. Objectivos

1.4.1. Geral
 Analisar os impactos da Covid-19 na colecta de receitas nos mercados do
Município da Matola;
1.4.2. Específicos
 Descrever a situação financeira e de governação do município Matola antes da
entrada da COVID-19, tendo em consideração as receitas resultantes da
cobrança nos mercados desta autarquia;
 Explicar as principais implicações vivenciadas nas cobranças dos mercados pela
autarquia da Matola com a Chegada da Covid-19;
 Apresentar as implicações da Covid-19 no Desenvolvimento das actividades
económicas dos Mercados; e
 Compreender as acções levadas acabo pela autarquia em coordenação com os
vendedores para ultrapassar a crise imposta pela Covid-19.

1.5. Questões de investigação


 Qual era a situação financeira e de governação do município da Matola e sobre
tudo, nos mercados antes da entrada da COVID-19
 Quais foram as principais implicações vivenciadas pela autarquia da Matola na
colecta de receitas nos mercados com a Chegada da Covid-19;
 Que ações foram levadas acabo pela autarquia para ultrapassar a crise imposta
pela Covid-19

1.6. Justificativa e relevância do estudo


A pandemia da Covid-19, causou prejuízos a muitos estados, concretamente, nas
instituições públicas e privadas, devido as infecções que obrigaram estas instituições na
adoção de medidas de contenção e mitigação da pandemia.

A Pandemia da Covid-19, colocou em causa a sustentabilidade, funcionamento e


organização de vários actores sociais, sendo que as autarquias locais, não escaparam a
esses impactos, vendo seus programas de governação local comprometidas com este
evento.

A pesquisa é motivada por razões pessoais, assim como académicas, isto porque o
proponente pertence ao município da Matola. Com a chegada da pandemia em solo

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pátrio, muitos projectos foram paralisados, alegando que por é causa da pandemia e que
a autarquia estava a estudar vias que garantissem a sustentabilidade dos mesmos
projectos. Foi constatado que muito antes da entrada da pandemia, o município já
realizava cobranças de taxas em mercados pertencentes a sua jurisdição, e que de forma
clara os munícipes não sentiam ou tem visto acções palpáveis levadas a cabo pelo
próprio município, sendo mais claro e objectivo, o município todos os dias faz a
cobrança das taxas, mas em contra partida, o saneamento do meio do mercado deixa a
desejar, o que coloca em causa a aplicabilidade do valor arrecadado.

Os vendedores praticam suas actividades em um ambiente incómodo, banhado de


cheiros nauseabundos, mas todos os dias pagam uma taxa, afinal de contas as taxas
cobradas são para garantir um bom funcionamento e manutenção dos mercados.

As consequências dos vendedores praticarem as actividades em um ambiente infectado


são várias, destacando o surto da cólera. Estamos a falar de um período em que
procurava se mitigar uma pandemia, onde as pessoas eram proibidas de sair de casa sem
que houvesse uma necessidade. Os vendedores encontram se naquele local por forca
maior, ou seja estão na busca do seu sustento, o que já colocava em causa as próprias
famílias porque os mercados são geralmente os maiores centros de aglomerados. Estas
pessoas encontravam se vulneráveis para contrair a covid-19, por manter contacto com
varias pessoas e por se encontrarem no ambiente de maior aglomerado, o que erra
recomendado a não fazer. Por tanto, a única preocupação desses vendedores deveria ser
se proteger para não contrair o vírus da covid-19, o que na pratica era o oposto porque
estes vendedores deviam proteger se também de outras doenças oriundas das condições
deploráveis do seu mercado.

Esta proposta de pesquisa, revela-se importante na medida em que ira analisar quais os
efeitos a pandemia teve para a autarquia da Matola, e como a autarquia contornou o
sucedido.

Esta pesquisa é revestida de uma extrema relevância social, isto porque ela contribui de
alguma forma para a melhoria da sociedade, para a compressão do mundo em que
vivemos ou ainda para o desenvolvimento local e acima de tudo, é assunto de interesse
publico. Partindo do princípio que actualmente fala-se de se impulsionar o
desenvolvimento endógeno, podemos para esta pesquisa como uma das vias para se
atingir tal objectivo. Para tal, é preciso que o tal desenvolvimento abranja todas as

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camadas, sobre tudo as que de alguma forma são sensíveis e que tem um papel
fundamental para o funcionamento da sociedade. De alguma forma, esta pesquisa
contribuirá para a minimização desse aspecto que é prejudicial a sociedade.

No ramo científico, a presente pesquisa científica poderá proporcionar futuramente a


resolução deste assunto assim como de várias problemáticas relevantes para a
sociedade. Esta pesquisa se enquadra em vários ramos científicos e acima de tudo, se
enquadra naquele que é a realidade vivida na autarquia da Matola, assim como esta
pesquisa pode motivar e subsidiar varias outras pesquisas relacionadas ao tema.

1.7. Limitações do Estudo

Durante o período de recolha de dados com vista a elaboração do trabalho, enfrentamos


algumas dificuldades no campo que de forma significativa condicionaram a
flexibilidade da elaboração do mesmo. A seguir mencionar-se-ão algumas:

 O período de elaboração do trabalho foi longo, mas não muito eficiente dada a
burocracia da instituição (CMM);

 A natureza do tema fez com que não houvesse um certo engajamento para a
participação de alguns participantes da pesquisa pelo que apresentavam estar
tímidos, pouco interessados nas respostas devido a ausência de benefícios (Valores
monetários), segundo os vendedores. Mediante as dificuldades encontradas no
campo sugere-se que:

 As instituições de ensino promovam estudo de assuntos sociais que sigam linhas


de pesquisas que possibilitem a recolha de dados nesses locais, de modo a criar
um sentimento de inclusão nos vendedores dos mercados, deixa-los
familiarizados com as pesquisas, evitar espanto e timidez em casos de terem de
participar de uma;
 As instituições públicas devem ser um pouco mais flexíveis a dar a sua resposta
depois de receber a credencial dos estudantes interessados em trabalhar com as
mesmas. Igualmente sugere-se que sejam flexíveis no que diz respeito ao
fornecimento de algum documento de natureza pública que seja pedido a
instituição.

CAPITULO II: REVISAO DA LITERATURA

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Neste capítulo, falamos com base em alguns autores, sobre os impactos da covid-19 Na
governação local, mas, Para tal, procuramos perceber também sobre a entrada da
COVID-19 em Moçambique. No que diz respeito a revisão da literatura, Silva e
Menezes (2001) defendem que é importante para clarificar acerca dos nossos pontos de
vista, por procurar conceitos e relações que se estabelecem com base em antecedentes
existentes e do problema que nos propomos a investigar. Nestes termos, a seguir
abordagens dos conceitos básicos inerentes ao tema em estudo.

2. Autonomia Local

A autonomia local pressupõe, para além dos referidos direitos, o de participar na


definição das políticas públicas nacionais que afectam os interesses das respectivas
populações locais; o direito de compartilhar com o Estado o poder de decisão sobre as
matérias de interesse comum; o direito de regulamentar, na medida do possível, normas
ou planos nacionais, de maneira a melhor adaptá-las às realidades locais (Cistac, 2014)

O princípio da autonomia das autarquias locais é consagrado pela Constituição (Artigo 8


e n.º 3 do Artigo 276) e pela lei. Em especial, a lei consagra três tipos de autonomia: a
autonomia administrativa (a), a autonomia financeira (b) e a autonomia patrimonial (c)
das autarquias locais.

a) Autonomia administrativa

Com a implementação da descentralização e desconcentração do poder em solo pátrio,


também surge a autonomia administrativa que é compreendida pelo autor como sendo a
capacidade das instituições locais criarem as suas próprias leis e se auto-administrarem.

A autonomia administrativa desdobra-se, por si própria, em dois tipos de autonomia


(CISTAC, 2014, pp. 11-12): a autonomia normativa (1) e a autonomia organizacional
(2).

 A autonomia normativa: As autarquias locais dispõem de uma autonomia


normativa que se exprime pela sua aptidão em elaborar os regulamentos
livremente aprovados no âmbito material dos próprios interesses da comunidade.
Têm um poder regulamentar e este poder regulamentar é consagrado pela
Constituição (Artigo 278 da Constituição).
 A autonomia organizacional: A autonomia organizacional ou auto-organização
constitui uma das componentes essenciais do princípio fundamental de livre

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administração das autarquias locais que se concretizam, mais particularmente,
pela criação e pela organização de serviços públicos autárquicos, e pela
autonomia de que dispõe a autarquias na sua organização interna e a gestão do
seu pessoal.

b) A autonomia financeira

Um dos grandes desafios para que a descentralização seja realmente efectiva, é que as
autarquias locais disponham de recursos que lhes permitam desenvolver o seu programa
de actividades em boas condições (CISTAC, 2014, p. 13).

Cistac (2014), acrescenta que, a descentralização como um todo, é eficiente se as


autarquias locais dominarem, verdadeiramente, as suas finanças. Em sentido contrário, a
descentralização é meramente aparente se as autarquias locais não beneficiarem de uma
autonomia financeira real ainda que possuam, além disso, largas competências. Para
além deste aspecto, deve-se acrescentar que a criação, o acesso e a gestão de recursos
próprios cria inevitavelmente um sentido da responsabilidade nos representantes das
populações que terão de gerir estes recursos e mesmo nos próprios cidadãos.

c) A autonomia patrimonial

De acordo com o n.º 1 do Artigo 276 da Constituição, “As autarquias locais têm (…)
património próprio”. Do mesmo modo o n.º 4 do Artigo 7 da Lei n.º 2/97, de 18 de
Fevereiro precisa que “A autonomia patrimonial consiste em ter um património próprio
para a prossecução das atribuições das autarquias locais”.

Assim de acordo com o Artigo 88 da Lei n.º 11/97, do 31 de Maio: “São transferidos
para as autarquias locais, em regime de propriedade plena (…) os edifícios do
património do Estado onde funcionam actualmente os serviços que devem integrar a
administração autárquica, bem como as casas de função que, sendo igualmente
propriedade do Estado, na mesma data lhes estejam afectas”. Para além, destes
mecanismos que funcionaram, com mais ou menos sucesso ao início do processo de
descentralização, o legislador moçambicano previu, igualmente, que o Estado
transferirá, gradualmente, às autarquias locais os recursos materiais disponíveis que se
mostram necessários à continuação das suas atribuições (n.° 4 do Artigo 19 da Lei n.º
2/97, de 18 de Fevereiro).

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2.1. Início da pandemia da Covid-19 em Moçambique

Desde Março de 2020, Moçambique e o mudo passaram a viver um autêntico ambiente


de incertezas, mudaram as práticas e os hábitos, as crenças os valores sociais ficaram
substancialmente afectados em decorrência do novo coronavírus, SARS-CoV-2, sigla
oriunda do termo "severeacute respiratory syndrome coronavirus 2" (síndrome
respiratória aguda grave de coronavírus 2), responsável por provocar um quadro
inflamatório conhecido como doença do coronavírus 2019 (COVID-19), nomeado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) (LIU et al, 2020, Citado por Miranda et al.
2020, p. 3).

Moçambique registou o seu primeiro caso de COVID-19 no mês de março, e como


medida de contenção e propagação da doença, nesse contexto houve a necessidade
urgente do governo determinar o encerramento das escolas públicas e privadas por trinta
dias, através do decreto Presidencial n° 11/2020 de 30 de Março que declara o Estado
de Emergência e introduziu medidas de prevenção. Uma das medidas que consta nesse
decreto, na alínea C) do artigo 03 é a “suspensão das aulas em todas as escolas públicas
e privadas, desde o ensino pré-escolar até ao ensino universitário”.

Diante dessa perspectiva em que o nosso país e o mundo todo atravessavam, a


sociedade tem buscado soluções para que a educação seja viável de outro jeito. Para
isso, é importante a busca por novos métodos de ensino que permitam manter as
orientações da OMS sobre o isolamento social. Uma das soluções mais debatidas nesse
contexto é a utilização de tecnologias digitais de comunicação e informação (TDIC)
(Médici; Tatto; Leão, 2020, em Miranda et al. 2020, p. 3).

2.2. Impacto da COVID-19 nos órgãos locais do estado


António (2021), em seu artigo intitulado “A covid-19 e suas implicações na governação
municipal em moçambique: um estudo de caso a partir do município de Gondola”, onde
objectivava compreender os impactos que a COVID-19, causou na gestão municipal em
Gondola, iniciou sua abordagem destacando que:

Em Moçambique, tem sido notória uma abordagem integrada entre os diversos


órgãos ou instituições públicas na gestão da COVID-19, não só entre os
diversos Ministérios, mas também por meio de uma cooperação com os

13
Governos locais, como é o caso das autarquias, que também têm desempenhado
um papel determinante nesse processo (p. 80)

Por outras palavras, as autarquias locais em Moçambique, tiveram um papel fulcral na


mitigação e contenção da Covid-19, por se tratar de órgãos locais com autonomia
previstas na lei, mas também pelo facto de dentro das suas atribuições de gestão local,
desempenharem um papel importante na implementação de políticas públicas.

O autor concluiu que a pandemia da COVID-19, em termos económicos

Afectou os negócios dos agentes económicos, contribuindo para os baixos


níveis de colecta de receitas locais por parte do município de Gondola. Não
obstante, as despesas com actividades de fiscalização, sensibilização e
prevenção da pandemia, que também demandam custos financeiros aos cofres
do município, levaram à reestruturação das prioridades do município em termos
de prestação de serviços públicos, tendo em conta que as actividades
relacionadas com a pandemia da COVID-19 não constavam do Plano
Económico e Social do município. (p. 94)

Em outras palavras, as autarquias locais tem como maior bolo de receitas, os impostos
pagos pelos agentes económicos. Com o surgimento da Pandemia da Covid-19, as
receitas municipais sofreram uma ligeira queda, devido ao impacto que os agentes
económicos sofreram. Outro aspecto importante a reter no argumento acima exposto,
faz menção aos gastos que as autarquias tiveram para a contenção e mitigação da Covid-
19, o que constituiu um encargo as receitas locais, assim como numa restruturação das
prioridades dos órgãos locais do Estado.

Pereira (2021), em sua resenha, intitulada “O papel do Poder Local no combate à


pandemia de COVID-19”, onde objectivava analisar o impacto das restrições
provocadas pela COVID-19 no funcionamento da democracia local e da democracia
participativa, principalmente no emprego público, nas finanças locais, na contratação
pública e na digitalização da administração pública.

Perreira, conclui que a pandemia da COVID-19, limitou a Democracia participativa, na


medida em que as restrições impostas por essa pandemia limitaram a cooperação dos
gestores autárquicos com as populações. O outro aspecto relevante, tem a ver com a
situação financeira que as autarquias atravessaram pois, o impacto que provocou aos

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agentes económicos, reduziu o nível de arrecadação de impostos nos órgãos locais do
Estado.

Em Portugal, o Tribunal de Contas (2021), divulgou o relatorio sobre o “Impacto das


medidas adotadas no âmbito da COVID-19 nas entidades da Administração Local do
Continente”. O relatório, concluiu que as autarquias em Portugal tiveram uma “perda de
receita para os orçamentos municipais que deriva da adoção de medidas de suspensão,
isenção ou redução de tributos próprios, visando aliviar encargos para famílias,
empresas e outras entidades locais.” (p. 118).

Pinto (2021), destaca em seu artigo sobre “Breves reflexões sobre os desafios da
governação publica local face a Pandemia da COVID-19”, que

A crise pandemica tem conduzido a heroica exaltacao do poder local, por outro,
ee imperativo reflectir acerca dos impactos que sobre ele, a medio e longo
prazo, se farao sentir. Alias, não sera preciso aguardar para atestar que a
pandemia já atingiu fortemente o poder local, bastando pensar-se desde logo, no
fosso que não so revelou como ajudou a dilatar entre os grandes municipios,
sobretudo aqueles inseridos nas areas metropolitanas ou nas regioes do litoral, e
os pequenos municipios, em particular os mais isolados. (p. 138)

O autor, acrescenta que “a necessidade de se compreender que situacoes excepcionais


requerem accoes e mecanismos excepcionais, não pode igualmente descurar-se o
impacto que essas accoes e esses mecanismos provocarao na sustentabilidade financeira
do poder local”

Indo mais a fundo, o autor argument que a pandemia da COVID-19, veio robustecer a
necessidade de assegurar-se a transparencia dos poderes publicos, bem como reclamar
uma aceleracao da transicao e democratizacao digital.

2.3. Breve caracterização do local do estudo

De acordo com o Governo (2016), Matola ee uma cidade e municipio mocambicano,


capital da provincia de maputo, e ee tambem um distrito, uma unidade administrativa
local do estado central mocambicano criada em 2013 e que coincide geograficamente
com o municipio.

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Tem limite a noroeste e a norte com o distrito de Moamba, a oeste e sudoeste com o
distrito de Boane, a sul e a leste com a cidade de Maputo e a noroeste com o distrito de
Marracuene. O municipio tem uma area de 373 km².

A sua populacaoo ee, de acordo com o censo de 2007, de 672 508 habitanres,
representando um aumento de 58,3% em relacao aos 424 662 habitantes enumerados no
censo de 1997. Devido ao seu dinamismo economico e demografico, a Matola foi
elevada aa categoria de cidade B em 2 de Outubro de 2007, estatuto que partilha com a
Beira e Nampula. (Governo,2016).

2.3.1. Historia

O nome Matola provém de Matsolo, povo banto que se fixou na região a partir do
século II. Em 1895 a área da Matola é incluída na 1ª Circunscrição Civil de Marracuene,
no então Distrito de Lourenço Marques, quando Moçambique era colónia portuguesa. A
povoação foi criada pela portaria nº 928 de 12 de Outubro de 1918.(Governo,2016).

Ainda integrado na Circunscrição de Marracuene, o Posto Administrativo da Matola foi


criado a 17 de Novembro de 1945, abarcando três centros populacionais: Boane,
Machava e Matola Rio. Os progressos registados levaram à emancipação municipal,
criando-se o Concelho da Matola em 5 de Fevereiro de 1955 e a consequente Câmara
Municipal da Matola para a reger.(Governo,2016)

Uma portaria de 20 de Abril de 1968 determinou que a então Vila da Matola se passasse
a denominar Vila Salazar, em homenagem ao presidente do Conselho de Ministros de
Portugal, António de Oliveira Salazar. Eugénio Castro Spranger foi o primeiro
presidente da câmara, sucedido por Abel Baptista que impulsionou um processo de
urbanização do concelho iniciando, já em 1963, a construção do Cemitério da Matola, a
residência oficial do presidente da Câmara Municipal e os Paços do Concelho.
Paralelamente, constroem-se a Igreja Paroquial de São Gabriel, o Cinema de São
Gabriel, a Escola Primária Paula Isabel, a Escola de Santa Maria, a Escola do Dr. Rui
Patrício e a Missão de Liqueleva. Mais tarde, são estabelecidas as Escolas Secundárias
da Matola e da Machava, a Escola Industrial da Matola e o Cinema 700. Na zona
industrial, estabelecem-se fábricas de cimento, a CIM, o complexo mineiro dos CFM, a
Shell Company e a Caltex. O crescimento do fluxo diário de pessoas entre as então Vila
Salazar e Lourenço Marques (hoje Maputo) levou à criação da Companhia de
Transportes de Moçambique. No início da década dos 70, a indústria expande-se para a

16
Machava e implantam-se novos bairros, como o do Fomento e o da Liberdade.
(Governo,2016)

Em 1967, Abel Baptista retira-se e sucede-lhe Fausto Leite de Matos. Através de uma
portaria de 5 de Fevereiro de 1972, a vila ascende a cidade, passando a chamar-se
Cidade Salazar. No ano seguinte, implantam-se novos bairros na Machava e regista-se
um significativo aumento da densidade populacional em áreas que até aí tinham
características rurais: Khongolote, Bunhiça e Sikwama.(Governo,2016).

Com a independência do país, a 25 de Junho de 1975, recupera-se o nome original,


passando a denominar-se Cidade da Matola. A Câmara Municipal passou a ser dirigida
por um presidente nomeado pelo Governo de Moçambique, o primeiro dos quais foi
Rogério Daniel Ndzawana. O sistema de funcionamento da câmara não se alterou
substancialmente, se bem que passou a ser dada mais atenção às populações dos bairros
mais necessitados, sobretudo na construção de fontanários de água.

A Câmara Municipal, autónoma, considerada uma herança do sistema colonial, foi


abolida em 1978 e substituída por um Conselho Executivo nomeado pelo governo
central.(Governo,2016).

Em 1980, por resolução da então Assembleia Popular (hoje, Assembleia da República),


a Matola perdeu a sua autonomia territorial ao ser integrada na cidade de Maputo,
formando o "Grande Maputo", o que paralisou o processo de desenvolvimento da
cidade. Esta medida é revertida em 1988, quando a Matola é desanexada da cidade
Maputo (que adquire o estatuto de província). Ao mesmo tempo a Matola torna-se a
capital da Província de Maputo. António Thuzine é o novo Presidente do Conselho
Executivo.(Governo,2016).

Com o processo de democratização do país, abriram-se as portas para a restauração do


estatuto municipal. A criação de municípios foi fundamentada na Constituição da
República de Moçambique de 1990 e a Lei nº 2/97, de 18 de fevereiro, criou o quadro
jurídico para a criação das autarquias locais. O município foi, assim, transformado em
autarquia e no seguimento das primeiras eleições autárquicas, realizadas a 30 de Junho
de 1998, foram instalados os novos órgãos de poder local: a Assembleia Municipal e o
Conselho Municipal.(Governo,2016)

17
O primeiro presidente do Conselho Municipal da Matola foi Carlos Almerindo Filipe
Tembe, eleito nas primeiras eleições autárquicas de 1998 para suceder a António
Thuzine, sendo reeleito em 2003. O seu falecimento súbito em Dezembro de 2007 levou
à sua substituição pela presidente da Assembleia Municipal, Maria Vicente, em 10 de
Janeiro de 2008. Eleito nas eleições autárquicas de 2008, Arão Nhancale tomou posse
em 5 de Fevereiro de 2009 como novo presidente do Conselho Municipal. Invocando
razões pessoais, Nhancale viria a renunciar do cargo, sendo substituído interinamente
pelo presidente da Assembleia Municipal, António Matlhava, em 15 de Maio de 2013.
Nas eleições autárquicas de 2013 é eleito Calisto Cossa, que toma posse em 7 de
Fevereiro de 2014.(Governo,2016).

2.3.2. Instituição do Governo Municipal: Breve contextualização histórica

A autarquia da Matola é dirigida desde Novembro de 1998 por um Conselho Municipal,


órgão executivo colegial constituído por um presidente eleito por voto direto para um
mandato de cinco anos e por vereadores por ele designados. O governo é monitorizado
por uma Assembleia Municipal, composta por vereadores também eleitos por voto
direto.(Governo,2016)

Início do mandato Presidente do Conselho Partido


Municipal (Eleito)
27 de Novembro de 1998 Carlos Almerindo Filipe Frelimo
Tembe (eleito)
19 de Novembro de 2003 Carlos Almerindo Filipe Frelimo
Tembe (releito)
10 de Janeiro de 2008 Maria Vicente (interina) Frelimo
5 de Fevereiro de 2009 Arão Nhancale (eleito) Frelimo
15 de Maio de 2013 António Matlhava Frelimo
(interino)
7 de Fevereiro de 2014 Calisto Cossa (eleito) Frelimo

Segundo o Governo (2016), em Novembro de 1996 o município português de Loures e


a cidade de Matola assinaram um Protocolo de Geminação e Acordo de Cooperação
com fundamento no uso comum da língua portuguesa.

18
2.3.3. Caracterização Social e Política

O portal do governo (2016), referencia que apesar do rápido processo de urbanização,


em 2009 ainda só 39% da população da Matola vivia na zona urbana, 14% na zona rural
e os restantes 47% na zona peri-urbana ou suburbana. O dinamismo económico aliado à
disponibilidade de terra urbanizável levou a que a população do município fosse
estimada em 827 mil habitantes no início de 2013, podendo mesmo chegar ao milhão
antes do final do ano.

2.3.4. Grupos étnicos e línguas

Segundo o portal do governo (2016), a Matola é caracterizada por uma miscelânea de


grupos étnicos. A etnia nativa desta região é a dos rongas, pertencentes ao grande grupo
dos tsongas, mas existem ainda os chopes, os bitongas e os tswas (ou tsuas).

Quanto às línguas faladas, o chiTsonga é predominante nesta região, seguido pela língua
portuguesa, falada principalmente nas zonas urbanas e semi-urbanas. São faladas
também o xiChope, o biTonga e o xiTswa.

2.3.5. Divisão Administrativa

O município da Matola está dividido em três postos administrativos, compostos pelos


seguintes bairros. (Governo,2016)

Posto Administrativo Bairros


Infulene Zona Verde, Ndlavela, Infulene D, T-3, Acordos de Lusaka,
Vale do Infulene, Khongolote, Intaca, Muhalaze, 1º de Maio,
Boquisso A, Boquisso B, Mali, Mukatine, e Ngolhoza
Machava Infulene, Unidade A, Trevo, Patrice Lumumba, Machava
Sede, São Damaso, Bunhiça, Tsalala, km-15, Mathlemele,
Nkobe, Matola Gare, e Singathela
Matola Sede Matola A, Matola B, Matola C, Matola D, Matola F, Matola
G, Matola H, Matola J, Fomento, Liberdade, Mussumbuluco,

19
Mahlampswene, e Sikwama

2.3.6. Economia

A indústria é base da economia do Município da Matola, o qual possui o maior parque


industrial do país, concentrando cerca de 60% da indústria nacional. As mais de 500
unidades industriais que constituem este parque têm um alto grau de diversificação, que
vai dos agro-industriais às confecções metálomecânicas e aos materiais de construção.
O desenvolvimento da cidade esteve sempre ligado à relação comercial entre
Moçambique e a África do Sul, da qual são exemplos o Complexo Portuário da Matola
e o Corredor de Maputo (rodo e ferroviário).

20
CAPITULO III: METODOLOGIIA

Neste capitulo, far-se-a aprasentacao dos procedimentos metodologicos que foram


utilizados para a elaboracao da presente pesquisa..

3. Quanto à abordagem

Do ponto de vista da abordagem do problema, será usado o método indutivo. Segundo


Prodanov e Freitas (2013,p.85) a indução é um processo mental por intermédio do qual,
partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral
ou universal. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo
conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.

Neste contexto, a abordagem será quantitativa/qualitativa. A pesquisa qualitativa


preocupa- se com aspecto da realidade que não podem ser quantificados, centrando- se
na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais (Minayo,2001).

Ora, de acordo com Fonseca (2002), a pesquisa quantitativa centra-se na objectividade.


Ela é influenciada pelo positivismo que considera que a realidade só pode ser
compreendida com base na análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de
instrumentos padronizados e neutros.

3.1. Quanto aos objectivos


Quanto a natureza dos objectivos a pesquisa será descritiva. Este tipo de pesquisa tem
como objectivo proporcionar maior familiaridade na descrição de determinados
fenómenos (Gil, 2007).

3.2. Quanto aos procedimentos


Quanto aos procedimentos a pesquisa é bibliográfica e documental. A pesquisa
bibliografia é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e
publicadas por meios escritos e electrónicos, com livros, artigos científicos, páginas de
websites. (Fonseca,2002,p:32).
A pesquisa documental recorre a fontes mais diversificadas e dispersas, sem tratamento
analítico, tais como: tabelas estatísticas, jornais, revistas, relatórios, documentos
oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas, tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos
de programas de televisão, etc. (FONSECA, 2002, p. 32)

21
3.3. Instrumento de colecta de dados
Para este estudo serão utilizados dois tipos de instrumentos de colecta de dados, que
são: questionário e entrevista não estruturada, descritos a seguir. O questionário é um
instrumento de colecta de dados, composto por um conjunto de perguntas que visam
obter informações sobre um grupo de indivíduos trata-se de uma técnica de
investigações que busca levantar dados e características que definam determinada
população (Gil,2010) citado por Prodanov e Fretas (2013,p.29-30).

3.4. Universo e Amostra


De acordo com Bessab & Moretin (2002), o universo ou população-alvo é o conjunto
dos seres animados e inanimados que apresentam pelo menos uma característica
comum, Sendo N o numero total de elementos do universo ou da população, podendo
ser representado pela letra maiúscula X, de modo que: XN=X1;X2….XN.

Amostra é uma parcela convenientemente seleccionada do universo (população); é um


subconjunto do universo ou da população, por meio do qual estabelecemos ou
intimamos as características desse universo ou dessa população. (Bessab & Moretin,
2002)

Local Função Quantidade

Conselho Municipal da Matola  Vereador de 3


Mercados

 Director Financeiro
 Ddddd

Vendedor/a do mercado Municipal de T3  Vendedores. 7

Vendedor/a do mercado Madruga  Vendedores. 7

Para este trabalho, a população-alvo correspondera a 17 pessoas com a seguinte


distribuição:

3.5. Plano de apresentação, análise e interpretação de dados

22
Para a apresentação e análise dos dados foi adoptada a técnica da análise de conteúdo e
a triangulação de dados. A literatura apresenta diversas formas de análise de dados, mas
para este estudo foi adoptado o modelo de análise de conteúdo proposto por Bardin
(2016), pois apresenta de forma clara e objectiva os passos a ter em conta no tratamento
de dados. Desta forma, a análise de dados seguiu três fases fundamentais,
nomeadamente: pré-análise, exploração do material e interpretação dos resultados.

1ª. Fase: Pré-análise

Após a recolha de dados, passou-se por um conjunto de procedimentos que tinham em


vista a compreensão do conteúdo da informação obtida durante o trabalho de campo.
Neste processo, primeiro, fez-se a transcrição, sistematização das gravações e das notas
de registo sobre o tema em estudo: usando códigos como forma de garantir a
confidencialidade dos informantes.

2ª.Fase: Exploração do material

Nesta fase, fez-se a categorização da informação, tendo em conta os objectivos da


pesquisa. Procurou-se perceber, a partir das falas dos entrevistados, elementos
considerados relevantes e agrupá-los em categorias, segundo as características,
semelhanças e significados das informações.

3ª. Fase: Tratamento dos resultados obtidos e interpretação

Nesta fase, fez-se a apresentação, análise e interpretação da informação recolhida


através das entrevistas, e da observação. Neste processo, utilizou-se a técnica de análise
de conteúdo ( Bardin, 2016) muito usada em pesquisas de natureza social.

A partir das categorias temáticas analisadas, foi feita a triangulação de dados para aferir
a consistência dos dados (informações) a confrontá-los com a voz dos autores e o
posicionamento equilibrado do pesquisador do trabalho. A triangulação permitiu
estabelecer ligações entre resultados obtidos por diferentes métodos, promovendo uma
melhor ilustração e compreensão dos resultados recolhidos.

23
3.6. Perfil dos entrevistados
Conforme nos referimos anteriormente, durante o trabalho de campo foram efectuadas
17 entrevistas individuais, que envolveram: o Conselho Municipal da Matola (CMM1,
CMM2 e CMM3), Vendedores do Mercado Municipal da T3 (MT1 à MT7), e Mercado
Madruga (MA1, MA2, MA3, MA4,MA5,MA6,MA7). As entrevistas foram realizadas
no município da matola em cada local indicado no trabalho. A seguir apresentamos os
dados demográficos dos sujeitos da pesquisa.

Quadro 1:Faixa etária dos entrevistados


Com relação a faixa etária dos participantes, 5 dos entrevistados situam-se entre 25-31
anos, 9 entre 41-50 anos e 3 com mais de 50 anos de idade.

Faixa etária Nº Percentagem (%)


25-31 Anos 5 30%
41-50 Anos 9 50%
Mais de 50 Anos 3 20%
Total 17 100%
Fonte: Autor,2023.

Quadro 2: Sexo dos entrevistados

Em relação aos dados demográficos, importa referir que dos 17 entrevistados, 7 são do
sexo masculino e 10 do sexo feminino.

Sexo Nº Percentagem (%)


Masculino 7 30%
Feminino 10 70%
Total 17 100%
Fonte: Autor,2023.

24
Quadro 3:Nível de formação dos entrevistados
Quanto ao nível de formação, 3 dos entrevistados são do nível superior, 4 do nível
médio e 10 do nível básico.
Escolaridade Nº Percentagem (%)
Nível Superior 3 %
Nível Médio 4 %
Nível Básico 10 %
Total 17 100%
Fonte: Autor,2023.

Depois de apresentarmos os procedimentos metodológicos, posteriormente


apresentamos, analisamos e discutimos os resultados da pesquisa a luz dos dados
colhidos no campo que é objecto de análise no capítulo seguinte.

25
Capítulo IV: apresentação e analise de dados

O presente capítulo, objectiva apresentar e interpretar os dados colectados no campo


para maior compreensão dos impactos da Covid-19 na colecta de receitas nos mercados
do Município da Matola. Para o efeito, serão apresentados i) os dados pessoais dos
participantes da pesquisa; ii) apresentação dos dados; e iii) discussão dos resultados.

Tabela de categorização

Categorias Sub-categorias Respostas Freq.


Situação Como eram
as A uma questão formulada ao
financeira e de finanças do CMCM, obtemos a seguinte
resposta:
governação do Município antes da 1
As finanças do município eram
município Matola Pandemia?
estáveis na medida em que o nível
antes da entrada
de execução era crescente.
da COVID-19,
tendo em Que mudanças as A uma questão formulada ao
CMCM, obtemos a seguinte
consideração as finanças
resposta:
receitas municipais tiveram,
Durante o período da pandemia, o
resultantes da após o início da CMM recebeu vários pedidos de 1
cobrança nos pandemia? insenção de impostos, o que baixou
mercados desta signitivamente a arrecadação das
autarquia receitas
Quanto o A uma questão formulada ao
município CMCM, obtemos a seguinte
resposta:
colectava
mensalmente antes em 2018 colectavamos 1
da pandemia? 4.441.266,50 e em 2019 foi cerca
de 4.550.799,50
Quanto o A uma questão formulada ao
município passou a CMCM, obtemos a seguinte
resposta:
colectar 1
em 2020 colectavamos… em 2021
mensalmente no colectavamos 5.067.144,50 e em
período pandemia? 2022 colectavamos 4.697.164,00
Que impactoa A uma questão formulada ao
mudança teve para CMCM, obtemos a seguinte
resposta:
26
o desempenho do O desempenho do município
município? reduziu porque as receitas baixaram
e as nossas atribuições não foram 1
realizadas
Que acções o A uma questão formulada ao
município CMCM, obtemos a seguinte
resposta:
desenvolveu
Melhor organização dos mercados,
durante o período 1
atraves do melhoramento das
da Covid-19, para
formas de pagamento (implentação
ultrapassar a crise?
de sistema de gestão de receitas)

Principais Já ouviu falar da A uma questão formulada aos


implicações vereação dos vendedores, obtemos as seguintes
respostas:
vivenciadas nas mercados? 9
Já ouviram falar
cobranças dos 1
Nunca ouviram falar
mercados pela
Se a resposta for A uma questão formulada aos
autarquia da
afirmativa, o que é vendedores, obtemos as seguintes
Matola com a respostas:
vereação dos
Afirmaram que é aquela que
Chegada da
mercados? 8
organiza o funcionamento dos
Covid-19
2
mercados
Não sabem o que a vereação faz
O que é que se faz A uma questão formulada aos
na vereação dos vendedores, obtemos as seguintes
respostas:
mercados? 8
Afirmaram a vereação cobra
impostos e organiza os mercados
2
Não sabem
Quanto custava o A uma questão formulada aos
valor da senha vendedores, obtemos as seguintes
respostas:
antes da Pandemia 10
5mt
da Covid-19?
Durante a A uma questão formulada aos
pandemia da vendedores, obtemos as seguintes
respostas:
Covid-19, o preço 10

27
da senha alterou?
Se sim, para Não
quanto?
Como acha que é A uma questão formulada aos
aplicado o valor vendedores, obtemos as seguintes
respostas:
colectado? 7
Para manutenção do mercado
Para compra de energia, agua e 3
pagamento de guarda

Acha que esta A uma questão formulada aos


forma de aplicação vendedores, obtemos as seguintes
respostas:
é viável para o
Afirmam que o valor é bem
mercado? 7
aplicado
Afirmam que o valor não é bem
3
aplicado
Compreender as Durante a Covid- A uma questão formulada aos
acções levadas 19, o que foi feito vendedores, obtemos as seguintes
respostas:
acabo pela para salvaguardar 10
Através da pulverização,
autarquia em as vidas das
distanciamento e organização do
coordenação com pessoas no
mercado, alocação de baldes, sabão
os vendedores mercado?
e até distribuição de mascaras
para ultrapassar a
O conselho A uma questão formulada aos
crise imposta pela vendedores, obtemos as seguintes
municipal
Covid-19. respostas:
comunica-se com 10
Os vendedores afirmaram que sim
os vendedores?
Se sim, de que A uma questão formulada aos
forma? vendedores, obtemos as seguintes
respostas:
8
Através da comissão
1
Não sabem
1
Por via verbal
As preocupações A uma questão formulada aos
que os vendedores vendedores, obtemos as seguintes
respostas:

28
apresentam, são Sim, são resolvidas 8
resolvidas? Não são resolvidas 2

1. Como eram as finanças do Município antes da Pandemia?

Município: As finanças do município eram estáveis na medida em que o nível de


execução era crescente, ou seja, a cada ano o município consegue aumentar as suas
receitas.

2. Que mudanças as finanças municipais tiveram, após o início da pandemia?

Município: A maior mudança foi sem dúvida sentida na arrecadação das receitas,
devido as restrições tomadas pelo governo muitos agentes económicos na conseguiam
efectuar o pagamento das suas taxas. Durante o período da pandemia, o CMM recebeu
vários pedidos de isenção de impostos, o que baixou signitivamente a arrecadação das
receitas.

3. Quanto o município colectava antes da pandemia, em 2018 e 2019?

Município: em 2018 colectavamos 4.441.266,50 e em 2019 foi cerca de 4.550.799,50

4. Quanto o município passou a colectar no período pandemia em 2020 e 2021


e 2022?

Município: em 2020 colectavamos 5.486.464, 50; em 2021 colectavamos 5.067.144,50


e em 2022 colectavamos 4.697.164,00.

5. Que impacto a mudança teve para o desempenho do município?

Município:

6. Que acções o município desenvolveu durante o período da Covid-19, para


ultrapassar a crise?

Município: Melhor organização dos mercados; Melhoramento das formas de


pagamento (implantação de sistema de gestão de receitas); Pagamento via móvel;

29
Implantação do mercado de malhampswene como forma de não aglomerar muitos
vendedores assim como compradores.

7. Já ouviu falar da vereação dos mercados?

V1, V2, V3, V4, V5, 6, V8, V9 e V10: Sim

V7: Não

8. Se a resposta for afirmativa, o que é vereação dos mercados?

V1: É o gabinete responsável pelos mercados.

V2: Não sai

V3: são pessoas do município que fazem reuniões.

V4: Chefe dos mercados

V5: Organização responsável pelo mercado.

V6: É a área que responde pelo funcionamento dos mercados e feiras.

V7: Não

V8: Trata de assunto do mercado. É o elo de ligação entre os vendedores e o conselho


municipal.

V9: É uma equipe cujo a função é ajudar na organização dos mercados.

V10: Controlam os mercados em todos sectores do mercado, a nível de


desenvolvimento

9. O que é que se faz na vereação dos mercados?

V1: Trata dos assuntos dos mercados e feiras.

V2: Fazem inspeção do mercado

30
V3, V4, V5, V6 e V7: Não sai

V8: Não sei dizer ao certo, mas ela onde as pessoas vão quando querem vender.

V9: “Deviam” ser os que zelam pela boa estrutura do mercado.

V10: É a área do município que emite licença de actividades e cobrados bilhetes


mensais e diários dos vendedores.

10. Quanto custava o valor da senha antes da Pandemia da Covid-19?

V1, V2, V3, V4, V5, V6, V7 e V9: 5mt

V8: A senha tem o seu preço alterando em períodos muito longos, antes custava 3,
depois subiu para 4mt e recentemente, mas, antes da pandemia subiu para 5mt.

V10: 10mt

11. Durante a pandemia da Covid-19, o preço da senha alterou? Se sim, para


quanto?

V1, V2, V3, V4, V5, V6, V7, V9 e V10:5mt

V8: Não, mas o CMM por algum período deu preços abonatórios para os vendedores.

12. Como acha que é aplicado o valor colectado?

V1: É aplicado para a manutenção do mercado.

V2: “Dizem”, o dinheiro não é aplicado no mercado. O mercado encontra-se em


condições não desejáveis.

V3: O dinheiro faz manutenção do mercado.

V4: Manutenção do mercado.

V5: “Devia” ser usado para a manutenção do mercado.

31
V6: Não tenho informação. Entendo que o valor devia ser canalizado para a
manutenção do mercado.

V7: Usa se para reparar danos do mercado e comprar energia.

V8: O mercado tem segunda, água 24, energia, limpeza. Então, fazem valer as receitas.

V9: Não vejo nada. Se há benefícios, então, não são integrativos.

V10: Usam para a manutenção do mercado

13. Acha que esta forma de aplicação é viável para o mercado?

V1: Acho que é aplicado de uma boa forma, mas, podia se melhorar.

V2: Não.

V3: Sim

V4: É boa.

V5: Ainda não vi nenhuma mudança oriunda do valor que pago mensalmente

V6: Penso que sim. O município através da vereação envia uma recarga de energia no
valor de 8 mil meticais. Pelo menos esta acção, descongestiona os outros. Ainda faz a
recolha dos resíduos sólidos ainda que não de forma muito apreciável.

V7: Sim, tem aplicado algum valor (Sem a nossa contribuição)

V8: Sim, não há muito para queixar.

V9: Não.

V10: Até certo ponto, podia ajudar mais os vendedores.

14. Durante a Covid-19, o que foi feito para salvaguardar as vidas das pessoas
no mercado?

V1: Colocou kit, pulverizou o mercado. O município esteve em peso.

32
V2: Capacitou em matérias sobre a covid-19. O tanque não foi sustentável.

V3: Colocou o kit e elegeu um responsável.

V4: Mesma resposta com os outros.

V5: Houve alocação de baldes, sabão e até distribuição de máscaras. O município


esteve a sensibilizar os vendedores para que seguissem ao pé da letra as
recomendações de prevenção.

V6: Exigiu o uso obrigatório das máscaras e diminuiu o tempo de funcionamento do


mercado.

V7: Houve um esforço notável por parte do município (Sensibilização, mascaras e


tuneis).

V8: Apenas inspeções.

V9 e V10: Doou kit

15. O conselho municipal comunica-se com os vendedores?

V1: Sim, a directora dos mercados e feiras comunica-se significativamente com os


vendedores.

V2: As vezes

V3, V4 e V5: Sempre

V6: Sim, há um contacto estreito com o Conselho Municipal.

V7, V8, V9 e V10: Sim

16. Se sim, de que forma?

V1: Chamada telefónica e visita.

V2, V3, V9 e V10: Através da comissão dos mercados.

33
V4: Vem/ ligam

V5: Não sei

V6: Verbal.

V7: Tem feito reuniões as quartas-feiras sob o comando da comissão do mercado.

V8: De vez em quando utiliza a estrutura do mercado.

17. As preocupações que os vendedores apresentam, são resolvidas?

V1, V3, V4 e V8: Sim.

V2: Sim, mas nem todos. Por exemplo, nos estamos preocupados com aqueles que
vendem fora do mercado porque tem nos lesado, e ainda por cima não pagam a taxa.
Mas, o município ainda não resolveu.

V5: A 40% sim. Os vendedores dão mais pelo mercado que o próprio município.

V6: sim, mas não são todas as preocupações que são resolvidas.

V7: Resolve, mas depende da situação.

V9, V10: Não.

34
6. Bibliografia

António, B. (2021). A covid-19 e suas implicações na governação municipal em


moçambique: um estudo de caso a partir do município de Gondola. Em IESE,
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Agosto de 2022, de
https://www.iese.ac.mz/wp-content/uploads/2021/12/artigo2-ba-des2021.pdf

CISTAC, G. (2014). Moçambique: Institucionalização, organização e problemas do


poder local.

Pereira, A. D. (2021). O papel do Poder Local no combate à pandemia de COVID-19.


Cad. Ibero-amer. Dir. Sanit.,, pp. 235-241.

Pinto, J. V. (2021). Breves reflexões sobre os desafios da governação publica local face
a Pandemia da COVID-19. pp. 137-147.

Silva, E. L., & Menezes , E. M. (2001). Metodologia da pesquisa e elaboração de


dissertação (3a ed.). Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC.

Portugal, T. d. (2021). RELATÓRIO N. º 8/2021 - OAC do Impacto das medidas


adotadas no âmbito da COVID-19 nas entidades da Administração Local do
Continente. Lisboa. Obtido em 20 de Agosto de 2022, de
https://www.tcontas.pt/pt-pt/ProdutosTC/Relatorios/relatorios-oac/Documents/
2021/relatorio-oac008-2021.pdf

Moçambique, P, G. (2016). Perfil distrital. https://www.pmaputo.gov.mz/por/A-


Provincia/Perfis-Distritais/Matola

Bardin, L. (2016). Análise de Conteudo (3ª reimp ed.). (L. A. Reto, & A. Pinheiro,
Trads.) Sao Paulo: Edições 70.

35
UNIVERSIDADE LÚRIO

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

GUIÃO DE ENTREVISTA DIRIGIDO AO MUNICÍPIO DA CIDADE DA


MATOLA

Este guião de entrevista é elaborado no âmbito de realização do trabalho de conclusão


de curso (TCC) conducente à obtenção de grau de licenciatura em Desenvolvimento
Local e Relações Internacionais pela instituição acima referida. O guião tem como
escopo a colheita de dados para a satisfação da pesquisa com o tema proposto.

Asseguro que, tudo quanto for dito serve unicamente para engradecer o trabalho e trazer
uma mais-valia para fins meramente académicos. Agradeço pela colaboração.

Muito Obrigado.

Questões para o Conselho Municipal da Matola

1. Como eram as finanças do Município antes da Pandemia?


2. Que mudanças as finanças municipais tiveram, após o inicio da pandemia?
3. Quanto o município colectava mensalmente antes da pandemia?
4. Quanto o município passou a colectar mensalmente no período pandemia?
5. Que impacto a mudança teve para o desempenho do município?
6. Que acções o município desenvolveu durante o período da Covid-19, para
ultrapassar a crise?

Questões para os vendedores

7. Já ouviu falar da vereação dos mercados?


8. Se a resposta for afirmativa, o que é vereação dos mercados?
9. O que é que se faz na vereação dos mercados?
10. Quanto custava o valor da senha antes da Pandemia da Covid-19?

36
11. Durante a pandemia da Covid-19, o preço da senha alterou? Se sim, para
quanto?
12. Como acha que é aplicado o valor colectado?
13. Acha que esta forma de aplicação é viável para o mercado?
14. Durante a Covid-19, o que foi feito para salvaguardar as vidas das pessoas no
mercado?
15. O conselho municipal comunica-se com os vendedores?
16. Se sim, de que forma?
17. As preocupações que os vendedores apresentam, são resolvidas?

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