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1º Ano de Economia
Maputo Cidade
2022
ÍNDICE
1. Introdução----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1
1.1. Problematização---------------------------------------------------------------------------------------------- 1
1.2. Justificativa--------------------------------------------------------------------------------------------------- 1
1.3. Objectivos-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2
1.3.1. Objectivo geral----------------------------------------------------------------------------------------- 2
1.3.2. Objectivos específicos---------------------------------------------------------------------------------2
1.4. Delimitação do estudo------------------------------------------------------------------------------------------ 2
2. Metodologia---------------------------------------------------------------------------------------------------2
3. Revisão da literatura----------------------------------------------------------------------------------------------- 3
3.1. O que é Covid-19--------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
3.2. Evolução da pandemia da Covid-19------------------------------------------------------------------------------3
3.3. Impacto da Covid-19 no sector Empresarial em Moçambique-------------------------------------------3
3.4. Sectores mais prejudicados pela Covid-19------------------------------------------------------------------4
3.4.1. Impacto no Sector de Turismo-------------------------------------------------------------------------- 4
3.4.2. Impacto no sector dos transportes---------------------------------------------------------------------- 5
3.4.2.1. Transporte aéreo-------------------------------------------------------------------------------------5
3.4.2.2. Transporte ferroviário------------------------------------------------------------------------------ 6
3.4.2.3. Transporte marítimo e portuário------------------------------------------------------------------6
3.4.2.4. Subsector da aviação Civil-------------------------------------------------------------------------7
3.4.2.5. Subsector de transportes rodoviários de passageiros-------------------------------------------7
3.5. Impacto no sector da Agricultura e Pescas---------------------------------------------------------------8
3.5.1. Subsector do Algodão--------------------------------------------------------------------------------- 8
3.5.2. Subsector de camarão----------------------------------------------------------------------------------9
3.5.3. Subsector da Macadâmia---------------------------------------------------------------------------------9
3.6. Impacto no sector da indústria----------------------------------------------------------------------------10
3.7. Impacto no sector da construção--------------------------------------------------------------------------10
3.8. Sector Bancário--------------------------------------------------------------------------------------------- 11
3.9. Indústria extractiva----------------------------------------------------------------------------------------- 12
3.10. Comércio de produtos não alimentares---------------------------------------------------------------12
3.11. Estratégias para minimizar o Impacto do Covid-19 no sector Empresarial em Moçambique- - -12
4. Resultados esperados---------------------------------------------------------------------------------------------14
5. Bibliografia-------------------------------------------------------------------------------------------------------- 15
1. Introdução
1.1. Problematização
Diante do actual cenário que o mundo está a passar com a pandemia do Covid-19, doença causada pelo
SARS-CoV-2, muitas dúvidas e incertezas transitam pela cabeça das pessoas. A realidade exige cautela
em todos os âmbitos em especial no sector empresarial e também traz consigo fortes problemáticas socio-
económicas, para além de todas as preocupações ligadas a saúde dos indivíduos. Como a covid-19
influenciou na subida do custo de vida?
1.2. Justificativa
Assumindo a Covid-19 como uma doença que gerou uma crise, cujos efeitos extravasam o sector
de saúde, afectando outros sectores, como o sector económico, neste trabalho procurou-se
perceber como esta pandemia está a afectar a economia moçambicana. Procurou-se aferir se ela
atingiu o nível de crise, e se pretende também discutir as expectativas e a evolução da economia
moçambicana, tendo em conta o impacto do Covid-19 no sector empresarial com destaque para o
Turismo, Aviação civil, Construção, Agricultura, entre outros.
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1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo geral
Compreender aquilo que é os impactos trazidos pela pandemia da covid-19 no nosso país.
2. Metodologia
Este trabalho é qualitativo e não leva hipóteses. Em busca de material adequado para esta
pesquisa, optamos em consultar alguns livros e artigos em formato físico e digital. Uma
investigação profunda foi feita visando chegar a um resultado plausível. Colectamos informações
importantes, as quais foram utilizados na elaboração deste trabalho. Assim, a escolha do tema,
elaboração do plano de trabalho, identificação e busca do material, compilação, análise e
interpretação da redação foram possíveis.
3. Revisão da literatura
3.1. O que é Covid-19
A COVID-19 de acordo com a (OMS) Organização Mundial da Saúde é uma doença infecciosa
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causada pelo vírus SARS-COV-2. È um vírus que causa infecções semelhantes a uma gripe
comum e pode provocar doenças respiratórias mais graves como a pneumonia.
O sector do turismo (Hotelaria e Restauração) é um dos mais afectados pelos impactos da Covid-
19. Nos hotéis a taxa de ocupação baixou para menos de 4%, com registo de perdas diárias de
facturação estimadas em 98%. Assim, optou-se pela suspensão das actividades dos contratos de
trabalho com a massa laboral, colocando em risco mais de 72% dos postos de emprego. O
coronavírus afectou a movimentação de pessoas de um País para outro, e esta restrição deve-se,
essencialmente, ao receio de contaminação e constitui um método de prevenção recomendado
pela OMS.
A semelhança do que sucede pelo mundo, o sector do turismo será o mais afectado por esta
epidemia, sendo o seu impacto mais dramático para os países como a Espanha, as Maurícias e
Tailândia cujas encomias assentam na actividade turística. No caso de Moçambique, o sector do
Turismo já sente os efeitos.
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Os impactos da Covid -19 se fazem sentir no sector dos transportes, sendo que os subsectores da
aviação Civil e transporte rodoviárias de passageiros figuram como os mais afectados.
Para além dos limites máximos de lotação, o Governo determinou que a tripulação e todos os
passageiros que estejam a bordo de transportes colectivos públicos ou privados devem usar
máscara de protecção com a finalidade de proteger o nariz e a boca.
Os serviços de moto-táxi e bicicleta-táxi, podem ser prestados desde que os passageiros utilizem
máscaras e se respeite o limite máximo da lotação.
O Governo determinou ainda que no transporte de passageiros colectivos deve ser assegurada a
presença de um cobrador, a quem obrigatoriamente, compete medir a temperatura corporal e
desinfecção da mão dos passageiros antes do embarque.
O Governo tomou ainda medidas específicas para cada modalidade de transporte, a saber:
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Ficaram suspensos os serviços a bordo, excepto o serviço de bebidas quentes e água.
A tripulação de cabine a bordo deve usar máscara durante o voo, de acordo com as
recomendações das Autoridades Sanitárias.
Estas medidas, embora visem a prevenção da propagação do vírus, resultam em perdas avultadas
para as empresas que operam no sector dos transportes, principalmente, o de passageiros. No
caso de Moçambique em específico, para além da sensibilização da população para redução do
número de viagens em transporte públicos, foi recentemente introduzida uma medida que
estabelece um limite máximo de 34 passageiros em um autocarro, sendo que este limite poderá
ser ainda menor dependendo do tamanho do autocarro. Esta medida tem implicações no volume
de receita dos operadores de transporte rodoviários.
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O sector da Agricultura tem a particularidade de ser o sector mais vulnerável da economia
moçambicana, essencialmente, por conta dos elevados riscos que a actividade agrícola comporta.
E ao mesmo tempo e o sector que mais contribui para o PIB e o que mais emprega a população
nacional. Portanto, conforme reportam as empresas deste sector, o impacto do Covid-19 nos seus
negócios tem sido, cada vez visível, com a evolução cada vez alarmante desta pandemia. Os
subsectores mais afectados são, essencialmente, os que importam matérias-primas para a sua
produção e os que exportam a sua produção para o resto do mundo.
Entretanto, segundo reportam as empresas deste subsector, o impacto da covid19 nos seus
negócios e potencial, isto é, ainda não é real ou efectivo, uma vez que o período de exportação de
algodão inicia no segundo semestre do ano (concretamente no mês de Junho). Contudo, prevê-se
que nesta altura o sector possa se ressentir dos efeitos desta pandemia, mesmo num cenário
optimista, essencialmente por conta da queda vertiginosa do preço do algodão no mercado
internacional, que até meados de Marco, já havia caído em cerca de 20% nos principais
mercados bolsistas, o que poderá baixar o volume de exportações deste sector.
Em resultado deste cenário o subscritor do algodão espera que, num cenário optimista,
considerando que o volume de exportações ira se manter, a perda do sector estaria estimada em
20%. E num cenário pessimista, em que por conta da crescente propagação da pandemia, as
exportações não sejam realizadas, ou seja, realizadas em pequenas quantidades, prevê-se perdas
na ordem dos 55% dos seus negócios.
Por um lado, o impacto e sinalizado pela queda dos preços no mercado internacional, e por outro
lado pelas restrições de comercio com países que são a fonte de matérias-primas.
A Macadâmia e uma das principais culturas de rendimento do País, sendo que o maior potencial
de produção se encontra na província de Niassa, com alguma extensão nas províncias de
Zambézia e Manica. Trata-se de uma cultura emergente, para a qual existe muita expectativa
sobre a sua contribuição nas exportações e na balança comercial do país. O principal mercado de
exportação da Macadâmia produzida em Moçambique e Ásia, com maior enfoque para a China e
Índia. Pelo que, por conta da propagação da Covid-19, que induziu ao encerramento de grande
parte dos portos e paralisação de transação e vendas de produtos em quase todo mundo, mas
principalmente na Asia e Europa, as exportações da macadâmia programadas para o primeiro
semestre de 2020, adiaram o que repercutiu no nível de actividades das empresas deste sector.
Embora as empresas não tenham sentido o impacto da covid-19 no primeiro trimestre do ano,
uma vez que as exportações da macadâmia iniciam em Abril/Maio, existe um grande receio de
um potencial impacto, por um lado relacionado com restrições de exportação do produto devido
ao encerramento dos portos de entrada dos principais compradores deste produto.
Os impactos do Covid-19 no sector industrial já são visíveis e caso a situação se prolongue por
mais tempo, poderão ser ainda mais ostensivos. A indústria transformadora moçambicana tem a
característica de depender de insumos importados, tanto sob forma de matérias-primas. Assim
como maquinarias e equipamentos diversos. Portanto, uma vez que grande parte dos países
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estavam fechados para comércio por conta da propagação do covid- 19, como por exemplo a
África do sul, China e outros países com um volume comercial considerável com Moçambique, o
abastecimento da matéria-prima poderá reduzir significativamente, o que terá como
consequência a redução do volume de produção e desaceleração da actividade empresarial.
Neste âmbito, o principal sector directamente afectado pela propagação do Covid-19 e o sector
da indústria alimentar e de bebidas. Isto é, as indústrias alimentares e de bebidas ressentem-se do
facto desta situação do covid-19 não possibilitar a importação de insumos cruciais para o
processo de produção, como por exemplo, pesticidas e insecticidas para a produção de algumas
culturas alimentares. Sendo que embora ainda exista algum stock suficiente para mais alguns
dias de produção algumas indústrias como a de produção de frangos e bebidas, com o
agravamento desta situação, o impacto será cada vez maior. Por outro lado, as empresas deste
sector poderão ser afectadas por conta do término do período de isenção do IVA nas
transmissões do óleo, açúcar e sabões, que aumentou o preço do produto e reprimiu a procura,
bem assim os contratos de fornecimento já estabelecidos. Portanto, com os efeitos do covid-19 os
efeitos tendem a ser duplicados. Adicionalmente, consta que a situação do covid-19 poderá
afectar o funcionamento das fábricas, por conta do fraco acesso a mão-de-obra e/ou serviços
especializados que normalmente são prestados por técnicos provenientes do estrangeiro.
Portanto, com a restrição do comércio imposta pela China por conta da propagação cada vez
mais crescente do coronavírus, os mercados alternativos, embora exista uma relativa
flexibilidade para a mudança do mercado de importações, o principal constrangimento e o facto
de que os outros mercados são menos competitivos comparativamente ao mercado chinês. Pelo
que, a reacção pode segundo reportam as empresas do sector da construção, num cenário
optimista, este cenário resulta em perdas nos negócios das empresas estimadas em cerca de 10%
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entre Janeiro e Fevereiro 2020, sob pré-anúncio de que o impacto poderá ser minimizado nos
próximos meses.
Contudo, num cenário pessimista, no qual a situação tende se a agravar pelo facto de que os
outros países apresentavam-se como alternativas para importação de matérias de construção,
como a África do sul, estivem também de portas fechadas para o comércio, em virtude da
propagação cada vez mais crescente desta pandemia.
O sector bancário está, igualmente afectado pelos efeitos do Covid-19. Isto é, uma vez que por
conta dos impactos que esta pandemia irá causar no tecido empresarial moçambicano, grande
parte dos tomadores de crédito bancários tem dificuldades de honrar com suas obrigações, sendo
que o serviço de divida de créditos bancários será uma delas. Ao analisar o impacto deste
provável cenário de incumprimento no sector bancário, torna-se duas perspectivas de
repercussão:
A descida dos preços de matérias-primas, particularmente do gás natural, poderá ter impactos no
adiamento de investimentos em Cabo Delgado, na criação de empregos e de receitas para o
Estado. Contudo, a descida do preço do petróleo pode reduzir o custo de importações,
significando menos gastos em divisas e possibilidade de constituição de reservas do Estado.
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3.10. Comércio de produtos não alimentares
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No comércio, a aquisição de bens essenciais, por parte das empresas especializadas, da
indústria alimentar e do Estado, e constituir reservas para situações de extrema gravidade
de abastecimento; Comercializar os excedentes de bens alimentares, com apoio e
garantias (indeminizações aos transportadores e condutores, sobretudo os que atravessam
zonas de risco de ataques militares); Conhecer e monitorar a localização de excedentes de
produção e de stocks de alimentos; Importar bens essenciais; Estudar e aplicar medidas
de mercado para que a produção de alimentos nas zonas fronteiriças seja comercializada
e transformada em Moçambique.
Nos transportes, deve-se assegurar o transporte de passageiros com garantias de
cumprimento do distanciamento social sem riscos, e com multas pesadas para os
incumpridores; e contratar transportadores de mercadorias para a transferência de stocks
de alimentos, medicamentos e outros bens essenciais. Para finalizar, Mosca 2020 entende
que se ponderar o adiamento o pagamento das facturas de energia e água e escalonamento
do respectivos pagamentos; Distribuir alimento em casos extremos, apenas em bairros
com população muito pobre nas periferias das cidades; Assegurar o abastecimento de
combustíveis; e Distribuir dinheiro (correspondente ao salário mínimo) a famílias sem
recursos nem negócios.
4. Resultados esperados
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A crise do Covid-19 afectou mais a economia dos países em via de desenvolvimento pelo facto
de não terem reservas de recursos financeiros e materiais e, sobretudo, adoptar políticas públicas
para as pessoas empobrecidas, de supressão da pobreza e de bolsas de fome. A crise mostra-nos
que é urgente reflectir sobre o papel e as funções do Estado na economia e na sociedade
moçambicana, evitando-se extremismos de estado mínimo e de desresponsabilização dos deveres
de Estado.
Como resultado, constatamos que a crise está a afectar sobremaneira o sector informal, onde
existem muitas pessoas que vivem de economia diária.
5. Bibliografia
www.bancomoc.mz›fm
covi-19.cta.org.mz›202/06
MOSCA, João (2020). “Covid-19: linhas gerais sobre medidas e impactos económicos
em Moçambique”. Recuperado de https://omrmz.org/omrweb/publicacoes/covid-19-
linhas-gerais/
MUSSAGY, Ibrahimo (2020). “Os efeitos do covid-19 em Moçambique: a economia em
ponto-morto”. Recuperado de
https://www.researchgate.net/publication/340502011_Os_Efeitos_do_COVID19_em_Mo
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FEIJÓ, João (2020). “Morremos do vírus ou morremos de fome? Necessidade de garantir
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a segurança alimentar da população”. Recuperado de
https://omrmz.org/omrweb/publicacoes/morremos-do-virus-ou-morremos-de-fome/
MARCONI, Marina e LAKATOS, Eva (2003). Fundamentos de metodologia científica.
São Paulo: Atlas.
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