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DA PRAIA
Carlos Augusto
2018
Índice
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
2.3 Membros........................................................................................................................... 6
BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 22
ii
Dedico a todos moçambicanos amantes da paz!
INTRODUÇÃO1
1
Carlos Augusto é graduado em Relações Internacionais e Diplomacia pelo Instituto
Superior de Relações Internacionais (ISRI) em 2015, foi mentor e presidente do Instituto de
Negociação e Gestão de Conflitos de 2013- 2016.
1
CAPITULO 1: A ASCENSÃO DO TERRORISMO NO CINTURÃO DE MOCIMBOA
DA PRAIA
Neste capítulo estuda-se o início e a ascensão do terrorismo no
cinturão de Mocimboa da Praia.
1.1 O Inicio
A primeira vez que Mocimboa da Praia foi atacada foi no dia 5 de Outubro de 2017. Desde
então, o distrito sofre ataques. Mas o dia 5 e Outubro não é o marco de nascimento deste
movimento, pois há relatos que este movimento começou a se instalar no Cinturão de
Mocimboa da Praia a sensivelmente 8 anos. Este movimento usa desde então, a capa das
mesquitas e escolas islâmicas para recrutar os seus membros. Vários são os Pais e
encarregados de educação nestes 8 anos que enviaram seus filhos para estas escolas, com o
objectivo de proporcionar uma educação digna aos seus educandos. Entretanto, O Conselho
Islâmico de Moçambique desde cedo alertou as autoridades para investigar os reais objectivos
deste movimento (Blog Macua, 20172).
2
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2017/10/ataque-em-moc%C3%ADmboa-da-praia-
ter%C3%A1-sido-caso-isolado.html, consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
2
Fonte: Africa 21 Digital (20173)
Passam sensivelmente 8 anos, que muitas crianças, que hoje já são jovens adultos foram
formadas nestas escolas. Algum deles, tidos como bons estudantes com anuência dos pais e
familiares foram concedidos bolsas de estudos para estrangeiro, como para Tanzânia dada a
sua a proximidade geográfica com Mocimboa da Praia, como ilustra o mapa acima, e também
para o Sudão, Africa de Sul e outros paises. Pressupõe-se que o movimento usou estes
espaços de islamização para recrutar e treinar membros para a formação de forças
paramilitares ou militares.
Deste modo, parece que o dia 5 de Outubro, é a fase mais avançada de fundamentalismo
deste movimento, que é caracterizada pelo terrorismo. A fase preludia, já vem a mais de seis
anos que é marcada pela cimentação da base ideológica nas populações locais. O movimento
encontrou, um terreno fértil em Mocimboa da Praia e Palma para poder recrutar novos
membros, e colocar sem grandes dificuldades a sua grande estratégia, pois em termos
históricos as populações destas regiões desde muito tiveram contacto com a cultura árabe e
islâmica.
Ainda mais, no dia 29 de Novembro de 2017, o movimento voltou a atacar. Antes do ataque
pensava-se que a ordem, segurança e tranquilidade públicas pareciam ter regressado a
Mocímboa da Praia. Assim sendo, estes ataques significam que o movimento já havia a muito
preparado a logística em armamento e outras capacidades, bem como estudado o terreno
para desencadear ataques a postos policias, e alvos civis.
3
https://africa21digital.com/2017/12/05/chefes-dos-ataques-no-norte-de-mocambique-estao-foragidos/,
consultado no dia 27 de Dezembro de 2017.
4
http://pt.rfi.fr/mocambique/20171013-novos-ataques-em-mocimboa-da-praia, Consultado no dia 24 de
Dezembro de 2017.
3
Segundo Juma Cadria, citado por Blog Macua (20175) representante da delegação de
Nampula do Conselho Islâmico de Moçambique, a presença de indivíduos com ideologias de
tendência radical tem vindo a ser registada nos últimos tempos e já tinha sido reportada ao
Governo. O que o Conselho Islâmico de Moçambique não contava é que eles enveredariam
por esta via da violência.
Emerge assim o terrorismo no Cinturão de Mocimboa da Praia. Portanto, parece que este
movimento tem metas, objectivos e alvos claros a alcançar no território nacional, em
particular na região da Bacia de Rovuma. O movimento construiu bases ideológicas, e
suporte logístico para desencadear ofensivas militares (ou armadas) a alvos civis e militares.
Dia pós dia, vai subindo casos de ataques perpetuados por este movimento no limiar dos
olhos das comunidades locais, e das autoridades estatais. Ademais, nos próximos capítulo
estuda-se Quem são? O que querem? De onde vêem? Quem os apoia? E quais as respostas
dadas a combater este movimento?
5
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2017/11/moc%C3%ADmboa-da-praia-ataques-
atribu%C3%ADdos-%C3%A0-fundamentalistas.html, consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
4
CAPITULO 2: QUEM SÃO?
Neste capítulo estuda-se o nome, estrutura e identidade deste movimento.
2.1 Nome
Ainda Não se tem efectivamente o nome deste movimento, A imprensa chegou a avançar que
o ataque teria sido perpetrado por homens pertencentes ao Al Shabaab, um grupo terrorista e
fundamentalista islâmico que actua primordialmente no sul da Somália. Entretanto, a Polícia
da Republica de Moçambique (PRM) já recusou relacionar o grupo de atacantes com o Al
Shabaab e o Administrador do Distrito, Rodrigo Puruque, também defendeu não ser Al
Shabaab (VOA, 20176).
2.2 Estrutura
Em relação a estrutura orgânica deste movimento, não se tem conhecimento se tem um
comando, isto é, órgãos de direcção, ou apenas é uma colectividade não-organizado e
esporádico. Normalmente, estes movimentos apresentam uma estrutura orgânica. Por
exemplo, o Estado islâmico e, mesmo Al-shabaab possuem uma estrutura orgânica, que
comanda todas operações da organização.
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https://www.voaportugues.com/a/mais-ataque-mocimboa-praia/4148160.html, consultado no dia 24 de
Dezembro de 2017.
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http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2017/10/ataque-em-moc%C3%ADmboa-da-praia-
ter%C3%A1-sido-caso-isolado.html, consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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dois moçambicanos, constam de um documento entregue pelo administrador ao governo
provincial de Cabo Delgado (MMO, 20178).
2.3 Membros
Quem são os membros deste movimento? Ate aqui, o que se pode constatar é que este
movimento é composto por jovens, adultos, crianças, homens e mulheres. Entretanto, este
movimento pode ter membros espalhados em todo território nacional. E dada a globalização
que permite transporte e comunicação entre as pessoas, mesmos a distância considere-se que
este movimento tem seguidores e membros na regiao da Africa Austral, Oriental e outras
partes de globo.
2.4 Identidade
Em termos de identidade, os membros deste movimento quando actuam usam burkas,
situação que lhes conecta a religião islâmica. Entretanto, este movimento em termos
declaratórios identificam-se como sendo muçulmanos, e alguns falam língua árabe, e linguais
locais. Ademais, ainda não se tem a real identidade deste movimento, mas eles revelam
identidade islâmica.
8
https://noticias.mmo.co.mz/2017/12/autoridades-identificam-supostos-lideres-de-ataques-armados-na-
mocimboa-da-praia.html, Consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2017/11/moc%C3%ADmboa-da-praia-ataques-
atribu%C3%ADdos-%C3%A0-fundamentalistas.html, consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
6
CAPITULO 3 DE ONDE VÊM?
Neste capítulo estuda-se a proveniência do movimento, onde
estruturou-se em ambiente doméstico, regional e internacional.
Entretanto, a PRM identificou dois dos líderes deste movimento, Nuro Adremane e Jafar
Alawi, que eventualmente são moçambicanos. Eles estudaram doutrinas religiosas na
Tanzânia e, Sudão onde alegadamente também receberam treinos militares e aprendem a
manusear armas de fogo e armas brancas, tudo fora do controlo das instituições formais.
Este movimento, pode surgir no território nacional, mas tem alguma raiz externa. Por
exemplo, o movimento estado islâmico surgiu no Iraque em 2007, mas surgiu depois de
cisões internas de uma subunidade de movimento Al-caeda do Afeganistão que opera no
Iraque.
Segundo Lazaro Mabunda citado por Blog Macua ( 201711 ) defende que existem bolsas de
estudos que são dadas a partir das mesquitas para moçambicanos estudarem fora. Muitos
moçambicanos já ou estudam no Sudão. No Sudão, há uma universidade que se chama
10
https://www.voaportugues.com/a/dhlakama-fala-de-cunho-politico-nos-ataques-de-mocimboa/4074861.html,
Consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
11
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2017/10/ataque-em-moc%C3%ADmboa-da-praia-
ter%C3%A1-sido-caso-isolado.html, consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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African International University que é vocacionada para a formação de estrangeiros, mas
todos os moçambicanos e estrangeiros que chegam lá têm que ser sujeitos a uma preparação
Segundo Saide Bacar, do Conselho Islâmico de Moçambique citado por VOA (201712), este
movimento tem origem também a nível da região da Africa Austral. O grupo usa a rota
Moçambique- Tanzânia – Quénia – Somália, onde actuam os extremistas radicais da Al-
Shaabab, dai a associação que é feita aos ataques de Mocímboa da Praia
Por exemplo, o estado islâmico está presente em todos Estados do globo, através das redes
sociais criadas através da plataforma internet. Através das redes socias os movimentos
conseguem recrutar novos membros, criar grupos com nome, identidade e estrutura
dinâmicas, e fazer transacções financeiras para dar suporte logístico.
12
https://www.voaportugues.com/a/dhlakama-fala-de-cunho-politico-nos-ataques-de-mocimboa/4074861.html,
Consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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CAPITULO 4: O QUE QUEREM?
Neste capítulo percebe-se os reais motivações do movimento. Onde se
percebe-se motivações geoestratégicos, religiosos, económicos,
políticos e etno-identitários.
4. 1 Interesses Geoestratégicos
Os ataques no Cinturão de Mocimboa da Praia acontecem um contexto decisivo de
prospecção e edificação da indústria petrolífera na Bacia de Rovuma. Por este contexto de
emergência deste movimento, pressupõe-se que tem como interesse controlar os recursos
naturais e energéticos localizados neste espaço.
Como resultado dos seus ataques, a empresa petrolífera Wentworth, que está a realizar
prospecção na zona, anunciou aos investidores em Novembro que adiou algumas operações
ligadas à abertura de um novo furo devido aos incidentes. Os ataques motivaram a
transferência preventiva, com recurso a helicópteros, de pessoal de empresas ligadas a
investimentos de gás natural na região, disseram no à Lusa no local fontes ligadas à operação
(MMO, 201713).
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https://noticias.mmo.co.mz/2017/12/autoridades-identificam-supostos-lideres-de-ataques-armados-na-
mocimboa-da-praia.html, Consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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religiosos. O Estado islâmico e Boko haram, por exemplo procuram promovem o islão nos
territórios conquistados (VOA, 201714).
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https://www.voaportugues.com/a/dhlakama-fala-de-cunho-politico-nos-ataques-de-mocimboa/4074861.html,
Consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
10
Por exemplo, o Estado Islâmico tende a perseguir interesses políticos, pois procuram fundar
um Estado, governado por princípios baseados em sharia. O Al-shabaad também persegue
objectivos políticos, porque aspiram conquista o poder politico na Somália, e regiões onde
operam.
15
http://noticias.infromoz.com/2017/10/27/ainda-os-ataques-mocimboa-da-praia/, consultado no dia 24 de
Dezembro de 2017.
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CAPITULO 5: COMO OPERAM?
Neste capítulo identifica-se o modus operando do
movimento, que vai desde a propaganda, táctica de
terror e guerrilha.
5.1 Propaganda
A propaganda é um dos modos operando deste movimento. Este movimento usa os
princípios pautados no islão para consciencializar e socializar as populações por onde eles
passam. Eles inculcam os seus membros a recusarem a autoridade do Estado, não aceitam
não existe ser supremo, a não ser Ala (deus). Os membros são submetidos dias e horam em
processo de recitação, e lavagem cerebral com vista a apropriarem-se das ideologias
defendida por movimento (Blog Macua, 201716).
Na região norte de Moçambique existem, segundo Juma Cadria citado por Blog Macua
(201717) Mesquitas onde são leccionadas estas ideologias, mas estão devidamente
identificadas. Esta situação de propaganda não começou recentemente, pois Já há sete ou oito
anos ocorria este fenómeno das pessoas daquela região entregarem as suas crianças para uma
formação. Entretanto, estes alunos destas mesquitas, a oito anos eram criancas, e hoje são
jovens adultos, que viveram quase a sua infância bebendo o fundamentalismo.
Por exemplo, o movimento atacou carros que transportavam membros das FADS, de seguida
com recurso a catana descortejou partes de órgãos dos agentes das FADS que garantiam a
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http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2017/10/ataque-em-moc%C3%ADmboa-da-praia-
ter%C3%A1-sido-caso-isolado.html, consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2017/10/ataque-em-moc%C3%ADmboa-da-praia-
ter%C3%A1-sido-caso-isolado.html, consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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segurança. Este acto consumado, visava causar medo e tirar a força moral dos membros das
FADS (Jornal Verdade, 201718).
Pelo menos dois agentes da polícia foram alvejados mortalmente, durante um ataque
registado na madrugada registado na madrugada desta quinta-feira, no distrito da Praia, em
Cabo Delgado. Segundo a Polícia, cerca de 30 homens armados atacaram, em simultâneo, o
Comando Distrital de Mocímboa da Praia, o Posto de Controlo de Awasse e a segunda
Companhia da Polícia de Protecção de Recursos Naturais e Meio Ambiente naquele distrito
(O Pais, 201719).
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http://www.verdade.co.mz/nacional/63635-grupo-armado-mata-lider-comunitario-no-ataque-a-mocimboa-da-
praia-, consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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http://opais.sapo.mz/dois-policias-morrem-em-ataques-armados-em-mocimboa-da-praia, consultado no dia 24
de Dezembro de 2017.
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CAPITULO 6: QUEM APOIA?
Neste capítulo, compreende-se a base de sustentabilidade deste
movimento, que vai desde apoios internos, regionais e
internacionais.
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http://www.verdade.co.mz/nacional/63635-grupo-armado-mata-lider-comunitario-no-ataque-a-mocimboa-da-
praia-, consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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6.2 Apoios Regionais
Na região este movimento pode ter apoio de uma unidade estatal e um actor não-estatal.
Apoio de uma unidade estatal, significa que este movimento tem apoio em capacidades
militares de um Estado da região da Africa Austral, ou mesmo de Africa Oriental. Em
relação ao apoio não-estatal, significa que este movimento tem apoio de movimentos,
indivíduos e grupos que partilham algum interesse comum na regiao da Africa Austral, e/ou
Oriental.
Mesmo analisando, o grau de amizade e inimizade entre os paises de Africa Austral, embora
os conflitos estejam sempre presentes considera-se que os paises têm partilham relações
cordiais entre si. Não obstante, na regiao a Tanzânia é o Estado predisposto a cooperar e ao
mesmo tempo a entrar em escalada de conflito violento com Moçambique, porque a placa
tectónica da Bacia de Rovuma liga estes dois Estados. Logo, apesar de ambos serem
soberanos, pressupõe-se que há uma percepção por parte da Tanzânia, de que Moçambique
deve partilhar os dividendos do gás natural de Rovuma, por causa deste continuidade
geográfica.
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Em relação ao terrorismo não-estatal, são actos de terror preparados e executado por um
movimento, sem influência de qualquer unidade estatal. Neste caso, os ataques em Mocimboa
da Praia tem apoio de um movimento, que opera com autonomia e interesses próprios. Não
menos importante, os ataques terroristas, apesar de ser perpetuados em territórios locais,
normalmente tem alguma ligação internacional. A globalização permite a conectividade entre
os movimentos terroristas que partilham mesmos valores localizados em diversos paises e
continentes.
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CAPITULO 7: RESPOSTAS NACIONAIS, REGIONAIS E INTERNACIONAIS
Neste capítulo percebe-se as reacções nacionais, regionais e
internacionais para fazer face a este movimento.
Portanto, alguns membros da comunidade local, como se viu acima alertavam as autoridades
antes dos ataques, os riscos que este movimento representava para a segurança pública, e até
a segurança nacional, mas as respostas dadas atempadamente não foram suficientes
susceptíveis de conter a escalada de violência.
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a emergência deste movimento nas fronteiras nacionais. A comunidade condena os ataques
deste movimento, e defende que apesar de eles aparentarem professar a religião islâmica, os
seus actos são contra os princípios preconizados no alcorão.
7.2.1 SADC
A SADC, ainda não tomou uma posição pública relacionada com os ataques deste
movimento, mas o presidente da Republica, deslocou-se a Tanzânia a procura de
entendimento sobre este fenómeno. Ademais, avança-se também uma parceria tripartido,
envolvendo Moçambique, Malawi e Tanzânia para conter este movimento.
Os Estados membros de SADC, estão conectados por acordos de segurança colectiva, que
permite a organização intervir em prol de defesa e segurança de um Estado membro em caso
de agressão e invasão. Entretanto, o Estado agredido deve solicitar a pronta intervenção deste
organismo, pois reveste-se de soberania, o que significa a dimensão e intensidade de reacções
da SADC depende mais do ensejo de Moçambique.
Entretanto, apesar dos ataques a região onde se tem o fluxo de investimento das suas
multinacionais, ainda não tomou um posicionamento claro em relação a emergência deste
movimento.
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7.3 Resposta Internacionais
As respostas internacionais são estruturadas em respostas dos Estados Unidos, Italia, China,
Rússia e as Nações Unidades
Deste modo, os ataques deste movimento ferem e coloca em causa o interesse nacional de
ambos paises, dado a magnitude do seu investimento. Para alem, disto estes ataques colocam
em causa a segurança energética, pois fragilizar a produção, transporte e distribuição de gás
natural no mercado domestico e internacional.
De um modo geral, o posicionamento dos EUA e Italia, e Rússia e China pode ser pelo facto
de Moçambique ser um Estado soberano. Este posicionamento, reflecte o paradigma
tradicional das relações internacionais (RI’s), que tem a ver com a não interferência nos
assuntos domésticos doutros Estados, mas os novos paradigmas das RI’s trazem o principio
de responsabilidade de proteger, que permite os Estados intervierem em outros Estados sob
pretexto de defender os direitos humanos , mesmo sem o consentimento e autorização do
Estado agredido.
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CONCLUSÃO E SUGESTÕES
Conclusão
Em relação a questão quem apoia, também não se tem um conhecimento exacto de apoio em
capacidades, que sustentam este movimento. Em relação a questão como operam, constatou-
se que eles usam a propaganda, táctica de terror e guerrilha. Em relação as respostas dadas
contra o movimento, pesam mais respostas domésticas que regionais, e internacionais.
Recomendações
No primeiro capítulo deste capítulo aludiu-se que alguns membros destes movimentos
pertencem/ eram alunos de confissões e escolas de índole religiosa. Deste modo, as
instituições do Estado devem com robustez fiscalizar e monitorar a abertura de seitas
religiosas, para atempadamente evitar o fundamentalismo. O controlo e fiscalização, não
significa impedir que os cidadãos deixem ou parem de professar uma religião, mas sim
regular as suas acções, para que se possa viver em coexistência pacífica.
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Alguns membros deste movimento podem penetrar nas fronteiras limítrofes através de
suborno dos agentes e funcionários de Estado. Entretanto, o acto de corrupção impulsiona o
fluxo de entrada e saída de pessoas, cujas condutas e interesses são desconhecidos.
Face a prospecção de gás natural, é expectável que se constrói uma politica e estratégia de
segurança energética de Moçambique, em particular da Bacia de Rovuma, para antecipar as
ameaças militares e não militares contra a produção, transporte, armazenamento e
distribuição de gás natural.
O terrorismo ainda é difícil de prevenir e prever o seu surgimento e ascensão, mas se pode
prever e reduzir as causas do seu nascimento, até que dada a vulnerabilidade e riscos do
Cinturão de Mocimboa da Praia já se previa estes acontecimentos.
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BIBLIOGRAFIA
Africa 21 Digital (2017): Extremistas continuam ataques no norte de Moçambique
https://africa21digital.com/2017/12/05/chefes-dos-ataques-no-norte-de-mocambique-
estao-foragidos/, consultado no dia 27 de Dezembro de 2017.
Blog Macua (2017): Ataque em Mocímboa da Praia terá sido “caso isolado”
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2017/10/ataque-em-
moc%C3%ADmboa-da-praia-ter%C3%A1-sido-caso-isolado.html, consultado no dia
24 de Dezembro de 2017.
http://noticias.infromoz.com/2017/10/27/ainda-os-ataques-mocimboa-da-praia/.consultado no
dia 24 de Dezembro de 2017.
Jornal Verdade (2017): Grupo armado mata líder comunitário no ataque à Mocímboa da
Praia http://www.verdade.co.mz/nacional/63635-grupo-armado-mata-lider-
comunitario-no-ataque-a-mocimboa-da-praia-, consultado no dia 24 de Dezembro de
2017.
http://opais.sapo.mz/dois-policias-morrem-em-ataques-armados-em-mocimboa-da-
praia, consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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VOA (2017): Dhlakama fala de “cunho político” nos ataques de Mocímboa da Praia
https://www.voaportugues.com/a/dhlakama-fala-de-cunho-politico-nos-ataques-de-
mocimboa/4074861.html, Consultado no dia 24 de Dezembro de 2017.
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