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1.

INTRODUÇÃO

O Presente trabalho tem como tema: O presente projecto tem como tema: As Fontes de
Financiamento e Logísticas dos Grupos Terroristas em África: O caso o Al-shabab que actua em
Cabo Delgado. O terrorismo é um problema que transcende as fronteiras de um Estado de tal
forma que o debate académico e político tem sido prolífero nos últimos anos sobre um tema que
se tornou de máxima actualidade, até porque o número de incidentes registados em diferentes
países tem aumentado. A pesquisa procurará responder a questão relativa as fontes de
financiamento e logística do grupo terrorista que actua em Cabo Delgado.
Para responder a questão foram construídos quatro objectivos, um geral e três específicos,
no que se refere ao objectivo geral procurar-se-á compreender como é feito o financiamento e a
logística do grupo terrorista que actua em África, ter-se-á como objectivos específicos, definir o
conceito de terrorismo, contextualizar as origens do grupo Terrorista Al-shabab, apresentar os
possíveis locais de treinamento do grupo explicar as prováveis causas do terrorismo em Cabo
Delgado.

1.1. Contexto

África tem sido historicamente um continente conturbado. Se a partir dos anos 40


começou a se livrar das amarras do colonialismo, os anos seguintes foram caracterizados por
vários conflitos intra-estatais ou guerras civis do período pós-independência que muitas vezes
estiveram associados a factores identitários e questões de recursos naturais. A partir do ano 2000
um novo fenómeno começou a predominar e a caracterizar a já complexa estrutura de conflitos
no continente, o terrorismo. Sobretudo com a emergência de dois grandes grupos, o Boko Haram
e o Al-Shabaab, na Nigéria e Somália, respectivamente. Se o espectro do terrorismo parecia
circunscrever-se às contiguidades dos dois Estados hospedeiros destes dois movimentos, o ano
de 2017 mostrou que o terrorismo poderia estar mais próximo de Moçambique do que se podia
imaginar.
Isso se revelou com os ataques nos dias 5 e 6 de Outubro de 2017 a três postos de polícia
na região nortenha de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado um cinturão estratégico para o
desenvolvimento do Estado moçambicano por indivíduos que se supõe serem de orientação
islâmica radical. Diante desta situação, principalmente tomando em conta a insegurança e
instabilidade política que têm caracterizado a Nigéria e a Somália com a existência de
1
movimentos terroristas, é natural que emirjam questões, particularmente relacionadas à
identidade e proveniência do grupo que protagonizou os ataques em Mocímboa da Praia, suas
reais capacidades, modus operandi e outras.

Como foi previamente mencionado, nos dias 5 e 6 de Outubro de 2017 houve ataques em
Mocímboa da Praia que se estendem por 2018 contra esquadras policiais e alvos civis. Tais
ataques, conduzidos por um grupo de homens armados e com vestes islâmicas, resultaram na
morte do Director Nacional de Reconhecimento da Unidade de Intervenção Rápida (UIR),
homens da Polícia da República de Moçambique (PRM) e de civis, destruição de residências da
população (cerca de 50 famílias desabrigadas), vandalização de igrejas e suspensão da ordem
pública na Vila de Mocímboa da Praia, ruas desertas e interrupção do trânsito para e de
Mocímboa da Praia (Beúla, 2017). Esta situação exigiu uma presença e intervenções continuadas
das forças policiais em Mocímboa da Praia, sendo a última e de grande vulto a que ocorreu em
Março de 2018 e que resultou na apreensão de sete armas de fogo, 554 munições de pistola,
AK47 e de viaturas que eram usadas nas incursões (Jornal Notícias, 2018).

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral

Compreender como é feito o financiamento e logística do grupo terrorista que actua em


África no geral e particularmente em Cabo Delgado

1.2.2. Objectivos Específicos

Definir o conceito de terrorismo;


Descrever as causas do Terrorismo em África
Explicar as prováveis causas do terrorismo em Cabo Delgado
Contextualizar as origens do grupo Terrorista Al-shabab;
Apresentar os possíveis locais de treinamento do grupo;

1.3. Problematização

O terrorismo é um fenómeno antigo e uma forma de combate levada a cabo por grupos
armados e organizados. Sua luta muitas vezes se esconde por detrás de justificações religiosas,

2
estes grupos de apresentam como mensageiros do islamismo querendo combater os infiéis,
aqueles que não aceitam a religião islâmica como única e mais pura. Existem três grandes ramos
religiosos no mundo, o cristianismo de Jesus, o Judaismo de Abraão e Moisés e Islamismo do
Profeta Mahomé. No entanto suas praticas se afastam aquilo que seriam na generalidade práticas
religiosas e o estilo de vida que Deus pretende.
Alguns grupos são tão fortes e tão bem armados que chegam a enfrentar exércitos
organizados, serviços de inteligência altamente equipados e preparados para pesquisar e
encontrar quase qualquer coisa, no entanto, tem dificuldade de encontrar os líderes destes grupos,
estes grupos como o Al-shabab que actua em Cabo Delgado tem recursos que parecem ser
infinitos, tanto matérias como financeiros. É de se imaginar que manter um grupo como este a
confrontar um governo e seu exército por muito tempo deve ser algo que custa muito dinheiro e
pressupões a existência de uma base de treinamento e logística muito forte.
Esta situação levanta uma curiosidade ligada ao facto de que quando se retiram algum
lugar se escondem seja dentro do país, em países vizinhos ou outro, facto difícil é que estes
grupos precisam de uma base logística que pensa-se estar fora de Moçambique, em algum dos
países que fazem fronteira a norte com o nosso país. Existe muita informação sobre prováveis
causas do terrorismo, suas motivações e até como estes grupos se mantem logística e
financeiramente, mas pouca informação se tem para o caso em concreto de Moçambique, sem
logística e financiamento o terrorismo se torna frágil como qualquer outro fenómeno. Os estados
cooperam para combater o fenómeno, no entanto este parece resistir a toda esta estratégia e
continua se alimentando e financiando de forma clandestina. Diante disto, pretende-se perceber:
Qual a fonte de financiamento e logística do grupo terrorista que actua em Cabo Delgado?

1.4. Hipóteses

Governos com interesse nos recursos naturais descobertos em Cabo Delgado podem ser a
fonte de financiamento;
Países vizinhos que têm relações diplomáticas não saudáveis com Moçambique podem
ser a base logística do grupo terrorista que actua em Cabo Delgado;
Empresas e empresários no ramo de Hidrocarbonetos que pretendem explorar a zona
podem ser fonte de financiamento

3
1.5. Justificativa

Entender as fontes de financiamento e logísticas dos grupos terroristas em África, como o


Al-Shabaab em Cabo Delgado, é crucial para abordar eficazmente essa ameaça complexa. A
justificativa para explorar esse tema reside no facto de que conhecer as fontes de financiamento e
logística fornece informações valiosas sobre as vulnerabilidades do grupo. Permitindo que as
forças de segurança e os governos desenvolvam estratégias mais eficazes para interromper o
fluxo de recursos e desmantelar suas operações.

1.6. Delimitação Espacial e Temporal (2017-2022)


a) Delimitação Espacial

Esta pesquisa terá como objecto de estudo o Estado moçambicano em particular e África
no geral, a escolha tem a ver mesmo por questões patrióticas.

b) Delimitação Temporal

O marco temporal optado nesse estudo foi o período compreendido entre 2017 foi o ano
marcado pelos primeiros ataques terroristas e 2022 marcado pela tomada e assalto a esquadras
onde se roubo armamentos.

1.6. Estrutura do Projecto

O projecto está dividido em três partes, a primeira apresentará a introdução, a segunda a


Fundamentação Teórica ou Quadro Teórico e a terceira as Metodologias a serem utilizadas.

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CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA

Nesta secção far-se-á um levantamento das fontes teóricas com o objectivo de elaborar a
contextualização da pesquisa e seu enquadramento teórico, o qual fará parte do referencial da
pesquisa. Iniciar-se com o quadro conceptual e de seguida, serão descritas as causas do
Terrorismo em África e em Moçambique concretamente em Cabo Delgado, far-se-á a
contextualizar as origens do grupo Terrorista Al-shabab, apresentar-se-á os possíveis locais de
treinamento do grupo e por fim compreender como é feito o financiamento e logística do grupo
terrorista que actua em África no geral e particularmente em Cabo Delgado.

2.1. Discussão de conceitos

2.1.1. Terror

O radical “terror”, cuja derivação sintáctica originou a expressão terrorismo, teria


aparecido pela primeira vez no idioma francês (terreur) em 1335,para designar “um medo ou
uma ansiedade extrema correspondendo, com mais frequência, a uma ameaça vagamente
percebida, pouco familiar e largamente imprevisível”. No Dicionário de Política, organizado por
Bobbio, Bonaparte entender por terror o instrumento de emergência a que um governo recorre
para manter-se no poder (Bonanate, 1986).

2.1.2. Terrorismo

O terrorismo geralmente envolve violência física ou psicológica contra alvos não


combatentes, seleccionados ou aleatórios, É uma forma instrumental de impor o medo sobre um
povo, um governo ou um Estado, mas a sua definição é controversa e, em sua consequência,
extensivamente debatida1.
Lutz e Lutz (2013: 275) preferem esquivar-se de definir o conceito de terrorismo
trazendo elementos constitutivos do mesmo. Assim, para estes autores o terrorismo deve
considerar 6 elementos essenciais:
O uso da violência ou ameaça do uso da mesma;
Por um grupo organizado;

1
DUPUY, Pierre-Marie (2004). “State Sponsors of Terrorism: Issus of Responsibility”, in: BIANCHI, Andrea (Ed.),

5
Para atingir objectivos políticos;
A violência é direccionada à uma audiência que vai para além das vítimas imediatas, que
são maioritariamente civis inocentes;
Tanto o governo como um outro grupo pode perpetrar o terror, mas só é considerado
terrorismo quando não se trata do primeiro;
O terrorismo é a arma dos fracos

2.1.3. Segurança

A palavra “segurança” tem origem no latim, língua na qual significa “sem preocupações”,
e cuja etimologia sugere o sentido “ocupar-se de si mesmo” (se+cura) (Matos, 2005?). O debate
sobre este conceito não é novo. Aliás, “este é um conceito que não consegue consenso
internacional, sendo definido de diversas formas, de acordo com a escola interpretativa, com a
região geográfica, país, etc. No fundo, é um conceito contestado, ambíguo, complexo, com fortes
implicações políticas e ideológicas” (Garcia, 2006: 341). Parece, no entanto, haver consenso em
que a segurança implica a libertação de ameaças em relação a valores centrais, sendo também
comum associar ao conceito uma certa ausência de risco e previsibilidade e certeza quanto ao
futuro.
Em toda a tentativa séria de definição da segurança é aceitável a existência de um
mínimo de três parâmetros: a segurança implica para toda a comunidade a preservação dos seus
valores centrais; a ausência de ameaças contra a comunidade; e formulação de objectivos
políticos pela comunidade. Pode assim compreender-se como “a ausência de ameaças militares e
não militares que pudessem pôr em causa os valores centrais que uma pessoa ou uma
comunidade querem promover, e que implicassem um risco de utilização da força” (David, 2000:
27).

2.1.4. Logística

Logística se refere ao planeamento, implementação e controle eficiente do fluxo de bens,


informações e recursos, desde o ponto de origem até o ponto de destino, com o objectivo de
atender às necessidades dos clientes ou das operações. A logística envolve uma série de
actividades interconectadas que garantem que os produtos estejam disponíveis no momento e no

6
local certos, enquanto optimizam os custos e a eficiência. As actividades logísticas podem incluir
Aquisição de Recursos, Transporte, Comunicações, Esconderijos e Bases (Couto, 1988; p. 329).

2.1.5. Financiamento

Financiamento refere-se à provisão de recursos financeiros, como dinheiro ou capital,


para apoiar uma determinada actividade, projecto, organização ou empreendimento. É o processo
de fornecer os fundos necessários para cobrir despesas, investimentos ou operações específicas.
O financiamento pode vir de várias fontes, incluindo indivíduos, instituições financeiras,
investidores, governos, organizações sem fins lucrativos e até mesmo entidades ilícitas, como
grupos criminosos ou terroristas. Financiamento é a alocação de recursos financeiros para apoiar
actividades específicas. (Duarte et al., 1999:1072).

2.2. As Causas do Terrorismo em África e Cabo Delgado

Quando se aborda sobre o Terrorismo em África, confrontase quase com frequência com
um reducionismo histórico por parte de alguns autores, como Bolaji (2010, pp. 207-2223), que
narram sobre a existência do fenómeno no continente como algo que remonta ao ano de 1993
com a morte de 18 soldados americanos, em Mogadíscio, na Somália, durante um ataque levado
a cabo contra a Missão de Paz da ONU, na Somália, (UNISOM).
A questão do terrorismo é um fenómeno mais antigo do que reporta, seus registos
históricos como recurso de poder político nos indicam que remonta aos anos 1400, com as
tentativas de colonização e doutrinamento dos povos africanos por parte das potências europeias.
Neste contexto, os colonos intimidaram e assassinaram os africanos, criaram uma desordem no
seu estado de existência e forçaram as comunidades a viver em constante estado de medo,
através de penas duras que eram impingidas contra os povos locais de modo a compeli-los a
satisfazer interesses dos poderes coloniais (Adhengo, 2010: 564).

2.2.1. Determinantes Específicos do Terrorismo em África

2
Duarte, et al. (1999). A Criatividade Estratégica da Al-Qaeda. Nação e Defesa, pp. 158-179.
3
Bolaji, K, A. (2010). Preventing Terrorism in West Africa: Good Governance or Collective Security? Journal of Sustainable Development in
Africa. Volume 12. Clarion University of Pennsylvania.
4
Adhengo, B. (2010) Debating Global Terrorism: Ethical Implications for Africa’s Development. EEIU Nabuur.

7
Debater os determinantes do extremismo islâmico no continente é quase um processo
ordinário pela frequência de vezes que emerge nos debates públicos, de políticos e de
académicos, mas, principalmente, devido à pretensão de generalização com que se pretende
argumentar, às vezes, escamoteando a natureza específica dos grupos que operam em cada ponto
de África. Entretanto, se cada grupo ou movimento terrorista deve ser olhado com
especificidade, há características generalizáveis que o continente possui e que nos podem servir
de farol para entender o porquê da eminência desta forma de violência em África e a facilidade
com que cruza fronteiras, deixando de ser um problema localizado de um Estado para se tornar
num problema regional. Nestes termos, abaixo são indicados alguns determinantes a saber:

Estados Frágeis e/ou Estados falhados - não provê segurança doméstica ou serviços
públicos básicos aos seus cidadãos, bem como tem falta do monopólio do uso da força
(Devlin-Foltz, 20105).
Intolerância Religiosa - A religião é uma das variáveis mais determinantes na
emergência do terrorismo no continente, particularmente, a islâmica. Isto porque cerca de
1/3 da população africana, uns 800 milhões, professa a religião islâmica. Dos 20 Estados
considerados de “Alto-risco”, pelo Failed States Index, ou Índice de Estados Falhados,
em português, 12 estão em África e têm uma população com mais de 1/3 professando a
religião islâmica.
Problemas de tribalismo e fraca governança - A esta situação agrega-se o tribalismo
que cria fissuras profundas e internas no interior dos Estados e que são agravadas por
uma fraca governança, predominantemente marcada por corrupção e clientelismo.
(Ibdem)

2.3. As origens do grupo Terrorista Al-shabab

Com ligações à Al-Qaeda. Seu nome significa "A Juventude" ou "Os Jovens" em árabe.
O grupo se formou em meados dos anos 2000, mas ganhou destaque significativo em anos
posteriores devido às suas actividades violentas e sua busca por impor uma interpretação
rigorosa da lei islâmica, conhecida como Sharia. (Silva et al., 2016, p. 16).
5
Devlin-Foltz, Z. (2010). Africa’s Fragile States: Empowering Extremists, Exporting Terrorism. African Center for Strategic Studies: Africa
Security Brief, pp. 1 - 8.
6
Silva, Y. d., Santos, J. d., Parenti, M. C., & Santos, R. (2016). A Somália e o Al-Shabaab. Observatório de Conflitos Internacionais, 3, pp. 1-8.

8
2.3.1. A formação e evolução do Al-Shabaab

A formação e evolução do Al-Shabaab podem ser contextualizada de acordo com (Silva


et al., 2016, p. 2) da seguinte maneira:
Situação na Somália: Após a queda do regime do presidente Siad Barre em 1991, a
Somália entrou em um período de instabilidade política, conflitos armados e falta de
governo central. A falta de governança efectiva permitiu que grupos armados se formasse
e ganhassem influência em várias partes do país.
Influência da Al-Qaeda: No início dos anos 2000, a Al-Qaeda começou a expandir sua
influência e presença em regiões fora do Oriente Médio, incluindo a África. Grupos
locais começaram a formar alianças e buscar apoio da Al-Qaeda. O Al-Shabaab,
inicialmente uma milícia islâmica que operava na Somália, gradualmente se aproximou
da Al-Qaeda e adoptou sua ideologia radical.
Ascensão do Extremismo Islâmico: À medida que o Al-Shabaab crescia, ele se tornou
mais radicalizado, adoptando uma interpretação radical da Sharia. O grupo começou a
realizar ataques terroristas e a combater as forças do governo somali, bem como forças de
paz da União Africana (AMISOM) que estavam na Somália para estabilizar a situação.
Declarando Lealdade à Al-Qaeda: Em 2012, o Al-Shabaab oficialmente declarou sua
lealdade à Al-Qaeda, tornando-se um afiliado reconhecido do grupo terrorista global. Isso
aumentou sua visibilidade e trouxe um foco internacional para suas actividades.
Ataques e Influência Regional: O Al-Shabaab realizou uma série de ataques
devastadores na Somália e também em países vizinhos, como Quénia e Uganda, em
retaliação pelo envolvimento de suas tropas na AMISOM. Seus ataques foram
caracterizados por sua brutalidade e destaque na mídia internacional.
Controle de Território e Financiamento: Por um tempo, o Al-Shabaab conseguiu
controlar partes significativas do território somali, incluindo áreas rurais e cidades. Eles
também obtiveram financiamento por meio de várias fontes, incluindo extorsão, tráfico
ilegal e taxação em áreas sob seu controle.
Esforços Internacionais de Combate: Ao longo dos anos, houve esforços significativos
por parte das forças somalis, da AMISOM e de outros atores internacionais para
enfraquecer o Al-Shabaab e restaurar a estabilidade na Somália.

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2.2.2. Fontes de Financiamento e Logística do Grupo Terrorista que actua em África e
Cabo Delgado

O grupo terrorista que atua em Cabo Delgado, Moçambique, frequentemente referido


como "grupo insurgente" ou "grupo jihadista", é afiliado ao Estado Islâmico (ISIS). Embora os
detalhes específicos das fontes de financiamento e logística do grupo possam evoluir ao longo do
tempo, aqui estão algumas das possíveis fontes de apoio que grupos terroristas desse tipo podem
explorar incluem dois aspectos segundo relatam Habibe, et al (2018), o financiamento e
logística. No que diz respeito ao financiamento, o autor destaca:

Tráfico de Drogas e Contrabando: Grupos insurgentes frequentemente se envolvem no


tráfico de drogas, como a cocaína da América Latina, ou no contrabando de produtos
ilícitos, como armas e materiais valiosos, para financiar suas operações.
Extorsão e Taxação: O grupo pode impor impostos e taxas às comunidades locais,
empresas e operações ilegais para arrecadar dinheiro. Essa táctica é uma maneira de gerar
recursos financeiros regulares.
Mineração Ilegal: Se a região tiver recursos naturais valiosos, como minerais, grupos
insurgentes podem se envolver em mineração ilegal para vender esses recursos no
mercado negro.
Sequestros e Resgates: O sequestro de indivíduos, incluindo trabalhadores estrangeiros
ou locais, pode levar ao pagamento de resgates substanciais.
Doações e Financiamento Estrangeiro: Grupos extremistas podem receber doações de
simpatizantes estrangeiros ou de organizações com interesses semelhantes.
Actividades Económicas Ilícitas: Isso inclui actividades como contrabando de artefactos
culturais, tráfico de seres humanos ou qualquer actividade ilegal que possa gerar lucro.

No que concerne a questões logísticas, os autores destacam:

Clandestinidade e Disfarce: Grupos terroristas frequentemente operam


clandestinamente, escondendo suas actividades e membros em áreas remotas ou densas, o
que requer habilidades de camuflagem e evasão.

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Comunicações Criptografadas: O uso de tecnologias de comunicação criptografada
dificulta o monitoramento das comunicações do grupo, permitindo a coordenação das
operações.
Infra-estrutura de Refúgio: O grupo pode estabelecer bases, campos de treinamento e
esconderijos em áreas inacessíveis ou mal monitoradas para planejar e lançar ataques.
Exploração de Rotas de Contrabando: Rotas já estabelecidas para o contrabando de
armas, drogas ou outras mercadorias ilegais podem ser aproveitadas para movimentar
recursos.
Recrutamento e Identificação de Alvos: A logística também envolve identificar e
recrutar novos membros, além de seleccionar alvos para ataques.
Financiamento e Distribuição de Recursos: A gestão de recursos financeiros, como o
repasse de fundos para diferentes células do grupo, é uma parte importante da logística.

2.2.3. Os Possíveis Locais de Treinamento do Grupo Al-shabab

O Al-Shabaab é um grupo extremista islâmico que opera principalmente na Somália, mas


também pode ter presença em áreas vizinhas, como Quénia, Etiópia e outros países do leste da
África. Ao longo dos anos, o grupo estabeleceu campos de treinamento em vários locais para
treinar seus membros em tácticas militares, operações de guerrilha e doutrina jihadista. Lembre-
se de que a situação pode mudar com o tempo, e a localização exacta dos campos de treinamento
pode variar de acordo com as circunstâncias e as actividades em curso. Segundo Alguns
possíveis tipos de locais de treinamento incluem:

CAPÍTULO 3: METODOLOGIA

11
Nesta parte apresentar-se a metodologia que servirá de suporte a pesquisa, nestes termos
apresentamos o conceito de método, a classificação da pesquisa, os métodos usados, as técnicas
de recolha de dados.

3.1. Método Científico

Para Gil (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e


técnicos utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento
científico, é necessária a identificação dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o
método que possibilitou chegar ao conhecimento. Segundo o autor, já houve época em que
muitos entendiam que o método poderia ser generalizado para todos os trabalhos científicos.

3.1.1. Metodo Histórico

De acordo com Lakatos e Marconi (2006, p.34), consiste em investigar acontecimentos,


processos e instituições do passado para verificar sua influência na sociedade de hoje. Neste
contexto o método histórico é pertinente, pois oferece um acervo histórico em torno da tematica.

3.1.2. Método Monográfico,


Na perspectiva do Silva (2001, p.55), trata-se de uma pesquisa de campo que se caracteriza
por ser o estudo de uma unidade, ou seja, de um grupo social, uma instituição entre outros, com
objectivo de compreende-los em seus próprios termos.

3.2. Classificação da Pesquisa


3.2.1. Pesquisa quanto aos Objectivos

Quanto aos objectivos, de acordo com Gerhardt e Silveira (2009, p.357) a pesquisa pode ser
exploratória, descritiva ou explicativa.

a) Pesquisa exploratória - de acordo com Gil (2002) “estas pesquisas têm como objectivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito
ou a constituir hipóteses, pesquisando conhecimentos existentes, mas não suficientemente
documentados num determinado local”. Objectiva-se familiarizar com o problema, com
7
Gerhardt, T, E e Silveira, D, T. (2009) Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS

12
vistas a torná-lo mais explícito e construir hipóteses. Aprimora as ideias. Geralmente
envolvem (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevista com pessoas com experiências
práticas com o problema analisado e (c) análise de exemplos que “estimulam a
compreensão”.
b) Pesquisa Descritiva - A pesquisa descritiva exige do investigador uma série de
informações sobre o que deseja pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos
e fenómenos de determinada realidade (Triviños, 1987). São exemplos de pesquisa
descritiva: estudos de caso, análise documental, pesquisa ex-post-facto. Para Triviños
(1987, p. 112), os estudos descritivos podem ser criticados porque pode existir uma
descrição exacta dos fenómenos e dos fatos. Estes fogem da possibilidade de verificação
através da observação. Ainda para o autor, às vezes não existe por parte do investigador
um exame crítico das informações, e os resultados podem ser equivocados; e as técnicas
de colecta de dados, como questionários, escalas e entrevistas, podem ser subjectivas,
apenas quantificáveis, gerando imprecisão.
Para este trabalho, escolhe-se a pesquisa exploratória porque envolvem (a) levantamento
bibliográfico; (b) entrevista com pessoas com experiências práticas com o problema analisado e
(c) análise de exemplos que “estimulam a compreensão”.

3.2.2. Quanto à Natureza


a) Pesquisa Básica - Objectiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da Ciência,
sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais.
b) Pesquisa Aplicada - Objectiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à
solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. (Gerhardt e
Silveira, 2009, pp. 34-35)
Para este trabalho, escolhe-se a pesquisa básica, objectiva-se trazer algum conhecimento
novo, embora que não tenha aplicação imediata na solução de algum problema

3.2.3. Pesquisa quanto a Abordagem

Quanto a abordagem, a pesquisa pode ser quantitativa ou qualitativa como é o caso da


nossa. A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o
aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc. Os pesquisadores

13
que adoptam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um modelo único de
pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que
pressupõe uma metodologia própria. Assim, os pesquisadores qualitativos recusam o modelo
positivista aplicado ao estudo da vida social, uma vez que o pesquisador não pode fazer
julgamentos nem permitir que seus preconceitos e crenças contaminem a pesquisa (Goldenberg,
1997, p. 34).
A pesquisa é qualitativa, pois não requer uso de métodos e técnicas estatísticas. Busca-se
explicar o porquê das coisas.

3.2.3. Classificação Quanto aos Procedimentos Técnicos

De acordo com Fonseca (2002), a pesquisa possibilita uma aproximação e um


entendimento da realidade a investigar, como um processo permanentemente inacabado. Ela se
processa através de aproximações sucessivas da realidade, fornecendo subsídios para uma
intervenção no real. De entre vários escolhe-se o procedimento bibliográfico e documental.
a) A pesquisa bibliográfica - é feita a partir do levantamento de referências teóricas já
analisadas, e publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros, artigos
científicos, páginas de websites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa
bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto.
Existem porém pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa
bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objectivo de recolher
informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a
resposta (Fonseca, 2002, p. 32).
Para Gil (2007, p. 44), os exemplos mais característicos desse tipo de pesquisa são sobre
investigações sobre ideologias ou aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca
de um problema.
b) Pesquisa Documental - A pesquisa documental trilha os mesmos caminhos da pesquisa
bibliográfica, não sendo fácil por vezes distingui-las. A pesquisa bibliográfica utiliza
fontes constituídas por material já elaborado, constituído basicamente por livros e artigos
científicos localizados em bibliotecas. A pesquisa documental recorre a fontes mais
diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como: tabelas estatísticas,
jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas,

14
tapeçarias, relatórios de empresas, vídeos de programas de televisão, etc. (Fonseca, 2002,
p. 32).

3.4. Técnicas e Instrumentos de Colecta de Dados


3.4.1. Técnicas de Colecta de Dados

As técnicas de colecta de dados são um conjunto de regras ou processos utilizados por


uma ciência, ou seja, corresponde à parte prática da colecta de dados (Lakatos & Marconi, 2001).
Durante a colecta de dados, diferentes técnicas podem ser empregadas, sendo mais utilizados: a
entrevista, o questionário, e a observação.

3.4.2. Entrevista

Para recolher os dados nesta pesquisa aplicou-se a entrevista. A entrevista, segundo


Marconi e Lakatos (2003, p.195), consiste em um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma
delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversa de
natureza profissional. É um procedimento utilizado na investigação social, para a colecta de
dados ou para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social. Os questionários
respondidos pelos informantes chave foram antecedidos por uma explicação dos objectivos da
pesquisa e pela assinatura do Termo e Consentimento Livre Esclarecido (TCLE).
Para o presente estudo, foi usar-se-á um questionário misto, isto é, que comporta um
certo número de perguntas abertas e fechadas para explorar informações. Esta ideia de combinar
o questionário de perguntas abertas e fechadas é de permitir a obtenção de informações do
entrevistado e a necessidade de aprofundar as opiniões e, sobretudo, pelo facto de permitir que o
entrevistado tenha mais liberdade de resposta.

3.5. População e Amostra da Pesquisa


3.5.1. Universo

O universo, ou população, é o conjunto de elementos que possuem as características que


serão objecto do estudo, (Vergara, 1997). A População é de 15 docentes e pesquisadores.

3.5.2. Amostra

15
A amostra, ou população amostral, é uma parte do universo escolhido, seleccionada a partir
de um critério de representatividade. (Ibdem) Opções e critérios de selecção da amostra, temos os
critérios de inclusão e exclusão, os critérios de inclusão foram bastante mais latos, a saber: (1)
Ser professor Universitário. (2) Encontrar-se a exercer a profissão. (3) Ser especialista em
Ciência Política ou Relações Internacionais. Seguindo os critérios acima mencionados,
seleccionamos uma amostra probabilística de 10 pessoas.

3.6. Caracterização dos Sujeitos da Pesquisa

Hernández, Fernández & Baptista (2010, p. 94) definem sujeitos da pesquisa como o
agregado de casos que correspondem a algumas de suas descrições e geralmente é composta por
pessoas, organizações, eventos ou situações entre outros que constituem o foco da investigação.
Nesta pesquisa serão seleccionados docentes de ciência política e relações internacionais,
mestres e doutores em actividade.

3.7. Modelo de Apresentação e Analise de Dados

Os dados qualitativos obtidos dos inquéritos por questionário foram posteriormente


sujeitos a análise de conteúdo. Para Cuna (2014, p.11), “a análise de conteúdo visa confrontar os
dados colhidos no local em estudo e os dados estatísticos como forma de distanciá-los em
relação às interpretações espontâneas e carregadas de sentimentos afectivos por parte do
pesquisador e dos participantes da pesquisa”. Deste modo, a fase de tratamento de dados foi
realizada em cinco etapas: i) avaliação dos questionários; ii) transcrição das respostas; iii) leitura
do material transcrito; iv) confronto das respostas realizadas, objectivando-se a verificação de
possíveis similaridades e contradições nos discursos dos participantes; e v) confronto dos
resultados obtidos nos questionários com os dados qualitativos colhidos na pesquisa documental
e com a literatura relativa ao tema.

3.8. Questões Éticas da Pesquisa

Tendo por objectivo conhecer e explicar fenómenos, a pesquisa científica fornece


respostas às questões para compreensão da natureza. Em complemento a este entendimento,
pode-se afirmar ainda que “trata-se de um procedimento reflexivo sistemático, controlado e

16
crítico, que permite descobrir novos factos ou dados, relações ou leis, em qualquer campo do
conhecimento”, (Lakatos & Marconi,2007, p.157). Por se tratar de uma actividade humana, o
pesquisador se estabelece como figura central nesta discussão. Sua relação com o campo de
pesquisa implica em questões delicadas. Uma delas refere-se à neutralidade científica, ou seja, o
pesquisador deve se manter distante emocionalmente do campo de pesquisa para que a sua
subjectividade não interfira nos resultados do estudo. Segundo Cruz e Ribeiro (2003:30), “é
preciso que o pesquisador tenha consciência da possibilidade de sua formação moral, religiosa,
cultural e de sua crença de valores para que os resultados da pesquisa não sejam influenciados
além do aceitável”. Importante apontar que os autores se referem ao limite do aceitável.
No campo da pesquisa científica os limites éticos devem ser atendidos especialmente que,
cada pesquisador possui uma formação moral, religiosa e cultural diferente, os códigos de ética
se apresentam como uma importante ferramenta para padronizar e formalizar o entendimento
sobre um determinado assunto. Os autores alertam para o facto de que as questões éticas devem
ser consideradas durante todo o processo de elaboração de uma proposta, inclusive antes mesmo
da realização do próprio estudo. Portanto, trata-se de uma preocupação que deve ser antecipada
nas diversas fases da investigação. Neste sentido, os autores apresentam uma relação das
questões éticas que devem ser consideradas em cada uma das quatro fases da pesquisa, divididas
em início do estudo, colecta de dados, análise de dados e no relato, compartilhamento e
armazenamento de dados.

3.9. Resultados Esperados

Espero com a pesquisa trazer mais um contributo para o cenário academico em materia
de terrorismo e que possa ajudar na pesquisa em torno das fontes de financiamento e os possiveis
locais em que este grupo que actua em Cabo Delgado se esconde.

4. Cronograma de Actividades

Actividades Janeir Fev Mar Abril Maio Junh Julho Agosto


o o

17
Escolha do X
Tema
Levantamento X
de
Informações
Elaboração X
do projecto
Entrega do X
Projecto
Recolha e X
compilação
das
informações
da
Monografia
Compilação X
das
Informações
Submissão da X
Monografia
na Instituição.
Fonte: O autor do projecto

5. Orçamento

18
Material Valor Unitário Valor Total
(mtn) (mtn)
Especificações Quantidade
Consumo

Papel ofício A4 20 10 200

Encadernação 25

Cartuchos de 1 550 550


Tinta para
Impressora

Fotocópias 1 1.5 22.5

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Adhengo, B. (2010) Debating Global Terrorism: Ethical Implications for Africa’s Development.
EEIU Nabuur.

19
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