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PROFESSORES
Me. Anderson Katsumi Miyatake
Me. Bianca Burdini Mazzei
Me. Paulo Pardo
ACESSE AQUI
O SEU LIVRO
NA VERSÃO
DIGITAL!
EXPEDIENTE
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de
Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino
de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
FICHA CATALOGRÁFICA
Coordenador(a) de Conteúdo
Patrícia Rodrigues da Silva
Projeto Gráfico e Capa C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ.
Núcleo de Educação a Distância. MIYATAKE, Anderson Katsumi;
Arthur Cantareli, Jhonny Coelho
MAZZEI, Bianca Burdini; PARDO, Paulo.
e Thayla Guimarães
Empreendedorismo.
Editoração
Anderson Katsumi Miyatake, Bianca Burdini
Matheus Silva de Souza Mazzei, Paulo Pardo.
Design Educacional
Ana Claudia Salvadego Maringá - PR.: UniCesumar, 2020. Reimpresso em 2023.
168 p.
Revisão Textual
“Graduação - EaD”.
Cíntia Prezoto Ferreira
1. Empreendedorismo 2. Negócio 3. Oportunidades. EaD. I. Título.
Ilustração
Bruno Pardinho
Fotos
Shutterstock CDD - 22 ed. 658.4
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Impresso por:
ISBN 978-85-459-1142-5
qualidade, como, acima de tudo, gerar a con- são, que é promover a educação de qua-
versão integral das pessoas ao conhecimento. lidade nas diferentes áreas do conheci-
Reitor
Wilson de Matos Silva
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL
EMPREENDEDORISMO
Olá, caro(a) acadêmico(a), é uma satisfação apresentar a você o livro da disciplina Em-
preendedorismo, elaborado com carinho para que você conheça o mundo do Empreen-
dedorismo e desperte a curiosidade para completar seus estudos e realizar ações em-
preendedoras no seu cotidiano.
Nosso livro é composto de cinco unidades em que procuramos apresentar alguns dos
principais aspectos do Empreendedorismo.
Na Unidade II, são apresentados dois importantes aspectos que envolvem o Empreen-
dedorismo: o empreendedor e a oportunidade. Elaboramos essa divisão para que você
compreenda que nem tudo depende somente do empreendedor, mas de uma análise
mais completa da oportunidade. Na primeira parte, apresentaremos características e
perfis dos empreendedores, não no intuito de criar um modelo ideal, porém, são al-
guns atributos importantes para quem pretende empreender. Também explicaremos
as diferenças entre gestores, empreendedores e empresários, pois é um ponto em que,
geralmente, há bastante confusão. Na segunda parte, o foco é explicar a oportunidade,
pois o empreendedorismo ocorre por meio de ideias transformadas em algo concreto. Ao
longo da unidade, apresentaremos as fontes que inspiram novas ideias, o processo que o
empreendedor percorre desde o momento que tem a ideia até quando obtém sucesso.
Na Unidade III, trataremos do Modelo de Negócio que trata das características da organi-
zação. Quando se pensa e estabelece os diferenciais do negócio, é possível direcionar as
ações a serem tomadas para o desenvolvimento do negócio. A ferramenta Canvas é utili-
zada, justamente, para ajudar a definir de forma prática e visual. Outro assunto importante
é compreender que se a organização não planejar, poderá acarretar no fechamento da
empresa, por isso, vamos alertar sobre as principais causas de mortalidade dos negócios.
Na Unidade IV, trataremos do Plano de Negócios (PN), que é uma importante ferramenta
de apoio ao empreendedor para analisar de forma mais consistente as próximas ações
ou para ajudar na elaboração dos primeiros passos do negócio. Abordaremos uma parte
contextual para explicar sobre o plano de negócio; posteriormente, os erros capitais na
elaboração; e, por fim, cada uma das partes que compõem o Plano.
Ao final do livro, esperamos que esteja preparado(a) para lidar com o instigante mundo
do empreendedorismo, pois passaremos por aspectos essenciais. Buscamos oferecer
uma visão abrangente para ajudar na sua formação.
Esperamos, assim, que possa aproveitar bem as informações contidas no livro e que
possa colocar em prática esses ensinamentos, fazendo as devidas adaptações conforme
a situação. Com isso, esperamos despertar o espírito empreendedor e contribuir para
que os negócios criados ou gerenciados por você possam obter sucesso.
Bom estudo!
ÍCONES
pensando juntos
explorando Ideias
quadro-resumo
conceituando
Sabe aquela palavra ou aquele termo que você não conhece? Este ele-
mento ajudará você a conceituá-la(o) melhor da maneira mais simples.
conecte-se
PROGRAMÁTICO
UNIDADE 01
10 UNIDADE 02
39
INTRODUÇÃO AO O EMPREENDEDOR
EMPREENDEDORISMO E A OPORTUNIDADE
UNIDADE 03
66 UNIDADE 04
90
DEFININDO PLANO
UM MODELO DE NEGÓCIO
DE NEGÓCIO
UNIDADE 05
129 FECHAMENTO
161
TENDÊNCIAS EM CONCLUSÃO
EMPREENDEDORISMO GERAL
1
INTRODUÇÃO AO
EMPREENDEDORISMO
PROFESSORES
Me. Anderson Katsumi Miyatake
Me. Bianca Burdini Mazzei
Me. Paulo Pardo
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Compreendendo empreendedo-
rismo • Tipos de empreendedorismo • Franquia como forma de empreendedorismo • O papel social
e econômico do empreendedorismo • Mitos sobre o empreendedorismo.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Compreender o conceito e a importância do empreendedorismo • Apresentar os tipos de empreende-
dorismo abordados na literatura • Caracterizar as principais informações sobre as franquias no Brasil •
Descrever a importância do empreendedorismo para uma sociedade • Desmistificar os principais mitos
relacionados ao empreendedorismo.
INTRODUÇÃO
EMPREENDEDORISMO
UNICESUMAR
pesquisas para gerar esse progresso.
Vamos dar alguns exemplos de tendências que estão incentivando novos estu-
dos. Conforme Bruyat e Julien (2000), o campo de estudo do Empreendedorismo
é bastante amplo e de grande relevância para a economia, sendo alguns exemplos
de campos de estudos:
■ Jovens: de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o maior
número de empreendedores está na faixa de 25 a 44 anos, ou seja, pessoas mais
jovens se comparado a dados da década de 90 e anos 2000 e isso representa
um motivo para aprofundar os estudos.
■ Mulheres: é notável o aumento da participação tanto em cargos administra-
tivos como gerenciais, sendo que em algumas regiões brasileiras temos mais
mulheres envolvidas na abertura de novos negócios em comparação aos ho-
mens, fato pouco provável há algumas décadas.
■ Mortalidade de empresas: esses estudos são importantes para verificar a si-
tuação dos negócios criados pelos empreendedores. Por exemplo, estudo do
Sebrae (2014) mostrou que o índice de negócios brasileiros que sobrevivem até
os dois primeiros anos de vida é, em média, de 76%, ou seja, a cada 100 novos
negócios, 76 sobrevivem até o segundo ano de vida, representando um grande
progresso em que a taxa era apenas de 50%.
■ Empreendedorismo social: nem todos os negócios são empresariais e visam
ao lucro. Existem aqueles que possuem missão social e atendimento de neces-
sidades sociais, por isso, utilizar o termo organizações é adequado, pois podem
envolver clubes e entidades.
Idade
no Oriente atuando como intermediário ao assinar
Média
contratos para comercializar mercadorias.
Idade
Pessoa que gerenciava projetos de produção.
Média
14
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
UNICESUMAR
mudanças na forma de considerar empreendedorismo. No início, era atri-
buído o fator risco para quem estivesse envolvido. Posteriormente, o foco foi
direcionado para indivíduo inovador e que tem iniciativa. Anos mais tarde,
também admitiu-se como empreendedor aquele que trabalha nas organi-
zações, ou seja, podemos notar que a abordagem foi mudando conforme as
situações que ocorriam.
Um conceito clássico que foi bastante utilizado durante muitos anos é o de
Schumpeter (1949 apud DORNELAS, 2005, p. 39), ao definir o empreendedor
como “aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de
novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou
pela exploração de novos recursos e materiais”. Porém, esse conceito tem sido
deixado de lado e outros autores apresentam distintas formas de compreender
o empreendedorismo de forma mais abrangente e contextualizada.
Durante as últimas décadas, presenciou-se uma grande transformação
socioeconômica. A economia globalizada, a instabilidade dos ambientes or-
ganizacionais e a competição ainda mais acirrada forçaram a adequação e
a redução das estruturas; consequentemente, provocou um aumento do de-
semprego e, ao mesmo tempo, aumento na oferta de serviços e terceirizações.
Apesar de sua longa história anterior, é nesse cenário que o empreende-
dorismo passa a destacar-se e a ser tão necessário. Conforme Filion (2012),
a tendência do empreendedorismo surgiu nos anos 70, porém vem afirman-
do-se nas últimas duas décadas. E esse fenômeno vem se dando, no Brasil e
no mundo, em função do aumento do número de pequenas empresas e de
trabalhadores autônomos. Para o autor, o fenômeno empresarial mais mar-
cante da década de 90 foi o crescimento do trabalho autônomo, que dos anos
1989 a 1998 aumentou em 74%. Outro fator muito importante é a evolução
da participação das mulheres, que dos anos 1976 a 1996 aumentou de 19,6%
para 31,2% nessa categoria de trabalho.
No Brasil, o movimento do empreendedorismo começou a tomar forma
em 1990, quando foram criadas entidades, como o SEBRAE (Serviço Brasilei-
ro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas) e a SOFTEX (Sociedade Brasileira
para Exportação de Softwares). Antes desse período, não havia condições
políticas e econômicas propícias ao empreendedor (DORNELAS, 2005).
15
O SEBRAE foi criado para dar suporte ao pequeno empreendedor
UNIDADE 1
que pretende abrir o seu negócio, bem como para oferecer consultorias
para resolver pequenos problemas pontuais dos negócios já iniciados. A
SOFTEX foi criada com o intuito de levar as empresas de softwares do
país ao mercado externo, oferecendo capacitação em gestão e tecnologia
a esses empresários.
As incubadoras de empresas e as universidades/cursos de Ciências da
Computação e Informática também foram responsáveis pelo grande avanço
do empreendedorismo no Brasil nesse período. Foi, então, que a sociedade
brasileira começou a despertar-se para a realização de planos de negócios
(até então não valorizados pelos pequenos empresários), a formação para
o empreendedorismo e para programas públicos de incentivo. Conforme
Dornelas (2005), apresentamos um resumo das ações históricas desenvol-
vidas no Brasil que permitiram esse avanço no país:
■ 1990: criação de programas SOFTEX e GENESIS (Geração de Novas
Empresas de Software, Informação e Serviços) que apoiavam ativi-
dades empreendedoras em softwares. O ensino da disciplina em uni-
versidades e a geração de novas empresas de softwares (start-ups).
■ 1999 a 2002: o Programa Brasil Empreendedor do Governo Fede-
ral, dirigido a mais de 6 milhões de empreendedores e destinando
recursos financeiros e operações de créditos para estímulo ao em-
preendedorismo.
■ Programas do SEBRAE, como o EMPRETEC (curso de imersão)
e o Jovem Empreendedor, voltados à capacitação do empreendedor.
■ Criação de vários cursos e programas universitários para o en-
sino do empreendedorismo.
■ 1999 a 2000: houve o movimento de criação das empresas ponto-
com do país que, apesar de ter sido pontual, trouxe grande contri-
buição para disseminação do empreendedorismo local.
■ Crescimento das incubadoras de empresas no país: em 2004, a
ANPROTEC (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Em-
preendimentos de Tecnologia Avançadas) já apontava a existência
de 280 incubadoras, com mais de 1700 empresas incubadas, gerando
mais 28 mil postos de trabalho. Na Unidade V, vamos tratar com mais
detalhes as incubadoras.
16
Até a metade dos anos 2000, verificava-se, no Brasil, o empreendedorismo por
UNICESUMAR
necessidade, ou seja, os empreendedores não possuíam outra opção de traba-
lho e renda e acabavam criando os negócios de maneira informal, com pouco
planejamento, fracassando rápido, não gerando o desenvolvimento esperado e
contribuindo para o aumento das estatísticas de mortalidade dos negócios.
Uma boa notícia é que, depois disso, o empreendedorismo está ocorrendo
na maioria por oportunidade. Isto é, os negócios no país estão sendo criados
porque os empreendedores estão preparando-se para abrir os negócios. Entre-
tanto, como historicamente as organizações brasileiras começaram, na maioria,
por necessidade, ainda percebemos os efeitos dessa forma de empreender. Isso
ocorre porque os empreendedores abrem negócios próprios sem se prepararem,
pois possuem poucas opções de conseguir trabalho e renda. Trabalhando na
informalidade e sem preparo, as chances do negócio fechar são maiores. Essa
classificação de empreendedorismo por necessidade e oportunidade é utilizada
pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM).
explorando Ideias
Empreender por oportunidade pressupõe uma análise do ambiente em que está inserido
em busca da criação de novidades ou explorar mercados que são pouco desenvolvidos.
Quando um país proporciona um cenário adequado está incentivando empreendedores a
criarem negócios de sucesso que podem modificar o funcionamento de um mercado. Isso
ocorre porque a preocupação do indivíduo é questionar um problema, buscando nova
solução e não ter um negócio para sobreviver. O pensamento fora da caixa é estimulado
nessa situação porque o empreendedor não está em busca de renda para manter-se, mas
reformular uma lógica do mercado.
Fonte: os autores.
17
Os conceitos mais utilizados nos dias atuais focalizam a abordagem para as
UNIDADE 1
“
[...] empreendedorismo, como uma área de negócios, busca enten-
der como surgem as oportunidades para criar algo novo (produtos
ou serviços, mercados, processos de produção ou matérias-primas,
formas de organizar as tecnologias); como são descobertas ou cria-
das por indivíduos específicos que, a seguir, usam meios diversos
para explorar ou desenvolver coisas novas.
Alguns pontos interessantes que podemos analisar nesse conceito é que não
menciona características do empreendedor. Depois, trata a área como negócio e
isso se justifica porque o empreendedor tem que propor iniciativas que tenham
viabilidade comercial, principalmente em um sistema de mercado em que o re-
torno financeiro é importante. Na área social, somente o lucro não é levado em
consideração, mas fundações e associações também funcionam como negócios.
Segundo esse conceito apresentado pelos autores, envolvem-se diferentes
formas de empreender, como produtos, serviços, mercados, processos de pro-
dução ou matérias-primas e formas de organizar a tecnologia. Isso representa as
possibilidades que os empreendedores podem ter quando empreendem, seja nos
negócios próprios ou de terceiros.
Outra parte relevante é apresentar que os indivíduos descobrem ou criam
oportunidades de negócio e isso é importante porque nem todos compreendem
o ambiente da mesma forma. Para exemplificar, em um cenário de crise econômi-
ca, determinada pessoa considera como improvável empreender, e outra pessoa
abre um negócio e obtém sucesso ao explorar uma possibilidade que ninguém
considerou no momento.
O último ponto é que, a partir da descoberta de uma ideia que possa ser
transformada em coisas concretas de sucesso, os empreendedores utilizam meios
diversos, como os recursos, a rede de contatos, o conhecimento que possuem e
que vão buscar para explorar novas atividades que não fizeram até o momento.
18
Como o empreendedorismo estuda fenômenos sociais que constantemente
UNICESUMAR
se modificam, uma abordagem única não seria suficiente para considerar todos
os elementos. Vamos partir do pressuposto de que o empreendedorismo só é
possível por meio de oportunidades, como consideram Shane e Venkataraman
(2000), porque é mediante uma oportunidade que o empreendedor coloca em
prática uma novidade.
Para sintetizar essa perspectiva, uma citação de Read et al. (2011, p. 17-18) é
bastante pertinente para compreendermos uma oportunidade.
Ideia = alguma coisa + você
Oportunidade = ideia + ação
Ação = função (interação) do dinheiro, produto e parceiros
Viabilidade = oportunidade + comprometimento
Dessa forma, uma oportunidade depende de uma ideia e ação dos indivíduos.
Para que ocorra essa ação, são necessários recursos e comprometimento dessas
pessoas para tornar algo viável.
pensando juntos
Uma ideia precisa de viabilidade para ser transformada em oportunidade. Nos negócios,
um ou mais indivíduos com uma ideia agem para combinar recursos e gerar uma opor-
tunidade lucrativa.
EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo é uma área bastante rica e que tem se destacado na mídia pela
diversidade de contextos e, neste momento, vamos explicar os motivos.
No tópico anterior, destacamos o empreendedorismo por necessidade ou oportuni-
dade, conforme classificação do GEM (Global Entrepreneurship Monitor). Elas podem
ser utilizadas como base para dividir a forma como o indivíduo começou a atuar.
Porém, é preciso compreender que um indivíduo que se torna empreendedor
pode começar de diferentes formas: abrir o negócio próprio, herdar, comprar, in-
traempreender, sendo essa classificação complementar à abordagem do GEM. Para
explicar essas tipologias, vamos utilizar a classificação de Dornelas (2007), que con-
sidera os empreendedores como:
■ Empreendedor nato (mitológico) – em sua maioria, são imigrantes ou
filhos destes, são visionários, 100% comprometidos com seu sonho, oti-
mistas, normalmente começaram do nada e cedo adquiriram habilidade
de negociação e venda.
■ Empreendedor que aprende (inesperado) – é uma pessoa que, quando
menos esperava, descobriu uma oportunidade, então, ele mudou a vida e
resolveu abrir o próprio negócio. Normalmente, demora a tomar a decisão
de empreender e a acostumar-se com ela.
■ Empreendedor serial (criar novos negócios) – é uma pessoa apaixonada
por empreender, assim, não consegue estar à frente de seu negócio até que
20
se torne uma grande corporação, por isso está sempre interessado em novos
UNICESUMAR
negócios. Sua maior habilidade é identificar oportunidades e não descansar
enquanto não conseguir viabilizar sua implementação.
■ Empreendedor corporativo – podem ser executivos que assumem riscos
e possuem habilidades de comunicação e negociação. Também chamado de
intraempreendedor, ocorre quando os colaboradores realizam iniciativas
empreendedoras dentro dos próprios negócios, visando o aperfeiçoamento
da gestão. O intraempreendedor é um indivíduo que trabalha em prol do
desenvolvimento de uma organização e possui um papel de destaque pela
postura proativa. Nem sempre exerce um cargo gerencial, mas sempre está
disposto a contribuir com o desenvolvimento das pessoas e do negócio.
■ Empreendedor social – tem como missão de vida a construção de um
mundo melhor para as pessoas. É um empreendedor como os outros, com
a diferença de não buscar construir um patrimônio próprio, mas prefere
compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento humano.
■ Empreendedor por necessidade – cria seu próprio negócio, porque não
tem outra alternativa, está fora do mercado de trabalho e não resta outra
opção a não ser trabalhar por conta própria. Praticamente não tem acesso
à formação, recursos e a uma maneira estruturada de empreender, por isso,
normalmente, trabalha na informalidade e de maneira pouco planejada, o
que favorece o não sucesso do empreendimento.
■ Empreendedor por herdeiro (sucessão familiar) – herdam o negócio da
família e, normalmente, aprendem cedo a ter responsabilidades e como o ne-
gócio funciona. Atualmente, a família tem se preocupado com a preparação
do sucessor familiar e com a profissionalização da gestão.
■ Empreendedor “normal” (planejado) – esse é o empreendedor que faz
a lição de casa, buscando minimizar os riscos do negócio por meio do pla-
nejamento de suas ações. Como o planejamento tem sido um pré-requisito
para os empreendedores com história de sucesso, acredita-se ser normal a
sua utilização, embora não seja o caso da maioria.
Além dos tipos tratados pelo autor, existem autores, como Degen (2009), que
consideram as franquias como forma de empreender, pois ocorre a abertura
de negócio, com auxílio e conhecimento de um franqueador que já possui uma
marca conhecida no mercado. Como é uma área que também tem se destacado,
vamos abordar um pouco mais o assunto.
21
3
FRANQUIA COMO FORMA DE
UNIDADE 1
EMPREENDEDORISMO
“
[...] franchising é um negócio que essencialmente consiste de uma orga-
nização (o franqueador) com um pacote de negócio testado em merca-
do, centrado num produto ou serviço, entrando em um relacionamento
contratual com franqueados, tipicamente pequenas firmas autofinan-
ciadas e autogeridas, operando sob a marca registrada do franqueador
para produzir e/ou comercializar bens e serviços de acordo com um
formato especificado pelo franqueador.
UNICESUMAR
franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito
de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e,
eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação
e administração de negócios ou sistema operacional, desenvolvidos ou
detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta; sem que, no en-
tanto, fique caracterizado vínculo empregatício (BRASIL, 1994, on-line).
Pelo fato de o empreendedor filiar-se a uma empresa com produtos e serviços já exis-
tentes, há uma parceria que deve ser bem solidificada, porque duas partes estão di-
retamente envolvidas: o detentor do negócio e aquele que deseja a autorização para
representar a empresa que, em troca, paga remuneração sem que, necessariamente,
exista vínculo empregatício.
De acordo com Ferreira et al. (2010), uma franquia, em geral, pode ser:
■ De produtos e marcas – o franqueador concede ao franqueado o direito à
obrigação de comprar os seus produtos e utilizar a sua marca.
■ De negócios – o franqueador proporciona ao franqueado a “fórmula” para
fazer o negócio, além de formação, treinamento de colaboradores, publicidade
e outras formas de assistência técnica e de marketing.
23
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
bas as partes. Não é fácil franquear e nem ser franqueado. Por isso, enfati-
zamos a necessidade de parceria e transparência no relacionamento.
Esse formato de negociação também prevê algumas vantagens e desvan-
tagens tanto para o franqueado como para o franqueador. Primeiro, vamos
abordar o lado do franqueador, conforme Quadro 3.
VANTAGENS DESVANTAGENS
24
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
UNICESUMAR
Maior probabilidade de sucesso: Controle sobre as operações:
adota um produto/serviço conhecido auditorias frequentes e controle
e testado no mercado e com uma das vendas e do cumprimento de
rede e marca bem-sucedidas. procedimentos e normas.
25
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
26
Conversar com franqueados da rede é importante para
UNICESUMAR
Contatos da
saber como realmente funciona o negócio e as exigências
rede
necessárias.
27
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
ECONÔMICO DO
EMPREENDEDORISMO
28
■ Realiza investimentos em pesquisas e desenvolvimento, gerando
UNICESUMAR
novas tecnologias, produtos e serviços.
29
5
MITOS SOBRE O
UNIDADE 1
EMPREENDEDORISMO
30
3. Os empreendedores são ‘lobos solitários’ e não conseguem traba-
UNICESUMAR
lhar em equipe: normalmente, os empreendedores são ótimos líderes,
criam equipes competentes e desenvolvem um excelente relaciona-
mento interpessoal.
31
9. Se tiverem talento, o sucesso chega em um ou dois anos: não
UNIDADE 1
32
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNICESUMAR
Parabéns! Você finalizou a primeira unidade! Vamos recapitular os conheci-
mentos adquiridos? Primeiro, começamos apresentando empreendedorismo
de forma a compreender as abordagens ao longo dos anos. Houve mudanças
de foco na forma de compreender e estudar esse campo de estudo, conforme
se pode notar com Marco Polo, passando por Schumpeter até os dias atuais.
Empreender é transformar uma ideia em oportunidade e isso ocorre de
diferentes formas. Se você já é empreendedor(a) ou conhece alguém que é,
saberá que existem muitas decisões a serem tomadas, obstáculos e interfe-
rências que exigem pensamento rápido e capacidade de improvisação. Isso
é uma realidade, porque, se não souber lidar com as diferentes variáveis
que surgem por conta dos colaboradores, consumidores, fornecedores, po-
der público, imprensa e sociedade, haverá muita dificuldade para fazer o
negócio sobreviver.
Outro ponto importante são os campos de estudo, sendo que apresenta-
mos apenas alguns, como mulheres, jovens e a mortalidade de empresas, mas
existem mais de 25 temas de estudos e pesquisas e que aumentam conforme
surgem novidades no funcionamento do mercado. É possível notar que essa
área é muito ampla. No nosso material, fizemos um pequeno recorte à apre-
sentação da importância de estudar e compreender o empreendedorismo.
Há diferentes formas de empreender, pois uma pessoa pode herdar um
negócio, abrir um negócio com ou sem planejamento ou até intraempreen-
der. Com isso, notamos que existem diferentes formas de empreender e essa
é uma das dificuldades de se conseguir definir um conceito.
Para finalizar, concluímos a discussão com uma reflexão sobre a importân-
cia social e econômica do empreendedorismo e de seu papel ético, o qual se
preocupa com o entorno dos empreendedores na condução dos seus negócios.
Esperamos que esses conhecimentos tenham despertado a curiosidade por
essa área e que tenhamos colaborado para o seu desenvolvimento profissional.
Até a próxima unidade!
33
na prática
1. As franquias têm se apresentado como uma ótima opção de negócios, sendo que os
indicadores, como o PIB das franquias, estão, nos últimos anos, crescendo pelo menos
3 vezes o valor do PIB brasileiro. Com base no que foi abordado na unidade a respeito
das franquias, leia as afirmações e assinale a alternativa correta:
PORQUE
34
na prática
I - Oportunidade.
II - Pessoas.
III - Novos produtos.
IV - Negócios.
I - Vanessa tinha o sonho de ter um negócio e foi estimulada pelos pais desde pe-
quena. Realizou intercâmbio, fez cursos de gestão até que optou por apostar em
aplicativo de celular na área da saúde que pudesse melhorar a qualidade de vida
de pessoas em períodos pós-operatórios.
II - Fernando começou a vender produtos artesanais para complementar a renda da
casa após sua esposa ficar doente.
III - Marcos, após ficar desempregado, investiu o dinheiro em um restaurante adaptado
para deficientes físicos, visto que observava muitas pessoas terem dificuldade de
alimentar-se fora de casa.
35
na prática
IV - Marcela, criativa desde a infância, teve a ideia de abrir uma empresa que pudesse
auxiliar pessoas com déficit de aprendizagem a conseguirem melhores resultados
nos estudos.
5. Empreender em um novo negócio não é uma atividade simples, porém, muitas pessoas
divulgam informações e comentários como se fosse fácil. Talvez até a intenção não
seja ruim, mas incentivar uma pessoa que não esteja preparada pode trazer um efeito
negativo. Essas palavras disseminadas são chamadas de mitos, que não tratam o em-
preendedorismo de forma apropriada. A respeito do tema, leia as afirmações a seguir:
I - Dinheiro não é problema para quem quer ter o negócio próprio porque o bom
empreendedor sempre consegue recursos.
II - Para empreender é muito importante ter uma boa ideia, pois se tem competência
conseguirá sucesso.
III - O empreendedor bem-sucedido é aquele que trabalha poucas horas por dia e
ganha muito dinheiro.
IV - A motivação é o principal componente para conseguir ser bem-sucedido nos ne-
gócios.
a) Somente I e II.
b) Somente I, II e IV.
c) Somente I, III e IV.
d) Somente II e III.
e) Todas as afirmações.
36
aprimore-se
Empreender não é uma tarefa fácil. Quem já está nesse caminho sabe que não é
uma jornada fácil. Não há hora para começar e nem terminar a jornada. E isso é uma
opção que pode ser perigosa. Por um lado, você pode se acomodar, porque não
precisa cumprir carga horária e há pessoas querendo empreender para não ter que
cumprir horário fixo. Por outro lado, a pessoa pode utilizar essa liberdade a favor
para gerenciar o negócio e, ao mesmo tempo, ter mais liberdade para pensar em
novidades e dedicar-se à família, por exemplo. A opção é sua para escolher aquilo
que for mais adequado a você.
Não existe um único caminho sempre certo. Existem pessoas com mais predis-
posição a adaptar-se à realidade de empreender e obter vantagens. Se você tem
filhos pequenos que têm problemas de saúde e necessitam de acompanhamento
constante, você pode pensar em empreender. Terá mais liberdade de horário, mas
é fundamental não confundir liberdade de horário com menos responsabilidade.
Você pode ter optado por estudar na nossa instituição para capacitar-se sem
precisar frequentar uma sala de aula todo dia por diversos motivos, porém, isso não
é sinônimo de facilidade e isso você perceberá ao longo do curso. Você pode pla-
nejar o horário que for mais adequado, mas terá que estudar, e muito, se pretende
terminar um curso a distância.
Voltamos à pergunta inicial: vale a pena empreender? É um risco que você tem
que pensar se quer correr. Muitas dúvidas e poucas certezas você terá ao longo da
jornada e não haverá facilidades, ou seja, é uma pergunta estritamente pessoal.
Para nós, pode valer, mas, para você, não. Não é por conta disso que você é me-
droso ou inferior à outra pessoa. Cada um tem uma personalidade e precisamos de
empreendedores e colaboradores para o progresso da sociedade.
Esperamos, com esse breve texto, despertar reflexões e curiosidades que lhe
ajudem a amadurecer.
Fonte: os autores.
37
eu recomendo!
livro
conecte-se
O Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é uma organização que divulga informações in-
ternacionais sobre as características do empreendedorismo no mundo, inclusive no Brasil.
O IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade), no Brasil, realiza o estudo divul-
gando o nível de atividade empreendedora, as características dos negócios e informações
de cada região brasileira. Os estudos do GEM permitem compreender o grau de desen-
volvimento da atividade empreendedora, realizar estudos comparativos entre países e
perceber as características peculiares de cada região.
http://www.ibqp.org.br/gem
Recomendamos que assista estes dois vídeos que permitem aprofundar os conhecimen-
tos sobre o Intraempreendedorismo. O primeiro vídeo, O que é o intraempreendedoris-
mo?, trata-se de uma palestra proferida pelo respeitado professor Marcos Hashimoto.
http://www.youtube.com/watch?v=Kx3JrklyrNI
O DSDM Agile Project Framework é uma abstração do DSDM® Atern® projetado para
complementar outros Abordagens ágeis em um ambiente onde uma abordagem de pro-
jeto definida é esperada ou irá adicionar valor.
http://www.youtube.com/watch?v=nTxGEvXN9oE
38
2
O EMPREENDEDOR E
A OPORTUNIDADE
PROFESSORES
Me. Anderson Katsumi Miyatake
Me. Bianca Burdini Mazzei
Me. Paulo Pardo
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Características empreendedoras
• Empreendedor x gestor x empresário • Oportunidade empreendedora • Fontes de oportunidades
empreendedoras • Processo empreendedor.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Reunir as características atribuídas ao empreendedor • Diferenciar empreendedor de gestor e de em-
presário • Compreender os principais conceitos e temas da oportunidade empreendedora • Apresentar
as fontes de inspiração de oportunidades de negócio • Sintetizar as etapas enfrentadas por um em-
preendedor.
INTRODUÇÃO
UNICESUMAR
EMPREENDEDORAS
Pode ser denominado como empreendedor aquele que tem a capacidade de ge-
rar uma boa ideia, aproveitando uma oportunidade de mercado, conseguindo
os recursos necessários para sua implementação. Para tanto, é importante, ao
empreendedor, possuir uma boa rede de contatos/relacionamento (networking),
de maneira a formar boas parcerias e/ou redes, a fim de viabilizar sua ideia. Por
isso, um comportamento ético é algo muito importante ao empreendedor. Agir
preocupando-se com os demais envolvidos no processo e com a sociedade ao seu
entorno promove um aspecto de credibilidade ao empreendedor, que precisa das
demais pessoas e grupos para implementar seu negócio e mantê-lo no mercado.
Segundo Dolabela (1999, p. 44),“o empreendedor é alguém capaz de desenvol-
ver uma visão, mas não só. Deve persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investi-
dores, convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável
no futuro”. Para o autor, um dos principais atributos do empreendedor é a capa-
cidade de identificar oportunidades, agarrando-as por meio da busca de recursos
para transformá-las em negócios de sucesso. Por isso, é preciso muita energia, per-
severança e uma dose de paixão para vencer os obstáculos e continuar em frente.
Os empreendedores possuem características de comportamento e habilida-
des comuns, por isso é comum que os autores classifiquem algumas caracterís-
ticas como pertinentes aos empreendedores. No entanto, é importante destacar
que não existe um modelo pronto, de maneira que todo empreendedor tenha que,
obrigatoriamente, ter todas as características classificadas como empreendedoras.
41
Para Stoner e Freeman (1999, p. 119), algumas pesquisas têm mostrado que
UNIDADE 2
UNICESUMAR
trado forte impacto positivo (quando há experiência profissional prévia
sobre a área de atuação do negócio) e negativo (quando da ausência de
conhecimentos prévios) sobre as carreiras empreendedoras.
O que nós queremos dizer com tudo isso? Se buscarmos em livros e mate-
riais sobre a área, encontraremos uma série de características nomeadas ao
empreendedor, como: modelo que o influencia, autoconfiança, necessidade
de realização, aprende com insucessos, intuição, sonhador realista, conhece
o ramo de atuação, orientação para realização, inovador, autônomo, possui
iniciativa, otimismo, perseverança, fixador de metas, comprometido, líder,
possui rede de relacionamentos, influencia pessoas, criatividade. Entretanto,
não há como fazer um mapeamento do perfil ideal porque cada um possui
traços peculiares, criados em diferentes contextos familiares, mercado, negó-
cios e realidades, e que a cada situação de mercado é necessário adaptar-se, por
isso, um perfil mais adequado hoje pode não ser o mais esperado no futuro.
Uma forma de tratar mais assertivo o assunto é por meio das Caracterís-
ticas do Comportamento Empreendedor - CCEs, derivado dos estudos de
David McClelland (1972) que definiu 30 características divididas em 3 gran-
des conjuntos (realização, planejamento e poder). Esse estudo é interessante
por não estabelecer traços, mas comportamentos que devem ser praticados
pelo empreendedor, e quanto mais o indivíduo praticar, mais fará parte do
perfil pessoal.
pensando juntos
Conheça pessoas que têm sucesso nos negócios e perceberá que o ingrediente dedicação
é comum. Se pretende empreender, tenha sempre na cabeça que precisará aprender
sempre e perseverar para obter sucesso.
Persistência
UNICESUMAR
■ satisfaz e excede as expectativas dos clientes;
■ cria procedimentos para cumprir prazos e padrões de qualidade.
Comprometimento
Busca de informações
Estabelecimento de metas
Independência e autoconfiança
UNICESUMAR
preendedor tenha possibilidade de obter sucesso. A cada etapa da jornada empreen-
dedora, precisará exercitar características específicas. Isso o ajudará a manter-se firme
para enfrentar as adversidades, identificar ideias, avaliar se podem trazer resultados
positivos e explorar por meio de um novo negócio ou um projeto.
explorando Ideias
2 EMPREENDEDOR X
GESTOR X
EMPRESÁRIO
Nos dias atuais, encontramos o uso de termos que são utilizados como sinônimos,
porém possuem diferenças que precisam ser esclarecidas. Isso começou porque
nos séculos XVIII, XIX e XX, o empreendedor foi confundido com os gerentes e
administradores e essa situação ocorre até os dias atuais. No Quadro 1, podemos
notar algumas diferenças entre eles.
47
Características Gestores Empreendedores
UNIDADE 2
Usualmente
Seguem os seus
concordam com as
Decisões. sonhos, tomando
decisões tomadas pela
decisões.
alta gestão.
Assumem riscos
Atitude perante Cautelosos e evitam calculados, investem
o risco. decisões de risco. muito e esperam ser
bem-sucedidos.
Quadro 1 - O empreendedor versus o gestor / Fonte: adaptado de Ferreira et al. (2010, p. 31).
UNICESUMAR
que sempre executa muito bem as atividades que são de responsabilidade
dele, não é um empreendedor. Quando ele contribui para o crescimento da
organização, propõe novas ideias na construção, ele poderá se tornar uma
espécie de empreendedor que os especialistas chamam de intraempreendedor.
Explicada a diferença de gestor e empreendedor, é o momento de explicar
de empreendedor para empresário, porque nem todo empresário será em-
preendedor. Também é importante ressaltar que o empresário é o indivíduo
que constitui um negócio e que pode, a partir daí, não buscar inovação, iden-
tificar novas oportunidades, mesmo que seja eficiente e realize atividades de
planejamento e gestão. O empreendedor, ao contrário, está sempre em busca
de aperfeiçoamento, seja proprietário ou colaborador, realizando ações para
que o negócio venha a tornar-se próspero porque é um indivíduo questiona-
dor e não se contenta com as situações atuais do mercado.
Dessa forma, podemos ter um empresário que é gestor e empreendedor,
bem como um empresário que não é gestor porque não exerce atividades na
organização e também não é empreendedor porque não é um ser que busca
o aperfeiçoamento do negócio. Podemos ter um empreendedor que exerce
funções de empresário porque constituiu a empresa e exerce uma atividade
na organização, como também um empreendedor que não atua diretamente
com uma função na organização, porque somente investiu na ideia, como é
o caso dos empreendedores seriais.
Esperamos ter ajudado a esclarecer as diferenças entre cada um dos tipos
e convidamos novamente para nos ajudar a explicar isso para a sociedade.
Como abordamos no início, a unidade é composta por duas partes: a pri-
meira foi abordar sobre o indivíduo e a partir daqui começamos a segunda,
que é explicar sobre a oportunidade.
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3
OPORTUNIDADE
UNIDADE 2
EMPREENDEDORA
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DESCRIÇÃO DE IMAGENS
UNICESUMAR
ocorrer quando há mudança social, regulamentar, econômica e tecnológica.
Com isso, o aumento da renda da população pode constituir um ambiente
propício para criar novos produtos, serviços, matérias-primas, métodos
de produção e formas de organização, ou seja, uma única fonte de opor-
tunidade, como uma mudança econômica, pode gerar as cinco formas de
oportunidade. Para isso, é necessário que a janela da oportunidade esteja
aberta para implementar (BARON; SHANE, 2010).
As novas empresas costumam ser baseadas em uma ideia de negócio, que
normalmente surge em função de uma oportunidade de mercado. Assim,
podemos dizer que as novas empresas são frutos de pessoas com iniciativas
empreendedoras que se dispõem a correr o risco de implementar uma ideia,
baseada na percepção de uma oportunidade (FERREIRA et al., 2010). Uma
oportunidade caracteriza-se por um conjunto de circunstâncias favoráveis,
que cria o desejo de um novo produto ou serviço. Segundo Ferreira et al.
(2010), uma boa oportunidade deve conter quatro qualidades essenciais:
a) Ser atrativa.
b) Durável.
c) Estar disponível no momento e local certos.
d) Possibilidade de ser transformada em um produto ou serviço que
agregue valor ao cliente.
Por outro lado, segundo os autores, uma ideia está associada à criatividade
e pode ser definida como um pensamento ou noção, que pode ter, ou não,
as qualidades de uma oportunidade. As ideias nem sempre podem ser im-
plementadas, por isso as boas ideias não são sinônimo de sucesso. O que
garante sua possibilidade de implementação é uma oportunidade, também
chamada de uma janela estratégica de mercado, cujo desejo do consumidor
pode ser traduzido em um produto ou serviço. Os empreendedores preci-
sam estar atentos ao ambiente externo da organização, a fim de identificar
as oportunidades presentes. Para tanto, precisam sempre observar as ten-
dências de mercado.
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4
FONTES DE
UNIDADE 2
OPORTUNIDADES
EMPREENDEDORAS
UNICESUMAR
preender no ramo em que já atua como empregado.
■ Procura por novas aplicações: buscar novos usos para bens já
existentes.
■ Hobbies: buscar oportunidades de atender necessidades ainda não
satisfeitas em atividades de lazer, esporte e entretenimento.
■ Imitação do sucesso do outro (benchmarking): copiar estraté-
gias de sucessos em outras organizações, do mesmo ramo ou não,
adaptando-as à sua realidade.
■ Canais de distribuição: os parceiros são fontes de ideias, pois co-
nhecem bem o mercado.
■ Adaptação a respostas de regulamentações governamentais, por
meio da invenção de um novo produto, serviço ou processo.
■ Pesquisa e Desenvolvimento: realizados pelo próprio empreende-
dor ou pela equipe para desenvolver e ampliar seu negócio.
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■ Começo pequeno que cresce: negócio estabelecido que vai cres-
UNIDADE 2
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■ Questionários: os questionários permitem a avaliação direta de um
UNICESUMAR
produto ou serviço, sendo utilizados para obter respostas direciona-
das. Precisam ser bem elaborados, de maneira a obter as informa-
ções realmente necessárias, e a seleção da amostra da população a
respondê-los precisa, realmente, representar o público-alvo.
■ Observação direta: observando diretamente a utilização do pro-
duto ou serviço, permite levantar informações importantes sobre
possibilidades de inovações e melhorias.
■ Análise de inventário de problemas: é um processo de discussão
parecido com os grupos de discussão, com a diferença de que os
participantes recebem uma folha com uma lista de problemas que
precisam de solução.
■ Método check list: elabora-se um conjunto de questões que se pre-
cisa resolver para discutir em grupo um determinado assunto.
■ Método de livre associação: escrever ideias relacionadas com o
problema, sucessivamente, complementando umas às outras.
■ Método de associações coletivas: com um bloco de notas, cada
participante pensa em possíveis soluções para a utilização do bem
ou serviço em seu dia a dia.
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5
PROCESSO
UNIDADE 2
EMPREENDEDOR
Dornelas (2005) diz que, apesar de o tema empreendedorismo ser tão amplo,
ele apresenta os principais pontos que são requisitos para ser um empreen-
dedor de sucesso, tanto como um trabalhador em uma organização, como
criador do próprio negócio. Os passos são apresentados como:
■ Assumir riscos calculados: uma das primeiras qualidades do em-
preendedor é arriscar-se na busca de melhores caminhos, mas com
moderação e equilíbrio, de maneira calculada.
■ Identificar oportunidades: ser curioso e atento a informações, bus-
car conhecimento e reunir condições para realizar um bom negócio.
■ Conhecimento, organização e independência: ter domínio sobre
o negócio, manter a organização e determinar seus próprios passos
aumentarão as chances de êxito.
■ Tomar decisões: o sucesso está, muitas vezes, ligado à capacidade de
tomar decisões corretamente, por meio do levantamento de informa-
ções, análise da situação, avaliação de alternativas e escolha da mais
adequada.
■ Liderança, dinamismo e otimismo: trabalhar em equipe, envolven-
do e estimulando as pessoas a participarem no processo de decisão e
buscando um espírito de equipe com entusiasmo e otimismo.
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■ Planejamento e plano de negócios: definir objetivos, orientar tarefas,
UNICESUMAR
combinar métodos e procedimentos, fazer contatos e desenvolver um pla-
no de negócios, a fim de poder calcular seus riscos e chances de sucessos,
transformando o sonho em realidade.
■ Tino empresarial: estar atento, despertar a intuição e ter sensibilidade
para entender a situação real da organização, do ambiente em que ela está
inserida e das possíveis tendências em andamento.
Para o autor, a decisão de empreender não pode acontecer por acaso, por isso
precisa estar organizada em um processo que se inicia com um evento gerador
que possibilita o início de um novo negócio. A Figura 2 ilustra alguns fatores que
influenciam cada fase do processo.
Empreendedor, Líder, Gerente e Visão.Abaixo deste fator, há uma seta apontada para
Implementação e a outra seta apontada para o Crescimento. Ao lado esquerdo dos fatores
pessoais há os Fatores Organizacionais, Equipe, Estratégia, Estrutura, Cultura e
Produtos.Abaixo deste fator, há uma seta apontada para o crescimento. Abaixo das divisas
ao lado esquerdo temos três títulos com o nome Ambiente. O primeiro Ambiente está
caracterizado por Oportunidade, Criatividade, Modelo(pessoas) de sucesso. Este primeiro
ambiente está com duas setas para cima. Uma seta está apontada para Inovação e a outra
seta está apontada para o Evento Inicial.Na sequência ao lado direito, há o segundo
Ambiente. Este segundo Ambiente está caracterizado por Competição, Recursos,
Incubadoras e Políticas Públicas. Há duas setas para cima desse Ambiente.Uma seta está
apontada para o Evento Inicial e a outra seta está apontada para a Implementação. Por
fim, no último Ambiente, está caracterizado por Competidores, Clientes, Fornecedores,
Investidores, Bancos, Advogados, Recursos e Políticas. Há duas setas para cima desse
ambiente.Uma seta está apontada para Implementação e a outra para o Crescimento.FIM
DESCRIÇÃO.
UNIDADE 2
A partir desse modelo dos autores, podemos notar que existem seis etapas no
processo. Cada uma delas recebe a influência de variáveis individuais, grupais e
sociais. Nesses modelos, é relevante ressaltar que o empreendedorismo não é um
processo linear, como ocorre em uma linha de produção. Pelo contrário, existem
diversos fatores que influenciam esse processo que o torna dinâmico.
A ideia pode ser transformada em oportunidade em questão de semanas,
meses e até anos, pois condições desfavoráveis levam o empreendedor a não
conseguir levá-la adiante conforme deseja. O fato de ter uma ideia, decidir pros-
seguir com ela e reunir os recursos para abrir o negócio não quer dizer que isso
vai dar certo. Pode ser necessário alterar a ideia, pois o contexto foi alterado e
não é mais possível transformá-la em oportunidade.
Essa situação pode acontecer nas outras etapas, influenciada pelas variá-
veis de nível individual, grupal e social. Esse modelo pode ser aplicado aos
diferentes tipos de empreendedores. Para quem empreendeu por necessidade,
o processo é mais intuitivo e sem muito planejamento, podendo influenciar
no cumprimento das etapas. Para quem empreendeu por oportunidade, as
fases foram passadas com mais precaução e análise das informações do am-
biente para minimizar riscos.
58
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
UNICESUMAR
Cada um passa por situações diferentes e age de acordo com as características pes-
soais e de acordo com o ambiente em que estão inseridos, por isso, encontramos
tanta diversidade no empreendedorismo. Ao final da unidade, convidamos você
para refletir mais sobre o assunto e consultar os materiais que disponibilizamos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para concluir, vamos relembrar os principais aspectos discutidos na Unidade II. Co-
meçamos discutindo o empreendedor, bem como suas características fundamentais
para compor o perfil empreendedor. Descobrimos que não há um modelo pronto
e acabado de empreendedor e que as características discutidas são apenas aspectos
que podem apontar a presença do perfil empreendedor no indivíduo.
Os mitos que pairam sobre a figura do empreendedor foram discutidos, a
fim de desmitificar o empreendedorismo e verificar a importância da busca pela
profissionalização, pois não basta apenas contar com a sorte ou ter boas ideias
para que o empreendimento tenha sucesso. Assim, foi possível perceber que ser
empreendedor não consiste em acertar sempre, mas, principalmente, em planejar
bem para que os riscos e possibilidades de fracassos possam ser calculados, bem
como a capacidade de sucesso.
Para isso, é preciso aprender a analisar e a perceber as oportunidades de ne-
gócios, por meio do levantamento de informações, busca de conhecimento e
desenvolvimento de análises. Criar uma cultura de criatividade e trabalho em
grupo também é muito importante em um meio onde a inovação é o que faz a
diferença. O processo de geração de novas ideias apenas contribui para que essa
inovação atenda a uma oportunidade de mercado.
Considerando a importância do papel do empreendedor nas organizações
e na sociedade atual, verificamos, ainda, que cabe a cada um dos interessados
buscar essa formação. Uma vez que o empreendedor não nasce pronto e que
existem dúvidas e questionamentos sobre a questão de ensinar a ser um, é preciso
buscar aprender e desenvolver as capacidades ligadas ao espírito empreendedor.
Esperamos que, com as discussões propostas nesta unidade, tenhamos cola-
borado com o seu conhecimento acerca do empreendedor e da busca pela pro-
fissionalização no caminho do sucesso da implementação dos seus negócios.
Continue firme na jornada de estudos!
59
na prática
I - O empreendedor deve estar disposto a correr riscos, cabendo avaliar se vale a pena
prosseguir ou não.
II - O perfil de todo empreendedor deve reunir todas as características mencionadas
pelos autores.
III - Iniciativa é uma característica importante para os empreendedores superarem as
dificuldades.
IV - Senso de independência é uma das características apontadas do perfil empreen-
dedor.
PORQUE
60
na prática
3. Um empreendedor pode ter uma ideia de diferentes formas, como foi relatado no
material. No Brasil, temos milhões de negócio e cada um foi originado de uma forma,
podendo ser categorizadas de maneira bastante ampla, porém, cada uma tendo um
contexto único. A partir da leitura do livro, leia as afirmações a seguir e assinale a
alternativa correta.
61
na prática
II - O planejamento e a gestão para tornar um negócio eficiente faz parte das ativi-
dades dos empresários.
III - Intraempreendedor pode ser uma possibilidade encontrada numa organização e
que ajuda a explicar a diferença de abrangência para o empresário.
IV - O empresário é um gestor empreendedor, visto que ele criou o negócio e deve
gerenciar a empresa.
62
aprimore-se
Essa pode ser uma dúvida que surgiu durante a leitura da unidade, e o objetivo des-
te texto é justificar os motivos. Se o empreendedorismo é tão dinâmico e prático,
por que aprender isso? É realmente importante?
A resposta é positiva. Apesar de o empreendedorismo referir-se a ações práticas,
é essencial compreender o processo empreendedor, que é uma parte mais teórica,
porque torna-se relevante compreender o comportamento do empreendedor des-
de o momento em que tem a ideia até quando o negócio obteve sucesso. Conhecen-
do as dificuldades, os passos e as ações dos empreendedores é que será possível
criar teorias, treinamentos e orientações para aqueles que se interessam nessa área
de negócios. As teorias são fundamentais para refletir a respeito de traços ou con-
textos que influenciam o empreendedor, permite compreender quais as principais
dificuldades que levam ao fechamento de empresas, as peculiaridades existentes
do empreendedor, seja jovem, adulto, idoso, deficiente, independente do gênero,
além de compreender características regionais. Isso torna-se importante para a cria-
ção de cursos, políticas públicas e treinamentos na área de empreendedorismo.
Os treinamentos são essenciais para que os empreendedores estejam mais pre-
parados para lidar com o mercado, que é bastante dinâmico, que compreendam a
relevância do planejamento, do conhecimento gerencial, do conhecimento de mer-
cado e de tratar bem as pessoas.
Compreendendo os aspectos envolvidos em uma oportunidade, é possível pre-
venir-se de erros e minimizar as dificuldades. Por exemplo, sabendo que para uma
oportunidade tornar-se concreta é preciso saber que existem contextos econômi-
cos, sociais, políticos, tecnológicos, individuais que influenciam a todo momento o
empreendedor. Ao conhecer o impacto de cada variável, é possível preparar-se para
minimizar. Vale ressaltar que, para cada empreendedor, os impactos podem ser di-
ferenciados, por isso, ao ter uma abordagem geral, o indivíduo poderá ter uma ideia
do que enfrentará ao longo do negócio, caso venha a abrir.
63
aprimore-se
Fonte: os autores.
64
eu recomendo!
livro
conecte-se
65
3
DEFININDO UM
MODELO
DE NEGÓCIO
PROFESSOR
Me. Anderson Katsumi Miyatake
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Compreender as características
do modelo de negócio • Discutir as vantagens da elaboração do modelo de negócio • Apresentar as
principais características da ferramenta Canvas • Descrever os passos para elaborar o Canvas • Apre-
sentar as diferenças entre Canvas e Plano de Negócio.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Modelo de negócio • Vantagens de ter um modelo de negócio definido • Compreendendo o Business
Model Canvas • Elaborando o Modelo Canvas • Diferenciando Canvas de Plano de Negócio.
INTRODUÇÃO
NEGÓCIO
UNICESUMAR
blico é a lógica de orientação de um negócio. Esse valor pode ser para a socie-
dade de forma geral, para empresas públicas ou privadas, determinado grupo
de pessoas que terão acesso a uma nova forma de satisfazer uma necessidade.
Criar valor é a nova perspectiva de foco, e para que isso aconteça, é fundamental
saber para quem será criado e implica em conhecer esse conjunto de pessoas,
sejam elas físicas ou jurídicas.
A inovação em modelos de negócio acontece quando o modo de ganhar
dinheiro cresce, tornando-se lucrativa. Esse modo de crescimento tem feito
acontecer a discussão sobre as startups. Segundo Gitahy (2016) “é um grupo de
pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando
em condições de extrema incerteza”.
Ainda conforme o autor, a startup tem que proporcionar uma criação de valor
diferenciada; consiste em um erro considerar que toda nova empresa é startup,
visto que o negócio tem que ser repetível, poder ser reproduzido de forma quase
ilimitada e escalável, ou seja, crescer sem ter que modificar o modelo de negócio.
Isto é, a receita cresce em larga escala, e os custos à baixa escala, isso tudo acon-
tecendo em um ambiente de incerteza.
Após apresentar as primeiras informações sobre modelos de negócios, vamos
abordar as vantagens de ter um modelo bem definido.
explorando Ideias
Uma mudança no modelo de negócio pode causar impacto em todo o mercado e até na
sociedade. Se o mercado hoje está desenvolvido, é por conta de empreendedores que
pensaram em inovação e alteraram o modelo de negócio.
O Uber é um exemplo moderno de alteração bem-sucedida. O mercado de transporte de
passageiro parecia estabilizado com a criação de centrais de táxi e aplicativos de celular,
até que foi criado um modelo inovador de uma empresa que ganha dinheiro sem ter um
táxi e que transforma qualquer indivíduo com uma carteira de motorista, como potencial
consumidor interessado em ser motorista, revolucionando o mercado.
A Xerox também mudou o mercado na década de 60 com a criação da fotocopiadora, co-
brando um valor para que os interessados pudessem ganhar dinheiro. Algo que hoje, para
nós, é comum; na época, revolucionou o mercado e possibilitou a criação de fotocopiadoras.
Fonte: o autor.
69
2
VANTAGENS DE TER UM
UNIDADE 3
MODELO DE
NEGÓCIO DEFINIDO
70
de negócio, estará mais propício a maximizar ações nas áreas. Isto é, um
UNICESUMAR
modelo definido será importante para ter e possibilitar ideias transforma-
das em oportunidades de negócios, criar parcerias que podem maximizar
os resultados da organização.
Quando uma organização tem suas características e estilo definidos, está
mais preparada para enfrentar as dificuldades e imprevistos do mercado,
visto que conhece os seus limites, qualidades e defeitos, permitindo uma
vantagem em relação à maioria dos negócios que se adaptam conforme
o mercado, sem planejamento e sem saber se realmente devem mudar. A
adaptação ocorre, mas é mais pela necessidade e isso provoca, na instituição,
retrabalho e desorganização.
Conforme Osterwalder e Pigneur (2010 apud MOTA, 2012), existem 6
práticas para elaborar um modelo de negócio:
■ Ótica do cliente: é importante estruturar um negócio, tendo em vista
a perspectiva de valor do cliente e não somente aos interesses próprios,
e isso se faz ao saber o que ele vê, ouve, pensa e sente, diz e faz, sente
e ganha.
■ Geração de novas ideias: é importante ter uma equipe comprome-
tida que realize práticas de brainstorming de forma a pensar: E se?
■ Pensamento visual: o uso de ferramentas, como desenhos, esquemas,
diagramas e adesivos autocoláveis ajuda a transformar ideias que se
têm em informações concretas, o que ajuda a explicitar.
■ Prototipagem: um modelo não é perfeito e imutável. A possibilida-
de de pensar como um protótipo permite explorar como um novo
público-alvo, mudar os parceiros-chave, dentre outras possibilidades.
■ Apresentação do modelo como uma história: permite cativar pes-
soas a trabalharem e investirem por criar um contexto que apresenta
e justifica o modelo de negócio.
■ Cenários: permite pensar nos clientes e nas possibilidades de negó-
cios, o que ajudam no aperfeiçoamento do modelo de negócio.
Essas práticas são importantes para definir o modelo, mas por que pensar em
ter um modelo definido? Vamos demonstrar algumas vantagens:
■ Inovação: permite focar as energias para concentrar os esforços no
desenvolvimento de produtos e serviços.
71
■ Criação de protótipos: o pensamento atual dos negócios é que não
UNIDADE 3
pensando juntos
Quando os gestores de uma empresa não sabem o que querem, fazem várias coisas ao
mesmo tempo para demonstrar que se adaptam ao mercado, mas, na verdade, desperdi-
çam recursos financeiros e desgastam os colaboradores.
Parece perda de tempo, mas definir um modelo de negócio tem vantagens para
ajudar o seu negócio a abrir e manter-se no mercado. Planejar e organizar traz
um diferencial e quando, em outra unidade, abordamos sobre o empreende-
dorismo por oportunidade, era justamente para demonstrar que empreender
quando há conhecimento do mercado aumenta as possibilidades de sucesso
nos negócios. Continue os seus estudos porque, em outro momento, vamos
abordar sobre as causas de mortalidade de negócios e você compreenderá a
importância do que foi apresentado até o momento.
72
3
COMPREENDENDO O
UNICESUMAR
BUSINESS MODEL
CANVAS
O modelo de negócios Canvas foi criado a partir de uma tese, visando uma
ferramenta que pudesse ser mais dinâmica ao momento do mercado, que
pede mais agilidade na tomada de decisão; e que poderia ajudar a fazer testes
e validar ideias; e que a construção ocorresse conforme os próprios objetivos;
e que pudesse ser utilizada por inúmeros tipos de negócios.
Nos dias atuais, a gestão deve estar pautada numa visão em que considera
os stakeholders como parceiros e, para isso, precisa ter uma visão mais aberta
e integrada, sendo a colaboração um aspecto essencial.
Para tanto, é necessário uma metodologia que ajude na inovação que pode
estar presente em todos os setores de atividades. Para que isso seja possível, é
importante que seja prática e intuitiva, que possa ser acessível para os indivíduos
sem a necessidade de alta especialização para fazer, o que dificultaria a utilização.
O Business Model Canvas atende ao que foi escrito anteriormente, utili-
zando uma metodologia visual, definindo claramente pontos que devem ser
considerados, seja para uma nova instituição ou para uma organização já
estabelecida no mercado. A ferramenta, que é dividida em quadros, ajuda o
empreendedor a inovar, podendo ser aplicada a qualquer momento.
73
UNIDADE 3
explorando Ideias
O Modelo Canvas teve origem na tese de doutorado de Osterwalder que pesquisava uma
ferramenta que pudesse ter como base o Plano de Negócios, mas que fosse mais dinâmi-
co para lidar com o mercado. Após a tese, foi elaborado um livro que durou 9 anos com a
colaboração de 470 pessoas de 45 países. Foram criados 8 protótipos até chegar no atual,
foram feitas 200 impressões de teste que utilizaram mais de 28 mil post-its, 287 ligações
de voz e 4000 horas de trabalho até chegar ao livro que descreveu como gerar modelos
de inovação em negócio.
Fonte: adaptado de Osterwalder e Pigneur (2011).
UNICESUMAR
elaboração pode ser feita de forma impressa, dessa forma, coloca-se em uma mesa
ou uma parede e, a partir daí, utiliza-se o post it para escrever.
Vamos detalhar para você como se faz a elaboração.
4
ELABORANDO O
MODELO CANVAS
Para efeitos didáticos, vamos mostrar os passos utilizados para a elaboração. Pri-
meiro, vamos tratar da parte mais estratégica que se refere ao lado direito e, por
fim, as partes do lado esquerdo, que tratam do funcionamento do negócio. Para
isso, cada tópico a seguir será referente à cada uma das 9 partes.
Segmentos de Clientes
Podemos dar mais alguns exemplos: pessoas físicas podem ser mulheres solteiras
entre 18 e 35 anos que estão empregadas, jovens até 18 anos que não trabalham
e idosos acima de 65 anos que continuam trabalhando. Para pessoas jurídicas,
alguns exemplos são agências de turismo que vendem pacotes para executivos
de negócios, indústrias de médio porte que realizam operações interestaduais,
comércios varejistas de roupas que vendem para pessoas com restrição de crédito
e organizações não governamentais que cuidam dos direitos dos animais.
Resumindo, no Modelo Canvas pode ser determinado um público-alvo para
apresentar uma diferenciação. Contudo, não há problema em escolher dois públi-
cos desde que exista duas propostas de valor, tópico que será abordado a seguir.
Proposta de valor
UNICESUMAR
proposta de valor são, de acordo com Osterwalder e Pigneur (2011, p. 23): “que
valor entregamos ao cliente? Qual problema estamos ajudando a resolver? Que
necessidades estamos satisfazendo? Que conjunto de produtos e serviços estamos
oferecendo para cada segmento de clientes?”.
Osterwalder e Pigneur (2011) citam os elementos que representam a proposta
de valor:
■ Novidade: conjunto de necessidades pouco percebidas pela carência de
algo similar.
■ Desempenho: ao oferecer melhoria em produtos e serviços.
■ Personalização: atendendo às necessidades específicas, utilizando ter-
mos, como a customização em massa e cocriação.
■ Fazendo o que deve ser feito: ajudando o cliente na execução do serviço.
■ Design: principalmente ao ofertar algo superior para o mercado.
■ Marca/status: podem demonstrar um diferencial pelo uso ou demons-
trar que fazem parte do grupo ao utilizar o produto/serviço.
■ Preço: quando se oferta um produto por criar um modelo com baixo
custo ou mesmo serviços gratuitos que têm sido uma tendência para al-
guns mercados.
■ Redução de custo: ao contribuir para que o público reduza os custos de
compra ou fabricação.
■ Redução de risco: principalmente ao ofertar garantia de que o produto
funcione.
■ Acessibilidade: ao tornar disponível para o consumidor, seja pela novi-
dade ou pela popularização.
■ Conveniência/usabilidade: quando o produto é mais fácil de ser uti-
lizado, torna-se menos necessário o auxílio ao consumidor e tende a ter
mais aceitação pelo público.
“
Através de quais canais nossos segmentos de clientes querem ser
contatados? Como os alcançamos agora? Como nossos canais se
integram? Qual funciona melhor? Quais apresentam melhor cus-
to-benefício? Como estão integrados à rotina dos clientes?
A relação com o cliente é fundamental para que a proposta de valor seja entregue.
Por isso, pense com carinho em como quer manter contato e o que pode ser feito
para melhorar. Os questionamentos relevantes, nesse momento, são: “que tipo
de relacionamento cada um dos nossos segmentos de clientes espera que esta-
beleçamos com eles? Quais já estabelecemos? Qual o custo de cada um? Como
integram-se ao restante do nosso Modelo de Negócios?”
A partir daí, algumas das respostas, conforme os autores, podem ser a utiliza-
ção de assistência pessoal, assistência pessoal dedicada, self-service, serviços auto-
matizados, comunidades com um propósito e cocriação com outros interessados.
Ressaltamos que é importante partir do pressuposto de que a visão das
organizações deve ser de manter contato e criar vínculo com o público. Para
isso, devem ser buscadas formas de fazer o público voltar a manter relacio-
namento com a instituição, sendo a utilização das redes sociais, programa de
fidelidade e descontos progressivos, exemplos de formas de criar relaciona-
mento com os clientes.
78
Fontes de Receita
UNICESUMAR
A obtenção de dinheiro é uma das ações mais esperadas pelos empreendedores,
por isso, é importante pensar em como ter receita. Com isso, é relevante pensar,
conforme Osterwalder e Pigneur (2011, p. 31): “quais valores nossos clientes
estão realmente dispostos a pagar? Pelo que eles pagam atualmente? Como
pagam? Como prefeririam pagar? O quanto cada Fonte de Receita contribui
para o total da receita?”
As formas de ganhar dinheiro ocorrem não somente por meio da venda de
produtos, que é o mais comum, mas podem ser utilizadas taxa de uso, taxa de
assinatura, empréstimos/aluguéis/leasing, licenciamento, taxa de corretagem,
anúncios, representa a forma como a organização ganhará dinheiro. Além da
forma ganhar dinheiro, é relevante colocar-se no lugar do cliente, de forma a
pensar o que o consumidor quer, como quer pagar, o quanto quer pagar.
Recursos Principais
Atividades-chave
Ter recursos é importante para uma organização, entretanto, só isso não é suficiente.
Torna-se fundamental saber as atividades que uma organização precisa executar
para entregar a proposta de valor. Osterwalder e Pigneur (2011, p. 37) consideram
importante pensar: “que atividades-chave nossa proposta de valor requer? Nossos
canais de distribuição? Relacionamento com Clientes? Fontes de Receita?”
79
Uma organização pode realizar atividade de produção, resolução de pro-
UNIDADE 3
Parcerias Principais
80
Estrutura de custo
UNICESUMAR
Toda organização tem custos, o diferencial em um modelo de negócio claro, com
potencial de se tornar escalável, possui custos reduzidos. Antes de pensar somente em
cortar, é fundamental encontrar a razão de cada um existir e o impacto no negócio.
Por exemplo, não é demitir um funcionário, em caso de empresa existente, que o
custo diminuirá, mas no efeito que isso pode ocasionar, ou seja, será que a equipe que
permanecer estará apta para executar o trabalho? Será que a organização preparou
os colaboradores para esse momento?
Para ajudar a estruturar os custos, Osterwalder e Pigneur (2011, p. 41) conside-
ram relevante pensar nos seguintes pontos: “quais são os custos mais importantes em
nosso Modelo de Negócios? Que recursos principais são mais caros? Quais ativida-
des-chave são mais caras?”
Uma organização pode focar a estratégia pelo custo ou por apresentação de um
valor. Vale dizer que se o foco é no custo, quando sua organização não tiver mais
esse ponto, o consumidor tende a procurar o concorrente. Da mesma forma ocorre
quando é proposto ter um valor diferenciado. Se a empresa deixar de apresentar ou os
concorrentes proporcionar algo melhor e nada for feito, o valor deixa de ter impacto.
Nesse momento, o foco não está em detalhar os custos, até porque o projeto está
em concepção, mas saber quais são os valores aproximados permitirá ter uma ideia
se o projeto tem potencial para se tornar realidade. Uma organização é composta de
custos fixos e variáveis, podendo ser aluguéis, matéria-prima, salário, compra de má-
quinas e equipamentos, frete, entre outros. Se conseguir ter uma ideia do que compõe
a estrutura de custo do seu empreendimento será uma vantagem interessante para
analisar a viabilidade.
explorando Ideias
Sugerimos, para efeitos didáticos, uma ordem para a elaboração do Canvas. Entretanto, não
há uma ordem a ser seguida, sendo possível começar pela receita, atividades-chave, canais ou
qualquer uma das outras partes. Desde que respeitado o conceito de cada uma das partes.
Um ponto importante é que não há um certo ou errado na construção do Canvas, mas
aquele definido pelo empreendedor para o atual momento do mercado que pode durar
semanas ou meses.
Fonte: o autor.
81
5
DIFERENCIANDO CANVAS DE
UNIDADE 3
PLANO DE NEGÓCIO
Além da ferramenta Canvas, existe outra ferramenta bastante utilizada nos negócios,
chamada Plano de Negócio, que será abordada na próxima unidade, cabendo, neste
momento, fazer a distinção entre elas. O Canvas teve origem no Plano de Negócio,
por isso, não o substitui, mas o complementa, visto que o primeiro tem o objetivo de
definir as características do modelo de negócio, e a segunda ferramenta é fundamen-
tal para saber o como “chegar lá”, por meio de estratégias estruturadas.
O Plano de Negócio é uma ferramenta que vai detalhar as informações das áreas
de Marketing, Recursos Humanos, Finanças e Operacionais elaborado em forma de
documento escrito, projetando tendências para o negócio, sendo atualizado confor-
me mudanças no ambiente da empresa. A atualização ocorre de forma mais lenta,
visto que depois de pronto, uma atualização necessita alterar a estrutura do que foi
registrado. Já o Canvas é estruturado em forma de quadro que o permite ter uma
visão geral do projeto, podendo ser cocriado com inúmeras pessoas, sendo reformu-
lado quando necessário, servindo até como ferramenta para antecipar tendências.
Ambas as ferramentas podem ser utilizadas para todos os tipos de organizações,
sejam empresas com finalidades lucrativas de grande, médio ou pequeno porte, como
entidades assistenciais, clube, igrejas e grupos de trabalho. Além disso, podem ser
aplicadas a qualquer momento em uma organização, seja no início, quando a empresa
está em crescimento ou mesmo em declínio.
Esperamos, com isso, que você tenha aprendido sobre “Modelo de Negócios”
e compreendido que existe outra ferramenta que também pode ajudar o em-
preendedor. Aproveite para estudar os materiais complementares e prepare-se
para continuar os estudos!
82
UNICESUMAR
pensando juntos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1. Uma organização que deseja se manter no mercado competitivo precisa estar atenta
às mudanças do ambiente de negócios. Para isso, uma opção é utilizar a ferramenta
Business Model Canvas, que auxilia na inovação. Uma das importantes partes do
modelo que ajuda a ser competitivo é elaborar uma proposta de valor diferenciada.
Com base no que foi apresentado no material, leia e identifique a alternativa
que retrata corretamente.
2. Para elaborar ações estratégicas para uma organização, um empreendedor tem que
definir objetivos, metas e tomar decisões. Para isso, pode utilizar duas ferramentas:
Business Model Canvas e Plano de Negócio. Cada uma tem características peculiares
que as diferenciam na utilização em um negócio, porém, ambas são benéficas. A
partir do conteúdo que foi estudado, leia as afirmações e identifique corretamente
as características.
84
na prática
a) V - F - V.
b) V - F - F.
c) F - F - V.
d) F - V - V.
e) Todas as alternativas são verdadeiras.
4. Para que uma organização possa ser viável em um mercado competitivo precisa ter
um modelo de negócio consistente. A partir do que foi tratado no material, leia as
afirmações e identifique as que retratam corretamente sobre as vantagens de ter
um modelo de negócio.
85
na prática
III - Criar cenários que permitem pensar nas ações necessárias para ter mais acei-
tação com o público.
IV - Demonstrar a viabilidade financeira de uma nova proposta de empresa.
5. A ferramenta Modelo de negócio Canvas tem sido bastante divulgada no meio em-
presarial por ser uma ferramenta prática com características peculiares. Com base
no conteúdo da unidade, leia e identifique as descrições corretas das características
do Canvas.
86
aprimore-se
Você deve estar se perguntando: inovar faz parte da sua realidade ou isso é ape-
nas para médias e grandes corporações? Outro possível questionamento é: será
utilizada a ferramenta no dia a dia?
A resposta é sim para as duas perguntas. A inovação não é apenas para os
grandes, mas para todos. Temos o pensamento de que é algo complexo e que
exige grandes investimentos financeiros, mas pode ser feito com poucos recur-
sos desde que com mudança de pensamento. Para inovar, é necessário conhe-
cimento em gestão, atenção ao presente e ao futuro do mercado, informações
sobre os consumidores para criar propostas de valor adequadas ao consumidor.
Mas como inovar? O consumidor quer atenção e bom atendimento, customiza-
ção, facilidade de pagamento, rapidez na entrega, preço competitivo, promoções
de vendas, variedade de produtos, produtos de qualidade com garantia, assis-
tência técnica, entre outros. É possível atender a um ou mais aspectos de forma
real e autêntica? Será mesmo que não dá? Os empreendedores se questionam
dessa forma para conseguir pensar em formas diferenciadas de fazer a mesma
atividade e reformular modelos de negócio.
Para que isso se torne possível, é fundamental estar com uma postura de
predisposição para a novidade. Não adianta dizer que quer inovar, mas ao sinal
da primeira mudança, adotar uma postura defensiva.
É muito provável que você não quer que seu negócio feche, correto? Mas,
se não fizer nada, é muito provável que ele se torne, aos poucos, obsoleto, e
quando você perceber pode ser tarde. Imagine uma banana que você compra
no mercado e deixa na cozinha. Os dias vão passando e a fruta vai mostrando
sinais que está madura e depois passando do ponto. Se você não fizer nada a
respeito, a fruta estragará e você terá que jogar fora, ou seja, se não agir para
fazer um suco, um doce ou comer, depois será tarde. Mas o questionamento é:
é preciso esperar a banana estar perto de estragar para só assim consumir? Vale
a pena comprar sempre o mesmo tipo de banana? Não é possível comprar outra
fruta? Será que um dia essa banana pode estar escassa ou mesmo acabar? Pen-
87
aprimore-se
sando dessa forma, você pode reestruturar seus hábitos alimentares e ter mais
prazer em consumir. Já pensou nisso? Muitas vezes ficamos no automático e não
questionamos nossas atitudes. Você quer se alimentar melhor, comprar e comer
frutas para não desperdiçar a fruta e o dinheiro, mas se não repensar seus com-
portamentos reproduzirá o mesmo ciclo.
Nos negócios, a situação é a mesma. Se nós não pensarmos em mudança,
tenha certeza que outro está fazendo. E se você não estiver atento, não perce-
berá que o mercado está mudando e quando agir pode ser tarde demais. Um
concorrente pode ter criado uma novidade no mercado, os outros se juntaram
para se tornarem mais competitivos e você permaneceu parado. Depois não
adianta culpar o governo, os concorrentes, os funcionários ou qualquer outra
variável porque o problema estava todo o tempo com o indivíduo que não fez
nada para evitar.
A segunda pergunta foi sobre a aplicabilidade do Canvas na organização. Ele
pode ser utilizado mesmo pelos pequenos negócios no dia a dia. Os questiona-
mentos feitos anteriormente serão respondidos utilizando essa ferramenta. Por
exemplo, preciso otimizar os meus custos. Como fazer isso? Redefinindo o públi-
co, propondo um diferencial para o consumidor, alterando a forma de entregar
para o público, criando um relacionamento, diversificando o modo de ganhar
dinheiro, criando novas parcerias e relacionando as atividades principais da em-
presa com os recursos principais são possibilidades. Esses pontos são tratados
no Canvas e você pode repensar. Reparou que nem mencionamos os custos em
si? Nem sempre o óbvio é a única solução.
Concluindo, por que inovar no modelo de negócio? Porque novas formas de
fazer a mesma coisa podem ser feitas ou mesmo criadas visando que o negócio
se torne mais próspero.
Fonte: o autor.
88
eu recomendo!
livro
conecte-se
O Sebrae disponibiliza um site em que você pode elaborar o seu Canvas de forma
prática e colaborativa.
http://sebraecanvas.com/
O Movimento Empreenda criou uma cartilha rápida e prática para ajudar na ela-
boração do Canvas, dando dicas para elaborar e apresentando as características
da ferramenta.
http://movimentoempreenda.revistapegn.globo.com/news/ferramen-
tas/2012/07/business-model-canvas-089.html
89
4
PLANO DE
NEGÓCIO
PROFESSORES
Me. Anderson Katsumi Miyatake
Me. Paulo Pardo
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Compreendendo Plano de Negócio
• Erros capitais na elaboração do Plano de Negócio • Iniciando o Plano de Negócio • Elaborando o Plano:
Marketing, Operações e Recursos Humanos • Elaborando o Plano: Finanças e Cenários de negócios.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Apresentar as principais características do Plano de Negócio • Descrever os principais erros cometidos
na elaboração e apresentação do Plano de Negócio • Destacar os principais pontos para a elaboração
do Plano • Descrever a elaboração do Plano de Marketing, Plano Operacional e Plano de Recursos
Humanos • Descrever a elaboração do Plano Financeiro.
INTRODUÇÃO
PLANO DE NEGÓCIO
No mundo dos negócios, todos querem tornar uma empresa lucrativa, porém pou-
cos se organizam para viabilizar essa situação. O Plano de Negócio (PN) é uma fer-
ramenta que auxilia um empreendedor, e para que você compreenda bem, vamos
utilizar o pensamento de Dolabela (2006, p. 77): “é uma forma de pensar sobre o
futuro do negócio: para onde ir, como ir mais rapidamente, o que fazer durante o
caminho de forma a diminuir incertezas e riscos”. Isto é, o PN nos ajuda a pensar
de forma estruturada a alcançar o que desejamos. Outra maneira de considerar
um PN é apresentada por Degen (2009, p. 208):
“
O plano do negócio é a descrição, em um documento, da oportunidade
de negócio que o candidato a empreendedor pretende desenvolver, como
a descrição do conceito do negócio, dos atributos de valor da oferta, dos
riscos, da forma como administrar esses riscos, do potencial de lucro e
crescimento do negócio, da estratégia competitiva, bem como o plano de
marketing e vendas, o plano de operação e o plano financeiro do novo
negócio, com a projeção do fluxo de caixa e o cálculo da remuneração
esperada, além da avaliação dos riscos e o plano para superá-los.
UNICESUMAR
que está e preparar-se devidamente para minimizar riscos. Planejar é uma ativi-
dade fundamental nos dias atuais. Mesmo com o cenário de negócios mudando
a todo o momento, é necessário planejar para conhecer o mercado e as possi-
bilidades para o futuro. Se a situação para quem se prepara está difícil, imagina
para aquele que não o faz.
Talvez você já tenha se perguntado como alguns empresários de sucesso, al-
guns até muito famosos na mídia, à frente de megaempreendimentos, “chegaram
lá”. É uma boa pergunta, no entanto, independentemente de como esse sucesso
aconteceu na vida deles, acredito que essa não seja a pergunta que deve ser feita.
A pergunta correta é: como eu, com o meu empreendimento, posso “chegar lá”?
E esse “chegar lá” pode não ser, necessariamente, transformar seu negócio em
uma grande corporação – embora isso possa ser alcançado –, mas sim como
esse empreendimento vai trazer satisfação pessoal, realização profissional e a
concretização de metas pessoais.
Todo empreendimento deve elaborar um Plano de Negócio, independente-
mente do porte ou do ramo de atividade. É importante ressaltar que tem diversas
utilidades, não só para quem pensa em empreender, mas para aquele que possui
algo e pretende expandir. Elencamos seis utilidades do PN para uma organização:
1. Abertura de novo negócio – ajuda a traçar os primeiros passos do em-
preendedor, principalmente nos dois primeiros anos que são bem críticos.
2. Reestruturar empresa existente – em momentos de dificuldades, a utili-
zação do Plano é importante para superar as dificuldades.
3. Projeto para criar novo produto, serviço e método de produção.
4. Pedir financiamento ou empréstimo – importante em momentos de difi-
culdades financeiras, ou quando recursos são necessários para a compra
de matérias-primas, máquinas ou até um novo espaço.
5. Avaliar oportunidades de negócio – possibilidade de investir em novos
mercados.
6. Planejar ações futuras – por meio do estudo de mercado, pensa-se em
explorar um novo mercado, abrir novas filiais.
Essas utilidades do Plano de Negócios nos fazem perceber que é necessário re-
fletir e planejar os passos para minimizar os riscos do insucesso. Essa ferramenta
contribui para o empreendedor saber os melhores caminhos a seguir, minimi-
zando os riscos para alcançar o tesouro.
93
UNIDADE 4
pensando juntos
Imagine uma caça ao tesouro. É o que todo mundo deseja encontrar nos negócios. O
mapa é o Plano de Negócios e o tesouro é uma empresa lucrativa, proporcionando altos
retornos e reconhecimento para o empreendedor.
94
2
ERROS CAPITAIS NA
UNICESUMAR
ELABORAÇÃO DO
PLANO DE NEGÓCIO
Nunca é demais frisar que o Plano de Negócio será examinado por diversos públicos
interessados. Assim, da mesma forma que você tem um capricho quando vai receber
convidados em sua casa, faça o mesmo com o seu plano de negócios. Afinal, ele serve
como apresentação formal de sua empresa, do seu negócio. Que impressão você quer
causar em quem for utilizá-lo?
Outra recomendação se refere ao próprio dinamismo do Plano de Negócios. É
verdade que, ao elaborá-lo, você demonstrou um momento no tempo, como em uma
fotografia. Porém, o mundo dos negócios e a economia são muito dinâmicos. Por isso,
não faz sentido você fazer de seu Plano uma peça de museu a ser preservada. Pelo
contrário, deve acompanhar essas mudanças de cenário, refletindo a realidade do
mercado de modo que também sirvam como uma bússola a guiá-lo em suas decisões.
É muito importante adaptar o Plano de Negócios de acordo com sua organização
e conforme o objetivo. A preocupação não deve estar na quantidade de páginas, mas
em enfatizar as informações e destacar as qualidades do seu projeto. O Plano de Ne-
gócios da Petrobrás ou do Banco do Brasil será muito mais detalhado que a mercearia
da esquina ou mesmo uma empresa transportadora que atua em determinado estado.
É importante, durante a elaboração, procurar fontes confiáveis de informações
e averiguar se a informação é verdadeira. Por isso, buscar informações em fontes
relevantes é fundamental, como órgãos oficiais do governo, associações de classe ou
centros de pesquisas. Informações somente de jornais ou blogs podem não ser tão
confiáveis e é preciso ter cautela antes de utilizar.
Baron e Shane (2010) destacam a existência de sete pecados capitais cometidos
na elaboração e apresentação do PN, sendo fundamental o empreendedor conhecer.
95
1. O Plano é muito pretensioso – durante a elaboração, as análises e as projeções
UNIDADE 4
UNICESUMAR
no mercado e a forma como vai funcionar a empresa.
Para terminar esse tópico, destacamos o pensamento de Sarfati (2017), que tra-
ta como obstáculos o excesso de otimismo do empreendedor, ignorar que existe
competição no mercado e a falta de integridade do empreendedor, ou seja, como é
o histórico de atuação no mercado.
3
INICIANDO O
PLANO DE NEGÓCIO
Um Plano de Negócio não possui uma estrutura rígida e, ao pesquisar por mode-
los, iremos encontrar diferentes estruturas. Porém, para ajudá-lo na caminhada,
vamos apresentar uma sugestão com base no Sebrae.
1 – Sumário Executivo 5 – Plano Financeiro
4 – Plano Operacional
Quadro 1 - Modelo de plano de negócios sugerido pelo SEBRAE / Fonte: SEBRAE (2015).
explorando Ideias
Elaborar um Plano de Negócio não é uma atividade fácil. Acreditamos que é importante ter
contato com Planos de Negócios já preenchidos para verificar a aplicação prática desses
modelos. Ao conhecer exemplos, perceberá a quantidade de detalhes que devem ser consi-
derados. Convidamos você a acessar planos prontos de diversas áreas no site do professor
Dornelas, disponível em: <http://www.josedornelas.com.br/plano-de-negocios/>.
Fonte: os autores.
A partir desses modelos, vamos explicar, de forma geral, cada uma das principais
etapas do Plano de Negócios.
Qual é o produto/serviço?
98
Como investirá o dinheiro?
UNICESUMAR
Como? Como está a saúde financeira?
Análise de Mercado
Nessa fase, é necessário pensar sobre o seu mercado e o público-alvo. Por isso,
precisa ser feito com cautela e buscar informações que correspondam à realidade
que devem ser: qualitativas - ajudam a compreender particularidades do mercado
- e quantitativas - retratam em números e cifras. É importante buscar informações
fidedignas em instituições de pesquisas, órgãos oficiais, SEBRAE, associações
de classe, sociedade comercial, em instituições de ensino superior, consultorias
ou entidades especializadas. Dornelas (2005) apresenta algumas perguntas que
contribuem para fazer uma boa análise de mercado, conforme Quadro 3.
Mercado de forma geral Segmento de mercado Consumidores
99
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
explorando Ideias
O empreendedor terá que analisar o ambiente, estando alerta às mudanças que ocor-
rem na empresa, no setor, no mercado e na comunidade. Ele precisa fazer julgamentos
tomando decisões a todo o momento. Quando ele estiver errado, terá perdas que devem
ser minimizadas o quanto antes e aprender com a situação. A angústia é o preço pago
pelo empreendedor ter o próprio negócio. Por outro lado, quando toma boas decisões,
tem recompensas financeiras e satisfação pessoal e profissional. Algumas das informa-
ções a serem pensadas pelo empreendedor ao realizar uma análise de mercado são: a
existência de intermediários, as condições competitivas que podem afetar o negócio, a
influência do governo no mercado, os impactos das mudanças econômicas, políticas e so-
ciais, pontos fortes e fracos dos concorrentes, como penetrar no mercado e os mercados
ou grupos de clientes que a empresa pretende servir.
Fonte: adaptado de Oliva et al. (2011).
100
Tudo começa com uma pesquisa de mercado em que vai coletar informações
UNICESUMAR
sobre o que ocorre hoje e as tendências para o futuro. Após a coleta, haverá a a
análise de mercado que é o momento de também abordar sobre produtos e ser-
viços. Estudar o grau de desenvolvimento do produto no mercado é importante
para saber se o mercado está em expansão, em baixa ou estável. A partir daí, é
possível fazer alterações no produto por meio de pesquisa e desenvolvimento,
criar nova linha, tirar do mercado ou mudar o posicionamento no mercado.
Agora que você já tem a base para a empresa se posicionar no mercado é
possível partir para a próxima parte do Plano, que é criar estratégias para cada
setor da organização.
4
ELABORANDO O PLANO:
MARKETING,
OPERAÇÕES E
RECURSOS HUMANOS
101
Marketing
UNIDADE 4
É por meio desse Plano que vamos pensar em ações para chamar a atenção do nosso
produto/serviço. Essas ações se tornam possíveis ao conhecermos bem o mercado e
o nosso público-alvo. O Plano de Marketing é uma das partes fundamentais do ne-
gócio, porque propicia entender as melhores formas de criar estratégias adequadas
para o negócio, sendo que pode ser utilizado para diferentes tipos de organizações.
explorando Ideias
O Plano de Marketing é uma das partes fundamentais do negócio, porque propicia en-
tender as melhores formas de criar estratégias adequadas para o negócio, sendo que
pode ser utilizado para diferentes tipos de organizações. O manual serve para auxiliar no
desenvolvimento do Plano de Marketing. É necessário fazer cadastro antes de fazer o do-
wnload do material. Disponível em: <http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliote-
cadigital/documento/cartilha-manual-ou-livro/como-elaborar-um-plano-de-marketing>.
Fonte: adaptado de SEBRAE-MG (2013).
Produtos e serviços
UNICESUMAR
tamanho, estilo e opcionais.
■ Consolidar, padronizar ou diversificar os modelos.
Preço
Estratégias promocionais
UNICESUMAR
chamar a atenção. Só comunicar não resolve o problema, é necessário que a mensagem
seja clara. O cuidado deve ser uma palavra-chave, porque o lógico e claro para você
pode não ser para o seu público. O ponto-chave é que esse conjunto de indivíduos
compreenda e responda adequadamente.
pensando juntos
Procure conhecer o processo de comunicação e as barreiras que podem interferir - como cultu-
rais, gênero, idioma, religiosos - e, também, a repercussão que possa causar na mídia em geral.
Novamente, vamos recorrer ao SEBRAE (2003), que utiliza como pergunta-base: como
promover o produto? A partir daí, questões secundárias servem para nos orientar:
como você promove ou pretende promover a empresa, produtos e serviços? Alguma
promoção chamou a atenção ultimamente? Descubra por quê. Pense uma forma dife-
rente de chamar a atenção do consumidor.
Atualmente, existem diferentes veículos de comunicação com o cliente, como: redes
sociais, e-mail, banner online, banner impresso, panfleto, faixa, brindes, televisão, rádio,
jornal, revista, mala direta, busdoor, carro e moto de som, eventos, outdoor, venda por
meio de displays no próprio ponto de venda, dentre outros. Constantemente, são cria-
dos novos veículos para se comunicar com o cliente.
Quando nos referimos à Promoção, não podemos pensar somente no sentido de
desconto, mas no sentido de Promover o negócio. Por isso, devemos elaborar uma
comunicação de marketing, sendo que todas as formas de contato com os consumi-
dores devem conter a mesma essência que somente existe se há um planejamento e
objetivos bastante claros.
explorando Ideias
Não adianta ter o melhor produto e/ou serviço, o melhor preço e a forma de paga-
mento se o seu negócio tem problema na disponibilização para o cliente. Por isso,
a escolha do ponto é importante, para que seja acessível ao público-alvo na própria
organização e também para a entrega. Em vista desse pensamento, Dornelas (2005,
p. 150) considera três aspectos importantes a serem pensados para elaboração de es-
tratégias adequadas ao negócio: “usar canais alternativos; melhorar prazo de entrega;
otimizar logística de distribuição”.
A escolha do local e dos parceiros é importante, porque existem diversas formas de
interação entre uma organização e o cliente. Dolabela (2006) aborda as diferentes for-
mas de distribuir os produtos que se referem à possibilidade de criar canais alternativos:
■ Indústria – Consumidor.
■ Indústria – Varejista – Consumidor.
■ Indústria – Distribuidor – Varejista – Consumidor.
■ Indústria – Atacadista – Distribuidor – Varejista – Consumidor.
Porém, no caso de serviços, podemos considerar que o prestador de serviço pode ofe-
recer este diretamente ou tenha um intermediário que realiza uma etapa antes de en-
tregar ao cliente, como acontece com os serviços prestados por um contabilista e um
advogado, por exemplo.
Para a elaboração de estratégias adequadas, o SEBRAE (2003) apresenta uma
pergunta norteadora: como distribuir o produto? Com base nessa pergunta, um
comércio, uma indústria e as prestadoras de serviços podem pensar nos canais de
distribuição mais adequados, de acordo com as características do negócio. Outras
perguntas também sugeridas são:
■ Os produtos ou serviços são de fácil acesso para o mercado consumidor?
■ Que vantagem o ponto ou a distribuição tem para o consumidor?
■ Que desvantagem o ponto ou a distribuição tem para o consumidor?
■ Você oferece alguma facilidade para a compra?
■ O ponto ou a distribuição é adequado(a) ao produto ou serviço? Por quê?
■ Quantos concorrentes estão ou estarão próximos do negócio?
Essas perguntas ajudam a nos posicionar diante da escolha da melhor forma de tornar
acessível um produto para o consumidor. Não existe o melhor, mas aquele mais ade-
quado, de acordo com a estratégia de negócio.
106
Operações
UNICESUMAR
Cada negócio tem que direcionar atenção ao funcionamento, afinal, se esse setor
não funcionar, a organização não terá receita, ou seja, é essencial planejar formas
de maximizar o processo de transformação, que consiste na entrada de maté-
ria-prima ou informações que geram os bens e serviços dos empreendimentos.
Cada tipo de negócio tem características próprias, ou seja, indústrias, comércios e
prestadores de serviços e, também, em negócios físicos e virtuais que funcionam
de maneira diferenciada.
O processo operacional deve funcionar conforme o que for decidido em
nível estratégico e o setor de operações vai executar. Cabe ressaltar que o Plano
de Marketing, abordado anteriormente, está alinhado diretamente com a parte
Produto e Praça. Os principais pontos abordados no Plano Operacional são:
Espaço físico – para abrigar atividades de atendimento ao público, rece-
bimento, armazenagem, escritório e outras necessidades conforme a organi-
zação necessita para desempenhar as atividades.
Layout – refere-se à disposição das máquinas e equipamentos, de modo
a aproveitar os espaços e otimizar a capacidade produtiva. Em comércios,
consiste em aproveitar o espaço para apresentar os produtos na vitrine, alocar
o escritório, espaço para os consumidores degustarem o produto, o caixa,
dentre outras particularidades. Na prestação de serviços, é importante que
o ponto seja adequado para a instalação dos equipamentos e materiais ad-
ministrativos para atender os consumidores.
Necessidades para funcionamento – se for uma indústria, devem exis-
tir as máquinas, funcionários devidamente qualificados, os EPIs (Equipa-
mentos de Proteção individual) e controle de qualidade. Em comércios, há a
necessidade da força de vendas, dos produtos, dos materiais administrativos,
entre outros. Nas prestações de serviço, há necessidade de computadores, de
softwares gerenciais, de internet e outras necessidades conforme o negócio.
Exigências legais – para negócios que lidam com alimentos, é exigido
o curso de boas práticas, autorizações de segurança para operar o negócio. É
importante buscar por certificações de qualidade que, nos dias atuais, não é
diferencial, mas uma exigência do mercado.
Descrição técnica do produto/serviço – é importante saber os atri-
butos e os processos para fabricar o produto e serviço. Você pode optar por
não inserir no plano, mas é algo que precisa saber muito bem como ocorre,
107
até porque precisa saber a necessidade de mão de obra, de matéria-prima, de
UNIDADE 4
explorando Ideias
O Fluxograma é uma técnica bastante interessante que permite listar todas as tarefas e
o que fazer em cada situação. É importante para nos dar a dimensão dos processos e do
que fazer em cada situação. Uma sugestão para você entender a elaboração do fluxogra-
ma é encontrada no link disponível em: <http://organograma.net/fluxograma-modelos>.
Fonte: os autores.
UNICESUMAR
renciais, programas de qualidade, treinamento para assegurar a diminuição do
desperdício, aumentar a produtividade e diminuir os gargalos na produção.
Empregados necessários e possibilidade de turnos de trabalho – é neces-
sário dimensionar a quantidade de pessoas necessárias para executar a produção.
Caso a produção em um turno não seja suficiente, é necessário programar um
ou até dois turnos de trabalho, levando em consideração o período de oito horas
cada turno para atender à produção. Cabe destacar que existem organizações
que trabalham de forma intermitente, como a geração de energia elétrica, por
exemplo, que exigem adaptações na estrutura.
Terceirização de processos – alguns negócios optam por terceirizar parte
do processo de fabricação, no caso de indústrias, por exemplo, para atender uma
demanda extra ou mesmo para diminuição de custos, como ocorre no ramo ves-
tuário. Na prestação de serviços, também ocorre com outros agentes, realizando
processos ou mesmo quando existe necessidade de solicitação de serviços para
o Poder Público para, depois disso, entregar o serviço finalizado.
Transporte – a entrega dos produtos e serviços. Essa atividade é importante
e exige planejamento e dinheiro, pois é necessário dimensionar a forma de distri-
buir (entrega terceirizada ou própria) e também o meio de entrega (moto, carro,
van, caminhão, barco, navio, trem, avião). Também, o tempo necessário para en-
tregar, o possível seguro da carga no caso de acidente, por isso algumas empresas
utilizam rastreadores. No caso de frota própria, é preciso fazer a manutenção dos
meios utilizados. Parece uma atividade simples, entregar um produto/serviço,
mas é bastante difícil, pois envolve recursos e tempo de entrega e locomoção.
Logística reversa – hoje, não devemos nos preocupar somente em entregar
os produtos, mas também com o descarte, reciclagem ou a reutilização. A preo-
cupação com o meio ambiente é uma realidade, pois cada vez consumimos mais,
explorando os recursos naturais e poluindo o ambiente.
A elaboração do plano operacional contribui para eliminar gargalos na pro-
dução/prestação do serviço, otimizar processos, aumentando a eficiência da
organização. Nem todo negócio tem necessidade dessas etapas, pois, como res-
saltamos anteriormente, cada negócio possui particularidades. Para colaborar
no plano operacional, sistemas de gestão estão cada vez mais aperfeiçoados e
presentes nas organizações, para lidar com estoque, inventário, controle da pro-
dução e medir o impacto ambiental.
109
UNIDADE 4
explorando Ideias
Recursos humanos
Da mesma forma que existe preocupação com a empresa e com a produção, precisamos
direcionar esforços para aqueles que fazem o negócio funcionar e prosperar: os colabo-
radores. Apesar de não ser muito comum encontrar nos modelos de Plano de Negócio,
consideramos importante que você reflita sobre o componente mais importante de
uma organização. Com as tecnologias disponíveis para as organizações e os processos
sendo cada vez mais aperfeiçoados e eficientes, o fator humano torna-se uma forma de
obter um diferencial nos negócios por meio do atendimento ou da disponibilização de
serviços. A área deixou de ser vista apenas como responsável pela folha de pagamen-
to, contratação e demissão, mas responsável por assegurar que a organização tenha
diferenciais competitivos e cumpra a missão, a visão por meio de valores definidos e
praticados. Os principais aspectos a serem elaborados são:
Recrutamento – uma organização deve direcionar esforços desde o momento
do recrutamento. Esta é a fase de abrir a vaga para o mercado. Existem duas formas de
recrutamento: interno e externo. A primeira é feita no próprio negócio, ou seja, o gestor
busca entre os colaboradores aquele que pode preencher o cargo em aberto; em negó-
cios que estão sendo criados, não há como fazer esse tipo de recrutamento. O externo
busca a vaga no mercado, seja por empresas especializadas, indicações utilizadas no
jornal, revista ou internet. É importante que o perfil dos colaboradores seja compatível
com as características da organização.
Seleção – a seleção dos funcionários é a etapa posterior ao recrutamento. As em-
presas podem fazer essa triagem por meio da análise do currículo, entrevistas, provas,
dinâmicas de grupo, prova de aptidão física, dentre outros, que a organização considerar
mais relevante conforme o tipo do negócio.
Análise e descrição de cargos – as organizações são estruturadas de forma que
há a divisão de cargos, sendo que cada indivíduo terá atribuições específicas, ou seja, a
110
especialização do trabalho. Essa atividade considera o detalhamento das atividades, das
UNICESUMAR
habilidades requeridas e da posição na hierarquia do negócio sendo fundamental para
evitar retrabalhos ou tarefas que deixam de ser feitas por falta de clareza.
Plano de cargos e salários – a valorização profissional é algo que pode reter as
pessoas para que permaneçam por mais tempo em uma organização. Quando o
colaborador pode ser promovido ou aumentar a remuneração por meio do tempo
de permanência é algo que se torna um atrativo para que as pessoas permaneçam
e se comprometam.
Integração– é fundamental lidar com o processo de socialização do colaborador,
ou seja, preocupar-se com a inserção do colaborador nas atividades que irá realizar, na
segurança do trabalho, no relacionamento das pessoas que fazem parte do negócio.
Existem organizações que além de entregarem manual, realizam apresentações e ações
que podem durar horas ou dias.
Remuneração – é um aspecto para atrair e reter colaboradores. Quanto mais a
organização se predispor a pagar um valor acima do mercado, tende a chamar mais
a atenção das pessoas. Entretanto, ressaltamos que não é suficiente pensar em pagar
bem. Podem ser concedidos benefícios para complementar o valor, como bonificações,
recompensas, prêmios, incentivo para estudo, auxílio creche ou participações no lucro.
Para a maior parte dos negócios que são micro e pequenos isso se torna bastante difícil;
sendo assim, criar e incentivar um ambiente colaborativo é essencial e isso ocorre por
meio de reconhecimento e valorização das atividades que as pessoas desenvolvem.
Treinamento e Desenvolvimento – o treinamento dos colaboradores é funda-
mental para que prestem serviço ou produzam mantendo padrão de qualidade, por-
que cada atividade exige habilidades técnicas e sociais. É importante definir os cursos
necessários, bem como o prazo e a frequência que será aplicado aos colaboradores de
forma a se preocupar com a saúde física e mental.
O empreendedor precisa ser um líder e saber conduzir a sua equipe. Se você quer
pessoas intraempreendedoras, precisa criar um ambiente que estimule esse tipo de
comportamento. Parece simples, mas não é fácil lidar com os negócios, por isso precisa
estar devidamente preparado. Problemas de liderança podem atrapalhar o negócio, e
Lam (2013, online) aponta cinco erros cometidos por um empreendedor com os mem-
bros da equipe: não ser claro; somente cobrar; não incentivar a capacitação; ignorar o
feedback; e ser muito centralizador.
É importante conhecer práticas de gestão de pessoas, porque lidar com as pessoas
é fundamental. Pode ser difícil pensar em um plano mais específico, principalmente
em pequenas empresas, porém é necessário profissionalizar se a intenção é se tornar
111
uma empresa próspera e que seja importante no mercado. As empresas que fazem parte
UNIDADE 4
5
ELABORANDO O PLANO:
FINANÇAS E
CENÁRIOS DE
NEGÓCIOS
Chegou a hora de mensurar o que estudamos até o momento, para verificar sua
viabilidade. Não que isso não seja feito durante a elaboração dos outros planos, é
fundamental que cada um seja interligado.
É muito importante que, desde o início do negócio, o empreendedor entenda
que é fundamental separar as finanças pessoais com os valores da empresa. A não
separação desses valores é apontada como uma das causas que levam empreende-
dores a dificuldades financeiras e que podem até levar ao fechamento do negócio.
É por isso que existe o chamado pró-labore que é a retirada dos sócios, ou seja, o
salário que os proprietários recebem.
As Projeções de vendas são feitas com base na análise de mercado. Por isso é muito
importante dimensionar corretamente os valores. Ao dimensionar a receita, precisamos
levar em consideração a aceitação do mercado, as oscilações do mercado, as particu-
laridades do negócio, como inadimplência, furtos, perdas no deslocamento, e a sazo-
112
nalidade. Se a procura pelo produto/serviço aumentar, é necessário preparar-se para
UNICESUMAR
adequar ao aumento no movimento. O mesmo vale para os períodos em baixa. O clima
e as férias escolares são exemplos que podem afetar vendedores de sorvete e papelarias.
É necessário tomar cuidado com as despesas que temos ao constituir negócios.
Como o foco está na abertura do empreendimento, podemos negligenciar pequenos
valores que, se somados, podem representar valores consideráveis. Imagine os gastos
para registrar a empresa, mais os valores investidos com divulgação, criação de um site,
gastos com elaboração de questionários, no caso de desenvolver pesquisas de mercado,
contratação de consultoria, gastos com cópias e autenticações de documentos e criação
da marca - são todos valores que precisam ser registrados e pensados previamente. No
caso de empresa já existente, os gastos podem estar relacionados a pesquisas e prepa-
rativos para colocar um novo projeto em prática.
O investimento inicial é formado pelas despesas pré-operacionais, o investimento
fixo mais o capital de giro inicial (estoque de materiais diretos para produção/prestação
de serviço, custo fixo, reserva de capital para suporte de vendas a prazo) (DOLABELA,
2006). Outro aspecto importante são os gastos com máquinas, equipamentos, imóveis,
seguros e aluguel (caso exista), essenciais para quem vai começar o negócio.
De acordo com Dolabela (2006, p. 217), os custos fixos são “valores monetários
pagos pelos recursos utilizados para manter o funcionamento do negócio”. Eles exis-
tem independentemente da empresa abrir ou obter algum faturamento, como no caso
do aluguel e os custos com o plano de internet. Além deles, os custos variáveis, ainda
conforme Dolabela (2006, p. 217), são os “valores monetários pagos para obter e utilizar
recursos aplicados para produzir os produtos ou serviços”. Esses custos ocorrem em
função da produção, venda ou prestação de serviço, como no caso das matérias-primas.
Precisamos ter em mente que existem alguns fatores que impactam nos custos da
organização, como redução do volume de venda, aumento da inadimplência dos clien-
tes, das despesas e dos próprios custos. Por isso, é fundamental ter reserva financeira
para evitar problemas no capital de giro, encurtar o ciclo operacional, ou seja, diminuir
a diferença de tempo entre o recebimento e as despesas, para que ocorra o recebimento
antes do pagamento das despesas. Também se pode ter como alternativa a tentativa de
diminuir a inadimplência e evitar o endividamento.
O SEBRAE (2003) dá como sugestões, quando existe falta de recursos:
■ Melhorar o sistema de cobrança da empresa, controlando, de perto, as contas
a receber.
■ Reduzir o prazo de pagamento das vendas.
■ Melhorar o desempenho dos estoques.
113
■ Programar o pagamento das compras em função dos recebimentos da empresa.
UNIDADE 4
Caso isso não seja suficiente, pode-se recorrer às soluções externas, como negociar
com fornecedor e solicitar financiamento (SEBRAE, 2003). Por isso, é importante
gerenciar os recursos e, em caso de dificuldades, saber das alternativas que podem
ser aplicadas para resolver essas situações de forma satisfatória.
É necessário ter em mente, também, que os ativos fixos acabam desgastando-se
com o tempo. Por isso, é muito importante saber que um dos pontos abordados
no Plano Financeiro é a depreciação. Conforme Dolabela (2006), depreciação é
um valor que não sai do caixa da empresa, mas que precisa ser mensurado, porque
a máquina, o equipamento e os recursos acabam tendo desgaste e precisam ser
trocados. Por exemplo, a vida útil de obra civil tem 25 anos, os softwares aproxi-
madamente 4 anos, os veículos em média 5 anos e máquinas por volta de 10 anos.
Esses valores aparecem no relatório financeiro como uma forma de reserva.
Outro ponto fundamental no Plano Financeiro é o financiamento dos negócios,
pode ser por meio de capital próprio, família, anjos, programa governamental, bancos,
cooperativas, financeiras e até crowdfundings (financiamento coletivo). Não existe a
melhor forma de financiamento, mas aquela mais adequada ao negócio, conforme o
estágio de desenvolvimento da empresa. Como dificilmente algum investidor vai doar
os recursos a fundo perdido, então precisamos escolher a fonte mais conveniente.
Também é relevante, no Plano Financeiro, definir o regime de tributação. Vale res-
saltar que é importante conhecer o ramo em que atua, pois não deve considerar apenas
o faturamento, mas a atividade econômica que desenvolve.
O empreendedor precisa estar atento a alguns conceitos importantes para lidar
com o aspecto financeiro:
■ Capital de Giro – é uma reserva de recursos para enfrentar possíveis despesas
extras, compras de matérias-primas, pagamentos de fornecedores e redução de
vendas. A importância em administrar o capital de giro é conseguir receber
antes de pagar, mas, como isso não é uma situação comum, é necessário ter um
valor até que receba os recursos para que o negócio se mantenha aberto, sem
a necessidade de pedir recursos emprestados.
■ Margem de contribuição – é a diferença que sobra entre receitas e custos
variáveis que é utilizada para cobrir os custos fixos. A fórmula é: Preço de Venda
(PV) menos Custos Variáveis (CV).
114
■ Ponto de equilíbrio – volume de vendas necessário para cobrir os custos fixos.
UNICESUMAR
Existe uma fórmula para saber, que é dividir o valor total dos custos fixos pela
margem de contribuição. Com isso, saberá se precisa vender mais ou menos
para alcançar o ponto de equilíbrio.
■ Formação do preço – o preço é formado pela medição dos custos mais o
lucro desejado.
Saldo
Dinheiro
Cheque
Duplicatas
Total de entradas
Fornecedores
Salários
Despesas
Total de saídas
Saldo operacional
Saldo Final
É necessário saber que o ativo sempre será igual à soma do passivo com o patri-
mônio líquido. Todo valor que entrar em um dos lados deve ser compensado no
outro. Nossa legislação normalmente solicita que o balanço seja divulgado no
final de cada exercício social, mas, como exigem exceções, consulte um contabi-
lista para saber a respeito do ramo de negócio em que trabalha.
O Demonstrativo do Resultado do Exercício permite conhecer de forma mais
aprofundada se o negócio está dando lucro ou prejuízo e os valores envolvidos
com impostos, custos, despesas e receitas. Isso é relevante para o empreendedor
116
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
UNICESUMAR
negócio esteja no início, será possível fazer comparações com os anos seguintes
e saber se o que foi projetado está concretizado, conforme o Quadro 5.
Item Explicação
= Receita Líquida
= Lucro Bruto
= Lucro Operacional
= Lucro Líquido
Além de ser um documento contábil, é importante que seja bem elaborado. Para
isso, é necessário registrar todos os recursos que entram e saem do negócio, por-
que nesse demonstrativo constam apenas os valores finais. Vale ressaltar que, ge-
ralmente, o DRE deve contemplar as movimentações até o dia 31 de dezembro.
O empreendedor, além desses demonstrativos, possui, também, outros in-
dicadores que são importantes para avaliar a viabilidade do negócio. Vamos
conhecer alguns deles.
■ Liquidez – se a empresa é capaz de saldar dívidas.
■ Atividade – a rapidez com que os recursos são convertidos em vendas.
■ Endividamento – o grau de endividamento do negócio.
■ Lucratividade – o quanto é atrativa para o investidor.
117
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
Item: = Lucro Brut, Explicação: (este campo está em branco sem descrição);
Item: (-) Despesa, Explicação: Gastos necessários para que a atividade seja desenvolvida
(atividades administrativas, de vendas e financeiras);
Item:= Lucro Operacional, Explicação:(este campo está em branco sem descrição);
timentos, como:
■ Payback – tempo para recuperar o investimento.
■ Valor Presente Líquido (VPL) – serve para saber o quanto um valor
representava no passado.
■ Taxa interna de retorno (TIR) – serve para avaliar alternativas de in-
vestimento. É estabelecida uma taxa de retorno desejada conforme
projeções pessoais e/ou de mercado e, depois, compara-la com a taxa
interna de retorno do investimento. Se a TIR for maior que a taxa
projetada, o projeto deve ser aceito, pois está acima do que se pensou.
Caso a TIR seja menor, o projeto pode ser descartado ou reestruturado
(DOLABELA, 2006).
118
forma esperada, sendo comum nos primeiros passos do negócio. Por isso, é im-
UNICESUMAR
portante iniciar com cautela e projetar os valores financeiros (receitas, despesas,
imprevistos), e uma dica é projetar por meio de porcentagens. Em um cenário
negativo, por exemplo, pode se pensar em 20% a menos do que esperado. A se-
gunda trata do cenário realista, ou seja, a real possibilidade conforme as projeções
do empreendedor. A última é o cenário otimista em que as situações ocorrem
além do esperado, sendo, também, importante pensar em ações caso isso ocorra.
Para ajudar a fazer a elaboração de cenários pode ser utilizada a Análise
SWOT (Strength, Weakness, Opportunity, Threat) ou também chamada
de Análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas, Ameaças). Trata-se
de uma ferramenta gerencial para conhecer pontos internos e externos ao
negócio. Nessa ferramenta, estudamos dois aspectos: interno e externo. Com
as oportunidades e ameaças, pensamos fora da empresa, ou seja, os aspectos
do ambiente (social, econômico, geográfico, demográfico, tecnológico, regu-
lamentar) que podem ser positivos ou negativos. Internamente, realizamos
análises das forças e fraquezas, ou seja, tudo que na empresa contribui para
um bom desempenho e também o que atrapalha na realização do negócio e
que precisa ser melhorado. Com isso, conseguimos ter um panorama geral
do negócio, contribuindo para diminuirmos as fraquezas e as ameaças e
maximizar os pontos fortes e as oportunidades. Um breve resumo pode ser
feito da seguinte forma:
■ Pontos internos: pontos fortes e fracos – em relação aos concorrentes.
Ex.: treinamento, capital disponível, marketing, colaboradores, máqui-
nas e equipamentos.
■ Pontos externos: oportunidades e ameaças – em relação ao ambien-
te em que está inserido. Ex.: clima, economia, tecnologia, política e
natureza.
■ Vale dizer que, durante a elaboração da análise, um fato pode ser con-
siderado positivo para um e negativo para outro, por isso, é importante
o embasamento de cada aspecto.
119
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 4
120
na prática
121
na prática
PORQUE
3. A análise de mercado é fundamental para o empreendedor, ainda mais nos dias atuais.
Para uma boa análise, é importante tomar cuidado com alguns aspectos. A partir da
leitura do livro, leia as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta:
122
na prática
A entrada e saída de recursos é algo que sempre ocorre nos negócios, por isso, não
é necessário fazer controle a todo o momento.
PORQUE
123
na prática
124
aprimore-se
Essa é uma pergunta comum daqueles que estão começando a experiência em-
preendedora ou quem não dá o devido valor ao Plano de Negócio.
Primeiro, vamos enfatizar a importância do PN. Trata-se de um documento
que serve como direcionador estratégico que, por meio de fatos passados, as-
pectos atuais e tendências futuras, traça um panorama para o médio e longo
prazo, visando melhorar a situação atual.
Por isso, todo negócio pode e deveria utilizar essa ferramenta, porque ninguém está
disposto a permanecer em uma organização que irá fechar no futuro, além do fato de o
empreendedor não querer perder o dinheiro, os recursos e acumular fracasso.
Agora, vamos escrever a respeito do mercado. É notável as mudanças que to-
dos os ramos de negócios vêm passando nos últimos anos e que foram acentua-
das na última década. Modificamos nossa forma de nos comunicar com pessoas
distantes e próximas, que era via telefone e carta e, agora, dá-se instantanea-
mente por videoconferência, aplicativos de mensagem instantânea e e-mail. O
contato pessoal ocorre apenas em casos de necessidade, porque não é preciso
mais se relacionar presencialmente. Conversando com empreendedores e co-
laboradores, ouvimos relatos de negócios que são feitos sem que um conheça
pessoalmente a outra parte.
Outro ponto a respeito do mercado é que a tecnologia permitiu o aperfeiçoa-
mento dos métodos de produção, além da comunicação citada anteriormente.
Conseguimos produzir em grande escala, trabalhar com pouco estoque, deslo-
car mercadorias enormes, percorrer grandes distâncias, métodos de controle
automatizados e eficientes. Esses dois pontos alteraram nossa forma de fazer
negócios e, aliado às mudanças no contexto social, econômico e político, provo-
caram mudanças significativas na nossa vida, nos aspectos comportamental, de
consumo e de enxergar a vida. Com isso, existe a necessidade de conhecer os
hábitos e acompanhar as mudanças que ocorrem ao longo dos anos.
125
aprimore-se
126
aprimore-se
Fonte: os autores.
127
eu recomendo!
livro
O segredo de Luísa
Autor: Fernando Dolabela
Editora: Sextante
Sinopse: o autor aborda a história de vida de uma empreen-
dedora e, ao mesmo tempo, vai apresentando informações
técnicas que envolvem o plano de negócios. A empreendedo-
ra decidiu mudar a trajetória de vida e criou um negócio de
sucesso. O livro conta como Luísa conciliou a vida pessoal com a elaboração do
plano de negócios para abrir um novo negócio.
conecte-se
Uma reportagem com o título “Como faço para saber o capital de giro necessário
para uma empresa funcionar?”, de Dalton Viesti, comentando do capital de giro
necessário.
http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI220663-17161,00-COMO+-
FACO+PARA+SABER+O+CAPITAL+DE+GIRO+NECESSARIO+PARA+UMA+EMPRE-
SA+FUNCIONA.html
128
5
TENDÊNCIAS EM
EMPREENDEDORISMO
PROFESSOR
Me. Anderson Katsumi Miyatake
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se as aulas que você estudará nesta unidade: • Informações recentes sobre em-
preendedorismo no Brasil • Causas de mortalidade de negócios • Financiamento coletivo e Investidor
Anjo • Aceleradora e Incubadora • Empresa Júnior.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Apresentar as principais características do financiamento coletivo • Alertar para as principais causas de
mortalidade de negócios • Enumerar as vantagens dos investidores anjos para um negócio • Estabelecer
as diferenças e as vantagens da aceleradora e da incubadora • Redigir as principais características e
vantagens da empresa júnior.
INTRODUÇÃO
UNICESUMAR
EMPREENDEDORISMO
NO BRASIL
UNICESUMAR
e ao crédito, sendo que existem possibilidades a fundo perdido, ou seja, não
é necessário devolver o dinheiro ou a juro zero. Conforme apresentado ante-
riormente, essas iniciativas são importantes porque a maioria dos negócios
no Brasil é micro e pequeno, os quais geram a maior parte dos empregos.
Quando saímos de casa, em todos os locais ao redor, encontramos pequenos
negócios. É necessário estar atento a esses empreendimentos que, mesmo
com dificuldades e ainda com falta de preparo adequado, superam inúmeros
obstáculos e são responsáveis pelo desenvolvimento do país.
Uma organização, antes mesmo da abertura, já precisa de muita atenção
e investimento de tempo, recursos financeiros e matéria-prima. Com a di-
namicidade do funcionamento e dos recursos escassos para a abertura dos
negócios, o empreendedor deve otimizar o tempo disponível para conseguir
ser competitivo.
Quando estamos na escola ou em qualquer curso, é comum ter dúvidas
sobre como solucionar exercícios e buscamos a ajuda do professor para que
oriente a obter a resposta. Porém, o mesmo comportamento não tem sido
costume nos negócios. Quando os empreendedores abrem os empreendi-
mentos, não recorrem aos professores que, nesse caso, podem ser mentores,
consultores, entidades de apoio ou outras pessoas habilitadas. Com isso,
quem sofre a consequência é o próprio indivíduo que enfrentará dificulda-
des que poderiam ser solucionadas com ajuda de especialistas.
pensando juntos
Da mesma forma que um aluno solicita ajuda do professor quando tem dúvida, um
empreendedor deveria buscar ajuda de um consultor quando está com problemas
nos negócios.
133
Escolha: julgamento
UNIDADE 5
DECISÕES
e avaliação de
alternativas
ALTERNATIVAS AVALIAÇÃO
Concepção de alternativas:
processo criativo
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico: busca de entendimento
PROBLEMA
Frustrações,
ansiedade, dúvida,
curiosidade
Figura 1 – Cinco fases do processo de tomar decisões / Fonte: Maximiano (2004).
UNICESUMAR
MORTALIDADES
DE NEGÓCIOS
cimento do capital de giro inicial para começar uma empresa foi constatado
por 39% dos entrevistados. Outros motivos apontados pela pesquisa do Sebrae
(2014) são o não conhecimento de local apropriado para iniciar as atividades,
não ter informações sobre os fornecedores, não conhecer os aspectos legais do
negócio, não ter conhecimento sobre o investimento necessário para abrir a
empresa e com menor grau de relevância não saberem a qualificação necessá-
ria dos trabalhadores (SEBRAE, 2014). Um fato que vale a pena destacar é que
além de não fazer planejamento, os empreendedores não buscaram ajuda de
especialistas que poderiam ajudar no planejamento.
Gestão empresarial ineficiente: acontece quando as atividades da em-
presa não são feitas de forma estruturada, o que pode acarretar em sérios
problemas para a organização. As empresas que costumam, com frequência,
aperfeiçoar produtos e serviços, permanecer atualizada com respeito às tecno-
logias, buscar a inovação em processos e procedimentos e investir em capaci-
tação, tendem a sobreviver mais no mercado. A gestão ineficiente não valoriza
o investimento em propaganda e divulgação, não acompanha os concorrentes,
pouco investe em capacitação e foca somente na estratégia de preços baixos
que nem sempre é a opção mais adequada (SEBRAE, 2014).
Comportamento empreendedor inadequado: iniciativa é importante para
se antecipar às tendências, e isso tem um propósito que é minimizar riscos que
fazem parte da rotina de quem assumiu um negócio. É importante persistir apesar
das dificuldades, e isso se torna menos complicado se foi estabelecido um plano
de ação que visa atingir metas e objetivos, visto que ajuda a saber o patamar que a
empresa pretende. Como a jornada empreendedora é árdua, torna-se fundamen-
tal intensificar o contato com outras empresas, bancos, entidades e o Governo
para que tenha o apoio e acesso às informações para aumentar as chances de
sobrevivência da empresa. O empreendedor precisa mais do que apenas geren-
ciar um negócio assegurando de que os processos sejam bem feitos, mas precisa
permanecer atento ao que ocorre no ambiente (SEBRAE, 2014).
As causas citadas abordam a falta de cuidados com a gestão e a preocupação com
o desenvolvimento da empresa. Ter um negócio não é suficiente, é preciso gerenciar
de forma planejamento e proativa. Por isso, se quer empreender, saiba que não é
uma tarefa fácil de ser feita e é necessário dia após dia alcançar resultados positivos.
As outras causas de mortalidade que vamos citar abordam aspectos relacio-
nados ao empreendedor como também ao contexto em que está inserido.
136
Condições do mercado desfavoráveis: um dos pontos que deve ser ana-
UNICESUMAR
lisado pelo empreendedor é o mercado. Não adianta tentar empreender em lo-
cais desfavoráveis ou mesmo quando o produto está em declínio. Um exemplo
simples é tentar abrir um negócio envolvendo máquina de escrever. Insistir não
é algo recomendado no ambiente de negócios, é difícil dizer impossível, mas há
muitas outras possibilidades em empreender, como em aplicativos de celular.
Outra forma de exemplificar é tentar implementar um restaurante de alto padrão
em pequenas cidades do interior. Não subestimando essas cidades que represen-
tam a grande maioria dos municípios brasileiros, mas, se o poder aquisitivo da
população for baixo, houver pouco número de pessoas que seriam potenciais
interessados na cidade e mesmo na região, fica difícil obter retorno.
Falta de conhecimento do mercado: para abrir e manter um negócio nos dias
de hoje, é importante conhecer o mercado. Isso porque as mudanças acontecem
de forma cada vez mais rápida, e se você não estiver preparado para agir quando
se deparar com o problema no nível operacional, ou seja, no caixa decrescente,
pode ser muito tarde. Ainda mais se não houver um bom gerenciamento do fluxo
de caixa, a situação se agravará ainda mais, aumentando as chances do negócio
fechar. Se para quem conhece o mercado e tem recursos já está difícil, para os
microempreendedores que representam mais de 95% dos negócios no Brasil, que
têm poucos recursos para investir e não podem se dar ao luxo de errar, a situação
é bem pior. A falta de clientes no estabelecimento pode ser justamente pela falta de
conhecimento do comportamento dos consumidores, seja na questão de hábitos,
vitrines que atraem e práticas feitas pelos concorrentes e fornecedores.
Carência de legislações: apesar de algumas medidas nos últimos tempos,
com a criação de secretarias municipais e estaduais, o MEI, o Simples Nacio-
nal, entre outras, a legislação brasileira possui inúmeras especificidades, o que
dificulta a atuação das empresas. A carga tributária também é outro ponto que
dificulta os empreendedores e que deve ser repensada pelo Poder Público. Os
impostos são importantíssimos para serviços essenciais disponibilizados para a
população e para manter a atual forma de governo que temos, mas o que poderia
ser repensado é a forma de cobrança e a unificação de processos. A legislação tam-
bém não regula ou não tem orientações para inúmeras áreas, o que dificulta os
empreendedores. Outro aspecto é que há muitas exigências em alguns setores, o
que representa uma dificuldade a ser contornada. Essa complexidade leva a outro
fator que é o desconhecimento dos impostos que são cobrados e o que pode ser
feito dentro da legalidade para diminuir os valores recolhidos.
137
Incapacidade de pagamento: este é outro ponto bastante relevante e que
UNIDADE 5
A taxa de mortalidade dos negócios brasileiros está caindo nos últimos anos, chegando
a menos de 25% para negócios que se constituíram em 2007, conforme o Sebrae. Ainda
é um valor alto, mas levando em consideração que já foi de 50%, o país tem avançado.
Em relação aos setores de atividades, a maior taxa de sobrevivência é no setor industrial
(79,9%), seguida pelo comércio (77,7%), construção (72,5%) e serviços (72,2%). Essa evolu-
ção ocorreu, principalmente por 3 aspectos: legislação para os Pequenos Negócios como
a Lei Geral das MPE: Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, Implantação
e ampliação do Simples Nacional, a criação do Microempreendedor Individual (MEI): Lei
Complementar 128/2008
Fonte: adaptado de Bedê (2016).
Alguns dos principais pontos ressaltados nas pesquisas de mortalidade são a falta
de planejamento e controle financeiro. O primeiro exige conhecimentos na área
de gestão e o segundo de organização e disciplina. Ambos podem ser resolvidos
com capacitação, seja a nível de extensão, técnico ou superior, por isso, novamente
ressaltamos a relevância de se preparar para abrir e gerenciar um negócio.
Apesar desses pontos, vale destacar que o índice de mortalidade nos negó-
cios brasileiros está caindo ao longo dos anos, isso porque os empreendedo-
res perceberam que é necessário se preparar. Conforme dados do GEM, que
foram apresentados na Unidade I, a maioria dos negócios brasileiros, hoje,
começa por oportunidade, ou seja, os empreendedores analisaram uma pos-
sibilidade, prepararam-se e foram para a ação. Porém, ainda existem muitos
negócios que começam sem preparação. Não podemos apenas culpar o em-
preendedor, mas a falta de instrução e a necessidade de sobreviver são pontos
importantes que devem ser levados em consideração. Por isso a importância
de entidades que possam fornecer apoio para os negócios, porque para um
país é importante que os negócios prosperem sempre.
139
3
FINANCIAMENTO COLETIVO E
UNIDADE 5
INVESTIDOR ANJO
Desde o início dos anos 2010, no Brasil, começaram a surgir alternativas que
pudessem compensar a forma tradicional de obtenção de crédito via instituição
bancária. As próprias instituições financeiras criaram novos serviços para auxi-
liar os negócios, mas ainda continuava basicamente as mesmas práticas. Vamos
apresentar para você duas possibilidades que podem lhe ajudar, entretanto, desde
já deixamos claro que não se consegue dinheiro fácil.
Financiamento coletivo
“
O crowdfunding segue a dinâmica da “vaquinha”, ao partir do princípio
de que pessoas colaboram e, juntas, realizam o que antes não poderiam
fazer sozinhas. A diferença é que, agora, essa modalidade é potenciali-
zada pela internet. Não existe nada de mágico nesse processo, é apenas
uma forma poderosa de realização e de engajamento de pessoas.
140
É uma maneira acessível de artistas, ativistas sociais, estudantes, dirigentes,
UNICESUMAR
empreendedores, pessoas físicas e jurídicas em geral arrecadarem fundos para
realizarem os objetivos. Um aspecto interessante é que qualquer pessoa pode
contribuir para os projetos que consideram mais interessantes e, ainda, recebe re-
compensas pela ajuda, que podem ser prêmios, brindes, inclusão do nome como
patrocinador, entre outros, conforme as particularidades do projeto.
Cada campanha tem uma página em que são detalhadas as informações do
projeto, valor arrecadado, o que falta e o tempo restante. A divulgação depende
da própria pessoa que pode utilizar os contatos do e-mail, redes sociais, celular e
círculos de convivência para solicitar a contribuição e, também, para que divul-
gue aos contatos de cada um. Os valores doados são conforme a campanha que
se queira criar, e as recompensas pela colaboração também variam conforme o
projeto, sendo que as doações podem ficar disponíveis para todos visualizarem,
ou somente o nome ou esconder somente o valor. Os projetos podem ter tempo
limitado ou não, vale analisar as características de cada um.
A Kickante ([2018], on-line)1, por exemplo, possui duas formas de campanhas: a
flexível, que mantém os valores arrecadados mesmo que o prazo terminar, ou o for-
mato tudo ou nada, em que o indivíduo tem que devolver o dinheiro caso o valor não
seja arrecadado dentro do prazo. É necessário ter contas em empresas financeiras que
realizam transações pela internet, sendo que uma bastante conhecida é a Paypal, no
caso de quem cria a campanha. Para quem financia pode contribuir por boleto, débito
automático, crédito ou mesmo pelas empresas financeiras do tipo carteira digital.
Segundo Maximiliano (2015), existem quatro segmentos macros: projetos em
troca de recompensas; empréstimos para empresas; financiamento de startups; e
investimento imobiliário. O Começaki (2012, on-line)2, por exemplo, atua em oito
categorias: ambiental, social, empreendedorismo, cultural, jornalística, eventos,
esportiva e pessoal. Conforme a Kickante ([2018], on-line)1, os sites de financia-
mento coletivo permitem superar a dificuldade dos empréstimos bancários e, até
mesmo, de patrocínio.
Conforme Pascoal (2015, on-line)3, os principais passos para obter sucesso
em financiamentos coletivos são:
■ Tenha uma meta realista: é importante pensar no valor mínimo que pre-
cisa, incluindo as despesas com envios de prêmios, o número de pessoas
necessárias, todos os custos necessários, os valores a serem repassados para
a empresa que está disponibilizando o serviço, como taxas administrativas,
e um percentual de margem de segurança.
141
■ Ofereça recompensas generosas e criativas: para atrair interessados, é
UNIDADE 5
necessário fornecer um bom incentivo para quem vai doar. Além da iden-
tificação com o projeto que é importante, recompensar o outro que cola-
borou para a realização do projeto é necessário.
■ Mantenha o tema claro: o foco precisa ser claro. Evite inventar muito e
seja direto a proposta do negócio e o que pretende.
■ Escreva um texto pessoal: é importante se identificar fazendo a apresen-
tação, disponibilizando vídeo do produto/serviço e do objetivo e isso faz as
pessoas criarem identificação. Também é importante deixar outras formas
de contato, porque é comum as pessoas procurarem conhecer se a ideia é
realmente legítima e o indivíduo que está divulgando na plataforma.
■ Divulgue diariamente: é essencial a divulgação, porque somente dessa
forma conseguirá atingir a meta. Como há tempo limitado em parte das
campanhas, é importante que o maior número de pessoas fique sabendo
do seu propósito.
■ Persista no plano de Marketing: nada melhor que um conjunto de estra-
tégias para atrair pessoas para o seu projeto.
■ Engaje seus colaboradores: além de conseguir a doação dos amigos, é
essencial que as pessoas comprem a ideia e, também, divulguem para a
rede de contatos.
■ Faça as entregas: depois da finalização do projeto e o resultado positivo, é o
momento de entregar as recompensas para todos aqueles que colaboraram
para o seu objetivo ser concretizado.
■ Atualize o miniblog: é essencial a prestação de contas para quem contri-
buiu e agradecer a todos.
■ Finalize a campanha: momento de pagar as taxas administrativas, encer-
rar a campanha e colocar em ação o projeto.
explorando Ideias
A pesquisa da Catarse indica que a maior parte das iniciativas está no Sudeste e Sul, en-
tretanto, outras regiões estão crescendo a participação. As pessoas que costumam con-
tribuir estão nas faixas de idade entre 25 e 40 anos, que possuem o ensino superior com-
pleto ou mesmo uma pós-graduação. A maioria é composta por homens, sendo que 74%
das pessoas que trabalham em empresa privada ou são servidores públicos ganham até
R$ 6000,00. Confira em: <http://pesquisa.catarse.me>.
Fonte: o autor.
142
Investidor Anjo
UNICESUMAR
Para a obtenção de recursos para os negócios, temos a presença dos denominados
angels, que em português significa anjos, geralmente empreendedores que apostam
em novas ideias, fornecendo recursos em troca de participação no negócio. Além
do fato do apoio financeiro, que varia de R$ 50 mil a R$ 1 milhão, segundo Moreira
(2011, on-line)4, o investidor anjo visa orientar o empreendedor, contribuindo na
formatação do modelo de negócio. Por isso, é muito importante procurar aqueles que
tenham a mesma proposta que a sua e queiram orientá-lo, para que o negócio obte-
nha resultado positivo, ou seja, não busque apenas um investidor, mas um parceiro.
Conforme Spina (2014), o investimento anjo já existe desde a década de 90, mas
realizado de maneira esporádica, com um parceiro da rede de contatos, ou seja, ini-
ciativas isoladas.
explorando Ideias
De acordo com a Anjos do Brasil, uma entidade que realiza investimentos nos negócios, o
investimento-anjo brasileiro teve um crescimento de 25% no período 2012/2013, atingindo
o patamar de R$ 619 milhões investidos por 6,5 mil investidores em mais de 1.500 empre-
sas. Se, por um lado, esses números já são significativos, por outro, quando comparamos
com os Estados Unidos, em que foram investidos mais de US$ 22 bilhões, por 268 mil in-
vestidores em 67 mil empresas, é possível notar que o investimento-anjo no Brasil, em total
investido, representa apenas 1,2% do americano, demonstrando o quanto ainda é relativa-
mente pequeno. Mesmo quando comparamos com a Europa, que teve um desenvolvimen-
to recente do investimento-anjo, em que foram investidos mais de EUR 5 bilhões por 261
mil investidores-anjo, o Brasil tem números cerca de 25 vezes menor. Leia a reportagem
completa disponível em: <http://endeavor.org.br/o-investimento-anjo-no-brasil/>.
Fonte: adaptado de Spina (2014).
De acordo com Botelho (2015, on-line), os investidores anjo são formados por pes-
soas físicas que investem recursos em ideias de negócios com possibilidades de cres-
cimento e, em troca, tornam-se sócios minoritários, geralmente 10 a 20%. Os anjos
investem quando os negócios estão em processo de formação, por isso, escolhem
empreendedores que não estejam muito distantes, para que possam fazer o acom-
panhamento mais de perto.
Ainda conforme Botelho (2015, on-line), é essencial que o empreendedor conhe-
ça os grupos de investidores anjo existentes e os segmentos que procuram investir,
143
bem como os valores geralmente investidos, os critérios que costumam levar em
UNIDADE 5
144
4
ACELERADORA E
UNICESUMAR
INCUBADORA
O mundo dos negócios tem sofrido muitas alterações nos últimos 10 anos. Para
enfrentar esse novo cenário com mais possibilidades de obtenção de sucesso, é
importante ter organizações que possam apoiar e fomentar iniciativas empreen-
dedoras. Nesse material, traremos duas opções com características diferentes, mas
ambas necessárias para desenvolver um ecossistema empreendedor.
Incubadoras
145
Autor Definição
UNIDADE 5
146
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
UNICESUMAR
Software/informática; Eletroeletrônica/ automação,
Oliveira e Dagnino
Internet/E-commerce; Telecomunicações; Químico/
(2004, p. 9)
fármaco; Mecânica; Biotecnologia; Design.
A primeira coluna ao lado esquerdo refere-se ao autor e a segunda coluna ao lado direto
refere-se à definição.
Autor: Brasil (2000,p. 6)
Definição:Espaço físico individualizado (instalação de escritórios e laboratórios de cada
empresa admitida); Espaço físico para uso compartilhado (sala de reunião, auditórios, área
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
objetivo de uma incubadora é preparar o negócio para que possa prosseguir por
conta própria e isso é importante para testar a viabilidade do negócio e a aceitação
do público. Por isso, o ambiente deve ser o mais próximo de como se já estivesse
no mercado. Antes das incubadoras aceitarem os empreendimentos para fazer
a incubação, geralmente, é necessário passar por triagem que varia conforme o
tipo de incubadora. O acompanhamento pode ser interno ou externo, ou seja,
disponibilizando espaço físico para os empreendedores, ou quando o empreen-
dimento possui espaço próprio e a incubadora faz visitas periódicas.
Podemos resumir as vantagens de passar por um processo de incubação, con-
forme Miyatake (2009).
Autor Definição
Aceleradoras
UNICESUMAR
aceleradora o período é entre três e oito meses.
Outra característica é que, geralmente, as aceleradoras possuem fins lu-
crativos e possuem recursos para ajudar o empreendedor a implementar a
ideia, ao contrário das incubadoras que podem cobrar taxas pela utilização
do espaço físico. Uma peculiaridade das aceleradoras é atuar, geralmente,
com negócios de base tecnológica. De acordo com Spina (2013), se o negócio
precisa de mais tempo para crescer e não necessita de investimentos, a in-
cubadora pode ser uma opção mais viável. Caso contrário, uma aceleradora
é mais recomendada. Ainda destaca que pode haver uma combinação das
duas, ou seja, começar pela incubadora e, depois, partir para aceleradora ou
vice-versa, entretanto, é necessário fazer uma análise para investigar se o perfil
da incubadora e da aceleradora está alinhado com a estratégia do negócio.
Conforme Matos (2013, on-line), as diferenças entre os dois tipos de or-
ganizações são:
Incubadora Aceleradora
Tempo de
1 a 3 anos 4 a 6 meses
apoio
Pagamento de taxas,
Cessão de um percentual de partici-
Contrapar- geralmente subsidia-
pação acionária da empresa para a
tidas das, pela empresa
aceleradora
incubada
149
DESCRIÇÃO DE IMAGENS
UNICESUMAR
EMPRESA JÚNIOR
Nos dias de hoje, temos a atuação de consultorias juniores que são formadas a
partir dos cursos de graduação, nas áreas de administração, secretariado, enge-
nharia, entre outras. São orientados por professores das áreas, e os alunos têm a
possibilidade de aplicarem o que aprenderam nas empresas que realizam consul-
torias. De acordo com Richardson (on-line), Empresa Júnior é uma associação
civil que não possui fim econômico, sendo gerenciada por alunos de graduação
de estabelecimentos de ensino superior, que presta serviços e desenvolve projetos
para empresas, entidades e sociedade em geral, nas suas áreas de atuação, sob a
orientação de professores e profissionais especializados.
Ainda conforme o autor, os objetivos estão ligados a proporcionar o apren-
dizado de conhecimentos na área de formação, proporcionar uma relação com
o mercado de trabalho, gerência com autonomia, ou seja, não precisa ser depen-
dente da direção da faculdade ou mesmo do centro acadêmico e a elaboração de
projetos de consultoria na área em que os alunos estão estudando.
151
Como a maior parte dos negócios são pequenos, uma boa alternativa é recor-
UNIDADE 5
rer às empresas juniores. Os valores são mais baixos que consultorias de forma
geral, mas isso não quer dizer que a qualidade seja inferior. Empresas de eventos,
imobiliárias, padarias, pequenas indústrias, empresas de varejo, pizzarias, bares,
entre outros tipos de negócios são exemplos de empresas que podem ser atendi-
das pelas consultorias juniores. Os serviços disponibilizados dependem do porte
da organização e, também, dos cursos pertencentes à empresa júnior.
As empresas com foco em gestão, por exemplo, promovem apoio em Ad-
ministração Estratégica, Análise e Estratégias de Marketing, Gerenciamento Fi-
nanceiro, Gestão de Pessoas, Planejamento e Controle da Produção e Plano de
Negócios, entre outros, conforme o curso de graduação.
explorando Ideias
As empresas juniores possuem uma Confederação que se chama Brasil Júnior. A maior
parte dos estados participa e vem ganhando adeptos rapidamente, porque o trabalho
visa dar suporte para a estruturação de empresas juniores que possam contribuir com
o empreendedorismo. Consulte o trabalho dessa entidade disponível em: <http://www.
brasiljunior.org.br/>.
Fonte: o autor.
152
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNICESUMAR
Nesta última unidade, tivemos a oportunidade de conhecer algumas formas
de auxílio ao desenvolvimento dos negócios, envolvendo a formatação da
ideia, busca de auxílio financeiro e auxílio no amadurecimento no mercado.
Apresentamos as principais formas de auxílio aos negócios de forma breve,
entretanto, como o mercado tem alterado rapidamente, novas maneiras de
auxiliar as empresas podem surgir ou deixar de atuarem.
Para impulsionar os negócios em um país, é necessário que exista uma
série de mecanismos de apoio e capacitação dos empreendedores, caso con-
trário, eles não conseguirão consolidar os negócios.
Gostaria que você pensasse nesse assunto sob duas óticas. A primeira é
a do consumidor. Precisamos de produtos e serviços para o nosso dia, tanto
os essenciais à sobrevivência quanto para cultura, esporte, entretenimento,
saúde e educação.
A segunda ótica é a do poder público. Se não há iniciativa pública para
incentivar os negócios, as pessoas ou não abrirão negócios ou até conseguirão
constituir uma organização, mas vão acabar falindo. O Governo é responsável
pela geração de serviços essenciais à população, e esse recurso é proveniente
de impostos. Sem empreendedores, não há receita, com isso, não há condição
para implantar políticas sociais nem obras para o desenvolvimento do país.
Os empreendedores, além de gerar a sobrevivência para si próprios, tam-
bém geram trabalho e renda em nível local, o que permite o desenvolvimento
da região e a diminuição da migração de pessoas para grandes centros em
busca de melhores oportunidades.
Evidentemente que em uma unidade não seria possível nos aprofundar
em todos os detalhes, por isso, gostaria, sinceramente de lhe pedir que busque
na Leitura Complementar uma ampliação dessa abordagem e, também, que
procurasse mais materiais a respeito do assunto. Afinal, o sucesso depende,
dentre outros fatores, do esforço individual.
Abraço!
153
na prática
O texto quis passar a ideia do que conhecemos como vaquinha, ou seja, cada um
contribui com o quanto pode.
PORQUE
154
na prática
4. Uma aceleradora de empresas tem sido uma alternativa para fomentar o empreen-
dedorismo por meio das startups. Quando há uma ideia com um alto potencial
de retorno e disseminação no mercado, já é o primeiro passo para participar da
aceleração. As afirmações a seguir tratam de descrições do papel da aceleradora,
leia e identifique as corretas:
155
na prática
5. O movimento Empresa Júnior tem crescido nos últimos anos no Brasil como alter-
nativa para estudantes e empreendedores, visto que sua finalidade concilia o inte-
resse de ambos. A partir do conteúdo apresentado, leia as afirmações e identifique
aquelas que tratam de vantagens para ao menos um dos lados:
156
aprimore-se
Essa é uma dúvida constante dos empreendedores. Será que recorro à alguém? As
informações podem ser divulgadas? Não há risco? Será que vale a pena? É muito
caro? São alguns dos comentários complementares.
Lembra quando foi apresentado que o empreendedor não é um lobo solitário?
É justamente esse um dos pontos, ele precisa de pessoas e do conhecimento que
cada um possui que é acumulado ao longo de anos. O empreendedor não tem como
saber de tudo e não é nenhum demérito buscar ajuda para impulsionar o negócio.
Verifica-se que, no Brasil, muitos empreendedores abrem os negócios sem estar
devidamente preparados para enfrentar as particularidades. Observando as esta-
tísticas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), do SEBRAE e do Empresômetro,
constatamos que as micros e as pequenas empresas, que representam a grande
maioria dos empreendimentos em atividade, desempenham um importante papel
social, por empregar a maior parte da mão de obra no Brasil. Levando em conside-
ração que esses negócios possuem poucos recursos, a importância de aplicar de
forma melhor aumenta, porque vai afetar diretamente a sobrevivência do negócio.
Toda ajuda que proporcionar benefícios para o negócio é sempre importante.
O empecilho pode ser o aspecto financeiro para contratar uma consultoria, por
exemplo, mas os benefícios são inúmeros. O conhecimento gerencial proporciona
ter uma visão ampla do negócio e, aliado ao conhecimento do mercado, traz a pos-
sibilidade de buscar alternativas mais viáveis.
157
aprimore-se
Fonte: o autor.
158
eu recomendo!
livro
conecte-se
Acesse uma reportagem do SEBRAE que trata de como uma incubadora de empresas
pode ajudar o negócio.
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/As-incubadoras-de-empresas-po-
dem-ajudar-no-seu-neg%C3%B3cio
O investidor anjo é uma boa alternativa para obter recursos e tornar viável um projeto.
O espaço no site da Revista Exame é direcionado para conhecer o investidor anjo, sendo
uma boa recomendação para quem deseja aprofundar o tema
http://exame.abril.com.br/topicos/investidor-anjo
159
eu recomendo!
conecte-se
De acordo com Corrêa (2015), o financiamento coletivo tem potencial para arre-
cadar 9 bilhões de dólares nos próximos 10 anos. Leia com detalhes a reporta-
gem e entenda melhor a explicação.
http://oglobo.globo.com/economia/financiamento-coletivo-cresce-no-brasil-po-
de-ajudar-tirar-ideias-do-papel-15113776
160
conclusão geral
conclusão geral
É com muita satisfação que escrevemos esse material para apresentar a você alguns
dos principais assuntos em empreendedorismo. É um tema fascinante e esperamos
ter incentivado a vontade de ser um indivíduo empreendedor. Mesmo que você não
pense em ser um empreendedor em um novo negócio, pode perceber que é possí-
vel demonstrar seu potencial dentro da organização da qual você faz parte.
Vamos relembrar os pontos principais do material? Na Unidade I, apresentamos
a definição e os tipos empreendedores, além do papel social e econômico da área
para desmistificar mitos que atrapalham o empreendedorismo.
A Unidade II, dividimos em duas partes. A primeira para abordar as caracterís-
ticas do empreendedorismo e diferenciar o empreendedor do gestor e do empre-
sário; a segunda tratou da oportunidade, enfatizando as variáveis do processo em-
preendedor que interferem nas organizações.
Na Unidade III, tratamos do modelo de negócios Canvas. É uma metodologia que
permite ter uma visão estratégica e integrada dos negócios, podendo ser aplicada
a todo e qualquer negócio, independentemente do porte e do momento que passa
no mercado, sendo divididas em dois blocos para refletir em como ofertar suas
propostas de valor.
Na Unidade IV, abordamos o Plano de Negócios, uma ferramenta utilizada pelos
empreendedores que deve ser atualizada para acompanhar a velocidade das mu-
danças de cenário e ser realista quanto aos aspectos atuais e expectativas futuras,
permitindo traçar estratégias nas área de Recursos Humanos, Marketing, Opera-
ções e Finanças.
Na Unidade V, tratamos de apresentar novidades na área de empreendedorismo
que podem ajudar os empreendedores e também alertar das causas de mortalida-
de de negócios.
Esperamos que os conhecimentos que abordamos sejam úteis para você como
foram para nós. Que esse material tenha lhe incomodado para praticar o que apren-
deu, empreendendo em uma ideia que pode mudar sua vida, a vida dos que você
ama e, talvez, uma parte do mundo.
Sucesso!
161
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165
gabarito
UNIDADE 1
1. Alternativa E.
Justificativa - A franquia não é a única forma de sucesso nos negócios e o franqueado não
tem controle das operações.
2. Alternativa E.
Justificativa – As duas afirmações estão incorretas, porque não existe o melhor tipo, mas
diferentes formas de empreender. Outro ponto é que o crescimento do negócio depende,
também, dos indivíduos que, se forem intraempreendedores, ajudará ainda mais no de-
senvolvimento da organização.
3. Alternativa E.
4. Alternativa C.
5. Alternativa E.
UNIDADE 2
1. Alternativa C.
Justificativa – A afirmação II está incorreta, porque foi ressaltado que não existe um perfil
ideal único.
2. Alternativa B.
3. Alternativa E.
4. Alternativa D.
5. Alternativa D.
UNIDADE 3
1. Alternativa E.
Justificativa – A proposta de valor é o que a organização pretende fazer e que orienta a base
de um modelo de negócio.
2. Alternativa D.
3. Alternativa A.
4. Alternativa B.
Justificativa – O modelo de negócio não deve ser elaborado sob a ética do empreendedor,
mas do público que pretende atingir.
5. Alternativa A.
Justificativa – Não há uma ordem rígida para a elaboração do Canvas que pode ser aplicado
a qualquer tipo de negócio.
UNIDADE 4
1. Alternativa E.
2. Alternativa B.
167
gabarito
3. Alternativa D.
Justificativa: a afirmação I está errada porque não é somente os concorrentes que com-
põem a abrangência da análise de mercado. Na alternativa IV, a internet pode até facilitar
a busca por dados, mas o contato com empreendedores e os próprios consumidores são
muito relevantes e essenciais.
4. Alternativa B.
Justificativa: a afirmação III é invalidada pelo termo unicamente. Um dos pontos trabalha-
dos na Promoção é a Propaganda.
5. Alternativa D.
Justificativa: a afirmação I está errada, porque justamente pelos recursos serem movimen-
tados a todo o momento que se faz importante controlar os recursos da organização.
6. Alternativa C.
Justificativa: por mais que a mão de obra seja qualificada, não pode superar a falta de
equipamentos de proteção individual, maquinários danificados, falta de recursos para ma-
nutenção e a operacionalização dos processos em uma organização.
UNIDADE 5
1. Alternativa A.
Justificativa: a afirmação III refere-se aos anjos e a afirmação IV aos financiamentos coleti-
vos.
2. Alternativa B.
3. Alternativa C.
4. Alternativa D.
Justificativa: as duas alternativas tratam das aceleradoras, enquanto as outras duas tratam
da aceleradora e da empresa júnior.
5. Alternativa E.
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