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Aula 01

Tintas, vernizes, lacas e


esmaltes
Introdução – importância das tintas
 É a maneira mais comum de se combater a
deterioração dos mais diversos tipos de
materiais protegendo suas superfícies;
 Isso é feito aplicando-se uma película
resistente que impeça a ação dos agentes de
destruição ou corrosão;
Tintas - generalidades
 Mais utilizadas, elas são constituídas
essencialmente de uma suspensão de partículas
opacas (pigmentos) em veículo fluido.
 Partículas – servem para cobrir e decorar a superfície;
 Veículo – aglutinar as partículas e formar a película de
proteção.
Tintas - Classificação

 Tintas a óleo;
 Tintas plásticas emulsionáveis;
 Tintas para caiação;
 Tintas especiais;
Tintas a Óleo

 Se compõe de veículos, solventes, secantes,


pigmentos, pigmentos reforçadores e cargas;
 Veículos: são óleo secativos, ou seja, quando
expostos ao ar formam uma película útil (sólida,
relativamente flexível e resistente, aderente à
superfície, aglutinante do pigmento etc.).
 Os principais tipos de óleos naturais – secativos ou
transformáveis em secativos – utilizados na
fabricação de tintas são: óleo de linhaça, de
tungue, de soja, de mamona e de oiticica.
Tintas a óleo

 Óleos modificados – São melhorias que


podem ser realizadas nos veículos para dar
maior rapidez na formação das películas.
 Algumas vantagens que podemos ter com essas
melhorias é melhor adesividade, melhor
flexibilidade, possibilidade de emprego de
solventes mais econômicos e secagem mais
rápida.
Tintas a óleo
 Solventes – tem função de baixar a viscosidade
do veículo de maneira a facilitar a aplicação da
tinta.
 As duas propriedades mais importantes de um
solvente são: “solvência” e “volatilidade”.
 Solvência: capacidade de dissolver os vários óleos e
resinas empregados, a alta ou baixa viscosidade das
soluções comparando a outros solventes;
 Volatilidade: é a velocidade de evaporação sob
condições definidas, condições nas quais será
aplicado.
Tintas a óleo

 Secantes: são catalisadores do processo de


absorção química de oxigênio (secagem).
Variam de 0,05% a 2%.
Tintas a óleo
 Pigmentos: são pequenas partículas cristalinas que devem ser
insolúveis nos demais componentes da tinta (óleo, solventes
etc.) e têm por finalidades principais dar cor e opacidade à
película útil.
 Propriedades dos pigmentos:
 Cor: é caracterizada pela absorção e reflexão relativa das radiações
luminosas, essa característica varia com a composição química do
pigmento e com o seu tamanho.
 Poder de cobertura: capacidade que um pigmento possui de
obliterar o fundo. O poder de cobertura dependerá não só do
tamanho da partícula como também do seu índice de refração.
 Absorção de óleo e característicos de escoamento: dependem do
volume e da natureza do pigmento presente é a quantidade de óleo
por unidade de peso de pigmento necessária para atingir um padrão
de escoamento e forme uma superfície fluida.
Tintas à óleo

 Outras propriedades: tipo e a quantidade de


pigmento afeta:
 A dureza e a flexibilidade da película;
 Resistência às intempéries, à corrosão e ao efeito
de reagentes químicos;
 E outros efeitos complexos ainda não muito bem
conhecidos.
Tintas à óleo

 Pigmentos reforçadores e cargas:


 Têm várias funções, dentre elas:
▪ Preencher o vazio no sistema película-pigmento
▪ Melhorar o arranjo caótico das partículas
▪ Transmitir a cor do pigmento
▪ Melhorar as propriedades de aplicação da tinta
Ex: talco e argila servem para amenizar a cor.
Tintas à óleo
 Pulverização: é o processo pelo qual a tinta é destruída
pela oxidação ou hidrólise causadas pela radiação
ultravioleta. Pode ser prevenida pela adição de um
pigmento que absorva os raios UV tornando-os
quimicamente inativos.

 Tintas tixotrópicas: são dispersões coloidais que


tendem a gelificar e podem ser convertidos à forma
fluida por agitação mecânica ou aumento da
temperatura. Em repouso novamente o líquido voltar a
ser um gel.
Tintas plásticas emulsionáveis
*Emulsões são sistemas de dois líquidos imiscíveis um disperso no
outro em forma de pequenas gotas, para se tornarem estáveis
adiciona-se um agente emulsionante (sabão, gelatina,
albumina...) que reduz a tensão interfacial entre os líquidos.

 São aquelas em que uma resina não solúvel em água é convertida


em uma emulsão na qual a água é a fase de dispersão ou fase
contínua.
 Antigamente tinham pouca resistência à água, por isso pouca
durabilidade exterior.
 A mais recentes têm importância industrial por sua facilidade na
aplicação, não têm odor, não são inflamáveis, e após secas, se
tornam laváveis.
Tintas plásticas emulsionáveis

 Componentes (facultativos) de uma tinta plástica


emulsionável.
 Látex;
 Plastificante;
 Aditivo para evitar o congelamento;
 Colóides protetores;
 Antiespuma;
 Pigmentos;
 Cargas;
 Agentes Sequestrantes;
 Agente Emulsionante;
Tintas para caiação
 São bastante conhecidas e econômicas.
 Têm como componente principal a cal extinta (Ca(OH) 2) e as
propriedades desta cal variam muito. Deriva da cal viva
(CaO).
 A coloração é obtida por incorporação de pigmentos (até
10%) ou corantes resistentes ou estáveis face à cal.
 Adiciona-se cola de caseína, de peixe, de carpinteiro, etc.
para melhorar a aderência ao substrato.
 Sempre é utilizada em, no mínimo, duas demãos.
 Essas tintas já se encontram prontas no mercado, precisando
somente da adição de água na proporção indicada pelo
fabricante, e dando-se um tempo de repouso antes do uso.
Tintas especiais

 Tintas resistentes ao calor;


 Tintas retardadoras de combustão;
 Tintas indicadoras de temperatura;
 Tintas anticondensação;
 Tintas inibidoras do desenvolvimento de
organismos;
 Tintas luminescentes;
 Fluorescentes e fosforescentes;
Vernizes, lacas e esmaltes
 Vernizes são soluções de gomas ou resinas, naturais ou
sintéticas, em um veículo (óleo secativo, solvente
volátil), soluções estas que são convertidas em uma
película útil transparente ou translúcida, após a
aplicação.
 Tipos:
 Vernizes à base de óleo: contém um resina e óleo secativo
como componentes básicos de formação da película, sendo
transformados em película útil por reações químicas (reações
com o O2, polimerização, etc.)
 Vernizes a base de solvente: os que são convertidos em
película útil principalmente pela evaporação do solvente.
Vernizes, lacas e esmaltes

 A propriedades de um verniz dependem da resina


e do óleo na qual ela se dissolve, e das proporções
do óleo em relação à resina.
Ex1: resina dura + óleo de soja (fluido) é similar a
resina mole + óleo de tungue (consistente).
Ex2: verniz com alta proporção de óleo em relação à
resina apresenta maior flexibilidade.
Ex3: verniz com resistência à água fica quebradiço
para assoalhos, verniz para interiores não se usa
em exteriores.
Vernizes, lacas e esmaltes
 As lacas são compostas de um veículo volátil, uma
resina sintética, um plastificante, “cargas” e,
ocasionalmente, um corante.
 Os solventes usualmente empregados são ésteres tais
como óleo de banana (acetato de amila), cetonas
(acetona, metiletilcetona), álcoois e etc.
 As cargas são líquidos de baixo custo, geralmente não
solventes das resinas, utilizados para diminuir a
viscosidade do meio. Ex: álcoois e hidrocarbonetos.
 Plastificantes são adicionados para dar películas flexíveis,
agindo como lubrificantes internos das macromoléculas
do polímero (ou resina).
Vernizes, lacas e esmaltes

 Esmaltes são obtidos adicionando-se


pigmentos aos vernizes ou às lacas,
resultando daí uma verdadeira tinta
caracterizada pela capacidade de formar um
filme excepcionalmente liso.
Preparação de superfícies

 Cada superfície exige um preparo diferente


que depende do estado em que ela se
encontra e do material que a constitui.
 A principal causa da curta duração das
películas das tintas é a má qualidade da
primeira demão de fundo ou a má preparação
da superfície.
Preparação das Superfícies
 Paredes com reboco / Madeira
1º) devem ser limpas, secas e isentas de substâncias que possuam
incompatibilidade físico-química com os componentes da tinta,
prejudicando suas propriedades finais;
2º) aplica-se o selador que é uma composição líquida que visa
uniformizar a superfície de maneira que ela absorva de maneira
uniforme a tinta;
3º) Emassamento é a fase em que fecham-se as rachaduras, pequenos
buracos e imperfeições que não puderam ser fechadas pelo selador;
4º) Aparelhamento (lixamento) é mudas as condições da base
alisando-a ou dando uma textura especial.
* Observar nas madeiras, suas substâncias que podem influencias na
secagem das tintas.
Preparação das Superfícies

 Metais:
1º) limpeza da peça ou tratamento para aderência
melhor das coberturas;
2º) aplicação de fundo antióxido de ancoragem
(zarcão, cromato de zinco);
3º) selador;
4º) emassado;
5º) fundo mate;
Métodos de aplicação
 Diversos métodos são utilizados industrialmente
para a aplicação de tinta e novos métodos estão
sendo desenvolvidos.
 Aplicação a pincel e rolo manual é o método utilizado:
▪ quando se tem contato da tinta com superfícies de difícil acesso
ou rugosas;
▪ quando não se está influenciando pelo preço da mão-de-obra;
▪ Quando não se envolve equipamentos pesados, linhas de ar
comprimido, etc.
Métodos de aplicação
 Nebulização a ar comprimido – consiste na introdução da
tinta num fluxo rápido de ar por meio de um sistema de
orifícios adequados, subdividindo-a em minúsculas gotas.
 Nebulização sem ar – uma bomba de alta pressão força a
tinta por um bocal estreito, ela se divide em gotículas
devido à alta velocidade.
 Nebulização eletrostática – a tinta é expelida pela borda
afilada de um copo ou disco rotativo. Esse copo ou disco é
ligado a uma fonte de alta tensão (10.000 – 1.000.000
volt), resultando em uma névoa de partículas de tinta
eletricamente carregadas, que serão atraídas pelas peças
ou artigos a serem pintados ligados à terra.
Métodos de aplicação
 Imersão – consiste em imergir o artigo na tinta, retirá-
lo e esperar que o excesso de tinta escoe dele.
 Aplicação por jorro – parecido com o processo de
imersão, porém, elimina-se o tanque de tinta. Esta é
bombeada de um reservatório relativamente pequeno
para uma série de canos perfurados que jorram a tinta
pela superfície dos artigos e o excesso é coletado e
reutilizado.
 Aplicação por rolos – está intimamente ligado ao
processo de impressão, onde através de rolo, pinta-se
uma superfície de fundo e depois a impressão da
matéria publicitária.
Métodos de aplicação

 Aplicação por “cortinas” – forma-se uma


cortina contínua de tinta onde o artigo passa
e é recoberto. Geralmente são tintas
aplicadas em camadas espessas e que
gelificam rapidamente.
Métodos de ensaio

 Estabilidade de armazenagem;
 Estabilidade à aeração;
 Propriedades de aplicação;
 Tempo de secagem;
 Dureza;
 Adesividade;

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