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Tintas
Introdução
A utilização de tintas remonta ao período rupestre: 0 homem para representar
as figuras rupestres encontradas em várias cavernas, serviu-se inicialmente do
carvão e giz e posteriormente de misturas da terra coloridas que iam do
amarelo acre ao vermelho (acres naturais) amassada com água.
Através dos tempos, os produtos utilizados (ligantes e pigmentos) no fabrico de
tintas e vernizes foram evoluindo principalmente para satisfazer as exigências
artísticas do ser humano nesta linha surgem primeiramente a aplicação de
óleos vegetais sicativos, que desempenham um grande papel na pintura da
renascença.
As primeiras fábricas de tintas e vernizes embora equipadas muito
rudimentarmente, surgem na Europa, nos fins do sec. XVIII e princípios do sec.
XIX. Mas é apenas no sec. XX ao sentir-se a necessidade de utilizar não só
tintas para fins artísticos mais principalmente para proteger os materiais, que
se dá grande revolução da indústria de tintas e vernizes.
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Tintas, Lacas e Vernizes para Construção
Introdução...
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Tintas, Lacas e Vernizes para Construção
Composição
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Tintas, Lacas e Vernizes para Construção
TINTA - Composição pigmentada liquida, pastosa sólida que, quando aplicada em
camada fina sobre uma superfície apropriada, e conversível ao fim de certo
tempo numa película sólida, corada e opaca.
PIGMENTO - Substância sólida, em geral, finamente dividida e praticamente
insolúvel no veículo, usada na preparação de tintas com o fim de lhas conferir
opacidade ou cor ou certas características especiais”. Exemplo: alumínio em pó,
oxido de zinco e mais.
CARGA - Substância inorgânica sob forma de película mais ou menos finas, de
fraco poder de cobertura, insolúvel no veiculo empregado como constituinte de
tintas, com o fim de conferir determinadas propriedades.
VEÍCULO - Conjunto de veículo fixo e de veículo volátil ou apenas veículo fixo no
caso de o segundo não existir.
VEÍCULO FIXO (Ligante, aglutinante) - componente de tinta ou verniz responsável
pela formação da película sólida constituída por um ou vários dos seguintes
produtos: óleos sicativos, resinas naturais, artificiais ou sintéticas, produtos
betuminosos ou outros.
VEÍCULO VOLÁTIL - Componentes de tintas ou verniz que se evapora durante
processo de secagem constituído por um, ou mais solventes diluente.
ADITIVO - Substância normalmente adicionada em pequena percentagem à tinta
ou não ao verniz com o fim de melhorar determinadas características. 5
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Classificação das tintas
c) Classificação quanto ao fim a que de destinam
Conforme o tipo de utilização apresentam-se as designações mais correntes
como por exemplo:
• Tintas plásticas para a construção civil
• Tintas para a marcação de estradas
• Tintas para estruturas metálicas
• Tintas para automóveis
• Tintas anti-ácidas
• Tintas marítimas
• Tintas antiderrapantes
• Tintas de acabamento (esmalte)
• Tintas decorativas
• E outras.
Dentro destas classificações é muito melhor classificar as tintas consoante a
natureza do veículo fixo (ligante) porque é que dá-nos melhor informação sobre
o possível comportamento da tinta na sua utilização.
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Outras designações
Existem certos termos mais generalizados na industria de
construção civil, relacionados como o aspecto de acabamento
obtido e outros surgem a finalidade com que são utilizados as
tintas, que convém referir:
• Tinta de esmalte - acabamento que origina uma película de
aspecto mais ou menos brilhante e liso.
• Tintas plásticas - termo incorrecto para designar tintas de água
com ligantes sintéticos que dão normalmente um acabamento liso.
• Tintas texturadas - tinta em cuja a formulação inclui produtos
que permitem obter por aplicação adequada uma película com
superfície rugosa.
• Tintas em pó - tinta em solventes sob forma pulverulenta.
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Outras designações
• Acabamento - tintas verniz ou produtos similar apropriada para
ser aplicado como camada fina de um esquema de pintura.
• Acabamento do tipo ‘Karapas’ - normalmente constituído por
aplicação de uma massa aquosa obtida com cargas minerais,
ligantes sintéticos e aditivos.
• Pré-primario - tinta para ser aplicada directamente sobre um
suporte metálico, assegura a aderência das tintas subsequentes.
• Primário - igual a pré-primário protege e dá aderência da
camadas subsequentes.
• Primário de espera - conforme o nome, é aplicado no local da
manufactura da peca, assegura a protecção temporária esperando
da subsequente.
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Outras designações
• Subcapa - tinta destinada a ser aplicada sobre um primário e
apta a receber quer uma camada intermédia quer um
acabamento.
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Preparação de Superfícies
Um revestimento pode desempenhar um papel, importante na
protecção do substrato a que se encontra aplicado. A eficácia
depende não só da qualidade de tinta, do modo da aplicação, mas
também do estado da superfície que deve ser convenientemente
preparado antes da pintura.
A preparação da superfície compreende um conjunto de
operações que têm por objectivo obter uma superfície
homogénea, de rugosidade apta para receber a pintura. Um dos
aspectos importantes da preparação da superfície é o seu estado
de limpeza. Deve-se ao todo o caso procurar-se que a superfície
esteja isenta de óleos, gorduras, pó ou outros contaminantes, de
modo a estabelecer um contacto directo do substrato com a tinta.
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Superfícies metálicas
• Natureza do metal
• Espessura da superfície
• Esquema da pintura
• Condições de serviço.
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Os métodos de preparação de superfícies metálicas podem ser divididos em
duas categorias, métodos físicos e métodos químicos:
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Superfícies de madeira
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Pintura
Definição
A pintura na construção civil, consiste no revestimento das superfícies de
algumas partes de um edifício, por meio de substâncias mais ou menos fluidas
e que sempre de variada coloração. A pintura constitui o principal acabamento
das construções correndo para o seu bom aspecto e higiene, tornado, portando
as habitações alegres, atraentes e saudáveis.
Finalidade
Tem a pintura como finalidade, proteger as superfícies das paredes, portas,
tectos, pecas, etc., decorando-as, tornando o seu aspecto mais agradável. A
pintura presta-se ainda a ornamentação das superfícies das edificações
alegrando a vista pela combinação das cores, pelas suas harmonias e
contrastes. Tem ainda a pintura importância considerável sob ponto de vista de
salubridade das habitações, visto que torna as superfícies mais ou menos
impermeáveis, permitem a limpeza, lavagem e desinfecção nalguns casos.
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Esquema de pintura
Define o conjunto de tintas ou produtos similares a aplicar sobre o suporte
segundo determinada ordem, fixando a espessura ou o número de demãos
sucessivas.
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Esquema de pintura
• Primários - São tintas com as seguintes características e funções:
- Criar boa base de aderência para películas de tintas seguintes.
- Impedir o desenvolvimento de corrosão a partir de descontinuidade da
película.
- Dar suficiente resistência química a intempérie enquanto não se aplicam as
restantes demãos.
• Subcapas - São tintas incorporadas no sistema de modo a proporcionarem:
- Espessura total adequada.
- Boa ligação entre o primário e a tinta de acabamento.
- Protecção contra a acção de produtos químicos.
• Tintas de acabamento - São tintas que conferem ao revestimento a cor final,
o brilho e outras características especiais, devem apresentar características
como propriedade de antivegetativas, ignifugas, reflectoras, de resistência, de
abrasão e mais.
• Betumes - composições pastosas, contendo teores elevados de pigmento e
cargas com a finalidade de regularizar a base de aplicação.
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Aplicação
Processo de aplicação
Para o comportamento futuro de um revestimento por pintura, além da
selecção do esquema de pintura que é de primordial importância, a escolha do
processo de aplicação é também fundamental. Por exemplo para uma boa
aderência entre o primário e a superfície metálica a proteger, aconselha-se a
aplicação do primário sempre que possível por uma trincha.
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Condições de aplicação
Ao aplicar um esquema da pintura deve-se ter sempre as condições que o fabricante
indica na ficha técnica do produto. (A norma portuguesa 32 84 indica os dados técnicos).
Por exemplo, se se trata de uma tinta de dois componentes a que respeitar:
• As proporções da mistura dos dois componentes;
• 0 tempo de vida útil indicado para a mistura que nunca deve ser ultrapassado.
Para alem das condições de aplicação a que ver as seguintes condições ambientais.
No ambiente:
• Temperatura compreendida entre 5°C e 35°C (nem frio e nem sol forte), a humidade
relativa não deve exceder 85% e não deve haver correntes de ar nem poeiras no ar.
No Laboratório:
• A temperatura do ar deve ser 23+/- 2°C, a humidade relativa de ar 50+/- 5% e isento
de correntes de ar e poeiras.
Aconselha-se para:
• Superfícies estucadas, rebocadas ou de betão, teores de humidade inferiores a 5%.
• SuperfIcies de madeira teores a volta de 15% no caso de peça exposta a intempérie e
10 a 12% para peças mantidas ao abrigo da intempérie.
• Superfícies metálicas devem estar secas, limpas e a sua temperatura deve ser superior
no mínimo de 2% a temperatura do ponto de orvalho medido no local do trabalho.
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Avaliação de Qualidades
Ensaios laboratoriais
Para caracterização de qualquer revestimento não se realizam todos os ensaios
existentes, há uma selecção tendo em vista os campos de aplicação e o objectivo
pretendido para os produtos em estudo. Esta escolha faz-se com base nos
seguintes objectivos:
• Realização de ensaios de recepção de materiais
• Realização de ensaios de controle de produção
• Verificação de qualidade da tinta (caracterização química e física)
• Caracterização do desempenho de durabilidade do revestimento por pintura
• Selecção entre vários revestimentos para dada utilização
• Ensaios de inspecção na obra
• Estudos de investigação.
Existem essencialmente ensaios em três tipos:
- Ensaios de tinta liquida
- Ensaio na película húmida e de aplicação
- Ensaio na película seca.
Estes ensaios podem ser feitos de características físicas e químicas ou de
comportamento.
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DEFEITO - CAUSAS
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Fabricação
Para se fabricar uma tinta é necessário trilhar pelas seguintes operações:
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Fabricação..
5ª) Filtração – procura-se separar partículas estranhas com que a tinta por
ventura tivesse sido contaminada durante as várias fases de fabrico,
nomeadamente poeiras ou partículas de pele que se tenham formado por
indevida oxidação.
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