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Industria de Tintas

ALUNA: BÁRBARA RICHTER


PROFESSORA: JULIANA KLOSS
A origem
• Pré História
• Os egípcios, por volta de 1500 a.C já dispunham de um
grande número e ampla variedade de cores derivadas
de produtos naturais
• Avanço tecnológico século XX

Desenvolvimento de novos
polímeros (resinas)
• No brasil: um bilhão de litros de tintas produzidos
anualmente

4º produtor mundial de tintas. Mais


de 400 indústrias operem atualmente
no País
Classificação das tintas
 Tintas imobiliárias: tintas e complementos destinados à construção civil;

Subdivididas em

• produtos aquosos (látex): látex acrílicos, látex vinílicos, látex vinil-acrílicos, etc;
• produtos base solvente orgânico: tintas a óleo, esmaltes sintéticos, etc.

 Tintas industriais do tipo OEM (original equipment manufacturer):


• fundos (primers) eletroforéticos
• fundos (primers) base solvente;
• tintas em pó́ ;
• tintas de cura por radiação (UV), etc.

 Tintas especiais: abrangem os outros tipos de tintas, como, por exemplo:


• tintas e complementos para repintura automotiva;
• tintas para demarcação de trafego;
• tintas e complementos para manutenção industrial;
• tintas marítimas;
• tintas para madeira, etc.
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As tintas também podem ser classificadas quanto à
formação do revestimento

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Constituintes da tinta

Os constituintes fundamentais de uma tinta liquida são

• Veiculo fixo(resinas);
• Pigmentos;
• Solventes (veiculo volátil);
• Aditivos.

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• As tintas em pó contem todos os
constituintes menos, evidentemente, os
solventes; o mesmo ocorre com as
conhecidas tintas sem solventes.

• Os vernizes, do ponto de vista


técnico, possuem todos os
constituintes de uma tinta, menos os
pigmentos.
• É o constituinte ligante ou aglomerante das
partículas de pigmento e o responsável
direto pela continuidade e pela formação da
película de tinta
• Determinam o brilho, a resistência química e
física, a secagem, a aderência, etc
Resinas • Como consequência, responde pela maioria

(Veiculo fixo) •
das propriedades físico-químicas da tinta
As primeiras tintas desenvolvidas
utilizavam resinas de origem natural
(principalmente vegetal). Atualmente, as
resinas utilizadas pela indústria são sintéticas
e constituem compostos de alto peso
molecular

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• De forma geral, o veiculo fixo é constituído por
um ou mais tipos de resina, que em sua maioria
são polímeros de natureza orgânica

• As características das tintas, em termos de


resistência, dependem em muito do(s) tipo(s)
de resina(s) empregada(s) na sua composição

• Outro aspecto a destacar é que o nome da tinta


associa-se normalmente ao da resina presente
em sua composição
o Tinta alquídica: resina alquídica;
o Tinta acrílica: resina acrílica

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Resinas (Veiculo fixo)

Como exemplos de veículo fixos, podemos citar:


• Resinas alquídicas;
• Resinas epoxí;
• Resinas acrílicas;
• Resinas poliuretânicas;
• Resinas vinílicas;
• Resina nitrocelulose;
• Óleos vegetais (linhaça, soja, tungue);
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• Os solventes são substancias puras empregadas
tanto para auxiliar na fabricação das tintas, na
solubilização da resina e no controle de
viscosidade, quanto para facilitar sua aplicação

• Após a aplicação da tinta, o solvente evapora


deixando uma camada de filme seco sobre o
substrato.
Solventes • Tinta que contenha um teor excessivo de
solventes de evaporação muito rápida

Nivelamento deficiente da película

• Quantidade excessiva de solventes de


evaporação muito lenta.
Retardamento na secagem e
retenção de solventes no
revestimento 10
Solventes

Os solventes podem ser classificados em:


• Solventes verdadeiros
• Solventes auxiliares
• Falso solvente

• Os solventes orgânicos são geralmente divididos em dois grupos: os


hidrocarbonetos e os oxigenados.

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Solventes
Dentre o grande numero de solventes utilizados na indústria de tintas, podemos citar:

• Hidrocarbonetos alifáticos: nafta e aguarrás mineral;


• Hidrocarbonetos aromáticos: tolueno e xileno;
• Ésteres: acetato de etila, acetato de butila e acetato de isopropila;
• Álcoois: etanol, butanol e álcool isopropílico;
• Cetonas: acetona, metiletilcetona, metilisobuti1cetona e cicloexanona;
• Glicóis: etilglicol e butilglicol;
• Solventes filmógenos: estireno.

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• As tintas de base aquosa utilizam
como fase volátil água adicionada
de uma pequena quantidade de
líquidos orgânicos compatíveis
• A escolha de um solvente em uma
tinta deve ser feita de acordo com a
solubilidade das resinas respectivas
da tinta, viscosidade e da forma de
aplicação. Uma exceção importante
são as tintas látex
• Atualmente existe um esforço
mundial no sentido de diminuir o
uso de solventes orgânicos em
tintas

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• Os pigmentos são partículas solidas,
finamente divididas, insolúveis no veiculo
fixo (resina), utilizados para se obter, entre
outros objetivos, proteção anticorrosiva,
cor, opacidade, impermeabilidade e
melhoria das características físicas da
Pigmentos película
• Os corantes se fixam na superfície que vão
colorir através de mecanismos de
adsorção, ou ligações iônicas e covalentes
enquanto que os pigmentos são dispersos
no meio (tinta) formando uma dispersão
relativamente estável

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Pigmentos

De uma forma simples podemos classificar os pigmentos em três


grupos:
• Anticorrosivos
• Opacificantes coloridos
• Cargas ou extensores

Além dos grupos de pigmentos citados, existem outros tipos chamados


funcionais, pigmentos fosforescentes, fluorescentes, perolados
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• Os pigmentos podem ser de
natureza inorgânica ou
orgânica

Naturais e sintéticos

• Os pigmentos inorgânicos possuem melhor resistência à radiação


solar, em especial aos raios ultravioleta, do que os orgânicos.

• Por outro lado, para determinadas cores, os pigmentos orgânicos


possuem melhor resistência química do que os inorgânicos.
• Os aditivos são compostos
empregados em pequenas
concentrações nas formulações das
Aditivo tintas com o objetivo de lhes conferir
determinadas características que sem
eles, seriam inexistentes

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Processos de fabricação

• Nas etapas de fabricação predominam as operações físicas:


o Mistura;
o Dispersão;
o Completagem;
o Filtração;
o Envase

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• Para revestimentos, a indústria de tintas
utiliza um grande numero de matérias-
primas e produz uma eleva da gama de
produtos.
• As fabricas de tintas recebem,
normalmente, as matérias-primas,
veículos, solventes, pigmentos em
condições de efetuar as misturas, de
acordo com a formulação desejada.

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• Este processo normalmente será́ mais
oneroso, necessitando de uma etapa de
pré-dispersão antes da dispersão
propriamente dita

Tintas à base de • As etapas de fabricação podem ser


solvente resumidas em:

orgânico  Pré mistura


 Dispersão (moagem)
 Completagem
 Filtração
 Envase

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• Nos sistemas base de água a parte líquida é
preponderantemente a água
• As tintas aquosas e os seus complementos,
utilizados na construção civil representam
80% de todas as tintas consumidas por esse
segmento de mercado
Tintas à base de • Estes produtos são denominados
água genericamente de produtos látex. A parte
volátil das tintas látex é constituída por 98%
de água e 2% de compostos orgânicos
• Em tintas industriais, os sistemas aquosos
estão adquirindo uma importância crescente, o
primer eletroforético utilizado na pintura
original automotiva é um dos exemplos

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• Pré mistura e dispersão
• Completagem
• Filtração e envase

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• O verniz é uma dispersão coloidal não
pigmentada, ou solução de resinas sintéticas
ou naturais em óleos dissolvidos em
Produção de solventes

Vernizes • São usados como películas protetoras ou


revestimento decorativo em vários
substratos.

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Mistura Dispersão Filtração Envase

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3/9/20XX Título da Apresentação 27
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Misturadores

• A principal etapa de fabricação de uma tinta está nas


corretas mistura e dispersão dos componentes que
fazem parte da formulação em um solvente adequado.

• Uma fabrica de tintas pode ser vista como uma grande


fábrica de misturas. A maioria dos componentes de
uma tinta (resinas, solventes, pigmentos, etc.) são
adquiridos prontos, de modo que a produção da tinta
se dará por determinada combinação desses
componentes, o que requer uma mistura perfeita entre
eles.

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Princípios de formação da película

• Forma pela qual um filme úmido de tinta se converte em um filme


sólido com as propriedades desejadas.

• A formação da película pode ocorrer por diversos mecanismos


filmógenos: evaporação do solvente, oxidação, ativação térmica,
polimerização, hidrólise, coalescência e fusão térmica.

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Evaporação por solvente
• Na formação do filme protetor por evaporação do solvente,
utilizam-se produtos já polimerizados e solubilizados com
auxilio de solventes.

• Quando a solução é aplicada sobre determinada área, os


solventes evaporam, deixando sobre a superfície uma película
sólida, adesiva e contínua

• Vantagens: o fato de serem monocomponentes e apresentarem


boa aderência entre demãos.

• Desvantagem apresentam fraca resistência a solventes.

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Oxidação
• Neste tipo de mecanismo, a formação da
película ocorre através da evaporação dos
solventes e da reação da resina com o
oxigênio do ar

• Reação que ocorre através das duplas


ligações existentes nas moléculas dos óleos
vegetais normalmente empregados.

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Ativação térmica
• Polimerização se processa com auxilio de energia
de ativação, geralmente térmica. Aplica-se um pré-
polímero, dissolvido em solventes apropriados,
sobre um substrato seguido de aquecimento

• Ocorre polimerização por condensação e formação


de película.

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Polimerização à temperatura ambiente – condensação
• As tintas, cujas películas são formadas por este mecanismo,
são normalmente fornecidas em dois ou mais componentes,
tendo-se a resina e o agente de cura ou endurecedor, que
também é uma resina.

• No momento do uso, os componentes são misturados em


proporções adequadas, começando, então, a reagir
quimicamente entre si.

• A cura completa da película, em geral, ocorre dentro de sete a


10 dias.

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Hidrólise
• A formação da película ocorre por meio da reação da
resina da tinta com a umidade do ar

Coalescência
• As partículas de resina, geralmente de forma esférica,
ficam dispersas no solvente (dispersante).

• Com a evaporação do solvente, as partículas aglomeram-


se, vindo a formar películas coesas e, geralmente,
bastante plásticas.

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Fusão térmica ou com aquecimento

• Este tipo de formação de película ocorre com as


resinas empregadas na fabricação das tintas em pó́ .

• Após ser totalmente recoberta, a peça é levada para


uma estufa a aproximadamente 230ºC, dentro da
qual ocorre a fusão do pó́ com parte do substrato e
a consequente formação da película

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Mecanismo de
proteção anticorrosiva
Existem basicamente três mecanismos de
proteção:

• Barreira

• Inibição (passivação anódica)

• Eletroquímico (proteção catódica)


Curiosidades

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Restrição aos solventes
orgânicos
• O apelo ambiental e as regras rígidas de transporte e
manuseio tem imposto aos fabricantes de tintas o
desafio de substituir em suas formulações os solventes
derivados de petróleo por água.
• Isso porque tintas base solvente apresentam maior teor
de compostos orgânicos voláteis, que são tóxicos e
perigosos.
• A utilização de VOC’s produz tintas de maior
durabilidade, tempo de prateleira e secagem mais
rápida. Contudo, esses solventes são prejudiciais à
saúde do trabalhador envolvido na produção da tinta,
bem como do usuário final que a aplica.

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A indústria de tintas, diante desse cenário, tem adotado a
utilização de água como solvente sempre que possível,
ainda que a durabilidade da tinta seja menor, por ser a
água um excelente meio para reprodução de fungos e
bactérias, e o tempo de secagem da tinta maior devido sua
volatização.

As formulações base água possuem importantes


vantagens: reduzidíssimo teor de VOC’s, pouca ou
nenhuma inflamabilidade e baixa toxicidade.
Tintas em pó
• Além de serem isentas de solventes e não
produzirem resíduos apresentam excelentes
características de proteção anticorrosiva.

• As tintas anticorrosivas solúveis em água, já́


disponíveis no mercado, apresentam um
baixíssimo índice de toxicidade.

• Igualmente, no campo da proteção


anticorrosiva, novos equipamentos e
métodos de preparação de superfície
menos agressivos ao meio ambiente e à
saúde dos trabalhadores estão sendo
desenvolvidos.
Título da Apresentação 41
Referências

• MARCELO, G.; GILBER, R. Química Industrial. Grupo A, 2013.

• CETESB – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Guia


técnico ambiental tintas e vernizes – série P+L. São Paulo, 2006. 70 p.

• FAZENDA, JORGE M. R. Tintas e Vernizes. 3. ed. São Paulo: Edgar


Blücher, 2005. 1044 p.

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Obrigado
Bárbara Richter

barbararichter@alunos.utfpr.edu.br

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