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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA

MECANISMOS DE CIRCULAÇÃO DA SEIVA BRUTA E ELABORADA


NOS VEGETAIS SUPERIORES

Estudante: Leonor Somane Massuco

Código: 708230353

Trabalho de carácter avaliativo a ser


submetido a Universidade Católica de
Moçambique, Instituto de Educação à
Distância – IED

CUAMBA, MAIO DE 2023


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Classificação
Categoria Indicadores Padrões Pontuação Nota de Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Estrutura Aspectos  Discussão 0.5
Organizacionais  Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(indicação clara do 1.0
problema)
Introdução  Descrição dos
Objectivos 1.0
 Metodologia adequada ao
objecto do trabalho 2.0
 Articulação e domínio do
discurso académico 2.0
Conteúdo Analise (expressão escrita
Discussão coerência/coesão textual)
 Revisão discussão
bibliográfica nacional e 2.
internacional na área
 Exposição dos dados 2.0
 Contributo teórico e
Conclusão Prático 2.0
 Paginação tipo e tamanho
Aspectos Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais espaçamento entre linhas
Normas APA 6 a  Rigor e coerência das
Referência edição em citação Citações/referências 4.0
bibliográfica e bibliografia bibliográficas
Índice
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 4
1.1. Objectivos................................................................................................................ 4
1.1.1. Objectivo Geral ................................................................................................ 4
1.1.2. Objectivos Específicos ...................................................................................... 4
2. MECANISMOS DE CIRCULAÇÃO DA SEIVA BRUTA E ELABORADA NOS
VEGETAIS SUPERIORES ................................................................................................... 5
2.1. Seiva bruta ............................................................................................................... 5
2.2. Circulação da seiva bruta ......................................................................................... 5
2.3. O aparelho de transporte de seiva bruta e elaborada nas plantas................................ 6
2.3.1. Mecanismo do transporte de seiva bruta ............................................................ 6
2.3.2. O mecanismo de deslocação de seiva elaborada ................................................ 7
2.4. Características dos vasos lenhosos e liberianos......................................................... 8
2.5. Estrutura dos vasos lenhosos e liberinos ................................................................... 8
3. METODOLOGIA USADA........................................................................................... 10
3.1. Procedimentos Metodológicos ............................................................................... 10
4. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 11
5. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................... 12
1. INTRODUÇÃO
Assim que as células da raiz absorvem água e sais minerais do solo, é necessário um
mecanismo vegetal eficiente para transferir esses compostos para as folhas. O processo
fotossintético e a seiva viva são então convertidos em detalhes. Em vez disso, e novamente,
todas as partes da planta são substituídas por esse suco complexo. Os tecidos condutores das
plantas superiores são o xilema e o floema. O xilema é responsável pelo transporte de água e
sais minerais absorvidos pelas raízes das plantas (seiva vital), enquanto o floema transporta os
nutrientes produzidos pelas folhas (seiva desenvolvida) por toda a planta.
O fluxo de seiva viva é descrito pelo botânico irlandês Dixon. O maior problema é como
as plantas desafiam as leis da gravidade e transportam a seiva viva das raízes para as folhas. A
teoria de Dixon explica o problema dizendo que quando uma folha perde água ela se torna
hipertônica e passa a atuar massivamente nos canais de condução do xilema, "puxando" essa
seiva bruta por meio de forças coesivas e adesivas. Em certas épocas do ano, as plantas param
de crescer, mas desenvolvem mecanismos de transpiração “forçada” conhecidos como tripas
para transportar a seiva bruta.
A condução da seiva elaborada ocorre através dos vasos liberianos, na maioria das vezes
no sentido descendente. A teoria mais aceita para explicar esse processo é a Hipótese de
Münch, elaborada por Ernst Münch em 1930. A água da seiva bruta que chega ao órgão de
maior pressão osmótica penetra em seus vasos floemáticos por osmose, deslocando a seiva
elaborada neles presente em direção ao órgão de menor pressão osmótica, que geralmente é a
raiz.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar o mecanismos de circulação da seiva bruta e elaborada nos vegetais
superiores

1.1.2. Objectivos Específicos


 Descrever o mecanismo de transporte de seiva bruta e elaborada nas plantas;
 Caracterizar os vasos lenhosos e liberianos;
 Representar a estrutura dos vasos lenhosos e liberinos.

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2. MECANISMOS DE CIRCULAÇÃO DA SEIVA BRUTA E
ELABORADA NOS VEGETAIS SUPERIORES
2.1. Seiva bruta

O fluxo de seiva viva é descrito pelo botânico irlandês Dixon. O maior problema é como
as plantas desafiam as leis da gravidade e transportam a seiva viva das raízes para as folhas. A
teoria de Dixon explica que quando uma folha perde água ela se torna hipertônica, exercendo
uma força tremenda nos canais de condução do xilema e "puxando" essa seiva primordial por
meio de forças coesivas e adesivas. Em certas épocas do ano, as plantas param de crescer, mas
desenvolvem mecanismos de transpiração “forçada” conhecidos como tripas para transportar
a seiva bruta.
 Teoria da pressão radicular (pressão positiva da raiz), segundo a qual o líquido
entra nos vasos do xilema por transporte ativo das células adjacentes, acumulando-
se íons nessas células que aumentam a osmolaridade da água daquele vaso,
aumentando sua capacidade de absorver água e assim puxando a água e
empurrando ela pelo vaso.
 Teoria da tensão-coesão, a água dentro dos vasos do xilema se comporta como
em um capilar, aderindo a parede dos vasos, porém a capilaridade só é capaz de
levar a água até uma altura, assim entra a coesão (um fenômeno das moléculas de
água), que permitem que as moléculas de água formem um contínuum dentro dos
vasos do xilema, formando um cordão que é puxado pela força da evaporação nas
regiões de fotossíntese. Devido a pressão negativa que existe dentro dos vasos,
pode ocorrer a formação de embolismos, que são nada mais que bolhas que se
formam dentro dos vasos do xilema, interrompendo a condução de água. Esse
embolismo ainda pode ser corrigido por um fenômeno chamado de "refilling".

2.2. Circulação da seiva bruta

Após a absorção pela raiz, a solução mineral é transportada para o xilema no cilindro
central. (Manjat & Rombe, 2010).
Até chegar ao endoderma, as soluções contendo íons minerais podem seguir duas vias
distintas: a via extracelular ou apoplasta e a via intracelular ou simplasto.
 Via extracelular ou apoplasto: ocorre através dos espaços intercelulares
(meatos). É um trajecto muito rápido.
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 Via intracelular ou simplasto: neste trajecto, ocorre a passagem da solução de
célula a célula.
A solução deve passar pela membrana celular e citoplasma até atingir o xilema. A via
intracelular é a mais demorada porque depende de osmose e transporte ativo. A via
extracelular é interrompida no nível do endoderma devido à presença de estrias de Caspary.
Graças à sua permeabilidade, impede que a solução passe pelo espaço intercelular e permite
que ela passe pelas células da endoderme. Assim, o endotélio serve como uma barreira
seletiva para substâncias que devem migrar para o xilema. (Manjat & Rombe, 2010)

2.3.O aparelho de transporte de seiva bruta e elaborada nas plantas

Pteridófitas, gimnospermas e angiospermas apre-sentam um sistema de vasos que


transporta por toda a planta a seiva bruta (água e sais minerais absorvidos do solo) e a seiva
elaborada (substâncias orgânicas produzidas nas folhas).

2.3.1. Mecanismo do transporte de seiva bruta

Ao absorver sais do solo por transporte ativo, as raízes tornam-se hipertônicas e a água
entra nas células por osmose. A infiltração de água, juntamente com a água salgada, cria uma
pressão radicular que empurra a seiva para cima através das passagens das árvores. No
entanto, em árvores altas, essa pressão não é forte o suficiente para elevar a água. Além disso,
muitos vegetais não sofrem estresse radicular significativo. Hoje sabemos que o fator mais
importante nesse aumento é a transpiração foliar.
Para que as plantas tenham uma boa fotossíntese, os estômatos das folhas são abertos,
então a perda de água ocorre pela transpiração. Como resultado, as células das folhas tornam-
se mais densas e absorvem água (e sais minerais) dos vasos das árvores vizinhas por osmose.
Essa absorção de água cria uma tensão constante na coluna de líquido que puxa a água para
cima. Como a água é uma substância polar, as ligações de hidrogênio entre as moléculas
mantêm a coesão entre as moléculas, permitindo que a coluna líquida forme uma rede
tridimensional contínua e inquebrável. A captação de água do solo pelas raízes repõe a
quantidade perdida durante a transpiração e garante a continuidade desse processo. Essa
teoria é chamada de teoria da transpiração-tensão-condensação ou teoria de Dixon (formulada
pelo cientista Henry Dixon).

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2.3.2. O mecanismo de deslocação de seiva elaborada

A matéria orgânica produzida pelas folhas (fontes produtoras) deve ser distribuída para as
partes da planta que não fazem fotossíntese (fontes de absorção: raízes, caules, flores e
frutos). O transporte da borracha desenvolvida é feito pelo floema. A sacarose é formada nas
células foliares e se difunde para o floema através das células parenquimatosas da clorofila.
Lá, é captado pelas células que acompanham os vasos sanguíneos por transporte ativo e entra
nas células vasculares. Quando a sacarose chega, a pressão osmótica das células vasculares
aumenta e a água é absorvida pelo xilema adjacente.
A entrada de sacarose e de água no vaso da folha aumenta o volume de seiva dentro do
vaso e a pressão da água. Observe que se trata da pressão de um líquido em um vaso, ou seja,
de uma pressão hidrostática, e não de uma pressão osmótica.
Na outra extremidade do floema, onde está o órgão consumidor (um fruto ou uma raiz, por
exemplo), o fluxo se faz no sentido contrário: as células-companheiras bombeiam a sacarose
do vaso liberiano para as células do órgão consumidor. Com a saída da sacarose, a pressão
osmótica da célula do vaso diminui e ela perde água para o órgão consumidor. Em
consequência, a pressão hidrostática nessa região diminui. Assim, a seiva move-se da região
onde a pressão hidrostática é mais alta para onde é menor.
Essa teoria para o movimento da seiva elaborada é conhecida como teoria do fluxo de
pressão. (Bardine, 2008)
Os vasos liberianos estão situados mais próximos à superfície do caule, na parte interna da
casca. Se fizermos um corte em anel na casca (processo conhecido como cintamento), o
floema e a parte abaixo do corte deixam de receber seiva elaborada, o que provocará a morte
de suas células (e da planta) por falta de nutrientes. Realizada pelo biólogo italiano Marcelo
Malpighi, em meados do século XVII, essa experiência demonstra o papel do floema no
transporte de seiva orgânica. Em homenagem ao cientista, a experiência foi chamada de anel
de Malpighi.

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2.4.Características dos vasos lenhosos e liberianos

Vasos lenhosos
Os vasos do xilema são alguns dos principais tipos de tecidos que drenam fluidos e são
compostos por dois tipos celulares específicos: traqueia e traqueia. Os traqueídeos são
cilindros ocos muito finos com um grande número de poros que permitem que traqueídos
adjacentes se comuniquem através desses cilindros. A traquéia são as células que fazem o
trato da madeira parecer um grande caixão.
Vasos liberianos
Os vasos liberianos são vasos compostos por dois tipos distintos de células, os quais
podem ser definidos como células companheiras e elementos de tubo crivado.
Estas células são vivas e de formato bastante alongado, fazendo com que a seiva possa ser
conduzida por eles e chegar até diferentes partes de uma determinada planta.

2.5.Estrutura dos vasos lenhosos e liberinos

Xilema
Também designado por lenho ou tecido traqueano, especializado na condução de água e
sais minerais desde a raiz até aos restantes órgãos das plantas, transporta a seiva xilémica ou
seiva bruta (água e sais minerais) e é constituído por quatro tipos de células:
 Elementos de vaso: células mortas com espessamentos nas paredes laterais de
lenhina, o que lhes confere rigidez. A sua principal função é a condução de água e
sais minerais.
 Traqueídos: distinguem-se dos anteriores por possuírem perfurações.
 Fibras lenhosas: células mortas muito longas e com paredes espessas. Têm
função de transporte.
 Parênquima lenhoso: constituído por células vivas de paredes celulares finas.
Têm função de reserva.

Floema
Também designado por líber ou tecido crivoso é especializado no transporte de água e de
substâncias orgânicas, resultantes da fotossíntese, desde as folhas até aos outros órgãos das
plantas. (Vitória, 2009) Transporta a seiva floémica ou seiva elaborada (água, sais minerais e
compostos orgânicos) e é constituído por quatro tipos de células:

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 Células do tubo crivoso: células vivas muito especializadas que se ligam-se entre
si topo a topo, e cujas paredes transversais, com orifícios, constituem as placas
crivosas. A principal função é a condução de água e substâncias orgânicas.
 Células de companhia: células vivas que se situam perto das células dos tubos
crivosos, com as quais estabelecem ligações citoplasmáticas.
 Fibras liberinas: constituídas por células mortas com paredes espessas. A sua
principal função é a de suporte.
 Parênquima liberino: constituído por células vivas de paredes finas pouco
diferenciadas. A sua função é de reserva.
Ilustração 1: Estrutura dos vasos lenhosos e liberinos

Fonte: (Bardine, 2008)

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3. METODOLOGIA USADA

Quanto ao Método e à forma de abordar o problema Richardson (2007) classifica as


pesquisas em qualitativa e quantitativa.
A pesquisa proposta é de natureza Qualitativa. A mesma visa estudar e analisar o objecto
de estudo em seu contexto social, buscando ir além da descrição da aparência do fenómeno,
estudando também a sua essência. Objectiva identificar a origem e as relações de
persistência/mudança da condição do objecto.
A pesquisa qualitativa empreende um esforço intenso de trabalho em campo para
conhecimento do objecto estudado (seja local, pessoas ou situações). Colectam-se dados,
descrevem e analisam os mesmos em seu contexto sócio histórico, centrando-se muito mais
no processo, na busca pelo conhecimento do objecto, do que no resultado final.

3.1.Procedimentos Metodológicos

Pesquisa bibliográfica: na pesquisa bibliográfica foi encarregada a consulta de livros e


artigos disponibilizados/publicados em versão electrónicos e físicos. Uso exclusivo de fontes
bibliográficas. A principal vantagem é permitir ao pesquisador a cobertura mais ampla do que
se fosse pesquisar directamente; é relevante quando o problema de pesquisa requer dados
muito dispersos.

Pesquisa documental: a pesquisa documental consistiu em buscar informações em


fontes de documentos (leis/decretos…). Essas fontes podem ser primárias e secundárias.

Observação: utilizou-se os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade.


Consiste de ver, ouvir e examinar fatos ou fenómenos.
Visto que a pesquisa será de campo, a observação directa permitirá a obtenção de
informações exigindo a participação, assim exigindo a participação directa do pesquisador,
facilitando assim interpretação do fenómeno vivenciado na área em estudo.
Estudo de caso: estudo exaustivo de um ou poucos objectos de pesquisa, de maneira a
permitir o aprofundamento do seu conhecimento. Os estudos de caso têm grande
profundidade e pequena amplitude, pois procuram conhecer a realidade de um indivíduo, de
um grupo de pessoas, de uma ou mais organizações em profundidade.

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4. CONCLUSÃO

Chegado a este trecho findamos que a seiva bruta é composta por água, minerais e até
mesmo pequenas moléculas orgânicas que podem ser absorvidas do solo e transportadas
através do xilema (tecido vascular da planta). A água desempenha um papel essencial nas
plantas, e sua disponibilidade é um fator crítico durante a fotossíntese e, posteriormente,
durante o crescimento e desenvolvimento das folhas. Portanto, para evitar o déficit hídrico, as
plantas terrestres devem manter uma relação equilibrada entre absorção, transporte e perda de
água. Em seguida, veremos os processos e forças que controlam o movimento da água do
solo ao longo do caule e das folhas.
.

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5. BIBLIOGRAFIA
Artur, S. D. (2010). Metodologia de Investigação Científica I. Beira.

Bardine, R. (2008). Transporte de Seiva nas Plantas – Bruta e Elaborada.

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.

Lakatos, E. M., & Marconi, M. d. (1987). Metodologia do Trabalho científico. São Paulo:
Atlas.

Manjate, M. A., & Rombe, M. C. (2010). Biologia 12ª Classe – Pré-universitário. Maputo:
Longman Moçambique.

Vitória, C. (2009). Sistema De Transporte Das Plantas Vasculares : O Xilema E O Floema.


Obtido de https://biogilde.wordpress.com/2009/04/26/sistema-de-transporte-das-
plantas-vasculares-o-xilema-e-o-floema/

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