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Código: 708230353
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2. MECANISMOS DE CIRCULAÇÃO DA SEIVA BRUTA E
ELABORADA NOS VEGETAIS SUPERIORES
2.1. Seiva bruta
O fluxo de seiva viva é descrito pelo botânico irlandês Dixon. O maior problema é como
as plantas desafiam as leis da gravidade e transportam a seiva viva das raízes para as folhas. A
teoria de Dixon explica que quando uma folha perde água ela se torna hipertônica, exercendo
uma força tremenda nos canais de condução do xilema e "puxando" essa seiva primordial por
meio de forças coesivas e adesivas. Em certas épocas do ano, as plantas param de crescer, mas
desenvolvem mecanismos de transpiração “forçada” conhecidos como tripas para transportar
a seiva bruta.
Teoria da pressão radicular (pressão positiva da raiz), segundo a qual o líquido
entra nos vasos do xilema por transporte ativo das células adjacentes, acumulando-
se íons nessas células que aumentam a osmolaridade da água daquele vaso,
aumentando sua capacidade de absorver água e assim puxando a água e
empurrando ela pelo vaso.
Teoria da tensão-coesão, a água dentro dos vasos do xilema se comporta como
em um capilar, aderindo a parede dos vasos, porém a capilaridade só é capaz de
levar a água até uma altura, assim entra a coesão (um fenômeno das moléculas de
água), que permitem que as moléculas de água formem um contínuum dentro dos
vasos do xilema, formando um cordão que é puxado pela força da evaporação nas
regiões de fotossíntese. Devido a pressão negativa que existe dentro dos vasos,
pode ocorrer a formação de embolismos, que são nada mais que bolhas que se
formam dentro dos vasos do xilema, interrompendo a condução de água. Esse
embolismo ainda pode ser corrigido por um fenômeno chamado de "refilling".
Após a absorção pela raiz, a solução mineral é transportada para o xilema no cilindro
central. (Manjat & Rombe, 2010).
Até chegar ao endoderma, as soluções contendo íons minerais podem seguir duas vias
distintas: a via extracelular ou apoplasta e a via intracelular ou simplasto.
Via extracelular ou apoplasto: ocorre através dos espaços intercelulares
(meatos). É um trajecto muito rápido.
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Via intracelular ou simplasto: neste trajecto, ocorre a passagem da solução de
célula a célula.
A solução deve passar pela membrana celular e citoplasma até atingir o xilema. A via
intracelular é a mais demorada porque depende de osmose e transporte ativo. A via
extracelular é interrompida no nível do endoderma devido à presença de estrias de Caspary.
Graças à sua permeabilidade, impede que a solução passe pelo espaço intercelular e permite
que ela passe pelas células da endoderme. Assim, o endotélio serve como uma barreira
seletiva para substâncias que devem migrar para o xilema. (Manjat & Rombe, 2010)
Ao absorver sais do solo por transporte ativo, as raízes tornam-se hipertônicas e a água
entra nas células por osmose. A infiltração de água, juntamente com a água salgada, cria uma
pressão radicular que empurra a seiva para cima através das passagens das árvores. No
entanto, em árvores altas, essa pressão não é forte o suficiente para elevar a água. Além disso,
muitos vegetais não sofrem estresse radicular significativo. Hoje sabemos que o fator mais
importante nesse aumento é a transpiração foliar.
Para que as plantas tenham uma boa fotossíntese, os estômatos das folhas são abertos,
então a perda de água ocorre pela transpiração. Como resultado, as células das folhas tornam-
se mais densas e absorvem água (e sais minerais) dos vasos das árvores vizinhas por osmose.
Essa absorção de água cria uma tensão constante na coluna de líquido que puxa a água para
cima. Como a água é uma substância polar, as ligações de hidrogênio entre as moléculas
mantêm a coesão entre as moléculas, permitindo que a coluna líquida forme uma rede
tridimensional contínua e inquebrável. A captação de água do solo pelas raízes repõe a
quantidade perdida durante a transpiração e garante a continuidade desse processo. Essa
teoria é chamada de teoria da transpiração-tensão-condensação ou teoria de Dixon (formulada
pelo cientista Henry Dixon).
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2.3.2. O mecanismo de deslocação de seiva elaborada
A matéria orgânica produzida pelas folhas (fontes produtoras) deve ser distribuída para as
partes da planta que não fazem fotossíntese (fontes de absorção: raízes, caules, flores e
frutos). O transporte da borracha desenvolvida é feito pelo floema. A sacarose é formada nas
células foliares e se difunde para o floema através das células parenquimatosas da clorofila.
Lá, é captado pelas células que acompanham os vasos sanguíneos por transporte ativo e entra
nas células vasculares. Quando a sacarose chega, a pressão osmótica das células vasculares
aumenta e a água é absorvida pelo xilema adjacente.
A entrada de sacarose e de água no vaso da folha aumenta o volume de seiva dentro do
vaso e a pressão da água. Observe que se trata da pressão de um líquido em um vaso, ou seja,
de uma pressão hidrostática, e não de uma pressão osmótica.
Na outra extremidade do floema, onde está o órgão consumidor (um fruto ou uma raiz, por
exemplo), o fluxo se faz no sentido contrário: as células-companheiras bombeiam a sacarose
do vaso liberiano para as células do órgão consumidor. Com a saída da sacarose, a pressão
osmótica da célula do vaso diminui e ela perde água para o órgão consumidor. Em
consequência, a pressão hidrostática nessa região diminui. Assim, a seiva move-se da região
onde a pressão hidrostática é mais alta para onde é menor.
Essa teoria para o movimento da seiva elaborada é conhecida como teoria do fluxo de
pressão. (Bardine, 2008)
Os vasos liberianos estão situados mais próximos à superfície do caule, na parte interna da
casca. Se fizermos um corte em anel na casca (processo conhecido como cintamento), o
floema e a parte abaixo do corte deixam de receber seiva elaborada, o que provocará a morte
de suas células (e da planta) por falta de nutrientes. Realizada pelo biólogo italiano Marcelo
Malpighi, em meados do século XVII, essa experiência demonstra o papel do floema no
transporte de seiva orgânica. Em homenagem ao cientista, a experiência foi chamada de anel
de Malpighi.
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2.4.Características dos vasos lenhosos e liberianos
Vasos lenhosos
Os vasos do xilema são alguns dos principais tipos de tecidos que drenam fluidos e são
compostos por dois tipos celulares específicos: traqueia e traqueia. Os traqueídeos são
cilindros ocos muito finos com um grande número de poros que permitem que traqueídos
adjacentes se comuniquem através desses cilindros. A traquéia são as células que fazem o
trato da madeira parecer um grande caixão.
Vasos liberianos
Os vasos liberianos são vasos compostos por dois tipos distintos de células, os quais
podem ser definidos como células companheiras e elementos de tubo crivado.
Estas células são vivas e de formato bastante alongado, fazendo com que a seiva possa ser
conduzida por eles e chegar até diferentes partes de uma determinada planta.
Xilema
Também designado por lenho ou tecido traqueano, especializado na condução de água e
sais minerais desde a raiz até aos restantes órgãos das plantas, transporta a seiva xilémica ou
seiva bruta (água e sais minerais) e é constituído por quatro tipos de células:
Elementos de vaso: células mortas com espessamentos nas paredes laterais de
lenhina, o que lhes confere rigidez. A sua principal função é a condução de água e
sais minerais.
Traqueídos: distinguem-se dos anteriores por possuírem perfurações.
Fibras lenhosas: células mortas muito longas e com paredes espessas. Têm
função de transporte.
Parênquima lenhoso: constituído por células vivas de paredes celulares finas.
Têm função de reserva.
Floema
Também designado por líber ou tecido crivoso é especializado no transporte de água e de
substâncias orgânicas, resultantes da fotossíntese, desde as folhas até aos outros órgãos das
plantas. (Vitória, 2009) Transporta a seiva floémica ou seiva elaborada (água, sais minerais e
compostos orgânicos) e é constituído por quatro tipos de células:
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Células do tubo crivoso: células vivas muito especializadas que se ligam-se entre
si topo a topo, e cujas paredes transversais, com orifícios, constituem as placas
crivosas. A principal função é a condução de água e substâncias orgânicas.
Células de companhia: células vivas que se situam perto das células dos tubos
crivosos, com as quais estabelecem ligações citoplasmáticas.
Fibras liberinas: constituídas por células mortas com paredes espessas. A sua
principal função é a de suporte.
Parênquima liberino: constituído por células vivas de paredes finas pouco
diferenciadas. A sua função é de reserva.
Ilustração 1: Estrutura dos vasos lenhosos e liberinos
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3. METODOLOGIA USADA
3.1.Procedimentos Metodológicos
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4. CONCLUSÃO
Chegado a este trecho findamos que a seiva bruta é composta por água, minerais e até
mesmo pequenas moléculas orgânicas que podem ser absorvidas do solo e transportadas
através do xilema (tecido vascular da planta). A água desempenha um papel essencial nas
plantas, e sua disponibilidade é um fator crítico durante a fotossíntese e, posteriormente,
durante o crescimento e desenvolvimento das folhas. Portanto, para evitar o déficit hídrico, as
plantas terrestres devem manter uma relação equilibrada entre absorção, transporte e perda de
água. Em seguida, veremos os processos e forças que controlam o movimento da água do
solo ao longo do caule e das folhas.
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5. BIBLIOGRAFIA
Artur, S. D. (2010). Metodologia de Investigação Científica I. Beira.
Lakatos, E. M., & Marconi, M. d. (1987). Metodologia do Trabalho científico. São Paulo:
Atlas.
Manjate, M. A., & Rombe, M. C. (2010). Biologia 12ª Classe – Pré-universitário. Maputo:
Longman Moçambique.
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