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investigação sobre um problema existente e a sua respetiva solução, daí o nome investigação e
posterior resolução, ação.
Caracteriza-se por apresentar um desenvolvimento dos coinvestigadores, uma vez que estes
participam ativamente da resolução do problema implicado.
Este tipo de investigação apresenta duas versões: uma sociológica e uma educativa, ambas
com aplicações profícuas.
A que nos interessa é a segunda, a IA na área da educação. E nesta área a IA apresenta uma
vertente de redefinição de conceitos na área da investigação educacional, com uma vertente
mais participativa, de modo a esclarecer as problemáticas existentes, os métodos didáticos,
entre outros, sempre com a implicação dos investigadores.
Na verdade, através da análise do modo de atuação dos docentes, nas suas crenças e atitudes,
pode observar-se uma certa relutância na mudança. Por isso, uma reflexão sobre o seu próprio
desempenho, que é o que permite a IA na aula, permitirá um autodiagnóstico e uma atitude
de maior autonomia, aprendizagem e implicações futuras.
Esta metodologia visa melhorar a eficácia docente, uma vez que através da reflexão crítica se
identificam problemas a nível do desempenho docente, se elabora um plano de alteração, que
é executado, e se avalia.
Este tipo de investigação na sala de aula foi aplicado por John Elliott, num projeto que visava
descobrir os métodos de ensino mais eficientes, através da análise da prática e desempenhos
docente. O Ford Teaching Project publicou um grande número de estudos de casos de
docentes – investigadores, dando grande enfase e impulso ao movimento do docente-
investigador, pois os métodos tradicionais haviam passado a ideia de que só pessoas
altamente qualificadas poderiam investigar.
A investigação ação na sala de aula guia-se por uma serie de princípios orientadores, a saber: o
método de investigação é regulado pela natureza do objeto a estudar; o problema de
investigação será estudado pelo docente investigador que é um problema experienciado pelo
docente nas suas aulas; a atitude inicial do investigador deve ser no sentido de exploração.
Para que este tipo de investigação seja dotado de sucesso devem seguir-se determinadas
etapas: em primeiro lugar, é útil a inserção na problemática a investigar e esse aspeto vai
ajudar a definir o esquema de investigação. Por outro lado, o docente deve conhecer os
métodos de investigação qualitativa, que o ajudarão a caminhar na direção certa e a obter o
desenho geral do projeto; em segundo lugar, a identificação de um problema importante é a
chave do êxito. O problema deve ter significado para o docente, no sentido de melhorar a sua
prática docente; em terceiro lugar, a análise do problema que pode revelar as causa pré-
existentes, ajudando a compreendê-lo e a solucioná-lo; em quarto lugar, a etapa anterior
abrirá um leque de hipóteses de solução; em quinto lugar, segue-se a recolha de informação
que pode ser variada e mais adequada a umas situações do que a outras (tomar notas,
gravação, observação participativa, etc…; em sexto lugar, a categorização da informação; em
sétimo, a estruturação das categorias, ou seja, o nível de aplicação a outros contextos; em
oitavo lugar, desenho e execução do plano de ação; em nono lugar, a avaliação a ação
executada.