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Resumo
Quer o Governo quer os Parceiros Sociais, consideram prioritário desenvolver ações que
permitam a melhoria sustentada das condições de segurança, higiene e saúde no
trabalho, tendo em vista a redução dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais,
que representam para o país encargos insustentáveis.
Para a persecução deste objetivo estratégico foram acordadas algumas medidas, dentre
as quais destacaremos agora, a necessidade da dinamização da organização da prevenção
dos riscos profissionais nas empresas, envolvendo a comunidade técnica e científica e
apoiando a formação de técnicos de prevenção dos vários níveis.
Fala-se também nos aspetos sociais e económicos dos acidentes de trabalho e das
doenças profissionais, focando quer as consequências, quer os custos dos acidentes de
trabalho e das doenças profissionais.
• Descrever as várias modalidades que uma empresa tem para organizar os seus
serviços de prevenção;
A prevenção dos acidentes de trabalho e dos perigos para a saúde resultantes do trabalho
é um princípio e um dever da política do Estado Português, decorrentes:
Conceito de Prevenção
Considera-se hoje a prevenção como uma função - que muitas das vezes se designa por
higiene e segurança - tal como a produção, manutenção, transportes, etc.
A função prevenção é, essencial mas não exclusivamente, uma função consultiva, que
remete para a hierarquia superior a operacionalização ou execução das suas propostas.
Sabemos que mais de 80% dos acidentes de trabalho têm causas humanas; é lógico
então que a primeira preocupação da prevenção sejam as pessoas, os trabalhadores.
Por esta razão, a prevenção deve ser um estado de espírito, uma filosofia de actuação,
uma prevenção para e não uma prevenção contra.
tendo como finalidade a eliminação dos riscos profissionais, a limitação ou anulação dos
seus efeitos e a adaptação do trabalho ao homem.
objetivos da Prevenção
Princípios da Prevenção
• anulação dos riscos na sua origem, evitando a sua propagação e ainda a eventual
potenciação de novos riscos;
A ergonomia deve estar presente tanto na conceção dos locais e postos de trabalho, como
na escolha dos equipamentos, utensílios e ferramentas de trabalho, e ainda na definição
dos métodos e ritmos de trabalho.
Pensamos que a ergonomia, com as suas metodologias e as suas técnicas, pode constituir
uma mais valia nas organizações, na medida em que promovendo o estudo integrado das
situações de trabalho, aumenta a sua eficácia, segurança e competitividade.
• promoção da proteção coletiva, quando nada mais é possível fazer para anular ou
minimizar os riscos, e sempre antes do recurso à proteção individual. Deve sempre
ser dada prioridade à proteção coletiva, face à proteção individual. Esta
preocupação é perfeitamente lógica, na medida em que a proteção coletiva, tal
como o nome indica, abrange a totalidade dos indivíduos pelo que rentabiliza mais
os investimentos, e principalmente, porque é efetiva e permanente, não
dependendo da vontade individual e casuística do trabalhador;
Por tais razões cada trabalhador deverá receber formação e informação suficiente e
adequada não só em relação à sua(s) atividade(s), como ainda em matérias de segurança,
higiene e saúde no trabalho, tendo em conta o seu posto de trabalho e a sua função.
Como consta da lei, a formação deve ser gratuita para os trabalhadores e para os seus
representantes, e realizar-se no horário de trabalho, quer as ações decorram no interior,
quer no exterior da empresa.
atividade:
Síntese
Auto-Avaliação
Como parece ter ficado implícito, a organização dos serviços de prevenção das
empresas/instituições portuguesas, deve enquadrar-se nos normativos europeus e
obedecer á legislação nacional aplicável, nomeadamente ao Decreto Lei nº 26/94 de 1 de
Fevereiro.
Assim, em cada instituição deve ser criado um serviço de prevenção específico, que terá
por objetivo fundamental fazer cumprir as obrigações respeitantes à garantia tanto da
segurança dos trabalhadores, como à preservação da sua saúde e bem estar físico e
psíquico, no ambiente de trabalho.
As funções enunciadas para os serviços de prevenção dão lugar a uma série de atividades
concretas, designadamente:
A Comissão Europeia, no seu Guia para a Avaliação dos Riscos nos Locais de Trabalho diz-
nos que:
O citado Guia dá-nos igualmente uma lista concreta de situações e atividades que exigem
avaliação de riscos, e que se transcreve em anexo, pelo seu interesse prático.
Modalidades de Organização
• Serviços Internos
• Serviços Externos
• Serviços Interempresas
A entidade empregadora pode optar por qualquer das modalidades, exceto nos casos
previstos na lei (empresas com atividades com riscos específicos de doença profissional e
mais de 200 trabalhadores e empresas com mais de 800 trabalhadores), em que terá
obrigatoriamente de optar por organizar Serviços Internos.
• grandes empresas,
Nesta modalidade, os serviços de prevenção devem ser uma unidade funcional específica,
criada e gerida pela empresa, tendo como missão o desenvolvimento das atividade de
prevenção, em benefício exclusivo do seu pessoal.
Serviços externos são portanto serviços contratados a outras entidades, sem que no
entanto o empregador fique isento das suas responsabilidades legais no âmbito da
segurança, higiene e saúde no trabalho.
• cooperativas;
• sociedades privadas;
Qualquer que seja a entidade externa contratada, é necessário que a mesma tenha
organização, capacidades e competências que a torne apta a prestar os serviços
pretendidos com regularidade e continuidade além de, evidentemente, cumprirem outras
exigências legais que estejam estabelecidas.
• na vigilância da saúde;
O já citado Decreto Lei 26/94 admite ainda que a entidade empregadora organize os seus
Serviços Externos de Prevenção da forma que entender, desde que esteja previamente
autorizada para tal pela ACT.
“Serviços Interempresas” são serviços criados por acordo entre várias empresas, para
utilização comum pelos seus trabalhadores.
Como é óbvio, o serviço Interempresas também não isenta os diversos empregadores que
a eles recorrem das suas obrigações legais em matéria de segurança, higiene e saúde dos
respetivos trabalhadores.
O início das atividades de um serviço interempresas deve ser comunicado à ACT no prazo
de 30 dias, por cada um dos empregadores que a ele recorrem; na comunicação devem
ser indicados os mesmos elementos que se listaram para os serviços externos de
prevenção.
Síntese
Auto-Avaliação
Consideremos então que estamos perante um projeto, projeto este com a singularidade
de ser um projeto contínuo, que não se dissolve após a sua conclusão. Até porque, não
tem conclusão...
Mas, esta otimização não pode nunca por em causa a qualidade dos serviços.
“A segurança não tem preço” e “Vão-se os anéis, fiquem os dedos”, são algumas das
frases que é vulgar ouvirmos e que, quanto a nós devem ser seguidas pelos
empregadores, não sacrificando os resultados aos custos.
• no planeamento:
◦ estabelecimento de objetivos
◦ definição da estratégia de atuação
◦ determinação de recursos
◦ elaboração de planos
elaboração de programas
coordenação/direção da execução
• no controlo:
relatórios
propostas
Embora algumas tarefas incluídas no controlo possam ser feitas obedecendo a um ritmo
(mensais, anuais, etc) o controlo em si mesmo não tem data fixa, nem periodicidade;
deve ser uma preocupação constante, uma forma de estar.
Avaliação da Prevenção
As estatísticas dos acidentes ocorridos na empresa no seu todo, ou em cada um dos seus
departamentos, são uma boa fonte para o cálculo da ação global dos serviços de
prevenção.
Estes índices permitem uma comparação ao longo do tempo no interior da empresa ou,
com os valores apresentados por empresas com atividades iguais ou semelhantes.
Mas, atenção.
Os índices são um bom indicador, mas não traduzem em absoluto as situações, uma vez
que existe sempre alguma falta de fiabilidade nos dados históricos dos acidentes
participados.
Os gestores dos sistemas de prevenção têm de ter sempre em conta as limitações das
suas próprias estatísticas e não ficarem descansados quando a sua sensação de segurança
se baseia apenas na não participação de acidentes pelos diversos departamentos.
• índice de frequência (I f), dá-nos o número de acidentes com baixa por milhão
de horas.pessoa de trabalho realizado:
Auditorias
Aliás, uma das características de qualquer auditoria é o de estar ao serviço da gestão, isto
é ser uma ferramenta da própria gestão.
Etimologicamente, o termo auditoria deriva do verbo latino audire, que significa ouvir.
Saber ouvir é na realidade uma das qualidades essenciais de um auditor.
• a auditoria está ao serviço da gestão, uma vez que não só constata, como ajuda a
resolver problemas existentes ou previstos, faz propostas de alteração ou correção
e contribui para a tomada de decisão e para a realização.
A auditoria tem portanto um carácter operatório.
Neste quadro de atuação, o papel do auditor é o de conciliar uma atitude de controlo, com
uma atitude mais abrangente de intervenção e conselho, uma atitude prospetiva de
atuação para o futuro.
Guy le Boterf diz-nos que uma auditoria eficaz se operacionaliza em sete aspetos:
Tipos de Auditoria
• o alcance;
• a entidade auditora – interna ou externa.
Consideremos, por mais apropriada a este módulo, o caso de uma auditoria interna, de
gestão de um serviço ou sistema.
A auditoria interna é uma função de avaliação independente, criada numa empresa para
examinar e avaliar as suas atividades, numa perspetiva de prestação de serviços à própria
empresa.
• informações
• análises
• avaliações
• recomendações
• conselhos
• propostas
Para a sua realização, a auditoria (isto é, o auditor), utiliza técnicas que não sendo
exclusivas, podem ser classificadas como próprias, tais como:
• sondagens;
• aplicação de questionários;
Perfil do auditor
Relatório da auditoria
Características:
• reflete o ponto de vista do auditor sobre o que ele deseja que os destinatários
leiam, compreendam e decidam;
• normalmente volumoso.
Qualidades:
Síntese
Auto-Avaliação
1.2 Peças ou material em movimento livre (cair, rolar, escorregar, bater, desprender,
oscilar, desmoronar-se) que podem agredir alguém.
1.4 Perigo de incêndio e explosão (por exemplo, devido a fricção e recipientes sob
pressão).
1.5 Entalar.
2.4 Espaço acanhado (por exemplo, ter que trabalhar entre peças fixas).
4.1 Inalação, ingestão e absorção pela pele de material perigoso para a saúde (incluindo
aerossóis e partículas).
8.4 Dependência de uma boa comunicação e de instruções adequadas para fazer face a
condições alteradas.
8.8 fatores ergonómicos, tais como conceção do posto de trabalho para que se adapte
bem ao trabalhador.
9. fatores psicológicos
10.2 Sistemas de gestão eficiente e medidas locais para organizar, planear, observar e
controlar a saúde e a segurança.
11.1 Perigos causados por outras pessoas; actos de violência; pessoal de segurança e
polícia; desportos.
Evitar os riscos
• Em geral a sua atitude relativamente aos riscos que detecta leva-o a adotar
medidas de prevenção eficazes?
Avalie a sua capacidade para evitar os riscos, tendo em conta a situação mais
desfavorável.
Avalie a sua atitude relativamente ao combate dos riscos na origem, tendo em conta a
situação mais desfavorável.
Estádio da evolução técnica
• Na sua empresa:
Avalie, tendo conta a situação mais desfavorável, em que medida atribui uma importância
prioritária às protecções coletivas em detrimento das protecções individuais.
Organização e delegação
RESUMO
Como se sabe, esta política integra inúmeros aspetos da gestão de recursos técnicos,
comerciais, financeiros e humanos da sua empresa.
Em relação à política da sua empresa, no caso de se tratar de uma pergunta não aplicável
atribua a cotação 0.
RESUMO
Definição
Locais de trabalho incluem todo e qualquer local em que, nas instalações, se trabalhe e ao
Requisitos mínimos
Por sua vez estas devem ser, pelo menos, equivalentes às disposições da Diretiva 89/654/
CEE. Para mais pormenores devem ser consultados os anexos I e II da referida Diretiva.
- estabilidade e solidez,
- equipamento elétrico,
- deteção e luta contra incêndios,
- ventilação,
- temperatura nos locais de trabalho,
- iluminação,
- pavimentos, paredes, tetos e telhados,
- janelas e claraboias,
- portas e portões,
- vias de circulação – zonas de perigo,
- escadas e passadeiras rolantes,
- rampas de carga,
- dimensões e espaço para movimento no local de trabalho,
- locais de descanso,
- recintos para mulheres grávidas e lactentes,
- instalações sanitárias,
- primeiros socorros,
- locais de trabalho para deficientes,
- locais de trabalho ao ar livre.
Operações de avaliação
Recursos
Definição
Requisitos mínimos
Tal equipamento deve ostentar a marcação «CE» tal como previsto na Resolução
40/94/CEE de Conselho relativa à marca comunitária.
Depois do equipamento ter sido instalado no local de trabalho, ficando assim operacional,
é necessário ainda avaliar os respetivos riscos para a saúde e segurança.
Adequação da avaliação
Recursos
- em instruções em uso,
- em listas de controlo de medidas de proteção,
- em referências a critérios ou normas relevantes.
Definições
Ocorrência
Obrigações do empregador
1. O empregador deve conhecer as agentes químicos presentes no local de trabalho. A
melhor maneira de o fazer é manter um registo de todas as substâncias químicas
perigosas presentes no local de trabalho ou que se pretendem nele utilizar. É conveniente
registar, para cada substância e preparado químico, as referências de «risco» e
«segurança» mencionadas para tal fim nas Diretivas 67/548/CEE e 88/379/CEE e
respetivas alterações quando aplicáveis. Isto poderia ser feito recorrendo às fichas com
dados de segurança do fabricante ou do fornecedor.
À parte os riscos considerados não significantes, por exemplo, uso de fluídos correctores
de dactilografia num gabinete bem ventilado, recomenda-se fazer a avaliação por escrito,
referindo pormenores sobre:
Todo o recipiente que contenha uma substância química deve ser rotulado pelo fabricante,
com referência ao aspeto do perigo. Para tal o fabricante deve elaborar uma ficha de
dados. Havendo dúvida, o utilizador deve pedir ao fabricante ou ao fornecedor informação
por escrito.
O equipamento de proteção pessoal só deve ser usado no caso de ser impossível garantir
a segurança e a saúde dos trabalhadores mediante meios técnicos ou organizacionais
colectivos.
Definição
Requisitos mínimos
- averiguação dos riscos que não podem ser adequadamente reduzidos por outras
vias;
Recursos
Glossário
Alergénico
Avaliação do risco
Processo de avaliar o risco para a saúde e segurança dos trabalhadores, decorrente das
circunstâncias em que o perigo ocorre no local de trabalho.
Apreciação do significado da medida quantitativa do risco, com base em critérios de
aceitação racionais.
Contaminantes
Doença profissional
Eficácia
Eficiência
Qualidade de um procedimento que utiliza bem os recursos postos à sua disposição para
atingir determinados fins ou objetivos.
Empregador/Entidade empregadora
Ergonomia
Função empresarial
Listagem dos riscos inerentes a uma atividade ou processo produtivo visando uma
avaliação posterior.
Infrasons
Manutenção
Função logística que tem a seu cargo a conservação e/ou recuperação das características
técnicas dos equipamentos, sistemas ou instalações, por forma a garantir a sua completa
operacionalidade.
Prevenção
ação de evitar ou diminuir os riscos profissionais através de disposições ou medidas a
tomar em todas as fases da atividade da empresa, estabelecimento ou serviço.
projeto
proteção coletiva
Tipo de proteção que abarca todos os trabalhadores num mesmo espaço /atividade.
Radiações ionizantes
Risco
Probabilidade do potencial danificador ser atingido nas condições de uso e/ou exposição,
bem como a possível amplitude do dano.
Trabalhador/Colaborador
Ultrasons
Accident Prevention Advisory Unit (USA), 1992, Gestão da Segurança e da Saúde, Ed.
Gradiva, Lisboa.