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Renovação de CAP de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho

6.1. Alerta/Alarme

Consideram-se meios de alarme, os que permitem informar a ocorrência de uma


situação anormal ou de emergência, a todas as pessoas presente no edifício.
Os meios de alerta são aqueles que se utilizam para a chamada de socorro externo,
nomeadamente os bombeiros.

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6.2. Meios de 1.ª Intervenção

È fundamental que existam meios de 1.ª intervenção para que haja um ataque rápido
numa situação de risco, para que seja controlada no início com os recursos próprios e não
aguardar pelos meios externos, podendo assim evitar que os estragos possam ser maiores.

6.3. Iluminação e Sinalização de Segurança

O sistema de iluminação de emergência deverá ser composto por blocos autónomos


localizados em pontos estratégicos e saídas, sendo accionados em casos de falta de energia. Em
situações de relevância, como saídas e cruzamentos importantes, os blocos autónomos deverão
ser permanentemente mantidos.

Em relação à sinalização de emergência, esta deverá ser colocada para que os


itinerários de evacuação e saídas, bem como os equipamentos de combate a incêndios e outros
relacionados com a segurança, estejam identificados com sinais próprios.

E importante referir que a iluminação de emergência e a sinalização de segurança são


fatores fundamentais para o conhecimento dos obstáculos e identificação do percurso a seguir
para uma evacuação correta, evitando desta forma acidentes pessoais e reduzindo o pânico.

7. Organização de Segurança

A Organização de Segurança reveste-se de grande importância, pois agrupa aspectos


importantes para a actuação em caso de emergência.
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Tem por finalidade garantir que se tomem de imediato as medidas necessárias à


preservação das vidas e património dos edifícios.

7.1. Estrutura Interna da Segurança


Para satisfação do plano de segurança torna-se necessário criar uma estrutura
organizacional adequada para fazer face a eventuais situações de emergência. A estrutura
interna de segurança, deverá constituir a estrutura normal de funcionamento durante o período
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em que vigore a emergência. Estas equipas agregam vários intervenientes cujas funções e
responsabilidades poderão ser as seguintes:

Órgão de comando

- Responsável de segurança avalia eventuais situações de emergência, coordenando


as ações a desenvolver;

- Delegado de Segurança coordena e orienta a acção das equipas de intervenção;

Equipas de actuação/intervenção

- Responsável pelo alarme acciona o sistema de alarme acústico e denunciam a


ocorrência;

- Responsável pelo alerta Avisa os bombeiros;

- Equipa de 1.ª intervenção utiliza os meios de 1.ª intervenção disponíveis

- Responsável pelo corte de energia procede aos cortes de energia eléctrica;

- Responsável pela evacuação controla a evacuação e encaminham os ocupantes para


a saída;

- Responsável pela concentração e controlo reúne no ponto de encontro a população


evacuada e procede à sua conferência;
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- Responsável pela informação e vigilância - presta esclarecimentos aos socorros


externos sobre o local do acidente e/ou sinistrados, regula a circulação das pessoas e presta
informação ao público;

7.1.1. Organigrama da estrutura interna da empresa/estabelecimento (exemplo)1

Responsável de Segurança

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Delegado de Segurança

Responsável pela Informação


Responsável Responsável Vigilância
alarme Alerta

Responsável Responsável
Equipa de pelo corte de Equipa de evacuação pela
1.ªintervençao energia concentração e
controlo

1
De acordo com a estrutura interna da empresa/estabelecimento deve ser atribuído uma função de
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7.2. Cenários de emergência

7.2.1. Antes da emergência


Proceder à avaliação e inventariação dos meios e recursos necessários para fazer face a
uma emergência, prevendo a sua rápida mobilização;
Promover a informação e sensibilização dos colaboradores dos estabelecimentos, tendo
em vista a sua auto-protecção face a situações de acidente de grave, catástrofe ou
calamidade;
Promover medidas preventivas destinadas à evacuação dos colaboradores que venham a 19
necessitar em caso de emergência;
Preparar e realizar exercícios e simulacros para treino dos quadros e forças
intervenientes no PEI.

7.2.1. Durante a emergência


Acionar desde logo o alerta aos colaboradores em risco;
Coordenar e promover a actuação dos meios de socorro, de modo a controlar o mais
rapidamente possível a situação e prestar o socorro adequado às pessoas em perigo,
procedendo à sua busca e salvamento;
Manter-se permanentemente informado sobre a evolução da situação, a fim de, em
tempo útil, promover a actuação oportuna dos meios de socorro.
Difundir os conselhos e medidas adotar pelos colaboradores em risco.
Promover a evacuação dos feridos e doentes para os locais destinados ao seu tratamento.
Assegurar a manutenção da ordem e garantir a circulação nas vias de acesso necessárias
para a movimentação dos meios de socorro e evacuação das pessoas em risco.
Coordenar e promover a evacuação das zonas de risco.
Informar a Protecção Civil da situação e solicitar os apoios e meios de reforço que
considere necessários.
Promover a coordenação e actuação da Protecção Civil.

7.2.3. Depois da emergência


Adoptar as medidas necessárias à urgente normalização do trabalho e dos
colaboradores, procedendo ao restabelecimento, o mais rápido possível, dos serviços
públicos essenciais, fundamentalmente o abastecimento de água e energia (caso seja
necessário);
Promover a demolição, desobstrução e remoção dos destroços ou obstáculos, a fim de
restabelecer a circulação e evitar perigo de desmoronamentos;
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Proceder à análise e quantificação dos danos pessoais e materiais, elaborando um


relatório sobre as operações realizadas.

7.3.Plano de actuação

O Plano de atuação define os procedimentos a adotar de forma a combater o sinistro e


minimizar as suas consequências até à chegada dos socorros externos.
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Os acidentes considerados incluídos no PSI são agrupados em três níveis, em função da
situação ou ameaça:

Nível 1 Situação Anormal


Nível 2 Situação de Perigo
Nível 3 - Situação de Emergência

Situação Anormal - Corresponde à existência de um incidente, anomalia ou suspeita


que, por ter dimensões reduzidas ou por estar confinado, não constitui ameaça para além do
local onde se produziu.

Situação de Perigo Corresponde à existência de um acidente que pode evoluir para


uma situação de emergência se não for tomada uma adequada acção imediata, mantendo-se
todavia o normal funcionamento do estabelecimento.

Situação de Emergência Corresponde à existência de acidente grave ou catastrófico,


descontrolado ou de difícil controlo, que originou ou pode originar danos pessoais, materiais ou
ambientais, requerendo uma acção imediata para a recuperação do controlo e minimização das
suas consequências. Verifica-se alteração ao funcionamento normal do estabelecimento.

Os níveis de gravidade considerados em cada acidente são definidos de acordo com os


seguintes parâmetros:
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Nível 1 É o nível de menor gravidade de um acidente. Corresponde a uma situação em


que o acidente, por ser de dimensões reduzidas, ou por estar confinado, não constitui ameaça
para além do local onde se produziu. Não é necessária a ativação do PSI.

NÍVEL 1 Não é necessária a


activação do PSI

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Nível 2 Corresponde a uma situação em que o acidente não é susceptível de extravasar
o compartimento onde teve origem, não ameaçando áreas contíguas ou locais nas suas
proximidades. Possível activação do PSI.

NÍVEL 2 Possível activação


do PSI

Nível 3 É o nível mais grave no plano de segurança. Corresponde a uma situação em que
o acidente assume proporções de grande dimensão, está fora de controlo ou ameaça áreas
vizinhas ou que, entretanto, tenha causado graves consequências. Ativação do PSI.

NÍVEL 3 Activação do PSI

Reconhecimento, Combate e Alarme Interno

A pessoa que detecta a emergência deve avisar o responsável da segurança e tentar


controlar a emergência com os meios de 1ª intervenção disponíveis;
O delegado de segurança, deve certificar-se sobre a localização exacta, extensão do sinistro e se
há vitimas a socorrer. De acordo com as características e dimensão da situação deve accionar o
alarme interno e proceder aos alertas exteriores. O delegado acciona as equipas de evacuação e
1.ª intervenção que vão actuar em simultâneo, bem como as equipas de corte de energia e de
concentração e controlo.
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Evacuação

O delegado da segurança dá ordem de evacuação sectorial ou total. Dada a ordem para

pantes para as saídas.

1.ª Intervenção

A equipa de 1.ª intervenção deve, de acordo com a formação que recebeu, utilizar de 22
imediato os extintores portáteis mais próximos do local do sinistro ou o equipamento de 1.ª
intervenção mais adequado.
Caso a equipa de 1ª intervenção não consiga controlar a emergência, deve avisar o
delegado da segurança, fechar portas e janelas e abandonar o local dirigindo-se para o ponto de
encontro e aguardar pela chegada dos socorros exteriores. O delegado da segurança informa o
responsável da segurança que não foi possível controlar o sinistro.

Corte de Energia

De acordo com as instruções do delegado de segurança, as pessoas nomeadas procedem


ao corte geral ou a cortes parciais da energia eléctrica e fecho das válvulas de gás.

Concentração e Controlo

Esta equipa reúne as pessoas dispersas pelos edifícios e procede à conferência de toda a
população que abandonou o edifício. Caso se verifiquem desaparecidos, deve ser avisado o
Responsável de Segurança e bombeiros.

Informação e Vigilância

Ao ser accionado o sinal de alarme interno, esta equipa, de acordo com as instruções do
delegado de segurança, deve dirigir-se para as portas de acesso do edifício, a fim de informar os
socorros externos sobre a localização exacta do sinistro e pessoas em perigo. Deve ainda,
controlar e orientar a movimentação de pessoas e veículos.
Para além dos procedimentos acima referidos, compete ao Responsável de Segurança
determinar, após indicação dos bombeiros, o regresso às instalações.
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7.3.2. Actuação em caso de emergência médica

Em caso de emergência deve-se, de imediato, alertar os serviços competentes, o que em


Portugal, é feito através do número 112 (chamada gratuita).

Deve-se informar, de forma simples e clara:


O tipo de situação (doença, acidente, parto, etc.);
O nº de telefone do qual está a ligar; 23
A localização exacta e, sempre que possível, pontos de referência;
A gravidade aparente da situação;
O n.º, o sexo e a idade aparente das pessoas a necessitar de socorro;
As queixas principais e as alterações que observa;
A existência de qualquer situação que exija outros meios para o local, como por
exemplo: libertação de gases, perigo de incêndio, etc.

7.4. Plano de Evacuação

O plano de evacuação tem como finalidade promover a evacuação mais rápida possível
de todos os indivíduos das instalações. Para tal é imprescindível:

Identificar claramente todas as vias de evacuação, principais e alternativas;

Identificar pontos críticos, de forma a se posicionar sinaleiros, visando orientar os


utentes a ultrapassar essas zonas o mais rápido possível e sem formação de
agrupamentos de pessoas.

Definir pontos de encontro ou reunião para controlo das pessoas evacuadas e


identificação de eventuais desaparecidos.

A evacuação parcial ou total é sempre instruída pelo Delegado de Segurança, que pela
análise da situação deve instruir -se e se justificar dar o alarme para evacuação parcial ou total.
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7.4.1. Identificação das saídas

Devem ser assinaladas as saídas normais e as saídas de emergência que conduzam ao


exterior dos edifícios. Devem ainda ser identificados as saídas para fora do recinto dos
estabelecimentos.
Consideram-se saídas normais as utilizadas em períodos de funcionamento regular do
estabelecimento e saídas de emergência as que são utlizadas cumulativamente com aquelas no
caso de ocorrência de um sinistro. 24
As saídas e vias de evacuação devem estar identificadas nas respetivas plantas de
emergência.

Procedimentos a seguir:

- As crianças e os ocupantes portadores de deficiência deverão ser acompanhadas e orientadas


pela pessoa responsável designada para o mesmo;
- Deverão utilizar os caminhos assinalados nas plantas de emergência e que dão acesso ao
exterior do edifício;
- A saída deve ser feita o mais calmamente possível, sem correrias e sem paragens, de forma a
não obstruir a saída;
- A saída deve ser feita em fila indiana e todas as pessoas devem seguir o chefe de fila. A última
pessoa da fila é o cerra-fila;
- O cerra-fila deverá fechar todas as janelas e portas deixando-as destrancadas e deverá
certificar-se de que ninguém ficou para trás;
- Todos deverão dirigir-se para o ponto de encontro para de seguida o cerra-fila proceder à
verificação das presenças;
- Nunca reentrar no edifício sem que o responsável da segurança declare o fim da emergência.

7.4.2. Identificação dos Pontos críticos

Consideram-se os pontos críticos os locais de cruzamento de vias, escadas e de saídas


para a rua. Nelas deverão situar-
saídas, a utilizar em situações de emergência, por forma a evitar grandes concentrações,
habitualmente geradoras de pânico.
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7.4.3. Locais de concentração externa


Designados de pontos de reunião, são espaços amplos e seguros, situados no exterior
dos edifícios, se os houver. Caso não existam devem ser acompanhados para um local próximo
do edifico onde devem convergir e permanecer todas as pessoas.

7.5. Instruções de Segurança

As instruções de segurança são imprescindíveis para uma prevenção eficaz em qualquer 25


tipo de instalação e devem ser elaboradas de forma simples e clara, tendo como base os riscos
de incêndio e pânico, em situações como: explosões, sismos, ameaças de bomba ou outras, que
têm consequências semelhantes.

7.5.1. Instruções Gerais de Segurança


Destinam-se à totalidade dos ocupantes do estabelecimento, têm por objectivo
condicionar o seu comportamento, perante uma situação de emergência, incluindo situações
perigosas e urgência médica e devem ser afixadas em pontos estratégicos, em particular junto
das entradas e das plantas de emergência, de forma a assegurar a sua ampla divulgação (v.d.
Anexo V- Instruções Gerais de Segurança).

7.5.2. Instruções Particulares de Segurança

São relativas à segurança de locais que apresentem riscos específicos (cozinhas,


termoacumuladores...) e definem de forma pormenorizada os procedimentos a adoptar em caso
de emergência. Devem, por isso, ser afixadas junto da porta de acesso aos respectivos locais
(v.d. Anexo VI - Instruções Particulares de Segurança).

7.5.3. Instruções Especiais de Segurança

São destinadas aos elementos da Estrutura Interna de Segurança, com a


responsabilidade de colocarem em prática o plano de emergência até à chegada de socorros
exteriores, nomeadamente composição das equipas, nomes e tarefas, meios disponíveis e
procedimentos a adoptar (v.d. Anexo VIII Instruções Especiais de Segurança).

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