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Milho

Ecofisiologia e manejo
de milho para altos rendimentos
Elmar Luiz Floss1

Introdução globo. É a cultura de maior potencial


de rendimento de grãos, o que reduz
O milho (Zea mays L.) é a principal o custo da unidade de grão produzida.
cultura produtora de grãos no mundo O milho é a terceira cultura de
e a segunda no Brasil, utilizado como maior importância no mundo quanto
alimento humano e animal, produção a área cultivada e a primeira em produ-
de etanol e matéria prima para outros ção de grãos, graças ao elevado poten-
produtos industrializados. A principal cial de rendimento. Na safra de 2010,
utilização do milho é na alimentação foram cultivados 161,9 milhões de ha,
de frangos de corte e postura, suínos uma produção de 844,4 milhões de
e até mesmo de bovinos de leite, as- toneladas e um rendimento de 5.215
sociado com o farelo de soja, o que kg/ha (FAO, 2012). No Brasil, o milho
representa um aumento da demanda é a segunda cultura em área cultiva-
pelo grão. Trata-se de um cereal de alta da e produção, suplantado pela soja.
adaptabilidade, sendo cultivado, atual- Na safra 2010, a área cultivada foi de
mente, em quase todas as regiões do 12.683 milhões de ha, uma produção

1Engenheiro Agrônomo, Licenciado em


Ciências, Professor Emérito, Doutor em
Agronomia, Consultor em Agronegócios,
Comunicador, Escritor, Membro da Academia
Passo-fundense de Letras.
Instituto de Ciências Agronômicas –
Incia - www.incia.com.br
E.mail: elmar@grupofloss.com
Passo Fundo-RS
Figura 1. Visão sistêmica da produção do milho.

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de 55.395 milhões de t e um rendi- Na época do descobrimento da Amé- do milho Tripsacum por um lado e por
mento de 4.368 kg/ha (Conab, 2012). rica, o milho era cultivado em diversos outro, análises das diferenças genéticas
No Rio Grande do Sul, o milho é a ter- locais do continente. Especialmente, do milho Tripsacum e Teosinto, mos-
ceira cultura em área cultivada e pro- nas regiões de maior desenvolvimento traram que o Teosinto não poderia
dução, suplantado pela soja e arroz. do México e América Central e do Sul, dar origem ao milho. Possivelmente a
No mesmo ano, a área cultivada foi de constituindo-se na base alimentar da primeira forma cultivada de milho era
1.099 milhão de ha, uma produção de população indígena, como civilizações originada por mutação de uma forma
5.776 milhão de t e um rendimento Asteca, dos Mayas e Incas. Era consi- selvagem tunicado conhecido pelos
médio de 5.255 kg/ha. Esses rendi- derado um alimento sagrado pois “ali- indígenas de terras baixas, da América
mentos médios são baixos quando se mentava os homens e deuses”. do Sul, provavelmente vegetando na
considera os potenciais de rendimento Cristóvão Colombo, o descobri- base oriental dos Andes onde teria sido
obtidos nas propriedades que adotam dor da América (1492), escreveu sobre domesticado e melhorado. Esse milho
a moderna tecnologia de manejo hoje a nova gramínea encontrada no inte- tunicado, primitivo provavelmente re-
disponível. rior de Cuba, descrita por dois mem- sultou em muitas variedades quando
Além da importância econômi- bros de sua tripulação. Ele chamou a cultivado através dos tempos, dando
ca, o milho desempenha uma impor- nova planta de maize (milho). Ainda é de uma dessas variedades por muta-
tante função agronômica nos sistemas discutível quando este cereal chegou ção, o atual milho de grãos desprovi-
de produção do sul do Brasil. Com o à Europa pela primeira vez. Alguns dos de palha.
crescimento da área cultivada através historiadores admitem que Colombo Na América Central e México,
da semeadura direta, aumentaram sig- levou sementes deste cereal já em sua uma dessas variedades, também cha-
nificativamente os problemas com mo- primeira viagem de retorno para a Eu- mado de “milho dos Andes”, hibrida-
léstias na cultura da soja, o que exige ropa, após a descoberta da América. do com Tripsacum deu origem ao Teo-
a rotação de culturas com milho. Esta Membros da segunda expedição re- sinto e outras formas de milho.
cultura também tem a vantagem da tornaram a Espanha com amostras de As pesquisas realizadas nos Estado
maior produção de palha, com alta re- sementes de milho. Unidos, especialmente após Segunda
lação C/N, portanto de decomposição De início o milho era cultivado Guerra Mundial, são responsáveis pela
lenta, fundamental na estabilização do em jardins, como planta ornamental obtenção dos modernos genótipos de
sistema de semeadura direta. raríssima, mas logo foi descoberto seu milho hoje disponíveis. De maneira es-
Essa importância econômica, alia- valor como alimento. Então, o milho pecial, a criação de híbridos.
do aos elevados potenciais genéticos, espalhou-se por largas áreas da Espa-
hoje alcançados pelos híbridos, exige a nha, Portugal, França, Itália, Sudeste Características do milho
adoção de tecnologias de manejo para Europeu e Norte da África. Os portu-
a expressão desses altos potenciais de gueses introduziram o milho na costa A semente do milho é um fruto,
rendimento. africana, no início do século XVI e um botanicamente denominado de cariop-
Para que altos rendimentos sejam pouco mais tarde, na Índia e China. Na se. A camada denominada aleurona é
obtidos há necessidade da conjugação América, onde o milho já era bastante rica em proteínas e enzimas, tornan-
de todos os fatores para que as plantas difundido, continuou seu cultivo. do-se ativas quando da germinação.
tenham um funcionamento adequado, Na Europa o milho ganhou uma O embrião encontra-se ao lado do es-
como eficiência na absorção de água e série de nomes, tais como “milho da cutelo, que se encosta ao endosperma
nutrientes (sub-sistema de absorção); Turquia”, “milho da Ásia”, e “milho da ou albúmem e dele recebe substâncias
o transporte de nutrientes e água das Índia”. Isso significava dúvidas quanto nutritivas. O sistema radicular primário
raízes para a parte aérea e de açúcares, a sua origem real, até que De Candol- desenvolve-se inicialmente por uma
aminoácidos, vitaminas e hormônios le (1884), baseado em todos os dados só raiz seminal (embrionária) e logo a
da parte aérea para as raízes (sub-sis- concretos e evidentes, decidiu, sem seguir, pelas demais. Estas penetram
tema de transporte); a produção ou dúvidas, o Novo Mundo como sua cerca de 40 cm no solo em solos per-
fonte (sub-sistema de produção); a origem. Linnaeus (1737), em seu tra- meáveis. Os milhos precoces resistem
floração (sub-sistema de reprodução); balho “Genera Plantarum”, chamou o às secas e apresentam bom desenvolvi-
e, a formação de grãos, o dreno (sub- milho de Zea mays. A palavra Zea de mento inicial dessas raízes, superando
sistema de armazenamento). origem grega, era utilizada para classi- mesmo o desenvolvimento do caule.
ficar vários tipos de cereais. O nome, O caule é do tipo colmo, suportando
Histórico mays, tem origem indígena “mahis” uma série de folhas dispostas alterna-
ou “maisi”. damente e diametralmente opostas
Durante escavações arqueológi- A forma silvestre do milho é ainda (dísticas). As folhas se inserem no col-
cas no Novo México, grãos de milho, desconhecida. Várias teorias tentam mo na região dos nós. Cada entrenó é
foram encontrados em cavernas e abri- explicar seus ascendentes e regiões de envolvido pela bainha da folha inseri-
gos de pedras, com idade estimada em origem. Por muito tempo pensou-se da no seu nó basal. Nos nós inferiores
4.500 anos. Com essa origem, grãos que o milho descendesse de um híbri- nascem raízes adventícias cuja função
de pólen de Zea, Tripsacum e Euchla- do entre o Teosinto (Euchlaena mexica- principal é sustentar a planta, podendo
ena, foram encontrados a mais de 50 na Schrad) e uma planta silvestre des- também absorver nutrientes do solo.
m de profundidade em México City. conhecida. Hibridações, com sucesso, Formam um ângulo de 15º com o col-

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Figura 2. Principais estádios fenológicos do milho e a definição do rendimento.

mo. Quanto maior a compactação do nômica (componentes de rendimento) da cultura (tratos culturais) e fatores
solo maior é a formação de raízes ad- do milho. fisiológicos internos da planta.
ventícias, com função respiratória. Destaques para os estádios V3- Para obtenção de altos rendi-
Uma planta de milho com 15 cm V4 onde inicia a diferenciação do pri- mentos, há necessidade de otimizar to-
de estatura já possui o caule completa- mórdio floral, iniciando a definição do dos os fatores envolvidos com a lavou-
mente formado com sua folha, primór- potencial de rendimento. No estádio ra, antes e durante o desenvolvimento
dios da inflorescência feminina (espiga) V7-V8, ocorre a definição do número das plantas. Temos que sair da menta-
na axila das folhas, e a inflorescência de fileiras na espigas e no estádio V11- lidade do “mínimo” para o “máximo”.
masculina (flecha ou pendão) no ápi- V12, a definição do comprimento da Saber o ideal e fazer “o possível”, para
ce do caule. Daí em adiante o desen- espiga ou número de grãos por fileira. aliar o aumento da produtividade com
volvimento da planta será decorrente A fase reprodutiva (R1 a R6), aumentos na rentabilidade.
do aumento das células, em número e ocorre a fecundação definindo o nú-
volume. mero final de grãos por espiga e a fase a) Fatores edáficos
de enchimento de grãos.
Fenologia O milho exige solos com boa es-
Fatores para trutura física, soltos ou friáveis, com
Para obtenção de altos rendimen- altos rendimentos boa permeabilidade à água e ao ar.
tos do milho todo o desenvolvimento Podem ser de textura argilosa ou are-
das plantas deve ocorrer com o menor Para obtenção de altos rendi- no-argilosa desde que tenham boa es-
estresse. Especialmente, nos estádios mentos do milho, com qualidade, há trutura. Os solos argilosos armazenam
de desenvolvimento em que ocorrem necessidade da conjugação de mais de mais água do que os solos arenosos.
os principais processos morfo-fisioló- 50 fatores, dentre os genéticos (híbri- Apesar de necessitar de pouca água
gicos envolvidos com a formação eco- dos), ambiente (solo e clima), manejo em relação a quantidade de matéria
seca produzida o milho tem pequena

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tolerância a déficit hídrico na fase re- e boro (especialmente, em solos are- tolera geadas até 4-5 folhas, mas há
produtiva. Não suporta solos enchar- nosos e no cerrado brasileiro, excesso atraso no desenvolvimento (ponto de
cados, pois necessita de boa aeração de calcário em superfície, excesso de crescimento). Já temperaturas superio-
junto às raízes. fósforo na linha de semeadura ou em res a 35°C, alteram o teor de proteína
A formação de raízes é de funda- condições de déficit hídrico, pois esses nos grãos; acima de 30°C, redução na
mental importância na obtenção de nutrientes são imóveis na planta.). produção de grãos de pólen; acima de
altos rendimentos. Com o aumento do 25°C (noite), menor produção, devido
potencial de rendimento e a redução c) Fatores climáticos ao aumento da taxa respiratória.
no ciclo, as plantas precisam ser mais A indução à floração do milho de-
eficientes. Como a eficiência de absor- Embora o habitat natural do mi- pende do somatório térmico, dividin-
ção é uma relação de volume de raízes lho seja os trópicos, seu cultivo, graças do-se os cultivares em: tardias > 925
em contato com o volume de solos, o a sua variação típica e ao melhoramen- unidades de calor ou graus dia (GD),
investimento em raízes é essencial para to genético, é praticado em uma larga precoces de 801 a 929 GD, super-pre-
obtenção de altos rendimentos. Como faixa de condições climáticas. A maior coces < 800 GD. O somatório térmico
a prioridade da plantas na formação de concentração da cultura acha-se na fai- é calculado pela diferença entre a tem-
raízes é principalmente até o estádio xa de temperatura e umidade tropical peratura média (temperatura máxima
V5-V6, essas tecnologias de manejo e subtropical/temperada, não sendo menos a temperatura mínima) do dia
devem ser realizadas no tratamento de indicado para regiões semi-áridas. Exi- (a partir de 10°C.) e temperatura base
sementes, com inseticidas e fungicidas ge durante o período vegetativo abun- (10°C.) para cultivares de clima tem-
eficientes no controle de pragas e pa- dância de calor para desenvolver-se e perado.
tógenos predominantes na área. Solos produzir normalmente. Abaixo de 200 mm faz-se ne-
com boa estrutura física, para garan- A produtividade do milho está di- cessário a irrigação, considerando-se
tir permeabilidade ao crescimento de retamente relacionada com a disponi- como precipitação ideal de 350 a 500
raízes, aeração e armazenamento de bilidade de luz, pois é classificada como mm/ano. A necessidade de água para
água. Cinco nutrientes são essenciais planta C4, como a cana-de-açúcar, o o milho é de: a) 3,5 a 5 mm água/dia
na formação de raízes: nitrogênio, fós- sorgo, o capim elefante, o colonião, a (até 8 folhas); b) 5,0 a 7,5 mm água/
foro, cálcio, enxofre e boro, bem como braquiária, dentre outras. No entanto, dia (próximo ao florescimento); e, c)
a ausência de alumínio tóxico. Indica- para que ocorra alta intercepção de ra- 10mm/dia em condições especiais
se a aplicação de bioreguladores, pois diação luminosa (90-95% de absorção É indispensável a chuva ou a irri-
as citocininas promovem o aumento foliar máxima) para a cultura do milho, gação precedente a época de fecunda-
do número de raízes e as auxinas, o há necessidade de alta disponibilidade ção dos óvulos nas espigas. Considera-
aumento do volume. de água e nutrientes, temperatura ade- se como limitante a falta de água no
Solos com uma saturação de quada e um índice de área foliar ideal período de 15 dias antes e 15 depois
bases superior a 70%, alta CTC e des- (IAF = 3,5 a 5). da floração do milho. Um dos efeitos
compactados. O milho, praticamente, não é cul- do déficit hídrico é o atraso da emissão
tivado em áreas em que a temperatura da espiga em relação ao pendão. Por
b) Fatores de nutrição média diária do verão vem abaixo de outro lado, chuvas contínuas e prolon-
19,5°C, ou onde a temperatura média gadas, na época do pendoamento, re-
O milho de altos rendimentos da noite cai abaixo de 12,8°C. A tem- sultam no arrastamento do pólen sem
exige muito nitrogênio, uma quanti- peratura ideal para germinação é supe- que se dê a fecundação, provocando
dade menor de potássio e menos de rior a 18°C (ideal: 25-30°C). O milho baixa formação de grãos.
fósforo assimilável. O pH ótimo situa-
se próximo de 6,0 e 6,5. Uma tonelada
de milho remove do solo, em média,
27,9 kg de N; 20,5 kg de K; 10,3 kg de
P; 1,6 kg de Ca; 1,6 kg de Mg e 1,3 kg
de S (adaptado por Floss, 2010).
O milho exige pouco N inicial-
mente, aumenta entre os estádios V4
até a floração, e reduz no final do ciclo.
O ideal é que um terço da adubação
nitrogenada seja aplicada na semeadu-
ra e dois terços em cobertura (metade
no estádio de 4 a 5 folhas e a outra me-
tade no estádio 7 a 8 folhas. A necessi-
dade de K e P se distribui durante todo
período de crescimento vegetativo
do milho. Com respeito aos micro-
nutrientes, é mais exigente de zinco

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d) Fatores genéticos g) Fatores relacionados a fisio- açúcares da folha para o simplasto.
logia da produção (fonte) Existe alta correlação entre o rendimen-
Diversificar híbridos de diferentes to do milho e os teores de nitrogênio
ciclos (reduzir o risco de ocorrência de Os principais fatores envolvidos na planta nos estádios reprodutivos, o
estiagens na floração), estatura baixa com a produção (fonte) são um ade- que justifica a aplicação parcelada de
(resistentes ao acamamento e mais quado sistema radicular (eficiência de fertilizante nitrogenado. O potássio é
responsivos à adubação nitrogenada), fornecimento de água e nutrientes), o principal nutriente envolvido com a
folhas curtas eretas (reduz o auto- transporte de água e nutrientes das síntese de proteínas nos grãos e o fós-
sombreamento), com sementes de raízes até a folha, folhas curtas e eretas, foro com a síntese e amido, principal
alto vigor e uniformes, dentre aqueles com adequados teores de clorofila (efi- constituinte dos grãos.
de maior potencial e estabilidade de ciência na síntese), um índice de área Portanto, a capacidade de ar-
rendimento, adaptados a cada região foliar – IAF entre 3,5 a 5 ( tamanho da mazenamento (dreno), depende da
edafo-climática, época de semeadura, fábrica), uma maior duração da área atividade do aparelho fotossintético,
nível de fertilidade do solo (proprie- foliar verde e sadia (jornada de traba- do número de grãos formados e da ca-
dades físicas, químicas e biológicas) e lho). pacidade de enchimento desses grãos
com uma qualidade de grãos requeri- A capacidade produtiva será (massa).
da pelo mercado. maximizada em condições em que as
plantas apresentam equilíbrio nutricio- Considerações finais
e) Fatores relacionados nal (macro e micronutrientes), equilí-
à semeadura brio hormonal (maiores teores de hor- Os altos rendimentos e qualida-
mônios promotores como citocininas, de dos grãos de milho dependem de
Realizar a semeadura do milho auxinas e giberelinas e menores teores mais de 50 fatores, relacionados com
quando a temperatura do solo estiver de hormônios inibidores, etileno e áci- a genética, solo, clima, tecnologias de
acima de 15°C. (emergência rápida e do abscísico) e sanidade. manejo utilizadas e dos processo fisio-
uniforme), com velocidade de semea- lógicos internos.
dura não superior a 6 -8 km/h, numa h) Fatores relacionados à fisio- Utilizar híbridos de diferentes ci-
profundidade entre 3 a 5 cm, em di- logia da produção (dreno) clos e de acordo com o nível de tec-
ferentes épocas (minimizar efeitos de nologia utilizado; diversificar épocas
estiagem na floração), numa densida- Os fotoassimilados (açúcares e de semeadura; cuidado com a den-
de de plantas recomendada para cada aminoácidos) produzidos na folha de- sidade de plantas; evitar excesso de
híbrido, disponibilidade hídrica na re- pendem da disponibilidade de água calagem em superfície na semeadura
gião e nível de fertilidade do solo. para que sejam transportados até os direta; adubação nitrogenada adequa-
grãos na espiga. O boro é o micronu- da (dose e época); e, eficiente controle
f) Fatores de controle sanitário triente responsável pela liberação de sanitário.

Com híbridos, que apresentam


ciclo cada vez mais curto, menor esta-
tura de plantas e maiores potenciais de
rendimento, os cuidados no controle Bibliografias consultadas
fitossanitário devem ser maiores. Para
o controle de pragas e moléstias, além Companhia Nacional de Abastecimento – Conab. Produção brasileira de
de um adequado tratamento de se- milho. In: http://www.conab.gov.br Acessado em 22 de agosto de 2012.
mentes, é de fundamental importância Dourado Neto, D.; Fancelli, A.L. Produção de Milho. 2ed. Guaíba:
a rotação de culturas e o equilíbrio nu- Agropecuária,2004. 360p.
tricional das plantas, especialmente, a
relação N/K. Em plantas bem nutridas, Embrapa Informação Tecnológica - http://www.sct.embrapa.br. Acessado em
a incidência de moléstias é retardada e 27 de agosto de 2012.
a evolução da severidade é mais lenta.
Na parte aérea monitorar o ataque de Embrapa Milho e Sorgo. Milho. In: http://www.cnpms.embrapa.br. Acessado
lagartas, pulgões, percevejos, dentre em 31 de agosto de 2012.
outras, pois, é de fundamental impor-
tância a manutenção de uma boa área Floss, E. L. Fisiologia das plantas cultivadas. 5ª. Edição. Passo Fundo: Editora
foliar e a duração da área foliar verde e UPF, 2010. 733 p.
sadia, especialmente durante o enchi- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Produção de milho. In:
mento de grãos. http://www.ibge.gov.br. Acessado em 01 de setembro de 2012.
O controle de plantas daninhas
inicia com uma dessecação antecipada TERUEL, D.A.; SMIDERLE, O.J. Milho. In: CASTRO, P.R.C; KLUGE, R.A. (Coord.).
e a aplicação de herbicidas pós-emer- Ecofisiologia de cultivos anuais – trigo, milho, soja, arroz e mandioca. São
gência até o estádio V4. Paulo: Nobel, 1999. p.41-60.

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