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Fórum Botânica Estrutural

Leia o texto abaixo:

A propagação vegetativa consiste em multiplicar assexuadamente partes de plantas (células, tecidos, órgãos ou
propágulos), originando indivíduos geralmente idênticos à planta-mãe. É uma técnica que está sendo cada vez mais
adotada em nível mundial, principalmente por sua maior efetividade em capturar os ganhos genéticos obtidos dos
programas de melhoramento. (Disponivel em: <https://www.embrapa.br/busca-de-
publicacoes/-/publicacao/308609/propagacao-vegetativa> ).

O texto nos informa sobre a propagação vegetativa, analise as seguintes questões: Será que podemos mencionar vários
exemplos de propagação vegetativa praticada pelos nossos ancestrais? E modernamente? Quais

A propagação das plantas teve início com a ampliação da população na terra desde o começo da
civilização. A agricultura teve início há pelo menos 10.000 anos quando os povos antigos
perceberam que as plantas eram fundamentais para a sua sobrevivência e dos animais, e,
o desenvolvimento de técnicas de enxertias, onde , as “camas quentes” eram o principal sistema
utilizado para o cultivo e propagação de plantas. Esses sistemas consistiam da utilização de
misturas de esterco fresco com material vegetal umedecidos, que durante o processo de
fermentação libera calor para o meio. A mistura era colocada abaixo no leito de cultivo, sendo o
sistema coberto por vidro. Esse sistema foi a base para a utilização dos sistemas de aquecimento
atuais, e, após foi associado o começo da construção de casas de vegetação, no século
dezenove, que possibilitaram o desenvolvimento de técnicas de enraizamento de estacas
enfolhadas.
A propagação vegetativa consiste em multiplicar assexuadamente partes de plantas, originando
indivíduos geralmente idênticos à planta-mãe. É uma técnica que está sendo cada vez mais
adotada em nível mundial, principalmente por sua maior efetividade em capturar os ganhos
genéticos.

Estaquia: é o plantio de pequenas estacas de caule, raízes ou folhas que, plantados em um meio
úmido, desenvolvem-se em novas plantas;

Mergulhia: é o tipo de multiplicação vegetativa que consiste em dobrar um ramo da planta-mãe


até o enterrar no solo. A parte enterrada ganha raízes e, quando está enraizada, pode separar-se
da planta-mãe, obtendo-se assim uma planta independente;

Alporquia: consiste em estimular o crescimento de raízes num ramo ou no caule principal de uma
planta envolvendo um pedaço de um ramo por terra ou musgo em um pedaço de plástico ou pano
umedecido. Após algum tempo, formam-se as raízes, e o ramo pode ser destacado para ser
plantado;

Enxertia: o processo acontece entre uma parte da planta denominada enxerto, que é inserida em
outra parte de outra planta, que pode ser o sistema radicular ou o caule conhecida como porta-
enxerto . O porta-enxerto é responsável por conduzir minerais pela planta, enquanto que o
enxerto é a parte de interesse da planta para continuar o desenvolvimento, sendo também
responsável pela condução de substâncias orgânicas produzidas pela fotossíntese à planta
enxertada.

https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/50925/1/Wendling.pdf

https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/211-PLANTAS-ORNAMENTAIS.pdf
http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/pgibt/2015/12/Fulvio_Cavalheri_Parajara_MS.pdf

http://croplifebrasil.org/noticias/propagacao-vegetativa-nao-e-apenas-por-sementes-que-se-
reproduz-uma-planta/

Estudo de Caso Botânica Estrutural


A quantidade de modificações que podemos notar nos órgãos vegetais é enorme e estudos recentes apontam para uma
maior diversidade ainda. Considerando as espécies que utilizamos na nossa alimentação, que não deve chegar a 1% da
diversidade vegetal, analise as seguintes questões: Quais as espécies que são mais consumidas pela espécie humana? As
espécies de plantas domesticadas apresentam muitas diferenças em relação aos seus ancestrais selvagens?

Hoje temos mais de 50.000 plantas consumíveis, mas a de maior consume são os grãos, dentre eles estão
os de maiores demanda dos seres humanos, o arroz, milho e o trigo.
Todos orgão vegetais obteve modificações apartir de seus ancestrais selvagem, adquiriram maior
capacidade de retenção dos grãos na inflorescência tornando-as mais dependentes da ação humana para
sua dispersão  como:
Milho - O teosinte, ancestral selvagem do milho, é uma gramínea de aparência e dimensões semelhantes
às da cana-de-açúcar. Sua espiga, pouco maior que a do arroz, possui somente uma fileira de grãos.
Onde sua domesticação começou á 7.000 anos, surgindo o sabugo, com sua domesticação aumentaram
tanto o número de fileiras de grãos quanto os grãos em si, apareceu a palha que envolve a espiga. Onde o
milho modern, a espiga cai inteira, com os grãos grudados no sabugo; a palha impede o contato da
semente com o solo.
Arroz - O primeiro grão descoberto era vermelho, que se estendeu até 1766, quando foi substituido pelo
grão branco já usado na Europa, assim foram feito acasalamentos com os grãos onde surgiram vários
tipos de grupos, houve muitas outras modificações ancestrais também dentre elas, tempo de dormência
prolongado, crescimento rápido e houve a mutação em apenas um par de bases no DNA que causou a
mudança das plantas cultivadas, um aminoácido em uma proteína, resultando na redução natural nesta
espécie. Mais de 50% dos grãos caiam antes de serem colhidos, assim com esta pequena mudança no
DNA previne as sementes maduras de arroz de caírem da panícula, permitindo uma colheita mais
eficiente.

Trigo – A 18.000 o aquecimento global provocou um período de fortes e intensas chuvas. Essa mudança
climática favoreceu uma gramínea na região do Oriente Médio, com sementinhas ralas e pequenas. O
vento conseguia espalhá-las e, assim a planta se multiplicava. As pessoas perceberam que havia animais
que se alimentavam dessas gramíneas, onde começaram a se alimentar, e, descobriram o trigo, que em
apenas alguns milênios, estava crescendo  no mundo inteiro.
Suas sementes grandes eram um atrativo, mas só havia duas sementes em cada galho, assim
começaram o semeio das sementes na qual se propagava em todo terreno.
A domesticação começou quando perceberam que seu hábito anual, era escapar da estação seca.
Foi limitada pela estrutura das espigas e pelo método de dispersão das sementes. Os trigos são
caracterizados por espigas que se desarticulam liberando as espiguetas quando maduras. Essas
espiguetas têm formato de lança e se constituem nas unidades de dispersão das sementes. Mas, ao
mesmo tempo em que a espiga quebradiça, ao liberar suas espiguetas, facilitava a penetração das
sementes no solo, ela se tornava um inconveniente para o agricultor antigo, que era obrigado a coletar as
sementes da terra ou cortar os colmos antes que eles atingissem a maturação, ao mesmo tempo em que
ocupava os solos pobres e rochosos de seus sítios naturais, o trigo mostrava resposta adequada quando
transferido para ambientes mais ricos.
https://www.unifesp.br/edicao-atual-entreteses/item/3920-brasil-subexplora-biodiversidade-
alimentar
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782011000700018
http://www.bespa.agrarias.ufpr.br
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20190821-
132625/publico/MamaniEvaMariaCella.pdf

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