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1.

Mandioca, um breve histórico

A mandioca (Manihot esculenta) teve sua origem no continente americano,


porem contudo não é possível afirmar o local exato de sua origem, porém, muitos
documentos históricos atestam sua primeira aparição em terras brasileiras, atribui-se sua
origem ao continente americano, mais precisamente na América do Sul, possivelmente
no Brasil (SILVA, 2003). Os povos indígenas da região foram os primeiros a cultiva-la
mandioca, e ela se tornou um alimento básico em muitas culturas.

Durante a colonização da América do Sul pelos europeus, a mandioca se seguiu

para outras regiões do mundo. Ela se tornou um alimento importante em muitas partes

da África e da Ásia, e hoje é cultivada em diversos países ao redor do mundo.

A mandioca é uma planta resistente e adaptável, que pode crescer em solos


pobres e em condições climáticas alegres. Ela é uma fonte importante de carboidratos na
dieta das populações que a cultivam, e pode ser preparada de diversas formas, como em
forma de farinha, polvilho, tapioca, entre outras.

Apesar de atualmente não despontar como o maior produtor de mandioca,


ficando atrás de países africanos, o Brasil, é de longe o território em que se encontra a
maior variação da utilização desta espécie. Principalmente em razão dos diversos meios
de consumo da planta, dos quais se utilizam todas as partes da planta, desde as folhas à
raízes. A planta tem utilização alimentar para pessoas e animais, tem utilização como
biocombustível, utilização na fabricação de bebidas tradicionais e, atualmente tem se
intensificado a fabricação de cerveja.

No Brasil, a mandioca é um alimento muito presente na culinária, e é utilizada

em pratos como a famosa "farofa", o "bolo de mandioca", e diversos outros. Além disso,

a mandioca também é utilizada na produção de bebidas alcoólicas, como a cachaça e a

"pinga", e na produção de biocombustíveis.

Para pesquisadores, biólogos e historiadores a mandioca é comumente tida


apenas como uma planta nativa, mas, para os indígenas que, de acordo com registros
documentados, foram os primeiros a processar e consumir a planta, trata-se de uma
planta sagrada, de uma dádiva divina concedida a eles para o seu suprimento alimentar.
A familiaridade da população brasileira, sobretudo dos habitantes da região
Norte e Nordeste do país, com o cultivo deste tubérculo é bastante expressiva e, esta
relação deve-se ao fato de que os indígenas que habitavam o território brasileiro já a
cultivavam antes mesmo da chegada dos portugueses. A primeira referência feita à
mandioca está registrada na carta de Pero Vaz de Caminha enviada à Portugal.

“Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem
ovelha, nem galinha, nem qualquer outra alimária, que costumada seja ao
viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e
dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam. E com isto
andam tais e tão rijos e tão nédios, que o não somos nós tanto, com quanto
trigo e legumes comemos.” (PERO VAZ DE CAMINHA, p. 12)

O "inhame" era na realidade a mandioca, já que o inhame propriamente dito é de


origem africana, tendo sido introduzido posteriormente no Brasil (EMBRAPA, 2010).

O relato do cronista ressalta o espanto em relação à falta de animais


domesticados, contudo retrata a abundante disponibilidade encontrada por eles, desta
forma, atribui-se, aos indígenas o mérito pelo plantio da mandioca e a fabricação de
farinha. A partir de então, a mandioca passou a ser consumida pelos europeus.

Na cultura indígena o cultivo era realizado de forma a não agredir a floresta em


que habitavam, como bem explica FERNANDES (2016), o auor relaa um estudo
realizado por William Balee, seus resulados ese por William Balée, Seus resultados mostraram
que aqueles povos manipulam, e alteram, fortemente a paisagem natural, sem diminuir a biodiversidade, e
mesmo aumentando-a: na área Guató, a floresta primária possui 145 espécies de árvores, contra 125 da
capoeira

, enquanto que, entre os Kaapor, a floresta primária contém 123 espécies, contra 147 da capoeira.

A pesquisa de Baleé mostrou que as sociedades indígenas são perfeitamente capazes de conciliar seus
interesses econômicos com a manutenção da biodiversidade, o que deve significar que a floresta “virgem”
encontrada pelos europeus na costa brasileira pode ter sido bem alterada por séculos de manejo por parte
dos indígenas Tupinambá e dos povos que os antecederam na região

nesse comparaivo de fllorestas secundárias, manejadas pelo homem enre os dois povos Tupi: os
caçadores-coletores Guató e os horticultores Kaapor, observou-se que a , A capacidade de conciliar
as necessidades alimentares com a necessidade de preservação e manutenção da
biodiversidade na qual a população indígena
Apesar de seu valor nutricional e de sua importância na cultura e na economia de

diversas regiões do mundo, a mandioca ainda enfrenta desafios, como a falta de

investimento em tecnologia e infraestrutura para sua produção e distribuição. No

entanto, a mandioca continua sendo um alimento básico para muitas comunidades e

uma importante fonte de subsistência e renda para muitos agricultores ao redor do

mundo.

2. Mandioca como dádiva

Acerca de como se originou o cultivo e de que forma os indígenas aprenderam a


processar a mandioca, encontra-se relacionada a alguns mitos indígenas de que São
Tomé (Sumé/Zumé) apóstolo de Jesus Cristo havia vindo ao Brasil.

“Dizem eles que Santo Tomé, a quem eles chamam Zome, passou por aqui. E
isto lhes ficou por dito de seus passados e que suas pisadas estão signaladas
junto de um rio, as quais eu fui ver por mais certeza da verdade e vi com os
proprios olhos quatro pisadas mui signaladas com seus dedos, as quais
algumas vezes cobre o rio quando enche. Dizem também que quando deixou
estas pisadas, ia fugindo dos índios, que o queriam flechar, e chegando ali se
lhe abrira o rio e passara pelo meio á outra parte sem se molhar e d’ali foi
para a índia. Assim mesmo contam que quando o queriam frechar os índios,
as flechas se tornavam para eles e os matos lhe faziam caminho por onde
passasse. Dizem também que lhes prometeu que havia de tornar outra vez a
vê-los. (Manuel de Nóbrega, 1549, pág. 13)

Ficou documentado em correspondências do padre que este havia ensinado aos


antepassados dos indígenas a cultivarem a planta, e, tais registros encontram-se nas
correspondências do padre Manoel de Nóbrega

“Também me contou pessoa fidedigna que as raízes de que cá se faz pão, que
Santo Thomé as deu, porque cá não tinham pão nenhum e isto se sabe da
fama que anua entre eles”. (Manuel de Nóbrega, 1549, pág. 13)

(existem outros fontes históricas mais contundentes e que se alicerçam na própria cultura desses
povos, seria interessante abordar)

1. Aspectos gerais da mandioca


Como supracitado, atribui-se ao Brasil a origem da mandioca e sendo,
posteriormente cultivada em muitas outras regiões do mundo, por se tratar de uma
cultura que suporta condições adversas de clima e solo. Contudo, em relação a este
segundo fator, apresenta preferências. Além de não necessitar de utilização de
grandes quantidades de fertilizantes, se comparada a outras culturas.

Como, o principal produto para consumo e comercialização da mandioca é a


raiz, esta necessita de solos profundos, arenosos ou de textura média. Solos
argilosos não são recomendados para o plantio por dificultarem o crescimento e
propiciarem um encharcamento ou apodrecimento das raízes.

Como em todo cultivo artesanal há uma seleção das melhores sementes para a
colheita seguinte e da época certa para o cultivo de determinadas colheitas. Com a
mandioca, esse processo não difere, estes fatores são de extrema importância como:
a escolha das manivas sementes de boa qualidade, o preparo e a qualidade do solo, o
controle de plantas daninhas e por conseguinte o manejo de água, são essenciais
para uma produção de potencial.

1. A importância da mandioca

A cultura da mandioca tem importante papel nas sociedades coloniais que,


através de portugueses e espanhóis, foi disseminada pelos demais continentes,
perpassando até aos dias atuais. A farinha fabricada a partir das raízes, representa
uma importante fonte de carboidratos, e é consumida por “mais de 400 milhões de
pessoas, principalmente, nos países em desenvolvimento. No Brasil, as regiões
Norte e Nordeste se destacam como principais consumidores” (Silva, 2003,
pág.13) .

para mais de ou por alguns anos importante Da planta da mandioca se


aproveitam todas as suas partes, das folhas as raízes, das raízes até as folhas.

4- Características e usos das principais partes da planta

A mandioca apresenta um grande número de espécies, porém a ´mais cultivada é a


Manihot Sculenta.

Raízes – Principal matéria prima da planta, fonte principal de extração e matéria


prima. Além de sua utilização na alimentação humana, também pode ser utilizada na
alimentação animal na forma de resíduos de indústria de farinha e amido, ou como
raspas ou farinha de raspas.

5. A produção de Mandioca (Mundial, brasileira e maranhense)

A produção familiar e artesanal de farinha de mandioca é uma atividade

tradicional em muitas regiões do Brasil, incluindo o estado do Maranhão. Na cidade de

Matinha, localizada no município de São José de Ribamar, muitas famílias se dedicam a

essa atividade, que é uma fonte importante de renda e sustento.

2. A agricultura familiar e a produção da mandioca

A produção familiar de farinha de mandioca é uma atividade tradicional na região do Maranhão,


sendo esta uma pratica agrícola presente em grande parte dos municípios maranhenses,
principalmente em áreas rurais

A produção familiar de farinha de mandioca é uma atividade tradicional na região do


Maranhão, sendo esta uma pratica agrícola presente em grande parte dos municípios
maranhenses, principalmente em áreas rurais.

apreciar a importância de preservar e proteger os aspectos valiosos do ambiente físico


e cultural, garantindo que as futuras gerações também possam desfrutar e se beneficiar desses
lugares.

sugere também que o conhecimento das transformações que ocorreram ao longo do


tempo ajuda a compreender e elevar o ambiente em que estamos inseridos

O CAR é obrigatório para todos os imóveis rurais no Brasil, sejam eles públicos ou privados,
e foi criado pelo código Florestal (Lei n°12.651/2012).
https://www.saf.ma.gov.br/servicos/cadastro-ambiental-rural-car
MANDIOCA

QUANTIDADE PRODUZIDA 18.098.115

VALOR DA PRODUÇÃO 12.702.124,00

ÁREA PLANTADA 1.212.284

ÁREA COLHIDA 1.205.829

RENDIMENTO MÉDIO 15.009

https://www.scielo.br/j/fp/a/8TwzpC8yrD4PqmLYvYdPdpk/?lang=pt#

http://resistir.info/livros/sete_olhares_sobre_a_antiguidade.pdf

https://cesarmangolin.files.wordpress.com/2010/02/burns-historia-da-civilizacao-ocidental-
vol1.pdf

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