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História da Gastronomia
Questão:
portuguesa, passando por seu papel ao longo do período colonial e expondo seus
sentidos na atualidade.
A mandioca teve (e tem) papel fundamental no Brasil desde os primórdios da nossa história.
Era base da alimentaçõ dos povos indígenas que aqui habitavam e, após a invasão do Brasil
Foi na data de 22 de Abril e 1500, após 44 dias de viagem que a frota de Pedro Álvares Cabral
chegou no litoral brasileiro ao sul da Bahia. Após a chegada dos europeus, os relatos sobre
os povos nativos e seus hábitos são feitos a partir dos olhares desses estrangeiros e, nesse
processo, teve-se o primeiro registro escrito por Pero Vaz de Caminha em sua carta ao rei,
com uma visão generalista e com tentativas de se explicar pelo o que eles já conheciam,
Desde o relato do que conhecemos acerca da alimentação indígena nessa carta, podemos
verificar a presença da mandioca, mesmo tendo sido inicialmente confudida pelo inhame (que
aqui aida não existia), e a importância e indispensabilidade desta para a alimentação indígena.
Existiam variedades de farinha de mandioca, como a “farinha de puba” (chamada por eles de
“uí-puba”) que é molhada, não é uma farinha totalmente seca, usa diretamente na comida e
a “farinha de guerra” (chamada por eles de “uí-atã”) que é seca e é utilizada para se fazer
mingaus, bolos e pirões. O beiju, segundo o hitoriador Câmara Cascudo, também servia no
Ela passou a ser a substituta principal da farinha de trigo, principalmente do pão, por isso era
reconhecida como “pão da terra”, e reconhecida por ser saborosa com digestão fácil e
substancial.
A mandioca dominou o paladar português de forma que se tornou indispensável. Dessa forma,
Os bandeirantes também tinham o costume de plantar mandioca e fazer a farinha, essa útilma
realizada pelos indígenas, e consumir pelo percurso. Nas expedições dessas bandeiras, era
para levar aos parceiros que iam adentrando o sertão, a explicação era a indispensável
Já o milho, era presente na alimentação indígena, mas não era determinante e tão presente
como a mandioca e macaxeira. Ele era certamente plantado, geralmente em milharais, pois
quando semeada.
Sua ampla utilização partiu mais da valorização portuguesa. Isso não significa que os
indígenas não gostassem do milho, ao contrário, eles gostavam e gostam, mas no Brasil ele
não chegou se constituir um alimento para eles, era mais como um passatempo em que
ficavam roendo as espigas assadas e cozidas do que necessariamente uma refeição legítima.
Quem aproveitou mais do insumo foram os portugueses que utilizaram para produção de
diversas iguarias como bolo, canjica e pudins e também os africanos utilizando para papas,
angus e mugunzás.
Tanto a mandioca e o milho coexistiram no mesmo período e em alguns territórios, como por
exemplo na Bahia, mas as regiões eram diferentes. A mandioca se situava mais no litoral (por
isso acabou sendo incorporada tão rapidamente no paladar português), já o milho era mais
ocupação do interior sendo mais relacionado a produção de quintais e produzido e plantado
em territórios que se tinham lugar e recursos que davam condições de sustentar essa
produção alimentar.
Em destaque, é possível citar Minas Gerais a partir da décasda de 1720, em que se tinha
uma grande quantidade de ouro e tinha começado a ocupação da região, mas igualmente a
quantidade de ouro tinha-se também uma população com fome, e então passou-se a plantar
o milho.
formas e sofrendo modificações e adaptações na forma de uso, mas não deixando de estar
compondo receitas e pratos que sustentam as famílias e compõem também receitas utilizadas
fundamentais para se entender não só a gastronomia, mas também a história do Brasil até
os dias atuais.