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Espécie-tipo
Folha Eucalyptus obliqua
L'Hér. 1789
Quase todos os eucaliptos têm folhagem persistente, ainda que
algumas espécies tropicais percam as suas folhas no final da Espécies
época seca. Tal como outras mirtáceas, as folhas de eucalipto
estão cobertas de glândulas que segregam óleo - este género Lista de espécies de
botânico é, aliás, pródigo na sua produção. Muitas espécies Eucalyptus
apresentam, ainda dimorfismo foliar. Quando jovens, as suas
folhas são opostas, de ovais a arredondadas e, ocasionalmente,
sem pecíolo. Depois de um a dois anos de crescimento, a maior
parte das espécies passa a apresentar folhas alternadas,
lanceoladas a falciformes (com forma semelhante a uma foice),
estreitas e pendidas a partir de longos pecíolo. Contudo, existem
várias espécies, como a Eucalyptus melanophloia e a
Eucalyptus setosa que mantêm a forma juvenil ao longo da sua Sinónimos[1]
vida. As folhas adultas da maioria das espécies, bem como, em
alguns casos, as folhas juvenis, são iguais nas duas páginas do Aromadendrum W.Anderson ex
limbo, não existindo a habitual distinção, nas folhas, de página R.Br., 1810
superior e página inferior. A maior parte das espécies não
floresce enquanto a folhagem adulta não aparece. A Eucalyptus Eudesmia R.Br., 1814
cinerea e a Eucalyptus perriniana constituem duas das raras Symphyomyrtus Schauer in
excepções.
J.G.C.Lehmann, 1844
Casca (súber)
Eucaliptos no Brasil
Não há uma data exata da introdução do eucalipto no Brasil. Existem relatos que os primeiros exemplares
foram plantados nas áreas pertencentes ao Jardim Botânico e Museu Nacional do Rio de Janeiro, nos anos
de 1825 e 1868; no município de Amparo-SP entre 1861 e 1863; e no Rio Grande do Sul, em 1868.
Entretanto, os primeiros plantios ocorreram de fato em 1868, no Rio Grande do Sul, mas por iniciativa do
político Joaquim Francisco de Assis Brasil, um dos primeiros
brasileiros a demonstrar interesse pelo gênero.[2] Foi implantado no
Brasil em 1909 pelo engenheiro agrônomo Edmundo Navarro de
Andrade, então funcionário da Cia. Paulista. No Brasil existem
extensas áreas plantadas, sobretudo, no Estado de Minas Gerais, que
possui cerca de 2% do seu território ocupados com eucaliptos. Um dos
grandes municípios produtores do país, que há mais de trinta anos
desenvolve a silvicultura, é o município mineiro de Itamarandiba.
Atualmente esta cidade é um dentre os diversos pólos da produção de
mudas clonais de Minas Gerais e do Brasil.[3]
Eucaliptos em Portugal
Polêmicas e impactos
O E. globulus foi introduzido na Califórnia em meados do século XIX, estando presente em muitos dos
parques citadinos de San Francisco e noutras cidades do litoral daquele estado. A partir do seu uso como
ornamental, naturalizou-se, sendo hoje considerado uma espécie invasora devido à sua capacidade para se
implantar rapidamente nos habitats de clima mediterrânico da região, substituindo a vegetação nativa.[5]
Nesse sentido, tem-se vindo a proceder na Califórnia à sua completa erradicação do solo.
Também em Portugal esta árvore se comporta como uma espécie
invasora embora nenhuma medida de erradicação tenha sido levada
a cabo sobretudo devido ao valor económico da espécie. Contudo,
dado que o eucalipto consegue absorver grandes quantidades de
água no verão, apresenta vantagem competitiva sobre as demais
espécies vegetais, com consequências nefastas para a
biodiversidade das florestas. Outra polémica em torno desta espécie
prende-se com os fogos florestais, um flagelo recorrente em
Portugal na época de verão. De facto os eucaliptos encontram-se
entre as espécies que mais iniciam e propagam fogos florestais, e, Aspecto de um povoamento florestal
simultaneamente, fazem parte das espécies mais resistentes ao de Eucalipto
fogo.[6] É possível que em Portugal muitos dos fogos florestais
suspeitos de serem originados por queimadas ou incêndios
criminosos sejam na realidade resultado da auto-combustão dos
óleos voláteis libertados pelo eucalipto, especialmente nos dias de
calor mais intenso e nos locais com maior concentração de
eucaliptos.
Eucaliptos na cultura
As "coolibah trees", referidas na famosa canção tradicional australiana Waltzing Matilda, são eucaliptos das
espécies Eucalyptus coolabah e Eucalyptus microtheca.
Ver também
Deserto verde
Pinheiro
Produção de eucalipto no Brasil
Silvicultura
Lista de espécies do género Eucalyptus
Referências
1. «Eucalyptus» (https://biodiversity.org.au/nsl/services/apc-format/display/102507). Australian
Plant Census. Consultado em 11 de março de 2019
2. «Perguntas e Respostas - Portal Embrapa» 🔗 (https://www.embrapa.br/florestas/transferen
cia-de-tecnologia/eucalipto/perguntas-e-respostas). www.embrapa.br. Consultado em 26 de
outubro de 2018
3. AZAMBUJA, W. Óleos Essenciais. Disponível em: <http://www.oleosessenciais.org/>.
Acesso em 23 ago. 2010.
4. «8 coisas que provavelmente não sabe sobre Portugal. Está mais urbano, tem mais floresta,
mas a agricultura perdeu-se» (http://observador.pt/2017/06/01/8-coisas-que-provavelmente-
nao-sabe-sobre-portugal-esta-mais-urbano-tem-mais-floresta-mas-a-agricultura-perdeu-se/)
5. California Invasive Plant Council (Cal-IPC) Invasive Plant Inventory 2006 http://www.cal-
ipc.org/ip/inventory/pdf/Inventory2006.pdf Arquivado em (https://web.archive.org/web/200805
10142427/http://www.cal-ipc.org/ip/inventory/pdf/Inventory2006.pdf) 10 de maio de 2008, no
Wayback Machine.
6. Santos, Robert L. (1997). «Section Three: Problems, Cares, Economics, and Species» (http
s://web.archive.org/web/20100602175115/http://library.csustan.edu/bsantos/section3.htm).
The Eucalyptus of California. California State University. Consultado em 18 de janeiro de
2011. Arquivado do original (http://library.csustan.edu/bsantos/section3.htm) em 2 de junho
de 2010
7. Programa Escravo, nem pensar! & Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis. Deserto
Verde: Os impactos do cultivo de eucalipto e pinus no Brasil (https://reporterbrasil.org.br/wp-
content/uploads/2015/02/8.-caderno_deserto_verde.pdf). Repórter Brasil – Organização de
Comunicação e Projetos Sociais / Fundação Rosa Luxemburgo, 2011
8. Moledo, Júlio Cesar et al. "Impactos ambientais relativos à silvicultura de eucalipto: Uma
análise comparativa do desenvolvimento e aplicação no plano de manejo florestal". In:
Geociências, 2016; 35 (4): 512-530
9. Rodrigues, Gelze Serrat de Souza Campos et al. Eucalipto no Brasil: Expansão geográfica
e impactos ambientais (http://www.comunica.ufu.br/noticia/2021/04/e-book-aborda-expansa
o-e-impactos-ambientais-do-eucalipto-no-brasil). FAPEMIG / UFU, 2021
10. Dias, Deusira Nunes Di Lauro. "Cultura do eucalipto na região extremo sul da Bahia e seus
impactos" (https://www.nucleodoconhecimento.com.br/meio-ambiente/cultura-do-eucalipto).
In: Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento,2019; 4, 3 (7): 57-68
11. Diniz, Fábio Vicentin & Monteiro, Reinaldo. "Composição e estrutura da comunidade
vegetal em regeneração sob plantios de Pinus spp. (Pinaceae) em Rio Claro, SP" (https://s
mastr16.blob.core.windows.net/iflorestal/ifref/RIF20-2/RIF20-2.pdf). In: Revista do Instituto
Florestal, 2008. 20 (2)
12. Sampaio, Alexandre Bonesso & Schmidt, Isabel Belloni. "Espécies Exóticas Invasoras em
Unidades de Conservação Federais do Brasil" (http://quintalflorestal.com.br/wp-content/uplo
ads/2017/05/Especies-Exoticas-e-Invasoras-em-Unidades-de-Conservacao-Federais-no-Br
asilpdf.pdf). In: Biodiversidade Brasileira, 2013; 3 (2): 32-49
13. Biron, Carey L. "Brasil e Estados Unidos autorizarão os primeiros eucaliptos transgênicos"
(http://www.ihu.unisinos.br/sobre-o-ihu/170-noticias/noticias-2014/534626-brasil-e-estados-u
nidos-autorizarao-os-primeiros-eucaliptos-transgenicos). Revista do Instituto Humanitas —
Unisinos, 26/08/2014
Ligações externas
«Silvicultura aplicada» (https://web.archive.org/web/20070929133423/http://coralx.ufsm.br/l
abeflo/ensino/graduacao/silvicultura/apostila_silvicultura_aplicada.pdf) (PDF). Universidade
Federal de Santa Maria. Consultado em 1 de março de 2007. Arquivado do original (http://co
ralx.ufsm.br/labeflo/ensino/graduacao/silvicultura/apostila_silvicultura_aplicada.pdf) (PDF)
em 29 de setembro de 2007
"O Eucalipto prejudica o ambiente?" (https://web.archive.org/web/20070928074257/http://w
ww.almg.gov.br/Publicacoes/Eucalipto/prejudica.pdf). In: Ciclo de Debates O Eucalipto.
Assembleia Legislativa de Minas Gerais, 2004
Alves, António Monteiro; Pereira, João Santos & Silva, João M. Neves. "A introdução e a
expansão do eucalipto em Portugal" (https://www.researchgate.net/publication/236841132_
A_introducao_e_a_expansao_do_eucalipto_em_Portugal). In: O Eucaliptal em Portugal:
Impactes Ambientais e Investigação Científica. ISAPress, 2007, pp. 13-24
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