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VOLUME I
A arqueologia
mesoamericana
Equipe editorial
Rejane de Meneses · Supervisão editorial
Yana Palankof · Acompanhamento editorial
Gilvam Joaquim Cosmo · Preparação de originais
Danúzia M. Q. Cruz, Gilvam J. Cosmo e Ludimila Barbosa · Revisão
Editora Universidade de Brasília · Capa
Fernando M. das Neves · Editoração eletrônica
Elmano Rodrigues Pinheiro · Supervisão gráfica
Impresso no Brasil
As domesticações
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cultivados parece ter sido muito restrita durante muito tempo, pois
continuava a coleta dos vegetais silvestres locais. Muitos cultígenos,
por ser de origem exótica, teriam sido ingeridos inicialmente, sobre-
tudo por finalidades rituais, até que se passasse a modificar paulati-
namente os hábitos alimentares. Somente entre 2 mil e 1.500 BC as
análises de Carbono 13 em ossos humanos demonstram uma ingestão
crescente do milho na alimentação, enquanto o registro polínico com-
prova fortes desmatamentos, evidenciando o papel cada vez maior da
agricultura. Criava-se um novo modo de vida em aldeias estáveis e
cada vez mais populosas: de algumas dessas comunidades de campo-
neses teriam surgido as primeiras coletividades proto-urbanas e as
altas culturas.
Em todo o caso, a Mesoamérica dos últimos milênios antes de
Cristo estava ainda em parte ocupada por populações de caçadores-
coletores tardios que continuavam explorando as terras menos férteis
ou secas demais para ser cultivadas; mantinham, portanto, um modo
de vida arcaico, enquanto nas regiões mais úmidas vingavam os agri-
cultores, os quais não deixavam também de caçar, pescar e coletar ve-
getais silvestres: uns cultivando cereais e leguminosas em regiões com
estação seca e os outros, tubérculos, nas regiões tropicais úmidas.
Apenas algumas novas plantas foram domesticadas ou introduzidas
na Mesoamérica depois do período formativo: provavelmente sejam os
casos do tomate, da chia (uma planta de semente oleaginosa, particu-
larmente cultivada na vertente do Pacífico) e do tabaco, que, pelo
menos em certas regiões, aparecem apenas no pós-clássico.
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dade média é de cerca de 1m³ embora alguns possam ter uma capaci-
dade até quatro vezes maior. Eram sobretudo utilizados para guardar
alimentos, particularmente o milho; trata-se portanto de silos que eram
fechados por uma camada de argila para impedir a proliferação de in-
setos parasitas nos grãos. Num silo de tamanho médio podia ser con-
servada uma tonelada de grão de milho, uma quantidade suficiente
para suprir as necessidades de cereal de uma família padrão da região
durante um ano. Algumas dessas fossas eram também aproveitadas para
esconder objetos importantes para a vida quotidiana, como metates,
mãos de mó e instrumentos de madeira, cerâmica e osso. Aos poucos, a
erosão solapava as paredes dos buracos que não podiam mais ser utili-
zados como armazéns e eram, então, reaproveitados como local de se-
pultamento ou para despejo do entulho doméstico. Dessa forma, os di-
versos silos siniformes que rodeiam as casas não deviam ser utilizados
ao mesmo tempo, mas sucessivamente.
Nos depósitos de lixo encontram-se restos de facas e raspadores
de pedra lascada (mais raramente, alguma ponta de projétil), agulhas
de osso para costura e cestaria, restos alimentares (ossos, grãos carbo-
nizados), adornos de concha, restos de até várias dezenas de potes de
cerâmica.
Algumas casas dispunham de um poço de dimensões variáveis.
Pequenos regos canalizavam as águas de enxurrada longe das casas e
das cisternas.
No vale do México, as casas eram bastante parecidas; no entan-
to, no fim do Formativo (cerca de 500 a.C.), desenvolve-se uma elite
local, cujas casas passam a ser feitas de adobe (tijolos de argila seca
não queimada), material utilizado na construção dos monumentos
públicos desde 900 a.C. Outra evidência de diferença de hábitos em
relação aos oaxaquenhos: os habitantes do vale do México fabricavam
pontas de projétil de pedra para seus dardos. A boa conservação de
materiais orgânicos no vale do México brindou os arqueólogos com
informações sobre o equipamento dos artesãos: em Ticomán, foram achados
nos anos 1930 vários sepultamentos de adultos acompanhados por esto-
jos que continham instrumentos para fazer roupas de couro; são cinzéis
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As sociedades do Formativo
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O conceito de Mesoamérica
O meio natural
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O complexo cultural
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