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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ


DIVISÃO DE COMPRAS E SERVIÇOS

JULGAMENTO DE RECURSO ADMINISTRATIVO EM LICITAÇÃO

PROCESSO: 23479.015794/2019-11
REFERÊNCIA: PREGÃO ELETRÔNICO Nº 17/2020
OBJETO: REGISTRO DE PREÇOS, VISANDO À CONTRATAÇÃO DE EMPRESA serviços de
IMPRESSÃO, CONFECÇÃO E EDITORAÇÃO DE LIVROS, LIVRETOS E REVISTAS E ENCADERNAÇÃO
DE LIVROS visando atender as demandas relacionadas a agenda de compras e serviços da Universidade Federal
do Sul e Sudeste do Pará
RECORRENTE: VTPRINT OUTDOOR E GRAFICA EIRELI.
Trata-se de Recurso Administrativo interposto tempestivamente, via Portal de Compras do Governo
Federal (www.comprasgovernamentais.gov.br), pelo licitante VTPRINT OUTDOOR E GRAFICA EIRELI,
com fundamento no art. 4º, XVIII, da Lei nº 10.520/2002, em face da decisão do Pregoeiro que inabilitou a
recorrente para o pregão em epígrafe.
O Pregoeiro, designado pela Portaria nº0686/2020-GR, de 07 de abril de 2020, em cumprimento ao
disposto no inciso VII, do artigo 17, do Decreto 10.024/2019, recebeu e analisou as razões de recurso da
Recorrente, de forma a proferir sua decisão sobre o recurso administrativo.
Tais documentos encontram-se disponíveis para consulta no Portal de Compras do Governo Federal e
constam eletronicamente no processo nº 23479.01579/2019-11 .

I – DAS PRELIMINARES

Em sede de admissibilidade recursal, foram preenchidos, tanto por parte da Recorrente, os pressupostos
de legitimidade, interesse processual, fundamentação e tempestividade, com fundamento na Lei nº 10.520/2002 e
no Decreto nº 10.024/2019, subsidiados pela Lei nº 8.666/93.

II – DAS FORMALIDADES LEGAIS

Na sessão pública do Pregão em referência, realizada em 08/07/2020, a Recorrente intencionou


interposição de recurso para demonstrar sua insatisfação da decisão do pregoeiro em declarar as empresas
GRÁFICA E EDITORA SANTA CRUZ EIRELI e GRÁFICA CS EIRELI foram habilitadas e vencedoras do
certame, foram declaradas de forma indevida, e, portanto, deveriam ser inabilitadas para o Pregão Eletrônico nº
17/2020, restando estabelecida a data de 13/07/2020 como prazo final do recurso.
Preenchidos também os demais requisitos doutrinários, pois a petição é fundamentada e contém o
essencial pedido de modificação da decisão de aceitação da proposta que motivou o recurso em face às suas
alegações.
Verifica-se, portanto, a tempestividade e a regularidade do presente recurso, atendendo ao previsto no
item 11.2.3 do instrumento convocatório, nos termos do art. 4º, XVIII, da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002.

III – DAS RAZÕES RECURSAIS

A Recorrente, insurge-se contra a decisão do Pregoeiro que aceitou a proposta classificou e habilitou a
licitante GRÁFICA E EDITORA SANTA CRUZ EIRELI, para o Pregão em referência, alegando que:

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“A empresa GRÁFICA E EDITORA SANTA CRUZ EIRELI deveria ter sido inabilitada, pois, a mesma
apresentou alvará do ano de 2019 (VENCIDO) para comprovar a inscrição municipal, ou seja, totalmente
fora do prazo, assim, o documento em questão não pode ser aceito, ora que se encontra fora do prazo de
validade.

Não bastasse a empresa apresentar um alvará vencido, a mesma também deixou de apresentar em sua
proposta inicial a declaração exigida no 6.1.3, qual seja:
“6.1.3. Como forma de atendimento à sustentabilidade ambiental, consoante disciplina do art. 3o da Lei no
8.666/93, corroborado pelo art. 2o do Decreto no 10.024/2019, a licitante deverá DECLARAR na sua
proposta que ofertará produtos oriundos de bom manejo florestal, com madeira certificada, através de
indicativos, selos de reflorestamento ou rotulagem ambiental”
É importante lembrar que o arquivo inserido pela empresa não apresentava nenhum problema para consulta
e ainda assim foi permitido que a mesma apresentasse novamente os documentos de habilitação. ”

A recorrente também questiona contra a habilitação da empresa GRÁFICA CS EIRELI, trazendo os


seguintes argumentos:

“Novamente é possível verificar mais uma empresa que não apresentou em sua proposta de preços inicial
a declaração exigida no item 6.1.3. Logo, também deveria ter sido inabilitada.”

Na peça recursal e sustentada e enfatiza que:

Para corroborar com o que estamos afirmando o Tribunal de Contas do Estado de Mato-Grosso proferiu a
seguinte decisão acerca de proposta de preços em desconformidade, através do processo nº 133469/2019,
CONSELHEIRO SUBSTITUTO MOISES MACIEL:
No processo licitatório vigora o princípio da vinculação do instrumento convocatório, que prende a
administração e os licitantes aos termos do edital publicado, perfazendo lei interna entre os participantes.
É vedado o descumprimento das normas e condições previstas no edital por qualquer deles, conforme norma
prevista no art. 41, caput, da Lei 8.666/93:
Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente
vinculada.
As regras traçadas no edital devem ser seguidas fielmente, estas não sendo observadas, se torna passível de
correção, por via judicial e administrativa.
O Professor José dos Santos Carvalho Filho, expõe a importância deste princípio na administração pública:
O princípio da vinculação tem extrema importância. Por ele, evita-se a alteração de critérios de julgamento,
além de dar a certeza aos interessados do que pretende a Administração. E se evita, finalmente, qualquer
brecha que provoque violação à moralidade administrativa, à impessoalidade e à probidade administrativa.
Se o instrumento de convocação, normalmente o edital, tiver falha, pode ser corrigido, desde que ainda
oportunamente, mas os licitantes deverão ter conhecimento da alteração e a possibilidade de se amoldarem
a ela.
Além do princípio mencionado acima, rege processo licitatório o princípio do julgamento objetivo, que
consiste em critérios e fatores previstos no edital que devem ser adotados para o julgamento das propostas,
evitando, surpresas aos licitantes, conforme art. 45 da Lei 8.666/93:
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo
convite realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato
convocatório e de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar sua
aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
Este princípio também descarta qualquer subjetivismo ou favoritismo, pois em todas as fases de julgamento,
não pode haver discricionariedade na apreciação da proposta, devendo ser julgado conforme critério
indicado no edital, devendo prevalecendo a objetividade.

Por fim a recorrente expõe que:

O pregoeiro deve rever seu ato sempre que o mesmo for manifestamente ILEGAL, ou seja, não possui
respaldo em lei, e bem sabe que a falta de um documento inabilita:
Súmula 346. "(...) a administração pode declarar nulidade de seus próprios atos"
Súmula 473. "(...) a administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial."
Esses controles, verdadeiros meios de proporcionar o resultado justo e lícito, no entender de Diógenes
Gasparini:
"(...) Observe-se que, independentemente da interposição dessas medias, cabe à entidade licitante revogar
e invalidar seus atos sempre que afrontarem o ordenamento jurídico, em obediência ao princípio da
autotutela. Esse comportamento é o que se chama de autocontrole ou controle interno." (Direito
Administrativo, 4a ed., pág. 365) Diógenes Gasparini.
O pregoeiro, como peça importante no processo, tem o dever de sempre manter o processo licitatório dentro
da legalidade, e penalizar aquelas empresas que talvez atuem em desconformidade com a legislação,
podendo as vezes até ser caracterizado uma tentativa de fraude ao certame licitatório.

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Assim, a fim de que todos os princípios do ato de licitar sejam respeitados, principalmente o da
transparência e legalidade, se faz necessário que as empresas sejam inabilitadas, tendo em vista que, não
cumpriu com todas as clausulas editálicias.

IV – DO PEDIDO DA RECORRENTE

11. Requer a Recorrente:


“Requer que o presente RECURSO ADMINISTRATIVO seja recebido em todos os seus efeitos
para que:
A) Que as empresas GRÁFICA E EDITORA SANTA CRUZ EIRELI e GRÁFICA CS EIRELI,
sejam inabilitadas por não apresentarem os documentos de acordo com o instrumento
convocatório, descumprindo assim com as cláusulas editálicias”

V – DA ANÁLISE DO RECURSO

Cumpre ressaltar que todos julgados da administração pública estão embasados nos princípios
insculpidos no art. 3º da Lei nº8666, de 21 de junho de 1993, que dispõe:

Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da


proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será
processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
(BRASIL, 1993, grifos nossos).

A recorrente afirma que a empresa, foi habilitada de forma indevida, tendo em vista que a mesma
apresentou alvará do ano de 2019 (vencido) para comprova a inscrição municipal, alega que o documento em
questão não pode ser aceito, e que com a aceitação do documento em questão o foi descumprido o item 9.9.5
do instrumento convocatório, entretanto no edital no item 9.9 a qual dispões a relação de documentos para
habilitação fiscal e trabalhista, não contém a solicitação da apresentação do Alvará de funcionamento:
“ 9.9.1 Prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas ou no Cadastro de Pessoas Físicas,
conforme o caso;
9.9.2 prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional, mediante apresentação de certidão expedida
conjuntamente pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e pela Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN), referente a todos os créditos tributários federais e à Dívida Ativa da União (DAU) por
elas administrados, inclusive aqueles relativos à Seguridade Social, nos termos da Portaria Conjunta nº
1.751, de 02/10/2014, do Secretário da Receita Federal do Brasil e da Procuradora-Geral da Fazenda
Nacional.
9.9.3. Prova de regularidade com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
9.9.4. Prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação
de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação das
Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943;
9.9.5. Prova de inscrição no cadastro de contribuintes municipal, relativo ao domicílio ou sede do
licitante,
pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual;
9.9.6. Prova de regularidade com a Fazenda Municipal do domicílio ou sede do licitante, relativa à atividade
em cujo exercício contrata ou concorre;
9.9.7. Caso o licitante seja considerado isento dos tributos municipais relacionados ao objeto licitatório,
deverá comprovar tal condição mediante a apresentação de declaração da Fazenda Municipal do seu
domicílio ou sede, ou outra equivalente, na forma da lei;
“9.9.5. Prova de inscrição no cadastro de contribuintes municipal, relativo ao domicílio ou sede do licitante,
pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual; (Grifo nosso) ”

Embora a empresa tenha apresenta alvará de funcionamento vencido, a prova de inscrição no cadastro
de contribuinte municipal vigente, na bibliografia de habilitação da empresa pode ser constatada através da
certidão fiscal municipal apresenta e através do SICAF da empresa haja vista que se a empresa detém em seu
acervo documental certidão fiscal negativa vigente fica claro que a empresa possui os requisitos do item 9.9.5
do edital, tendo em vista que, o que se requer comprovar com o item supracitado é a identificação do
contribuinte no Cadastro Tributário Municipal, pois o item supracitado ainda se refere a regularidade fiscal e

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trabalhista, para este certame a identificação foi suprida com a certidão fiscal municipal, pois sem uma
inscrição no cadastro de contribuinte municipal, não se é impossível a emissão de certidão valida, e foi
possível se constatar também através do SICAF GRÁFICA E EDITORA SANTA CRUZ EIRELI. Nessa
mesma linha de interpretação Hely Lopes Meirelles ensina:
Regularidade fiscal, como indica o próprio nome, é o atendimento das exigências do Fisco (quitação ou
discussão dos tributos pelo contribuinte). Essa regularidade refere-se não só a inscrição no cadastro de
contribuintes federal (CPF ou CGC), como, também, nos cadastros estadual e municipal, se houver,
relativos ao domicílio ou sede do licitante. No caso de cadastro municipal, a inscrição refere-se ao imposto
sobre serviços, motivo pelo qual a lei exige que deve ser pertinente ao ramo de atividade do licitante e
compatível com o objeto contratual (art. 29, II) A lei exige, ainda, que em cumprimento à determinação
constitucional, prova de regularidade com sistema de Seguridade Social e o Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FGTS), demonstrando o cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei (CF, art. 195,3º,
e Lei 8.666/93, art. 29, IV” (in Direito administrativo brasileiro, 20.ed.,p.270)

Foi questionado pela recorrente que o arquivo inserido pela empresa não apresentava nenhum problema
para consulta e ainda assim foi permitido que a mesma apresentasse novamente documento de habilitação,
conforme consta em ata, foi informado via chat no dia 03/07/2020 ás 09:06:42, que “ em virtude da quarentena,
os trabalhos da Universidade estão de forma remota” também via chat foi informado que a solicitação de
novos anexos de habilitação se deu em virtude que todos os anexos de habitação da empresa GRÁFICA E
EDITORA SANTA CRUZ EIRELI, já anexados tempestivamente, ao proceder com a extração dos arquivos,
não se efetivam devido o arquivo está em formado desconhecido ou danificado.
Vale ressaltar que a documentação solicitada, não se tratava de documentação complementar, e que o
sistema foi reaberto para anexo da documentação de habilitação em virtude do recorrida ter anexado
tempestivamente arquivo com documentação de habilitação, é punir o fornecedor por uma falha no sistema
da administração, pôr no momento do certame não dispor de um Software compatível para leitura de um
arquivo aceito pelo sistema do ComprasNet, e anexado tempestivamente, seria por parte do pregoeiro um
excesso de formalismo exacerbado e descumprimento do princípio da vantajosidade, .
O disposto no caput do art. 41 da Lei 8.666/1993, que proíbe a Administração de descumprir as normas e o
edital, deve ser aplicado mediante a consideração dos princípios basilares que norteiam o
procedimento licitatório, dentre eles o da seleção da proposta mais vantajosa. (Acórdão 8482/2013-1ª
Câmara) grifo nosso.

A recorrente também questiona sobre a ausência da declaração de sustentabilidade exigida no item


6.1.3, ocorre que este questionamento e totalmente infundado haja vista que a recorrida GRÁFICA E
EDITORA SANTA CRUZ EIRELI, apresentou sua carta proposta conforme o modelo disponibilizado no
instrumento convocatório, é no parágrafo 6. Da carta proposta se trata da declaração ora questionada:

5. Por fim, declaramos que temos pleno conhecimento de todos os aspectos relativos a licitação em causa
e nossa plena concordância com as condições estabelecidas no Edital da licitação e seus anexos.

6. Como forma de atendimento à sustentabilidade ambiental, consoante disciplina do art.3º da Lei


nº 8666/93, corroborado pelo art. 2º do Decreto nº 10.024/2019, DECLARAMOS que nossos produtos
são oriundos de bom manejo florestal, com madeira certificada(FSC), através de notas fiscais com
selos de reflorestamento(FSC) do fornecedor. Grifo nosso.

Por fim na peça recursal e protestado quanto a habilitação da empresa GRÁFICA CS EIRELI, os
motivos trazidos, é em decorrência da ausência da declaração de sustentabilidade exigida no item 6.1.e, e
embaso seu discurso na vinculação ao instrumento convocatório, haja vista que, a não apresentação da
declaração implicaria na inadimplência do item supracitado.

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A empresa GRÁFICA CS EIRELI, não apresentou declaração, entretanto apresentou o certificado a


qual não apenas declara e sim comprova que a mesma cumpri com os requisitos de sustentabilidade que dispõe
o item 6.1.3, a apresentação do certificado e nitidamente superior a declaração exigida. E conforme consta
no chat a desclassificação inicial da empresa GRAFICA CS EIRELI por não apresentação da declaração foi
de forma equivocado pelo pregoeiro, relembramos que na proposta da empresa supracitada, não continha vicio
insanáveis ou ilegalidade, em sua carta proposta continha as especificações técnicas exigidas pelo termo de
referência.
Tendo em vista o princípio da razoabilidade visando o bom senso, prudência e moderação,
ressaltando o fato que o certificado apresentado pela empresa, na documentação de habilitação que já
se encontrava anexa ao compras net no momento da análise da proposta, levando em consideração o
princípio constitucional da economicidade previsto no art. 70 da Constituição Federal, visando obter
o menor valor para administração, a aceitação da proposta da empresa GRAFICA CS EIRELI, foi
adequada.
Nesse sentido, orienta o TCU no acórdão 357/2015 – Plenário:
“No curso de procedimentos licitatórios, a Administração Pública deve pautar-se pelo
princípio do formalismo moderado, que prescreve a adoção de formas simples e suficientes
para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos
administrados, promovendo, assim, a prevalência do conteúdo sobre o formalismo extremo,
respeitadas, ainda, as praxes essenciais à proteção das prerrogativas dos administrados.” grifo nosso

Ante ao exposto, nos parece substancialmente escassos, as razões apresentas pela Recorrente tentando
demonstrar a irregularidade na aceitação e habilitação das empresas GRÁFICA E EDITORA SANTA CRUZ
EIRELI e GRÁFICA CS EIRELI, o embasamento legal e jurídico trazido pela recorrente, para corrobora suas
alegações, e consequentemente modificar a decisão do Pregoeiro e sua Equipe de Apoio é insuficiente.

VII – DECISÃO

Por todo o exposto, sem mais nada a considerar, respeitados os princípios constitucionais do
contraditório e da ampla defesa, CONHEÇO o RECURSO apresentado pela VTPRINT OUTDOOR E GRAFICA
EIRELI, CNPJ: 04.135.560/0001-04 para, NO MÉRITO, NEGAR-LHE PROVIMENTO, mantendo a decisão
anteriormente proferida.
Diante disso, em respeito ao art. 13, IV, e art. 17, VII, ambos do Decreto nº 10.024/2019, mantenho a
decisão, encaminhando-a à autoridade competente para deliberação

Marabá-PA, 23 de julho de 2020.

Jessica França de Souza dos Reis


Pregoeiro/Unifesspa

Márcia Trigueiro de Vasconcelos Patricia Fonseca Correa Goncalves


Equipe de Apoio Equipe de Apoio

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
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SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO
FOLHA DE ASSINATURAS
E CONTRATOS

Emitido em 23/07/2020

JULGAMENTO DE RECURSO Nº 31/2020 - DICS (11.16.03)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 23/07/2020 16:48 )


JESSICA FRANCA DE SOUZA DOS REIS
CONTADOR
1955040

Para verificar a autenticidade deste documento entre em https://sipac.unifesspa.edu.br/documentos/ informando seu


número: 31, ano: 2020, tipo: JULGAMENTO DE RECURSO, data de emissão: 23/07/2020 e o código de
verificação: e707a17694

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