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As armas do licitante

para enfrentar o
excesso de rigorismo
na fase de habilitação
Exemplos práticos e
jurisprudência sobre

decisões com excesso de rigor!


Por Cecílio Pires e Aniello Parziale

Realização:
Introdução

O presente E-book aborda um tema importante para aqueles que participam


de licitações: o excessivo rigorismo empregado pelos agentes de contratação
quando julgam licitações.

Muitas vezes, os agentes são muito rigorosos durante o processo de


julgamento das licitações, especialmente durante o credenciamento, na
avaliação das propostas e na fase de habilitação. Essa atuação excessiva
pode afastar os licitantes do certame, ou seja, levar à exclusão indevida.

O E-book apresentará exemplos reais de situações em que o excesso de


rigorismo resultou em prejuízo para o interesse público, prejudicando a busca
pela proposta mais vantajosa para a Administração.

Além disso, apresentará o entendimento do Superior Tribunal de Justiça e do


Tribunal de Contas da União sobre o assunto.
Os princípios que regem o julgamento das licitações públicas

É bom lembrar que processo licitatório é instrumento necessário para


Administração Pública contratar obras, serviços e aquisição de bens, conforme
determina o princípio da licitação previsto no art. 37, inc. XXI, da Constituição
Federal de 1988. 

Nesse sentido, é fundamental que a Administração Pública observe os princípios


que norteiam a realização do procedimento licitatório, atualmente previstos no
art. 5º da Nova Lei de Licitações, de moda a garantir a seleção da proposta em
que se agregue, minimamente, qualidade, durabilidade, preço e, ao mesmo
tempo, em que promove a segurança jurídica e o respeito ao direito dos
interessados.

Para que os objetivos da licitação sejam alcançados, existem alguns princípios


que devem ser de observância obrigatória, ainda que não previstos
explicitamente na Nova Lei de Licitações e Contratos. No caso, destacamos os
princípios do formalismo moderado, competitividade, economicidade,
razoabilidade e proporcionalidade.

Analisando um a um, destaca-se o princípio do formalismo moderado, que


determina a adoção de formas simples e suficientes para garantir um adequado
grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados. Tal
princípio promove a prevalência do conteúdo sobre o formalismo extremo,
desde que sejam respeitadas as praxes essenciais à proteção dos direitos dos
administrados.

No tocante ao princípio competitividade, em outra obra, já tivemos a


oportunidade de anotar que: “O princípio da competitividade, em última análise,
impede a fixação de cláusulas ou condições de caráter discriminatório, que
restrinjam o possível universo de licitantes ou, ainda, direcionar a licitação para
esta ou aquela empresa, em franco desrespeito à ampliação da disputa.” Assim,
toda atuação estatal durante o processamento do certame deve sempre deve
mirar a ampliação do espectro de competidores.

Sobre o referido princípio, já prolatou o eg. STJ que, in verbis: “O interesse


público reclama o maior número possível de concorrentes, configurando
ilegalidade a exigência desfiliada da lei básica de regência e com interpretação
de cláusulas editalícias impondo condição excessiva para a habilitação.” (STJ -
MS nº 5.693/DF - Relatoria: Ministro Milton Luiz Pereira).
Por sua vez, o princípio da economicidade vem disposto no art. 70 da
Constituição Federal e tem por objetivo a obtenção do resultado esperado com
o menor custo, mantendo a qualidade e buscando a celeridade na prestação do
serviço ou no trato com os bens públicos. Logo, o alijamento de proponentes
em razão de erros que poderiam ser relevados ou sanados pode acarretar uma
contratação mais custosa, pois é possível o afastamento de licitantes que
apresentaram uma proposta com valor reduzido, passando a contratar com
aqueles que apresentaram valores mais elevados.

Como já pontuamos acima, decisões prolatadas com um rigor excessivo, que


acabam por alijar proponentes, trazem como consequência o indevido prejuízo
ao interesse público, consubstanciado na busca da proposta apta a obter o
resultado da contratação mais vantajosa para a Administração. 

Outrossim, a licitação deve ser julgada pelo princípio da razoabilidade e


princípio da proporcionalidade. Com efeito, exige o princípio da razoabilidade
que a aplicação da lei não autoriza a Administração a adotar condutas ilógicas
ou desarrazoadas. Por sua vez, o princípio da proporcionalidade exige que as
decisões administrativas no âmbito das contratações públicas sejam
adequadas, necessárias e proporcionais. 

Ilustrando tais princípios, o eg. STJ já decidiu que “O ato coator foi
desproporcional e desarrazoado, mormente tendo em conta que não houve
falta de assinatura, pura e simples, mas assinaturas e rubricas fora do local
preestabelecido, o que não é suficiente para invalidar a proposta, evidenciando
claro excesso de formalismo” (STJ - MS n. 5.869/DF, relatora Ministra Laurita
Vaz)

Sendo obrigatória a observância dos princípios acima listados na atividade


administrativa de processar e julgar licitações, a Administração Pública deve
afastar qualquer tipo de rigor formal quando examina a documentação de
credenciamento, habilitação licitantes ou propostas comerciais, não podendo
ocorrer qualquer tipo de interpretação que seja exagerada ou absoluta, sob
pena de alijamento de proponente ou desclassificação de propostas altamente
competitivas.

Caso assim ocorra, decisões desproporcionais e irrazoáveis poderão ser


controladas internamente, por meio de recurso ou externamente, por
intermédio de judicialização.

Outrossim, tem-se que a incidência dos referidos princípios permite o


credenciamento, julgamento de propostas e habilitação de proponente cuja
documentação e oferta apresentou simples omissões ou irregularidades, desde
que irrelevantes e que não causem prejuízos à Administração ou aos
concorrentes, as quais devem ser sanadas mediante diligências.
Nesta linha, a Nova Lei de Licitações, conforme se observa do art. 64, §3º,

estabeleceu que: 

“§ 1º Na análise dos documentos de habilitação, a comissão de licitação

poderá sanar erros ou falhas que não alterem a substância dos documentos

e sua validade jurídica, mediante despacho fundamentado registrado

e acessível a todos, atribuindo-lhes eficácia para fins de habilitação

e classificação.”

EXEMPLOS PRÁTICOS DE JULGAMENTOS QUE APRESENTAM

MANIFESTO EXCESSO DE RIGORISMO

De modo a efetivamente colaborar com a resolução de problemas enfrentados

por licitantes em nosso país, listamos comportamentos praticados no âmbito

do julgamento da licitação que caracteriza o “excesso de rigorismo”, devendo

o mesmo ser combatido com a rapidez necessária por meio de recurso

administrativo ou medida judicial.

Excesso de rigorismo na prática de atos administrativos

na ocasião do credeciamento

No âmbito do credenciamento realizado nos pregões, observam-se

comportamentos irregulares em razão da prática de excesso de

rigorismo praticados pelo pregoeiro e equipe de apoio:

1. Não aceitar a apresentação de “carta de credenciamento” em vez de


uma procuração;

2. Exigir documento pessoal original do sócio responsável legal,


procurador etc, sem aceitação de cópia autenticada; 

3. Em licitação presencial, não tolerar atrasos no credenciamento, sem


que a abertura dos envelopes tenha ocorrido ou dentro do prazo de
tolerância fixado pela comissão ou edital; 

4. Não permitir a retirada de documento para fins de credenciamento


que equivocadamente está dentro de um envelope lacrado; 

5. Afastamento do licitante do certame antes da finalização do processo


administrativo sancionatório cuja a pretensa sanção seja uma que
impede o direito de licitar;
6. Alijar licitante no credenciamento em razão de apresentar uma
declaração exigida no edital a qual não foi elaborada com as exatas
palavras do edital;

Os exemplos são mil.

Excesso de rigorismo no julgamento das propostas


comerciais
Todavia, para que avancemos, esclareça-se que o julgamento das propostas

não pode e não deve se limitar ao mero exame do preço. É preciso que os

requisitos mínimos de qualidade e durabilidade sejam atendidos, devendo

ser verificada se a detalhada descrição do objeto da licitação encontra-se

reproduzida na proposta comercial do proponente.

Afora isto, não deve a Administração se ater a outros detalhes,

especialmente erros ou omissões cuja verificação não prejudica

o conteúdo da oferta, sob pena de empreender o julgamento da

proposta com excesso de rigor. Por exemplo, será ilegal desclassificar

proposta comercial em razão:

1. da observância do valor da proposta grafado somente em algarismos,


sem a indicação por extenso; 

2. da falta de assinatura no local predeterminado na proposta


comercial; 

3. de ser apresentada em apenas uma via, quando o edital solicitou duas


cópias;

4. das suas páginas não estarem sequencialmente numeradas, conforme


exigido no edital;

5. de não indicar na oferta o número da conta corrente bancária para fins


de pagamentos devidos em razão da execução do objeto do contrato; ,
conforme exigido no edital;

6. de apresentar uma marca na proposta com erro de digitação em


todos os itens de sua proposta. Por exemplo, a marca correta é samsung
e lá informou sanguessuga;

7. de apresentar erro de digitação planilha e cronograma: Por exemplo,


ao invés de constar 21 de julho de 2015, constou 21 de julho de 2016;

8. de não indicar "o número da sua conta corrente e da agência bancária


para crédito”, conforme exigido no edital;

9. de inserir a descrição do produto ofertado no campo onde deveria


inserir o fabricante do objeto demandado;

10. de não apresentar documento denominado “memória de cálculo”,


exigida pelo ato convocatório, porém apresentou as informações
devidas no "corpo da proposta" todos os valores que a compõem;

11. de indicar apenas os valores unitários dos itens, não assentando não
o valor global para executar o objeto demandado;

12. de não apresentar proposta comercial e planilha de custos em papel


timbrado;

13. de não consignar a data de validade da proposta na oferta comercial


apresentada;

14. de apresentar proposta comercial e planilha de custos em papel


timbrado, quando o edital assim exigia.

Excesso de rigorismo no julgamento da documentação


habilitatória
Situações como essas devem ser consideradas pela Administração, não só

no julgamento das propostas, como também na ocasião em que examina os

documentos de habilitação, caso contrário, a licitação certamente será alvo

de recurso administrativo e medidas judiciais.

Sendo assim, no tocante à documentação habilitatória,

verifica-se ser irregular inabilitação de licitantes nestes casos:

1. Exigir que o atestado de capacitação de técnica tenha firma


reconhecida, que seja apresentado na via original ou que apresente a
portaria de nomeação do agente público que firmou o ato
administrativo; 

2. Não aceitar um documento emitido por órgão ou entidade diferente


daquele apontado no edital;

3. Inabilitar licitante em face do objeto da licitação não estar arrolado


em um dos CNAEs constantes do cartão do CNPJ do licitante, que
apresenta atestado de capacitação técnica comprovando a experiência
anterior; 

4. Inabilitar proponente em razão de apresentar certos documentos com


a razão social antiga, porém assentando o mesmo CNPJ, a exemplo do
atestado de capacitação técnica ou autorizações de funcionamento;

5. Inabilitar licitante que apresentou toda a documentação exigida, mas


sem numerar as folhas, na ordem estabelecida no instrumento
convocatório, exigindo o edital que documentação habilitatória fosse
apresentada desta forma.

O QUE O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO VEM DECIDINDO SOBRE


O JULGAMENTO DE CERTAMES COM EXCESSO DE RIGORISMO
Haja vista os prejuízos que um julgamento com excesso de rigorismo pode

causar a licitantes, ao patrimônio público e, ao final, à sociedade, o Tribunal de

Contas da União, há muito, vem observando o fenômeno, passando a apontar tal

irregularidade em seus julgados. 

Separamos algumas decisões para ilustrar a ocorrência deste comportamento

estatal que deve ser extirpado das contratações públicas:

“Rigor formal no exame das propostas dos licitantes não pode ser exagerado

ou absoluto, sob pena de desclassificação de propostas mais vantajosas,

devendo as simples omissões ou irregularidades na documentação ou na

proposta, desde que irrelevantes e não causem prejuízos à Administração

ou aos concorrentes, serem sanadas mediante diligências.”

(TCU – Acórdão 2302/2012-Plenário)

“O disposto no caput do art. 41 da Lei 8.666/1993, que proíbe a Administração

de descumprir as normas e o edital, deve ser aplicado mediante a consideração

dos princípios basilares que norteiam o procedimento licitatório, dentre eles o

da seleção da proposta mais vantajosa.” (TCU – Acórdão 8482/2013 - 1ª Câmara)


“A existência de erros materiais ou de omissões nas planilhas de custos e

preços das licitantes não enseja a desclassificação antecipada das respectivas

propostas, devendo a Administração contratante realizar diligências junto às

licitantes para a devida correção das falhas, desde que não seja alterado

o valor global proposto. Cabe à licitante suportar o ônus decorrente do

seu erro, no caso de a Administração considerar exequível a proposta

apresentada.” (TCU – Acórdão 2546/2015 – Plenário)

“Estando os preços global e unitários ofertados pelo licitante dentro dos

limites fixados pela Administração, é de excessivo rigor a desclassificação

da proposta por divergência entre seus preços unitários e respectivas

composições detalhadas de custos, por afronta aos princípios da

razoabilidade, da ampla competitividade dos certames e da busca

de economicidade nas contratações. Referida divergência se resolve

com a retificação das composições, sem necessidade de modificações

ou ajustes em quaisquer dos valores lançados na proposta a título de preços

unitários.” (TCU – Acórdão 2742/2017 – Plenário)

“9.4.3. não-realização de diligências na documentação de habilitação técnica

e na proposta da representante (segunda colocada no certame), que

possibilitassem sanear as falhas encontradas, em busca de preservar

a possibilidade de contratar proposta mais vantajosa, ou possibilitassem

melhor caracterizar o aspecto insanável dessas falhas e/ou a inexequibilidade

dos preços e custos ofertados, sem demonstrar e explicitar a desnecessidade

das diligências ou outra razão para sua não realização, contrariando os

princípios da economicidade e da transparência e a jurisprudência deste

Tribunal (Acórdãos do Plenário 2.546/2015, 2.730/2015, 918/2014,

1.924/2011, e 1.899/2008)” (TCU – Acórdão 2290/2019 – Plenário)

“Diante do caso concreto, e a fim de melhor viabilizar a concretização do

interesse público, pode o princípio da legalidade estrita ser afastado

frente a outros princípios.” (Acórdão TCU 119/2016-Plenário)

“Rigor formal no exame das propostas dos licitantes não pode ser

exagerado ou absoluto, sob pena de desclassificação de propostas

mais vantajosas, devendo as simples omissões ou irregularidades

na documentação ou na proposta, desde que irrelevantes e não

causem prejuízos à Administração ou aos concorrentes, serem

sanadas mediante diligências.” (TCU - Acórdão 2302/2012-Plenário)


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O QUE O STJ JÁ DECIDIU SOBRE O JULGAMENTO DE CERTAMES

COM EXCESSO DE RIGORISMO

O eg. Superior Tribunal de Justiça, ao longo dos anos, vem reiterando decisões

no sentido de que interpretação a realizada no julgamento das licitações

que deve prevalecer é aquela no que favoreça à maior participação

de interessados.

Para melhor intelecção, reproduzimos decisões que denotam tal entendimento:

“O formalismo no procedimento licitatório não significa que se possa

desclassificar propostas eivadas de simples omissões ou defeitos

irrelevantes" (STJ - MS nº 5.418/DF - Relator: Min. Demócrito Reinaldo)

“O interesse público reclama o maior número possível de concorrentes,

configurando ilegalidade a exigência desfiliada da lei básica de regência

e com interpretação de cláusulas editalícias impondo condição excessiva

para a habilitação” (STJ - MS nº 5.693/DF- Relator: Min. Nilton Luiz Pereira)


“3. O procedimento licitatório há de ser o mais abrangente possível, a fim de

possibilitar o maior número possível de concorrentes, tudo a possibilitar a

escolha da proposta mais vantajosa. 4. Não deve ser afastado candidato

do certame licitatório, por meros detalhes formais. No particular, o ato

administrativo deve ser vinculado ao princípio da razoabilidade, afastando-se

de produzir efeitos sem caráter substancial.

5. Segurança concedida." (STJ - MS 5631/DF, Rel. Ministro José Delgado)

“ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. FALTA DE RECONHECIMENTO DE

FIRMA EM CERTAME LICITATÓRIO. 1. A ausência de reconhecimento de

firma é mera irregularidade formal, passível de ser suprida em certame

licitatório, em face dos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

2. Recurso especial improvido” (STJ - REsp 542.333/RS, Relator: Min.Castro Meira)


CASOS CONCRETOS DE EXCESSOS DE RIGORISMO NO

JULGAMENTO DE LICITAÇÕES APRECIADOS PELOS

PODER JUDICIÁRIO E TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Ausência da razão social no


Desclassificação- TCU - Decisão

campo próprio da proposta Descabimento 681/2000 Plenário

Envelopes não indicava na


sua parte externa o nome do Inabilitação- Decisão 17/2001 -

proponente e informações Descabimento Plenário


referentes à licitação

Eliminação de propostas que Desclassificação- TRF 1ª - AGA

tenham planilhas apresentadas Descabimento 2008.01.00.019616-0/

em formato distinto do ".doc" DF

A ausência de reconhecimento Alijamento do

proponente-
STJ - Resp nº 542.333

de firma - RS
Descabimento

Ausência de fixação do número Desclassificação- TCU - Acórdão nº

da conta e da agência bancária Descabimento 290/2006


na proposta apresentada

Ausência de apresentação Desclassificação- TCU - Decisão

na proposta o preço Descabimento 56/1998 - Plenário


unitário por extenso

Inabilitação de participante
porque o balanço patrimonial
apresentado não continha Inabilitação- TJ/SP - Apelação

assinatura em todas as Descabimento Civil nº 226.280-5/3


folhas , mas só nos termos de
abertura e de encerramento.

Erro crasso na proposta que


mencionava a palavra Desclassificação- TJ/DF ApCv nº

“ locação ” quando , na verdade , Descabimento 50.433/98


pretendia referir-se à “ venda”
das máquinas fotocopiadoras
Discriminação equivocada
Desclassificação- TJ/MA MS nº

da quantitativo do objeto
Descabimento 023443/2007
na proposta

Recusa de instrumento de
procuração apresentada
pelo representante de
empresa licitante por Inabilitação- TCU - TC-

considerar que a outorga Descabimento 024.614/2007-1


de poderes para “assinar
proposta” não abrange a
autorização para formular
proposta.

Desclassificação de
concorrente por não ter o
seu dirigente assinado no Desclassificação- STJ - MS nº

espaço destinado a tanto, Descabimento 5.866–DF


mas em outro, sem
prejuízo da proposta

Falta de autenticação no Inabilitação- TJ/SC - ApCv em

verso do certificado de Descabimento MS nº 99.000882-7


registro

Entrega do envelope um Impossibilidade


minuto após o prazo fixado de participação - STJ - REsp. nº

no edital, mas dentro do Descabimento 797.179–MT


prazo de tolerância

Atraso de sete minutos após Impossibilidade


a abertura da licitação, de participação - APCVREEX 5517011

todavia, nenhum envelope Descabimento PR 0551701-1


tinha sido aberto na ocasião

Edital que exigia que os


atestados de capacitação TJ/SC - MS 136684

Exig ê ncia descabida SC 2004.013668-4


t é cnica fossem averbados
junto à OA B .
Inabilitação por ausência

Inabilitação- TJ - S C - M S 1 8 63 3

de d o c u m e nt a ç ã o que

D e s c a b i m e nto S C 2 0 0 9 . 0 0 1 8 63
co m p rova s s e a qualidade

dos serviços prestados.

Observância do " va l o r " da

p ro p o s t a" g ra fa d o " s o m e nt e D e s c l a s s i fi c a ç ã o -
STJ - M S 5 4 1 8 / D F

em "algarismos" - sem a D e s c a b i m e nto

i n d i c a ç ã o p o r ex t e n s o

I m p o s s i b i l i d a d e d e

a p r e s e nt a ç ã o d a c e r t i d ã o

ex p e d i d a p e l a va ra

e s p e c i a l i z a d a d e fa l ê n c i a
Inabilitação-

STJ - M S 5 6 0 2 / D F
p o r i n ex i s t i r n a co m a r c a .
D e s c a b i m e nto

L i c i t a nt e a p r e s e nto u

c e r t i d ã o n e g at i va d o

c a r t ó r i o d i s t r i b u i d o r d a s

va ra s c í v e i s

Inabilitação de l i c i t a nt e
TJ/S P - A C n º

que a p r e s e nto u certidão Inabilitação-

0 5 7 1 0 0 1- 9 1 . 2 0 0 9 . 8 . 2 6 .

do CREA co m dados D e s c a b i m e nto

0577
d e s at u a l i z a d o s

Au s ê n c i a d e d o c u m e nt a ç ã o

a u t e nt i c a d a , t a l co m o p r ev i s t a
TJ/S P - A p e l a ç ã o

n o e d i t a l – A p r e s e nt a ç ã o d e
Inabilitação-
C i v i l n º 0 2 17 8 6 0 -

d o c u m e nt a ç ã o e m c ó p i a
D e s c a b i m e nto
55.2008.8.26.0000

s i m p l e s a co m p a n h a d a d a

original

Fa lt a d e a s s i n at u ra n a

d e c l a ra ç ã o d e s u b m i s s ã o

à s co n d i ç õ e s d e p a r t i c i p a ç ã o

Inabilitação-
STJ - R Es p

9 47. 9 5 3 / R S
D e s c a b i m e nto
e i d o n e i d a d e p a ra l i c i t a r o u

co nt rat a r co m a

Ad m i n i s t ra ç ã o .

A r g u i ç ã o d e fa lt a d e

Inabilitação- STJ - M S 5 8 6 9

a s s i n at u ra n o l o c a l

D e s c a b i m e nto D F 1 9 9 8 /0 0 4 9 3 2 7-1

p r e d et e r m i n a d o
A d e s c l a s s i fi c a ç ã o d e

l i c i t a nt e p o r t e r e r ra d o a
D e s c l a s s i fi c a ç ã o - T C U - A c ó rd ã o

d e n o m i n a ç ã o d e u m
D e s c a b i m e nto 6 0 4 /2 0 0 9 - P l e n á r i o

s i n d i c ato .

C o m p rova ç ã o d a c a p a c i d a d e

t é c n i c a p o r o u t ro s m e i o s ,

Inabilitação- TJ - M A - M S

p o i s o d o c u m e nto ex i g i d o

Descabida 7842006 MA

n ã o é m a i s fo r n e c i d o p e l o

ó r g ã o co m p et e nt e .

O b s e r v â n c i a d e l a p s o

TJ - S C - M S

r e d a c i o n a l n a p ro p o s t a
D e s c l a s s i fi c a ç ã o -
6 9 6 4 2 7 S C

co m e r c i a l a p r e s e nt a d a
Descabida
2 0 0 8 . 0 6 9 6 4 2 -7

na licitação

Al i j a m e nto d e l i c i t a nt e e m

ra z ã o d a d e c l a ra ç ã o ex i g i d a

n ã o s e r fo r m u l a d a co m a s

T R F-2 - R EO M S

Inabilitação-
exat a s p a l av ra s d o e d i t a l ,

2 47 2 9 9 9 . 0 2 . 0 5 7 2 4-1
Descabida
m a s s i m co m o co nt e ú d o

m at e r i a l q u e l h e at e n d a a o

co nt e ú d o .

C o m p a r e c e u à s e s s ã o p ú b l i c a

d e r e c e b i m e nto d e e nv e l o p e s

STJ - R Es p 7 97 17 9

à s 8 h 3 1 m i n , o u s e j a , d e nt ro d o

Al i j a m e nto i l e g a l
M T 2 0 0 5 /0 1 8 8 0 17- 9
p ra zo d e to l e r â n c i a ( c i n co

m i n u to s ) co n c e d i d o p e l a

p r ó p r i a co m i s s ã o l i c i t a nt e .

L i c i t a nt e q u e a p r e s e nto u

d e c l a ra ç ã o p r ev i s t a n o e d i t a l

d e L i c i t a ç ã o , m a s e m s u p o s to

T R F-2 - R EO M S

d e s a co rd o co m o m o d e l o

Inabilitação- 3 8 07 3 2 0 0 0 . 0 2 . 0 1 .

fo r n e c i d o p e l a l i c i t a nt e , p o r

Descabida 066498-8
n ã o e s p e c i fi c a r , e m s e u co r p o ,

a q u a l i fi c a ç ã o d e s u a

s i g n at á r i a ( a p r ó p r i a s ó c i a

d i r eto ra d a e m p r e s a ) .

Esperamos que o conteúdo assentado no presente e-book possa efetivamente

colaborar na resolução de litígios eventualmente surgidos no âmbito das

contratações públicas.
Sobre os autores
Antonio Cecílio Moreira Pires
Advogado, Professor de direito administrativo, Chefe
do Núcleo Temático de Direito Público e Coordenador
da Pós Digital em Direito Administrativo e
Administração Pública da Faculdade de Direito da
Universidade Presbiteriana Mackenzie. Doutor e Mestre
em Direito do Estado pela PUCSP. Coordenador da Pós
Digital em Direito Administrativo e Administração
Pública. Autor do obra "A Desconsideração da
Personalidade Jurídica nas Contratações Públicas";
coautor do livro “Comentários à Nova Lei de Licitações
Públicas e Contratos Administrativos - Lei nº 14.133/21”,
publicado pela Editora Almedina, e autor de dezenas
de capítulos de livros e artigos sobre contratações
públicas.
@cecilio.pires

Aniello Parziale
Aniello Parziale é advogado e Consultor em Direito
Público. Professor de Direito Administrativo do
Programa de Pós-Graduação da Universidade
Presbiteriana Mackenzie. Coordenador Técnico-Jurídico
do Conlicitação. Mestre em Direito Econômico e
Político pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Pesquisador pelo Mackenzie e PUC/SP. Membro do
Instituto de Direito Administrativo Sancionador -
IDASAN. Autor do livro "Sanções Administrativas nas
Contratações Públicas", publicado pela editora Fórum.
Coautor do livro “Comentários à Nova Lei de Licitações
Públicas e Contratos Administrativos - Lei nº 14.133/21”,
publicado pela Editora Almedina, e autor de dezenas
de capítulos de livros e artigos sobre contratações
públicas.
@prof.anielloparziale
a nova era das compras públicas

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