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1.

A gestão da qualidade total refere-se a uma estratégia de administração orientada a criar consciência
da qualidade em todos os processos organizacionais. São princípios básicos da qualidade total,
EXCETO:Curso de Licitação e Contratos Aula 2

Nesta aula, iremos explorar a legislação que regulamenta a licitação e os contratos no Brasil. Entender
as leis e normas que orientam esse processo é fundamental para garantir transparência, eficiência e
legalidade em todas as etapas envolvidas.

Lei de Licitações e Contratos

A Lei nº 8.666/1993, conhecida como Lei de Licitações e Contratos, é a principal legislação que
estabelece as normas gerais sobre licitações e contratos administrativos. Ela busca garantir a seleção da
proposta mais vantajosa para a Administração Pública e assegurar a igualdade de oportunidades aos
concorrentes.

A Lei de Licitações e Contratos define os princípios básicos que devem nortear todo o processo de
licitação, tais como a legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade
administrativa, entre outros. Esses princípios têm o objetivo de promover uma concorrência justa e
prevenir possíveis desvios ou fraudes.

Lei do Pregão

Outra legislação importante é a Lei nº 10.520/2002, conhecida como Lei do Pregão. Essa lei estabelece
normas para a realização de licitações na modalidade pregão, que é uma forma mais ágil e simplificada
de selecionar fornecedores para bens e serviços comuns.

As principais características do pregão são a inversão de fases, permitindo a negociação de preços, e a


possibilidade de participação de empresas estrangeiras. Essa modalidade de licitação é amplamente
utilizada, sobretudo no âmbito municipal, pela sua praticidade e celeridade.

Lei das Estatais

A Lei nº 13.303/2016, conhecida como Lei das Estatais, estabeleceu normas específicas para licitações e
contratos das empresas estatais. Essa legislação visa aprimorar a governança corporativa das estatais,
garantir a eficiência dos processos licitatórios e evitar práticas de corrupção.
A Lei das Estatais traz inovações importantes, como a necessidade de ampla publicidade das licitações, a
adoção obrigatória do pregão na modalidade eletrônica, a proibição de aditivos contratuais abusivos,
entre outras medidas voltadas para a transparência e a eficiência nas contratações públicas.

Outras legislações relevantes

Além das leis mencionadas, existem outras legislações que também têm impacto direto nas licitações e
contratos públicos. Entre elas, destacam-se:

Lei dos Consórcios Públicos (Lei nº 11.107/2005)

Essa lei estabelece normas gerais para a formação e o funcionamento de consórcios públicos entre
entes federativos. Os consórcios públicos têm a finalidade de promover a cooperação federativa na
execução de serviços públicos de interesse comum, podendo realizar licitações conjuntas.

Lei do Regime Diferenciado de Contratações (Lei nº 12.462/2011)

Essa legislação instituiu o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), que é aplicável a obras,
serviços, compras, alienações e locações realizados pelos órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios. O RDC tem como objetivo acelerar os procedimentos licitatórios,
garantir a qualidade e a eficiência das contratações públicas.

Lei das Parcerias Público-Privadas (Lei nº 11.079/2004)

Essa lei estabelece normas gerais para a formação de parcerias público-privadas (PPP). As PPPs
envolvem a colaboração entre o setor público e o setor privado para a prestação de serviços públicos. As
licitações e contratos relacionados a PPPs são regidos por procedimentos específicos, visando a garantir
a eficiência, a qualidade e a sustentabilidade dessas parcerias.

Considerações finais

A compreensão da legislação aplicável à licitação e contratos é fundamental para profissionais


envolvidos nesse processo, sejam eles gestores públicos, empresários ou servidores públicos. Além das
leis mencionadas, é importante também acompanhar a jurisprudência e as atualizações normativas que
impactam o tema.
A prática das licitações e contratos deve sempre seguir os princípios e as normas estabelecidas, com o
intuito de garantir a lisura e a transparência nas relações entre o setor público e o setor privado. Dessa
forma, contribuímos para uma gestão pública mais eficiente e para o desenvolvimento de uma
sociedade justa e equitativa.Curso de Licitação e Contratos Aula 4

Olá, caros estudantes! Nesta aula, iremos explorar em detalhes as fases e etapas do processo licitatório.
Entender as diversas etapas desse processo é fundamental para uma participação eficaz em licitações e
contratos. Vamos lá?

Fase interna

A primeira fase do processo licitatório é a fase interna, que compreende todas as atividades realizadas
pela Administração Pública antes de lançar o edital de licitação. É durante essa fase que são definidas as
necessidades e os requisitos do órgão público, a modalidade de licitação, os critérios de julgamento e os
prazos para a realização do certame.

Além disso, nessa fase são elaborados os estudos técnicos preliminares, que consistem na análise
detalhada das demandas, identificação de soluções técnicas adequadas e estimativa de custos. Esses
estudos são essenciais para embasar a tomada de decisão e também são fundamentais para garantir a
eficiência e transparência do processo licitatório.

Fase externa

A segunda fase é a fase externa, que se inicia com a publicação do edital de licitação. Nessa etapa, os
interessados poderão analisar o edital e, caso estejam de acordo com os requisitos, participar do
certame.

Durante essa fase, os licitantes interessados devem providenciar a documentação exigida no edital,
como comprovação da habilitação jurídica, regularidade fiscal, qualificação técnica e econômico-
financeira. É importante ressaltar que esses documentos são essenciais para comprovar a capacidade e
aptidão do licitante para a execução do objeto licitado.

Após a entrega dos envelopes de habilitação e proposta, a comissão de licitação realiza a abertura dos
envelopes, verificando a conformidade dos documentos apresentados pelos licitantes. Em seguida,
inicia-se a análise das propostas de preço e dos documentos de habilitação.
Fase de julgamento e adjudicação

Nessa fase, a comissão de licitação realiza o julgamento das propostas e decide qual licitante será o
vencedor do certame. Essa decisão é baseada nos critérios de julgamento previamente estabelecidos no
edital, que podem ser: menor preço, maior desconto, melhor técnica, entre outros.

Após o julgamento, o órgão licitante realiza a adjudicação do objeto ao licitante vencedor, ou seja,
formaliza a escolha do fornecedor que irá celebrar o contrato com a Administração Pública. Nessa etapa,
é possível que haja a convocação de uma sessão pública para divulgar o resultado final e permitir
recursos.

Fase contratual

A fase contratual inicia-se com a assinatura do contrato entre a Administração Pública e o licitante
vencedor. Essa etapa é fundamental para garantir que todas as cláusulas e condições acordadas sejam
formalizadas e sirvam de base para a execução do contrato.

Durante a execução do contrato, é importante que a Administração Pública acompanhe de perto todas
as etapas, verificando se o fornecedor está cumprindo com todas as obrigações pactuadas, como prazos,
qualidade e quantidades estabelecidas. Em caso de descumprimento contratual, o órgão poderá aplicar
as penalidades previstas, como multas ou até mesmo a rescisão contratual.

Fase pós-contratual

A fase pós-contratual inicia-se com a conclusão da execução do contrato. É nessa etapa que são
realizadas todas as verificações finais, como a entrega definitiva do objeto licitado, a conferência de
documentos, a emissão de notas fiscais, entre outros.

Além disso, é importante destacar que durante essa fase também pode ocorrer uma avaliação da
qualidade do fornecimento ou serviço prestado, permitindo um feedback ao licitante vencedor e à
Administração Pública. Essa avaliação pode servir como base para futuras contratações do órgão
público.

Nesta aula, exploramos em detalhes as fases e etapas do processo licitatório. É fundamental


compreender todas essas etapas para uma participação eficaz e uma gestão transparente e eficiente dos
contratos realizados pela Administração Pública. Espero que tenham gostado e estejam preparados para
continuar aprofundando seus conhecimentos nessa área tão importante. Até a próxima aula!Curso de
Licitação e Contratos Aula 5

Olá alunos! Nesta aula, abordaremos um assunto fundamental para quem deseja participar de
licitações: a documentação necessária para essa participação. A obtenção e organização correta dos
documentos exigidos podem determinar o sucesso ou o fracasso de uma empresa nesse processo.

Tipo de Empresa

Para participar de uma licitação, é importante que a empresa esteja regularizada e devidamente
constituída. Existem diferentes tipos de documentos a serem apresentados, dependendo do formato da
empresa. Vamos listar os documentos necessários para cada tipo:

Empresas Individuais

Para empresas individuais, o principal documento é o CPF do empresário. Além disso, devem ser
apresentados:

Comprovante de residência: pode ser uma conta de luz, água ou telefone recente; Declaração de
Imposto de Renda: com a devida regularidade perante a Receita Federal; Comprovante de cadastro no
INSS: para empresas que recolhem contribuição previdenciária como autônomas.

Empresas Limitadas

Para empresas limitadas, além dos documentos exigidos para empresas individuais, são necessários os
seguintes:

Contrato Social: documento que rege as atividades e responsabilidades dos sócios; Comprovante de
inscrição na Junta Comercial: para empresas registradas nesse órgão; Balanço Patrimonial: comprovação
da situação financeira da empresa; Declaração do Simples Nacional: caso a empresa esteja enquadrada
nesse regime de tributação.

Documentos Gerais

Independente do tipo de empresa, existem documentos que são exigidos para todos os participantes de
licitações. São eles:
Certidões Negativas: documentos que comprovam que a empresa não possui débitos fiscais, trabalhistas
ou previdenciários. Exemplos: Certidão Negativa de Débitos Relativos aos Tributos Federais e à Dívida
Ativa da União (CND), Certificado de Regularidade do FGTS (CRF) e Certidão Negativa de Débitos
Trabalhistas (CNDT). Habilitação Jurídica: documentos que comprovam a existência e a regularidade da
empresa, tais como o contrato social e a certidão simplificada da Junta Comercial. Qualificação Técnica:
documentos que atestam a capacidade técnica da empresa para realizar a atividade objeto da licitação.
Exemplos: atestados de capacidade técnica, portfólio de serviços ou produtos prestados. Qualificação
Econômico-Financeira: documentos que comprovam a saúde financeira da empresa, como balanços
patrimoniais, demonstrações contábeis e certidões de regularidade fiscal. Regularidade Fiscal e
Trabalhista: certidões que comprovam a regularidade da empresa com os órgãos públicos, como Receita
Federal, INSS e FGTS.

Exemplo de Documentação

Vamos utilizar o exemplo de uma empresa de construção civil para ilustrar a documentação necessária:

CPF do empresário; Comprovante de residência; Declaração de Imposto de Renda; Comprovante de


cadastro no INSS (para empresas autônomas); Contrato Social; Comprovante de inscrição na Junta
Comercial; Balanço Patrimonial; Declaração do Simples Nacional (caso enquadrada nesse regime de
tributação); Certidões Negativas; Atestados de capacidade técnica; Portfólio de serviços ou produtos
prestados; Balanços patrimoniais; Demonstrações contábeis; Certidões de regularidade fiscal; Certidões
de regularidade trabalhista.

Lembre-se que essa é apenas uma lista de exemplo e a documentação exigida pode variar de acordo
com o órgão ou entidade responsável pela licitação.

Considerações finais

Nesta aula, discutimos a importância da documentação necessária para participar de licitações. É


fundamental que as empresas estejam devidamente regularizadas e organizadas, evitando problemas
durante o processo. Portanto, atente-se aos documentos exigidos, esteja sempre atualizado e
mantenha-se em conformidade com as obrigações legais e fiscais.

Espero que tenham compreendido bem o conteúdo apresentado. Lembrem-se de que o sucesso nas
licitações depende da atenção e organização em relação aos documentos. Até a próxima aula!

Curso de Licitação e Contratos Aula 6


Claro, vamos começar a aula sobre "Análise e Avaliação de Propostas" para o Curso de Licitação e
Contratos. Na etapa de uma licitação, a análise e avaliação de propostas é uma fase crítica e crucial para
definir qual empresa será contratada para fornecer determinado bem ou serviço. Nessa aula, iremos
explorar os principais pontos a serem considerados nesse processo, bem como os critérios de avaliação
utilizados.

1. Critérios de Avaliação

A primeira etapa para a análise e avaliação das propostas é definir os critérios que serão utilizados para
tal tarefa. Esses critérios são estabelecidos previamente no edital de licitação, garantindo a
transparência do processo e equalidade na análise. Existem diversos critérios que podem ser utilizados,
dependendo do tipo de licitação e do objeto do contrato. Alguns exemplos comuns de critérios de
avaliação incluem: - Preço: um dos critérios mais utilizados é o preço da proposta. Nesse caso,
geralmente é estabelecido um valor máximo a ser pago pelo contratante, e as propostas que excedem
esse valor são desclassificadas. A proposta com o menor preço costuma receber melhor avaliação nesse
critério. - Qualidade técnica: para contratos que envolvem serviços especializados, é comum utilizar
critérios relacionados à capacidade técnica da empresa proponente. Nesse caso, são avaliados aspectos
como experiência da empresa, qualificação da equipe técnica, metodologia de trabalho, entre outros. -
Prazo de entrega: em licitações que envolvem o fornecimento de bens, é importante considerar o prazo
de entrega proposto por cada empresa. Nesse critério, a empresa que se compromete com o menor
prazo de entrega costuma receber melhor avaliação.

2. Análise Documental

Após definir os critérios de avaliação, é hora de realizar a análise documental das propostas recebidas.
Essa análise tem como objetivo verificar se as empresas proponentes cumpriram todas as exigências
estabelecidas no edital de licitação. Nessa etapa, o responsável pela análise deve conferir se as
propostas estão devidamente assinadas, se os documentos exigidos estão presentes, se as informações
estão corretas e atualizadas, entre outros aspectos. É importante ressaltar que, caso uma proposta não
atenda a todas as exigências documentais, ela pode ser desclassificada, mesmo que atenda aos demais
critérios de avaliação.

3. Avaliação Técnica

Após a análise documental, é hora de avaliar tecnicamente cada proposta de acordo com os critérios
estabelecidos. Nessa etapa, é fundamental ter conhecimento sobre o objeto do contrato para realizar
uma análise aprofundada. Por exemplo, se o objeto do contrato é a construção de um edifício, a
avaliação técnica pode levar em consideração a experiência da empresa na realização de obras similares,
o uso de materiais de qualidade, a metodologia de construção proposta, entre outros aspectos
relacionados à área da construção civil. Para cada critério de avaliação, é importante atribuir uma nota
ou pontuação a cada proposta, de acordo com o desempenho da empresa em relação a esse critério.
Dessa forma, é possível comparar objetivamente as propostas recebidas.

4. Avaliação Financeira

Além dos critérios técnicos, muitas licitações também consideram a avaliação financeira das propostas.
Nesse caso, é importante verificar se a empresa apresentou a documentação contábil exigida, como
balanços patrimoniais, demonstrações de resultados, entre outros. A análise financeira visa garantir que
a empresa proponente possui saúde financeira suficiente para cumprir o contrato, evitando riscos de
inadimplência ou falência durante a execução do projeto.

5. Classificação e Proclamação do Vencedor

Após realizar todas as etapas de análise e avaliação das propostas, é hora de classificar as empresas
proponentes de acordo com os resultados obtidos. A empresa que obtiver a melhor pontuação global é
considerada a vencedora da licitação e será contratada para fornecer o bem ou serviço. É importante
lembrar que a transparência nessa etapa é fundamental, e todo o processo de avaliação e classificação
deve ser registrado e divulgado de forma clara e acessível a todos os participantes da licitação. Dessa
forma, é possível garantir a lisura do processo e evitar possíveis contestações. Em resumo, a análise e
avaliação de propostas é uma etapa fundamental em um processo de licitação. A definição dos critérios
de avaliação, análise documental, avaliação técnica e financeira, além da classificação dos proponentes
são algumas das atividades a serem realizadas nessa fase. Com conhecimento e critério, é possível
realizar uma análise profunda e justa, garantindo a escolha da melhor empresa para a execução do
contrato.Curso de Licitação e Contratos Aula 7

A etapa de execução é uma das fases mais importantes dos contratos administrativos, pois é nessa
etapa que ocorre a efetiva entrega dos bens, obras ou serviços contratados. A execução deve seguir
rigorosos padrões de qualidade estabelecidos contratualmente e é fundamental que seja realizada de
acordo com as normas legais e regulamentares aplicáveis.

Para garantir uma execução eficiente e eficaz, é necessário seguir alguns passos. Primeiramente, é
importante destacar a importância do planejamento prévio da execução, que envolve a definição de
prazos, metas e cronogramas. Além disso, é essencial estabelecer indicadores de desempenho que
permitam acompanhar o cumprimento das obrigações contratuais.
Outro aspecto fundamental é a correta gestão dos recursos envolvidos no contrato, como materiais,
equipamentos e mão de obra. É importante assegurar que os recursos sejam utilizados de forma
adequada e que estejam disponíveis no momento necessário para a execução do contrato.

É importante ressaltar também a necessidade de manter uma comunicação clara e transparente entre
as partes envolvidas na execução do contrato. A troca de informações e o diálogo constante contribuem
para evitar problemas e garantir a conformidade das entregas.

A fiscalização dos contratos administrativos

A fiscalização dos contratos administrativos é uma atividade essencial para garantir que as obrigações
contratuais sejam cumpridas de acordo com o estabelecido. A forma como essa fiscalização é conduzida
pode variar dependendo do tipo de contrato e das especificidades de cada caso.

Ao exercer a função de fiscalização, é necessário levar em consideração alguns aspectos importantes.


Em primeiro lugar, é fundamental conhecer detalhadamente o objeto do contrato e as condições
estabelecidas para a sua execução. Dessa forma, é possível verificar se as entregas estão sendo
realizadas de acordo com as especificações técnicas e prazos definidos.

A fiscalização também deve acompanhar o cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias


por parte da empresa contratada. É importante assegurar que todos os direitos dos trabalhadores
estejam sendo respeitados e que não haja irregularidades ou situações que possam gerar passivos
trabalhistas futuros.

Outro aspecto relevante da fiscalização é o controle dos pagamentos. É necessário verificar se os valores
pagos estão de acordo com o que foi efetivamente entregue e se os reajustes previstos contratualmente
estão sendo considerados corretamente.

A fiscalização também pode abranger a verificação de documentações, como a regularidade fiscal e a


apresentação de certidões negativas de débitos. Esses documentos são importantes para comprovar a
idoneidade da empresa contratada e sua aptidão para a execução do contrato.
É importante ressaltar que a fiscalização não tem apenas uma função punitiva, mas também preventiva.
Através da fiscalização, é possível identificar eventuais problemas e agir para corrigi-los antes que
causem prejuízos ou atrasos na execução do contrato.

Exemplo prático de execução e fiscalização

Para ilustrar as etapas de execução e fiscalização dos contratos administrativos, vamos considerar um
exemplo prático.

Suponha que um órgão público tenha contratado uma empresa para realizar a reforma de um prédio. O
contrato estabelece prazos, metas e especificações técnicas para a execução da obra.

Na fase de execução, a empresa contratada deve seguir o cronograma estabelecido, utilizando os


recursos disponíveis de forma adequada. Será necessário adquirir os materiais necessários, como tintas
e cerâmicas, e contratar mão de obra especializada para realizar a reforma. Durante a execução, é
importante realizar vistorias periódicas para garantir que os serviços estão sendo executados de acordo
com as normas e padrões de qualidade estabelecidos.

Por sua vez, a fiscalização do contrato será realizada pelo órgão contratante. Um fiscal será designado
para acompanhar a obra e verificar se as etapas estão sendo concluídas dentro dos prazos estabelecidos
e de acordo com as especificações técnicas. O fiscal também será responsável por controlar os
pagamentos, verificando se os valores solicitados pela empresa estão corretos e se há necessidade de
reajustes.

Além disso, o fiscal deverá solicitar regularmente a apresentação de documentos que comprovem a
regularidade fiscal da empresa contratada, bem como a regularidade trabalhista dos funcionários
envolvidos na obra.

Em caso de identificação de problemas ou descumprimento das obrigações contratuais, o fiscal deve


tomar as medidas necessárias para corrigir a situação, podendo aplicar sanções previstas em lei ou até
mesmo rescindir o contrato, caso não haja possibilidade de solução.

Conclusão
A execução e fiscalização dos contratos administrativos são etapas fundamentais para garantir a
efetividade das contratações realizadas pelo poder público. É importante que essas etapas sejam
conduzidas com rigor, transparência e eficiência, de forma a evitar problemas e prejuízos para ambas as
partes envolvidas. A correta execução e fiscalização contribuem para o cumprimento dos objetivos do
contrato, assegurando a qualidade das entregas e o cumprimento das obrigações legais e
contratuais.Curso de Licitação e Contratos Aula 8

Nesta aula, vamos explorar as cláusulas essenciais nos contratos administrativos. Essas cláusulas são de
extrema importância, pois estabelecem os direitos e deveres das partes envolvidas, garantindo
transparência, segurança e equilíbrio nas relações contratuais. Por isso, é fundamental compreender
quais são essas cláusulas e o que cada uma delas determina.

Definição de contrato administrativo

Antes de abordar as cláusulas essenciais, é importante entender o que é um contrato administrativo.


Trata-se de um acordo celebrado entre a Administração Pública e um particular com o objetivo de
cumprir uma finalidade de interesse público. Ou seja, envolve o Poder Público como uma das partes
contratantes.

Cláusula de objeto

A cláusula de objeto é responsável por definir o escopo do contrato, ou seja, determinar o que será
efetivamente executado. Essa cláusula deve ser clara, precisa e detalhada, evitando ambiguidades que
possam gerar conflitos futuros.

Um exemplo de uma cláusula de objeto em um contrato administrativo de construção de uma escola


seria:

"O objeto deste contrato é a construção de uma escola de ensino fundamental, com x salas de aula, x
laboratórios, x banheiros e demais dependências, de acordo com o projeto anexo, em conformidade
com as normas técnicas vigentes."

Cláusula de preço e forma de pagamento

A cláusula de preço determina o valor a ser pago pela Administração Pública ao contratado pelo serviço
prestado. Ela deve ser precisa e estabelecer os critérios para eventuais reajustes e formas de
pagamento.
Por exemplo:

"O preço total deste contrato é de R$ X (valor por extenso), podendo sofrer reajuste anual, de acordo
com a variação do índice Y. O pagamento será realizado mensalmente, até o dia X de cada mês,
mediante apresentação da fatura e fiscalização da obra concluída."

Cláusula de prazo

A cláusula de prazo estabelece o tempo em que o contratado terá para executar o objeto do contrato. É
importante determinar de forma clara e objetiva o prazo de início e término da execução, bem como
eventuais penalidades por atraso.

Um exemplo de cláusula de prazo em um contrato administrativo de fornecimento de materiais de


escritório seria:

"O prazo para entrega dos materiais é de x dias corridos, contados a partir da data de assinatura deste
contrato. Em caso de atraso na entrega, o contratado estará sujeito a multa diária de x% sobre o valor
total do contrato, limitada a x%."

Cláusula de rescisão

A cláusula de rescisão é fundamental, pois estabelece as condições em que o contrato pode ser
encerrado de forma antecipada, tanto pela Administração Pública quanto pelo contratado. Ela deve
prever, por exemplo, situações de descumprimento das obrigações contratuais, extinção da atividade
empresarial, caso fortuito ou força maior.

Um exemplo de cláusula de rescisão em um contrato administrativo de prestação de serviços de limpeza


seria:

"Este contrato poderá ser rescindido de forma antecipada, por qualquer das partes, mediante aviso
prévio de x dias. As condições para rescisão incluem o descumprimento das obrigações contratuais, a
não solução de pendências após notificação, ou ainda, em casos de caso fortuito ou força maior que
impeçam a continuidade da execução do serviço."

Cláusula de garantia e penalidades

A cláusula de garantia estabelece as obrigações do contratado em relação à qualidade, durabilidade e


conformidade dos serviços contratados. Além disso, é importante prever as penalidades em caso de
descumprimento dessas obrigações, como multas, descontos ou até mesmo rescisão contratual.

Por exemplo:

"O contratado é responsável por oferecer garantia de x meses para os serviços prestados, assegurando a
qualidade e a durabilidade dos mesmos. Em caso de não conformidade, a Administração Pública poderá
aplicar multa diária de x% sobre o valor do serviço, observando o limite máximo de x% do valor total
contratado."

Essas são apenas algumas das cláusulas essenciais que devem estar presentes nos contratos
administrativos. Cada contrato pode ter particularidades e outras cláusulas específicas de acordo com o
objeto e a legislação aplicável.

Portanto, ao elaborar um contrato administrativo, é fundamental analisar cuidadosamente as


necessidades e peculiaridades de cada caso, a fim de garantir que todas as cláusulas essenciais estejam
devidamente estipuladas, proporcionando segurança jurídica às partes envolvidas.Curso de Licitação e
Contratos Aula 9

A gestão de riscos em licitações e contratos é uma área essencial para garantir o sucesso de projetos e
evitar problemas futuros. Nesta aula, vamos explorar os principais conceitos e técnicas relacionados à
gestão de riscos nesse contexto, proporcionando uma visão aprofundada desse importante tema.

O que são riscos em licitações e contratos?

Antes de entrarmos nos detalhes da gestão de riscos, é importante compreendermos o conceito de


riscos em licitações e contratos. Risco pode ser definido como a possibilidade da ocorrência de eventos
indesejados que podem impactar negativamente o sucesso de um projeto. No contexto de licitações e
contratos, os riscos podem vir de diversas fontes, como falta de qualificação dos fornecedores,
alterações nas condições contratuais, escassez de recursos, entre outros.

Identificação de riscos

A identificação de riscos é o primeiro passo na gestão efetiva desses eventos indesejados. É importante
realizar uma análise detalhada do projeto ou contrato, considerando todos os aspectos envolvidos. Além
disso, é fundamental envolver todas as partes interessadas, como a equipe de licitação, gestores,
fornecedores e demais stakeholders, para garantir uma visão completa e abrangente dos riscos
envolvidos.

Um exemplo de risco em um processo licitatório é a falta de qualificação técnica dos fornecedores. Caso
um fornecedor não possua a expertise necessária para executar o serviço licitado, isso pode levar a
atrasos, problemas de qualidade ou até mesmo a necessidade de uma relicitação no futuro. Identificar
esse risco permite que medidas preventivas sejam tomadas, como a exigência de comprovação de
competências técnicas antes da seleção do fornecedor.

Análise de riscos

Após a identificação dos riscos, é importante avaliá-los em termos de probabilidade de ocorrência e


impacto. Essa análise permite priorizar os riscos mais significativos e concentrar os esforços naqueles
que apresentam maiores consequências negativas. É possível utilizar técnicas como a Matriz de
Probabilidade e Impacto para visualizar os riscos de forma mais clara e facilitar a tomada de decisões.

Um exemplo de análise de riscos é a prioritização de possíveis atrasos na entrega de materiais por parte
do fornecedor. Caso identifiquemos que os materiais são essenciais para o andamento do projeto, a
falta deles terá um impacto significativo em termos de prazos e qualidade. Portanto, é necessário avaliar
a probabilidade desse risco ocorrer e o impacto que teria no projeto como um todo.

Plano de Resposta a Riscos

Após a análise, é fundamental desenvolver um plano de resposta aos riscos identificados. Esse plano
consiste em definir estratégias para mitigar ou, se possível, eliminar os riscos, além de estabelecer ações
a serem tomadas em caso de ocorrência desses eventos. É importante considerar diversas abordagens,
como transferência de riscos, redução de probabilidade, compartilhamento de riscos ou até mesmo
aceitação do risco caso não seja viável agir de outra forma.
Por exemplo, se identificarmos o risco de escassez de materiais no mercado, podemos desenvolver um
plano de resposta que inclua a busca por novos fornecedores alternativos, a compra de estoques
antecipada ou até mesmo a redução do escopo do projeto para se adequar às restrições. Essas ações
podem minimizar o impacto desse risco caso ele venha a ocorrer.

Monitoramento e controle de riscos

O processo de gestão de riscos não termina com a implementação do plano de resposta. É necessário
monitorar continuamente os riscos identificados, avaliar sua eficácia e ajustar as estratégias conforme
necessário. O monitoramento permite detectar riscos que possam surgir durante a execução do projeto,
identificar mudanças nas condições e adaptar as respostas planejadas de acordo com as necessidades
atuais.

É importante lembrar que os riscos são dinâmicos e podem evoluir conforme a execução do projeto,
portanto, manter um monitoramento constante é essencial para garantir que as estratégias de resposta
permaneçam adequadas.

Conclusão

A gestão de riscos em licitações e contratos é uma prática fundamental para garantir o sucesso dos
projetos e minimizar consequências negativas. A identificação e análise dos riscos, seguidas pelo
desenvolvimento de um plano de resposta e o monitoramento contínuo dos eventos indesejados, são
etapas essenciais nesse processo. Ao adotar uma abordagem estruturada e proativa na gestão de riscos,
as organizações aumentam suas chances de alcançar seus objetivos de forma eficiente.Curso de
Licitação e Contratos Aula 10

Nesta aula, vamos abordar um tema fundamental para o sucesso e transparência das licitações e
contratos: o controle e responsabilização. Sabemos que esses processos envolvem recursos públicos e,
portanto, é preciso garantir que todas as etapas sejam realizadas de forma legal e eficiente. Para isso, é
fundamental entender os mecanismos de controle e a responsabilidade dos envolvidos nesses
processos.

Controle nas licitações e contratos

O controle nas licitações e contratos é exercido por diferentes órgãos e entidades, cada um com suas
funções e atribuições específicas. Entre os principais agentes de controle, destacam-se:
Tribunal de Contas da União (TCU): responsável por fiscalizar a aplicação dos recursos públicos e avaliar
a legalidade dos atos administrativos; Controladoria-Geral da União (CGU): órgão responsável por
promover a transparência e combater a corrupção; Ministério Público: atua na defesa da ordem jurídica
e do interesse público; Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e outros órgãos de
apoio: fornecem orientação e capacitação aos empresários e gestores públicos na área de licitações e
contratos.

Esses órgãos têm o papel de fiscalizar e avaliar a lisura dos processos licitatórios, verificando se as
normas estão sendo cumpridas e se os recursos estão sendo utilizados de forma adequada. Além disso,
eles também podem recomendar sanções e penalidades aos envolvidos em casos de irregularidades.

Responsabilização nas licitações e contratos

A responsabilização dos envolvidos em licitações e contratos está prevista na legislação brasileira. Entre
as principais formas de responsabilização, destacam-se:

Responsabilidade civil: envolve a reparação de danos causados por ações ou omissões dos gestores
públicos ou empresas contratadas; Responsabilidade administrativa: ocorre quando são aplicadas
sanções administrativas aos envolvidos, como multas, suspensão temporária de participação em
licitações e até mesmo a declaração de inidoneidade; Responsabilidade penal: quando são identificados
crimes relacionados a licitações e contratos, os envolvidos podem responder criminalmente e serem
penalizados de acordo com a legislação vigente.

É fundamental que os gestores públicos e empresários estejam cientes das implicações legais e das
responsabilidades envolvidas na participação de licitações e na execução de contratos. O
desconhecimento das normas não exime os envolvidos de suas obrigações, por isso, é essencial que
todos sejam capacitados e atualizados constantemente.

Exemplos de responsabilização nas licitações e contratos

Para ilustrar como funciona a responsabilização nas licitações e contratos, vamos apresentar alguns
exemplos práticos:

Exemplo 1

Uma empresa contratada para a prestação de serviços em uma obra pública superfatura o valor do
contrato, causando prejuízo aos cofres públicos. Nesse caso, além da responsabilização administrativa,
com a aplicação de multas e a declaração de inidoneidade, os responsáveis também podem responder
criminalmente pelo crime de peculato.

Exemplo 2

Um gestor público direciona a licitação para favorecer uma determinada empresa, infringindo os
princípios da isonomia e da impessoalidade. Quando essa irregularidade é identificada, o gestor pode
ser responsabilizado civil, administrativa e penalmente, por ter causado prejuízos ao erário público e
violado a legislação vigente.

Conclusão

O controle e responsabilização nas licitações e contratos são fundamentais para garantir a eficiência,
transparência e lisura dos processos. A atuação dos órgãos de controle e a aplicação das normas de
responsabilização contribuem para o combate à corrupção e para a utilização adequada dos recursos
públicos. Todos os envolvidos nessas atividades devem estar cientes de suas obrigações e buscar
constantemente a capacitação e atualização para evitar irregularidades e prejuízos para a sociedade.

: Curso de Licitação e Contratos

Instruções e Informações Adicionais

Você tem 45 minutos para realizar a prova.

A prova é composta por até 10 questões de múltipla escolha, valendo 10 pontos cada ou
proporcionalmente ao quantitativo de questões.

Você precisa obter uma nota superior a 60 pontos para ser aprovado.

Após a aprovação você poderá escolher a carga horária do seu certificado e emiti-lo imediatamente.

1) execução dos contratos deve seguir rigorosos padrões de qualidade estabelecidos contratualmente.

Verdadeira

Falsa

2) gestão de riscos em licitações e contratos é importante para garantir o sucesso de projetos.

Verdadeira

Falsa
3) avaliação técnica, é importante atribuir uma nota a cada proposta de acordo com o desempenho da
empresa em relação aos critérios estabelecidos.

Verdadeira

Falsa

4) fase contratual é a fase final do processo licitatório.

Verdadeira

Falsa

5) Lei das Estatais traz inovações importantes, como a necessidade de ampla publicidade das licitações.

Verdadeira

Falsa

6) fase externa do processo licitatório se inicia com a publicação do edital de licitação.

Verdadeira

Falsa

7) convite é a modalidade de licitação mais complexa e utilizada para contratações de maior valor.

Verdadeira

Falsa

8) presas limitadas não precisam apresentar contrato social.

Verdadeira

Falsa

9) cláusulas essenciais nos contratos administrativos estabelecem os direitos e deveres das partes
envolvidas.

Verdadeira

Falsa

10) análise e avaliação de propostas é uma etapa crucial em um processo de licitação.

Verdadeira

Falsa

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