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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA - CCET


DEFI0132 - FÍSICA IV
MARIA CLARA VIEIRA DA SILVA MOREIRA - 2020004637

★ Histórico do Estudo da Natureza da Luz


○ No início, os físicos acreditavam que a luz era
composta de corpúsculos, que seriam partículas
emitidas pelas fontes de luz
○ Por volta do século XVII, surgiram as primeiras
evidências das propriedades ondulatórias da luz
○ Maxwell, em 1873, previu a existência de ondas
eletromagnéticas
○ Finalmente, em 1887, Hertz provou que a luz é
realmente uma onda eletromagnética

★ A Natureza Dual da Luz


○ A constatação de que a luz é uma onda
eletromagnética, entretanto, não é suficiente
para explicar todos os fenômenos que a
compreendem. Como explicar, por exemplo, os
efeitos da absorção e a emissão de luz?
○ Pensando nisso, a eletrodinâmica quântica, de 1930, conseguiu conciliar esses
dois aspectos (onda-partícula), até então, contraditórios.
○ A depender do fenômeno analisado, considerar-se-á a luz como onda ou partícula.
○ A Propagação da luz é melhor compreendida ao consideramos a luz uma onda, já a
absorção e emissão de fótons, por exemplo, é melhor compreendida considerando
a luz como partícula

★ Propagação da Luz
Para compreender a propagação da luz, é necessário,
primeiramente, considerar sua característica
ondulatória e compreender os conceitos de frente de
onda e raio:

01. Frente de Onda


É o conceito utilizado para descrever a
propagação de uma onda.

Em outras palavras, a frente de onda é o lugar


no espaço que reúne todos os pontos da onda que estão
em fase e à mesma distância da fonte. Frentes de Onda
podem ser planas ou esféricas, conforme
esquematizado na Figura 1.

02. Raio
É uma forma de representação das direções de
propagação da luz.

Figura 1 - Representação Esquemática de Raios e Frentes de Onda

Fonte: Young e Freedman (2016)


★ Reflexão e Refração
○ Quando a luz atinge uma superfície lisa que separa dois meios transparentes,
parte dela é refletida e parte entra no segundo meio. Se essa luz incidente não é
perpendicular à superfície, então o feixe sofre um desvio, que chamamos de
refração. Esses fenômenos são representados esquematicamente na figura 2.

Figura 2 - Representação Esquemática da refração e da Reflexão

Fonte: Young e Freedman (2016)

★ Tipos de Reflexão
○ Reflexão Especular: Ocorre quando existe um
único ângulo de reflexão, em uma superfície lisa.
○ Reflexão Difusa: Ocorre quando os raios refletidos
são espalhados em diversas direções, ou seja, existem
vários ângulos de reflexão, geralmente em uma
superfície rugosa.
○ Ambos os tipos de reflexão ocorrem em meios
transparentes e opacos. Quase todos os objetos são
visíveis devido à reflexão difusa que realizam.

★ Leis Da Refração e Reflexão


01. Plano de Incidência: Os raios refratado, refletido,
incidente e a normal estão sobre um mesmo plano, o
chamado plano de incidência, que é perpendicular ao plano da interface dos dois
materiais.
02. Lei da Reflexão: O ângulo de reflexão (θr) é sempre igual ao ângulo de incidência
(θa) para quaisquer comprimentos de onda e quaisquer par de materiais.
03. Lei da Refração: Para a luz monocromática, e um par de materiais a e b, a razão
entre os senos dos ângulos em cada um desses materiais é igual ao inverso da
razão dos índices de refração. Assim temos a chamada Lei de Snell:

★ Dispersão
○ A dispersão é a dependência entre índice de
refração e comprimento de onda.
○ O fenômeno da dispersão é claramente
observado em prismas e na formação do
arco-íris, onde a luz branca, que é uma
superposição de ondas do espectro visível,
sofre dispersão. Os raios emergem separados
e conseguimos ver as cores que formam o
espectro
○ Em quase todos os materiais, o valor de n
diminui quando o comprimento de onda
aumenta ou a frequência aumenta

★ Polarização
○ A polarização é um fenômeno comum a todas as ondas eletromagnéticas.
○ Em uma onda eletromagnética, se o campo elétrico permanece paralelo a uma
linha perpendicular à direção de propagação, então a onda está linearmente
polarizada.
○ Em outras palavras, a onda é linearmente polarizada se possui deslocamento
apenas em uma das direções y ou z.

○ A luz não polarizada pode ser total ou parcialmente polarizada pela reflexão.
○ A luz refletida é totalmente polarizada na direção perpendicular ao plano de
incidência se o ângulo de incidência é igual ao ângulo de polarização (Lei de
Brewster)
○ É possível encontrar aplicações da polarização por reflexão nos filtros
polarizadores de óculos de sol, por exemplo.
★ Princípio de Huygens
○ O princípio de Huygens é um método geométrico para a
determinação da frente da onda em um momento posterior, a
partir da forma da frente de onda em um certo instante.
★ Óptica geométrica
○ A óptica geométrica é o estudo de formação de imagens
○ O ponto imagem é o ponto para onde os
raios de luz refletidos e/ou refratados
convergem e que parece ser o emissor
desses raios.

Fonte: Young e Freedman (2016)

★ Formação de Imagem em Espelhos Planos


○ A construção de imagem em um espelho plano está representada na figura 3, a
seguir
○ O espelho plano produz uma imagem invertida e direita de um objeto extenso.
○ Dizer que o espelho plano produz uma imagem invertida, significa dizer que
apenas a dimensão frontal é invertida.

★ Regras de sinais

01. Para a Distância do Objeto: Quando o objeto está do


mesmo lado que a luz incidente, a sua distância s é
positiva; caso contrário, é negativa.
02. Para a distância da Imagem: Quando a imagem
está do mesmo lado que a luz emergente, sua distância s’
é positiva; caso contrário, é negativa.
03. Para o raio de curvatura de uma superfície esférica:
Quando o centro de curvatura C está do mesmo lado da luz
emergente, o raio de curvatura é positivo; caso contrário, é
negativo.
★ Reflexão em superfícies Esféricas

○ Para obter-se imagens maiores ou menores que o objeto, ou mesmo imagens


reais, é necessário utilizar-se de espelho curvo

Figura 4 - Representação dos elementos e pontos de


um espelho esférico

Fonte: Young e Freedman (2016)

★ Foco e distância focal


○ Depois da reflexão no espelho esférico, o feixe dos raios incidentes paralelos
converge para um ponto. Esse ponto é chamado foco ou ponto focal
○ A distância entre o foco e o vértice do espelho é a distância focal.

★ Espelho Convexo
○ No espelho convexo, a distância do objeto s é positiva, a distância da imagem s’ é
negativa e o raio de curvatura R é negativo em um espelho convexo, conforme
figura 5 a seguir
○ Quando o R é negativo, os raios que incidem paralelamente ao eixo ótico não
passam pelo foco F. Em vez disso, eles divergem, como se estivessem emanando
de um foco virtual.

Figura 5 - Representação esquemática de um espelho convexo


Fonte: Young e Freedman (2016)

★ Raios Principais
○ Para as análises em espelhos esféricos, são adotados raios principais
01. Raio Paralelo ao eixo: Depois da reflexão passa pelo foco F do espelho
côncavo ou parece vir do foco virtual do espelho convexo
02. Raio que passa pelo foco F, ou que provém do foco: É refletido
paralelamente ao eixo ótico
03. Um raio na direção do raio passando pelo centro de curvatura: Intercepta
a superfície perpendicularmente e é refletido de volta à direção inicial
04. Raio que passa pelo vértice V: Refletido formando ângulos iguais com o
eixo ótico

★ Lentes delgadas
○ Lentes são sistemas ópticos com duas superfícies refratoras
○ Lentes delgadas são lentes com duas superfícies esféricas próximas

★ Propriedades das lentes


○ A lente convergente apresenta a propriedade de que todo feixe paralelo ao eixo da
lente que passa para o outro lado converge em um ponto F2
○ A lente divergente apresenta a propriedade de que todo feixe de raios paralelos
diverge depois da refração
○ Qualquer lente mais espessa no centro que nas bordas é uma lente convergente e
qualquer lente mais fina no centro que nas bordas é divergente.
○ Lentes convergentes formam imagens reais e invertidas verticalmente
Figura 6 - Diversos tipos de lentes

Fonte: Young e Freedman (2016)

★ O olho humano e Instrumentos ópticos

○ O olho humano é um sistema óptico muito semelhante às câmeras fotográficas.


○ A córnea com o auxílio do cristalino, funciona como lente convergente que
direciona os raios luminosos para a retina
○ Os bastonetes e cones da retina são responsáveis por captar cores e transmitem
essa informação através do nervo óptico
○ Entretanto, existem alguns defeitos de visão onde os raios podem convergir antes
da retina (miopia) ou depois da retina (hipermetropia).
Câmeras O Olho A Lupa

As câmeras são compostas No olho humano, temos uma lente A Lupa é uma lente convergente
basicamente por uma lente em forma de cápsula, o cristalino. que forma uma imagem virtual e
convergente, uma caixa hermética, A refração na córnea e nas mais afastada que o próprio
um obturador e um meio sensível superfícies do cristalino produz objeto, deslocando a imagem para
à luz para o registro da imagem. uma imagem real do objeto mais próximo do olho, por meio de
observado e essa imagem é uma ampliação angular.
formada sobre a retina.

O Microscópio O Telescópio Lentes de Zoom e


Projetores
O microscópio é composto por No telescópio, o sistema óptico é
duas lentes: a objetiva, uma lente bastante semelhante ao As lentes de zoom são, na verdade, um
convergente que forma uma microscópio, também com duas conjunto de vários elementos de
imagem maior e a ocular, que lentes (objetiva e ocular). A lentes que variam continuamente a
funciona como uma lupa simples. diferença essencial é que os distância focal.
objetos avistados pelo telescópio Já no projetor digital, os pixels são
estão afastados e utiliza-se como mostrados em uma tela LCD, que serve
objetiva um espelho curvo e não de objeto para a lente, que projeta
uma lente. imagem real e ampliada
HALLIDAY, D. RESNICK, R. Fundamentos de Física - Óptica e Física Moderna. 9. Ed. Vol. 4.

TIPLER, P. MOSCA, G. Física para Cientistas e Engenheiros. 6. Ed. Vol. 2.

FREEDMAN, H. FREEDMAN, R. Física IV - Ótica e Física Moderna. 14. Ed. São Paulo:
Pearson Education, 2016.

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