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LUZ

Ótica

 ramo da Física que estuda a luz


 Em ótica, representa-se a luz por feixes luminosos (conjuntos de
raios), que podem ser:

o paralelos
o convergentes
o divergentes
Corpos luminosos e corpos iluminados
Classificação dos corpos quanto à capacidade de emitir luz visível:
 Corpos luminosos: emitem luz visível por eles próprios
 Corpos iluminados: não emitem luz visível e só são visíveis quando
incide sobre eles luz visível
Classificação dos corpos tendo em conta a sua interação com a luz:
 transparentes: transmitem parte da luz de tal modo que permitem
a formação nítida de imagens
 translúcidos: transmitem parte da luz, mas não permitem a
formação nítida de imagens
 opacos: não transmitem luz

Interação da luz com os meios materiais

Quando existe interação entre a luz e os corpos pode ocorrer:


 reflexão: reenvio da luz para o mesmo meio
 absorção: a luz é absorvida pelo corpo
 transmissão: a luz passa de um meio para outro

Sombra e penumbra

A luz propaga-se em linha reta e quando encontra corpos opacos origina


regiões menos iluminadas:
o sombra: região do espaço em que há ausência de luz, devido
à interposição de um objeto opaco
o penumbra: região do espaço em que há diminuição parcial da
intensidade da luz, devido à interposição de um objeto opaco

 A luz emitida por um corpo luminoso propaga-se em linha reta e em


todas as direções
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Luz – radiação eletromagnética formada por ondas eletromagnéticas, que
não precisam de meio material para se propagarem

Diferenças entre ondas sonoras e ondas luminosas


 Ondas sonoras:
o ondas mecânicas
o necessitam do ar, água ou outro meio material para se
propagarem
o não se propagam no vácuo
 Ondas eletromagnéticas:
o ondas transversais
o têm velocidade de propagação máxima no vácuo
o ondas eletromagnéticas
o não necessitam de um meio material para se propagarem
o propagam-se no vácuo

 As ondas mecânicas e as eletromagnéticas transportam energia,


quando se propagam

Ondas Eletromagnéticas:
 resulta da propagação de uma perturbação elétrica e magnética
 é caracterizada por:
o frequência (quanto maior a frequência maior a energia)
o velocidade de propagação

 A velocidade de propagação da luz no vácuo:

c = 299 792 458 m/s

Espetro eletromagnético: é o conjunto de todas as ondas


eletromagnéticas (luz visível e luz não visível)

Luz visível – composta por todas as cores do arco-íris. A cada cor


corresponde um intervalo de frequências (violeta: mais energética e o
vermelho: menos energética)

Aplicações da Luz Não Visível:


 Comunicações – ondas de rádio, micro-ondas e infravermelhos
 Aquecimento de alimentos – como as micro-ondas e infravermelhos
têm efeito térmico em algumas substâncias

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 Diagnóstico de doenças -raio X e raio gama – radiações mais
energéticas, mas perigosas para a saúde
 Estética e discotecas – ultravioleta – perigosos, dependendo da
quantidade e das zonas do corpo expostas
Aplicações Tecnológicas:
o ondas de rádio (com menor energia)
 comunicações rádio e televisão
o micro-ondas
 comunicações: telemóveis, GPS, radares
 aquecimento de alimentos: forno micro-ondas
o infravermelhos
 forno comum, aquecedor, comando de televisão
 emissão natural: seres vivos
o luz visível
 iluminação pública
o ultravioleta
 deteção de notas falsas, solário, descontaminação de
superfícies e água
o raios X
 radiografia, tomografia axial computorizada (TAC)
o raios gama (γ) (com maior energia)
 tomografia (PET-SCAN), tratamento de tumores de
forma localizada

FENÓMENOS ÓPTICOS
Reflexão da luz – mudança da direção ou do sentido de propagação da luz,
mantendo-se o raio luminoso, no mesmo meio natural
Tipos de Reflexão:
 Reflexão regular (ou especular):
o um feixe paralelo de luz incidente origina um feixe
paralelo de luz refletida
o ocorre em superfícies lisas e polidas
o imagens obtidas são nítidas como num espelho
 Reflexão Irregular (ou difusa)
o um feixe paralelo de luz incidente origina um feixe de luz
refletida em várias direções
o ocorre em superfícies não polidas
o imagens obtidas são difusas e pouco nítidas
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Leis da Reflexão:
 o raio incidente (ri), o raio refletido (rr) e a normal (N) intersetam-
se no ponto de incidência (i) e estão no mesmo plano e no mesmo
meio de propagaçã0
 o ângulo de incidência (αi) é igual ao ângulo de reflexão (αr)

Aplicações da Reflexão:
 obtenção de imagem em espelhos
 submarinos
 periscópio
 lidar
 radar

ESPELHOS
Imagem pode ser:
 Imagem Real
o pode ser projetada num alvo (ecrã)
o encontra-se do mesmo lado do objeto
 Imagem Virtual
o não pode ser projetada num alvo
o forma-se atrás de um espelho

Imagem em Espelhos
1. Espelho Plano

 Imagem de um espelho plano:


o Imagem virtual
o do mesmo tamanho que o objeto
o imagem direita, mas simétrica
o encontra-se à mesma distância do espelho que o objeto
2. Imagem de um espelho curvo:
 Os espelhos curvos podem ser côncavos ou convexos.

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Características geométricas dos espelhos curvos:
Foco (F) – ponto onde convergem os raios refletidos de um feixe
incidente, paralelo ao eixo principal
Vértice (V) – ponto em que o eixo principal interseta o espelho
Eixo principal – linha que contém o foco e o vértice

Espelho côncavo:
o os raios incidentes paralelos ao eixo principal são refletidos
para o foco
o O foco fica à frente do espelho e é real
Espelho convexo:
o os raios incidentes paralelos ao eixo principal são refletidos
no sentido oposto ao foco
o O foco fica atrás do espelho e é virtual

 Um raio incidente no vértice é refletido com ângulo igual ao de


incidência, relativo ao eixo principal
Imagens formadas por espelhos curvos:
Espelho côncavo:
1. Quando o objeto está longe do foco:
 A imagem formada é menor do que o objeto
 A imagem é real e invertida
2. Quando o objeto está perto do foco:
 A imagem formada é maior do que o objeto
 A imagem é real e invertida
3. Quando o objeto está entre o foco e o espelho:
 A imagem formada é maior do que o objeto
 A imagem é virtual e direita

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Espelho convexo:
 A imagem formada é sempre menor do que o objeto
 A imagem é virtual e direita

Espelho convexo (divergente – foco virtual)


exemplos: espelho retrovisor do automóvel, espelhos de trânsito
Espelho côncavo (convergente – foco real)
exemplos: espelho de maquilhagem, espelho dos dentistas

 Apenas os espelhos côncavos formam imagens reais


 Imagem virtual (espelhos) - forma-se do lado do espelho oposto ao
do objeto e é direita
 Imagem real (espelhos) - forma-se do mesmo lado do espelho em
que se encontra o objeto e é invertida

Refração da Luz – ocorre quando a luz passa de um meio transparente ou


translúcido para outro
O que se observa na refração da luz:
 A intensidade do raio refratado é menor do que a do raio incidente
devido à reflexão e absorção da luz pelo vidro
 Ocorre mudança de direção de propagação quando a luz incide
obliquamente na superfície de separação ar-vidro ou vidro-ar

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Representação da Refração da luz:

Porque ocorre mudança de direção de propagação da luz na refração:


 A refração acontece porque a velocidade de propagação da luz no
vidro é menor do que no ar.
 A luz aproxima-se da normal quando passa do ar para o vidro
 A luz quando passa do vidro para o ar, afasta-se da normal

 A luz passa para um meio onde a sua velocidade é menor => O raio
refratado aproxima-se da normal
 A luz passa para um meio onde a sua velocidade é maior => O raio
refratado afasta-se da normal

 Quanto menor for a velocidade de propagação da luz num meio,


mais refrangente é o meio
 Quando um raio de luz viaja para um meio mais refrangente,
aproxima-se da normal à superfície de separação

Menos Refrangente Mais Refrangente


Vácuo Ar Água Vidro Diamante
Maior Velocidade de Menor velocidade de Propagação da Luz
Propagação da Luz

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LENTES

Lentes – meios transparentes que são limitados por uma ou duas


superfícies curvas

Lentes podem ser:


 Convergentes ou de bordos delgados (convexas)
 Divergentes ou de bordos espessos (côncavas)

Características das Lentes:


Convergentes ou Convexas
 As lentes convergentes ou convexas originam um feixe refratado que
converge num ponto, o foco principal F, quando nelas incide um
feixe de raios paralelos ao eixo principal da lente
 Este foco é real, pois os raios convergem para ele
 A distância entre o centro ótico da lente e o foco principal é a
Distância Focal (f)
Divergentes ou Côncavas
 As lentes divergentes ou côncavas originam um feixe refratado
divergente, quando nelas incide um feixe de raios paralelos ao eixo
principal da lente.
 O prolongamento, para trás da lente, do feixe refratado permite
encontrar o Foco Principal.
 Este foco é virtual pois os raios divergem dele
 A distância focal mede a distância entre esse ponto e o centro ótico
da lente e é negativa

Os tipos de imagens que são formadas pelas lentes, podem ser:


 Reais ou virtuais
 Direitas ou invertidas
 Maiores, menores ou iguais ao objeto que as origina
Lente Divergente (côncava):
o A imagem formada é sempre:
 Menor do que o objeto
 Virtual
 Direita
Lente Convergente (convexa):
1.Quando o objeto está longe do foco:
 A imagem formada é menor do que o objeto
 A imagem é real e invertida

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2.Quando o objeto está perto do foco:
 A imagem formada é maior do que o objeto
 A imagem é real e invertida
3.Quando o objeto está entre o foco e o lente:
 A imagem formada é maior do que o objeto
 A imagem é virtual e direita

 Nas lentes, as imagens criadas são reais e invertidas quando se


formam do lado oposto do objeto
 Caso contrário, são virtuais e direitas
 Apenas as lentes convergentes formam imagens reais
 Imagem virtual (lentes) - forma-se do mesmo lado da lente em que
está o objeto e é direita
 Imagem real (lentes) - forma-se do lado oposto àquele em que se
encontra o objeto e é invertida
Potência de uma lente – a distância do foco à lente determina a sua
potência focal ou vergência (Diopetrias, D)

 f – Distância focal, em metros - m


Pode ser:
Positiva = Lente Convergente = Foco real
Negativa = Lente Divergente = Foco virtual

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