Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Neste artigo trataremos de forma detalhada as medidas a serem adotadas a fim de garantir
que um barramento tenha plenas condições de suportar os efeitos de uma corrente elevada
como a de curto-circuito.
É de suma importância lembrar que os passos abaixo servirão para você verificar se um
barramento JÁ ESCOLHIDO* tem condições de suportar um curto-circuito sem
apresentar rupturas ou deformações. Também é importante que já tenham sido definidas as
condições de instalação do mesmo (local de instalação, posição e ventilação).
Devemos inicialmente calcular os esforços mecânicos gerados pela interação das forças
eletrodinâmicas e posteriormente calcularemos os demais pontos de interesse.
Onde:
Onde:
Ssc: Potência de Curto-Circuito;
Ik: Corrente suportada por um curto período de tempo;
U: Tensão de operação;
l: Distância entre os isoladores da mesma fase;
d: Distância de uma fase a outra;
k: Para 50 Hz: 2,5 ; para 60 Hz: 2,6 (Segundo IEC) ou 2,7 (Segundo Ansi).
Imagem 1: Forças atuantes e dimensões do barramento
Onde:
Havendo múltiplos apoios para o barramento determinamos a força em cada um deles com
o auxílio da tabela a seguir:
Essa força F calculada deve ser menor que a resistência a flexão do suporte (esse dado é
obtido diretamente com o fabricante do barramento).
Assumindo que o barramento é isolado nos apoios, calcula-se o momento fletor atuante na
barra através da equação abaixo:
Onde:
η: Tensão resultante – Deve ser menor que os valores admissíveis para cada tipo de
material:
É de suma importância que a corrente aqui calculada seja igual ou superior a corrente
nominal definida para o barramento. Caso o resultado seja menor que a corrente esperada
deve-se alterar as condições de instalação ou até o mesmo as medidas do barramento a fim
de obter o resultado projetado.
Para essa análise utilizamos, também, a tabela 3 da norma IEC 60694 – Especificações
comuns para normas de equipamentos de manobra de alta-tensão e mecanismos de
comando. Nesta tabela podemos identificar qual a tolerância para o aumento de temperatura
no barramento de acordo com material e a isolação do mesmo.
Onde:
I: Corrente permitida expressa em amperes (A);
θn: Temperatura ambiente (θn ≤ 40 ºC);
(θ – θn): Aumento de temperatura permitido de acordo com a Tabela V da IEC
60694;
S: Seção transversal do barramento (cm²);
p: Perímetro externo do barramento (cm);
ρ20: Resistividade do condutor a 20 ºC
1 barra: k1=1;
2 ou 3 barras, ver tabela abaixo:
Imagem 4: Dimensões do barramento – MT Partenaire – Schneider Electric
Se nu: k2=1;
Se pintado: k2=1,15.
A tabela abaixo apresenta o valor de k6 para um espaçamento igual a espessura das barras:
Tabela 3: Valores de k6 de acordo com o número de barras por fase com espaçamento
entre elas igual a espessura das barras
Cobre: 1,83 µΩ cm
Alumínio: 2,90 µΩ cm
δ: Densidade do metal:
Onde:
θn: Temperatura ambiente;
θt deve ser menor ou igual ao valor admissível previsto na tabela 3 da norma IEC 60694.
Estando dentro do parâmetro definido pela norma podemos ir para o próximo passo.
Consideramos em nosso estudo dois intervalos de frequências que devem ser evitados,
sendo eles:
Onde:
3 – CONCLUSÕES
É de suma importância que os barramentos estejam dentro dos limites aceitáveis em todos
os aspectos listados no capítulo anterior. Havendo valores inesperados deve-se reanalisar o
sistema proposto a fim de evitar problemas futuros.
Fonte: Engenheiros Associados
6. Navegação de Post
Post anterior
Classificação dos Relés de Proteção por sua Tecnologia
Deixe um comentário
O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *
Comentário *
Nome *
E-mail *
Site
Publicar comentário