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NR-10

TURMA ELETROTÉCNICA RGS CURSOS- AULA 03-ACIDENTES DE ORIGEM ELÉTRICA E ANÁLISE DE RISCOS
PROF. IGOR REHEM JABAR
ENGENHEIRO CIVIL
ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
CREA-BA: 95.886/D
Podemos classificar os acidentes de trabalho
relacionando-os com:

• Fatores humano (atos inseguros);


• Com o ambiente (condições inseguras).
Acidentes de
origem elétrica • Essas causas são apontadas como responsáveis pela
maioria dos acidentes.
• No entanto, deve-se levar em conta que, às vezes, os
acidentes são provocados pela presença de condições
inseguras e atos inseguros ao mesmo tempo.
Podemos classificar como causas diretas de
acidentes elétricos as propiciadas pelo contato
direto por falha de isolamento.

Causas As causas diretas de acidentes podendo estas


ainda serem classificadas quanto ao tipo de
contato físico:
Diretas de  Contatos diretos – consistem no contato com
Acidentes partes metálicas normalmente sob tensão (partes
vivas).

Elétricos  Contatos indiretos – consistem no contato com


partes metálicas normalmente não energizadas
(massas), mas que podem ficar energizadas
devido a uma falha de isolamento.
• O acidente mais comum a que estão
submetidas às pessoas, principalmente aquelas
que trabalham em processos industriais ou
desempenham tarefas de manutenção e operação
de sistemas industriais, é o toque acidental em
partes metálicas energizadas, ficando o corpo
ligado eletricamente sob tensão entre fase e
Podemos classificar como causas indiretas de
acidentes elétricos as originadas por descargas
atmosféricas, tensões induzidas eletromagnéticas
Causas e tensões estáticas.

Indiretas de •Deve-se considerar que todo trabalho em


Acidentes equipamentos energizados só deve ser iniciado com
boas condições meteorológicas, não sendo assim
Elétricos permitidos trabalhos sob chuva, trovoadas, neblina
densa ou ventos.
Os atos inseguros são, geralmente, definidos como
causas de acidentes do trabalho que residem
exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que
decorrem da execução das tarefas de forma

Atos contrária às normas de segurança.

inseguros É a maneira como os trabalhadores se expõem


(consciente ou inconscientemente) aos riscos
de acidentes.
Fatores que podem levar os trabalhadores a praticarem
atos inseguros:
 Inadaptação entre homem e função por
fatores constitucionais. Ex.: sexo, idade, tempo de
reação aos estímulos, coordenação motora, agressividade,
impulsividade, nível de conhecimento, grau de atenção.

Atos  Fatores circunstanciais: fatores que influenciam o


desempenho do indivíduo no momento. Ex.: problemas
familiares, abalos emocionais, discussão com colegas,

inseguros 
alcoolismo, estado de fadiga, doença, etc.
Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de
evitá-los. Estes fatores são na maioria das vezes causados
por: seleção ineficaz, falhas de treinamento,falta de
treinamento.
 Desajustamento: este fator é relacionado com certas
condições específicasdo trabalho. Ex.: problema com a
chefia, problemas com os colegas, políticas salariais
impróprias, política promocional imprópria, clima de
insegurança.
Presentes no ambiente de trabalho, pondo
em risco a integridade física e/ou mental do
trabalhador.

 Na construção e instalações em que se localiza a


empresa: áreas insuficientes, pisos fracos e

Condições
irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de
ordem e limpeza, instalações elétricas impróprias
ou com defeitos, falta de sinalização.

inseguras  Na maquinaria: localização imprópria das


máquinas, falta de proteção em partes móveis,
pontos de agarramento e elementos energizados,
máquinas apresentando defeitos.
 Na proteção do trabalhador: proteção insuficiente
ou totalmente ausente, roupa e calçados impróprios,
equipamentos de proteção com defeito (EPIs,
EPCs), ferramental defeituoso ou inadequado.
Técnicas de análises de riscos
Os acidentes são materializações dos riscos associados a
atividades, procedimentos, projetos e instalações, máquinas e
equipamentos. Para reduzir a frequência de acidentes, é preciso
avaliar e controlar os riscos e responder as seguintes perguntas.

•O que pode acontecer de errado?


•Quais são as causas básicas dos eventos não desejados?
•Quais são as consequências?
•A análise de riscos constitui-se em um
conjunto de métodos e técnicas que aplicados a
uma atividade proposta ou existente identificam e
avaliam qualitativa e quantitativamente os riscos
que essa atividade representa para a população
vizinha, ao meio ambiente e à própria empresa.
•A utilização de técnicas e de métodos
específicos para a análise de riscos ocupam cada
vez mais o espaço nos programas sobre
segurança e gerenciamento ambiental das
indústrias, como evidência da preocupação
destas, dos governos e de toda a sociedade com
respeito aos temas relacionados à segurança o
meio ambiente.
Os principais resultados de
uma análise de riscos são:

 Identificação de cenários de acidentes;


 Suas frequências esperadas de
ocorrência;
 Magnitude das possíveis
consequências.
•A eletricidade constitui-se um agente de alto potencial de risco ao homem.
Mesmo em baixas tensões ela representa perigo à integridade física e saúde do
trabalhador. Sua ação mais nociva é a ocorrência do choque elétrico com
consequências diretas e indiretas (quedas, batidas, queimaduras indiretas e outras).
Também apresenta risco devido à possibilidade de ocorrências de curtos- circuitos
ou mau funcionamento do sistema elétrico originando grandes incêndios e
explosões.
•É importante lembrar que o fato da linha estar seccionada não elimina o risco
elétrico, tampouco pode-se prescindir das medidas de controle coletivas e
individuais necessárias, já que a energização acidental pode ocorrer devido a erros
de manobra, contato acidental com outros circuitos energizados, tensões induzidas
por linhas adjacentes ou que cruzam a rede, descargas atmosféricas mesmo que
distantes dos locais de trabalho, fontes de alimentação de terceiros.
Conceitos básicos
• Análise de riscos : É a atividade dirigida à elaboração de uma estimativa
(qualitativa ou quantitativa) do riscos, baseada na engenharia de avaliação e
técnicas estruturadas para promover a combinação das frequências e
consequências de cenários acidentais.
• Avaliação de riscos: É o processo que utiliza os resultados da análise de riscos e
os compara com os critérios de tolerabilidade previamente estabelecidos.
• Gerenciamento de riscos: É a formulação e a execução de medidas e
procedimentos técnicos e administrativos que têm o objetivo de prever, controlar
ou reduzir os riscos existentes na instalação industrial, objetivando mantê-la
operando dentro dos requerimentos de segurança considerados toleráveis
Catastrófico

Moderado
Níveis de Desprezível
riscos
Crítico

Não Crítico
Desenvolvimento de
estudos de análises de
riscos

1. Caracterização da empresa
2. Identificação de perigos
3. Estimativa de consequências e de vulnerabilidade
4. Estimativa de frequências
5. Estimativa de riscos
6. Avaliação e gerenciamento de riscos
caracterização da empresa

 Identificar aspectos comuns que possam interferir na instalação ou no ambiente;


 O enfoque operacional e de segurança;
 Estabelecer uma relação direita entre a empresa e a região da influência.

Espera-se os seguintes resultados práticos:

 Obtenção de um diagnóstico das interfaces existentes entre a empresa, objeto


de análise e o local da instalação;
• Caracterização dos aspectos importantes que sustentarão o estudo de análise de
riscos, por meio da definição de métodos, normas ou necessidades especificas.
Identificação dos perigos

• Esta etapa tem o objetivo de identificar os possíveis eventos não desejados que possam
levar a acidentes, possibilitando definir hipóteses acidentais que poderão produzir
consequências significativas. Portanto, técnicas específicas para a identificação dos
perigos devem ser empregadas, entre as quais podemos mencionar:

 Listas de verificação (Check list);


 Análise "E se…?"
 Análise Preliminar de Perigos (APP);
• Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE);
 Estudo de Perigos e Operabilidade.
Informações APR-APP
 As principais informações requeridas para a realização
de uma APR/APP são as seguintes:

 sobre as instalações;
 sobre os processos;
 sobre as substâncias.
Análise preliminar- risco ou perigo
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS OU PERIGOS (APR/APP)

Atividade/Operação:

Referência: Data: / / Revisão:

ETAPA RISCO/PERIGO MODO DE DETECÇÃO EFEITO RECOMENDAÇÕES / CONTROLE


Estimativa de consequências e de vulnerabilidade

Tendo por base as hipóteses acidentais formuladas na etapa anterior, estuda-


se as suas possíveis consequências, medindo os impactos e danos causados
por elas. Deverão ser utilizados modelos de cálculos que representem os
possíveis efeitos resultantes dos tipos de acidentes, como:

• radiações térmicas de incêndios;


• sobrepressões causadas por explosões;
• concentrações tóxicas resultantes de emissões de gases e vapores;
Estimativa de frequências

• Para fazer estudos quantitativos de análise de riscos é necessária a


estimativa das frequências das hipóteses acidentais decorrentes das falhas nos
equipamentos ligados às instalações ou atividades da análise. Da mesma
maneira, a estimativa de probabilidade de erros do homem deve ser
quantificada nesta etapa. Esses dados normalmente são difíceis de serem
estimados já que há poucos estudos abordando confiabilidade humana. As
seguintes técnicas podem ser utilizadas para o cálculo das frequências dos
cenários de acidentes,:

 análise histórica dos acidentes, através da pesquisa bibliográfica


ou nos bancos de dados de acidentes;
 análise por árvore de falhas (AAF);
 análise por árvores de eventos (AAE).
Estimativa de riscos

A estimativa de riscos é feita através da combinação das frequências de


ocorrência das hipóteses de acidentes e as suas respectivas consequências.
Pode-se expressar o risco de diferentes formas segundo o objetivo do
estudo em questão. Geralmente os riscos são expressos da seguinte
maneira:

 Índices de risco;
 Risco social;
 Risco individual.
Avaliação e gerenciamento de riscos

• Nesta etapa os riscos estimados deverão ser avaliados, de maneira a definir


medidas e procedimentos que serão executados com o objetivo de reduzi-los
ou gerenciá-los, tendo-se por base critérios de aceitabilidade de riscos
previamente definidos.

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