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SEGURANÇA EM MAQUINAS E

EQUIPAMENTOS

Darilson M. Barbosa
R & D Engenharia, Informática e Sistemas

SUMÁRIO

Trabalho ................................................................................................................... 03
Perigo, Risco, Prevenção e Precaução ................................................................... 03
Perigo ...................................................................................................................... 03
Risco ....................................................................................................................... 03
Avaliação de riscos ............................................................................................. 03
Tipos de riscos .................................................................................................... 03
Prevenção ............................................................................................................... 05
Epc e Epi ................................................................................................................. 06
Definições ............................................................................................................ 06
Quando usar o EPC ............................................................................................ 07
Como escolher o EPI ........................................................................................... 07
Classificação ....................................................................................................... 07
Obrigações legais .................................................................................................... 08
Precaução ............................................................................................................... 08

NR 12 ...................................................................................................................... 08
Objetivos principais ................................................................................................. 08
Onde a NR12 é utilizada ......................................................................................... 09
Outros conceitos ...................................................................................................... 09
Máquina ................................................................................................................... 09
Principais riscos ....................................................................................................... 10
Principais causas de acidentes devido a utilização de máquinas ........................... 10
Medidas de prevenção ............................................................................................ 11
Recomendações gerais .......................................................................................... 11
Operações de manutenção ..................................................................................... 13

Ergonomia .............................................................................................................. 13
Definição ............................................................................................................. 13
Posições de trabalho ........................................................................................... 13
Levantamento de cargas ..................................................................................... 16

Bibliografia ............................................................................................................... 19

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Trabalho
Definição de trabalho

Podemos definir trabalho como qualquer atividade física ou intelectual, realizada por ser
humano, cujo objetivo é fazer, transformar ou obter algo e ser recompensado por isso.

Portanto toda e qualquer atividade remunerada é considerada trabalho, em todas elas


existem as obrigações e os deveres. Estes determinados pela empresa, governo e etc.

Perigo, Risco, Prevenção e Precaução

Perigo
É a fonte ou situação com potencial de dano em termos de injúria humana ou doença
ocupacional, dano a propriedade, dano ao meio ambiente, ou uma combinação destes
(Norma BS 8800).
Portanto perigo pode ser qualquer coisa potencialmente causadora de danos: materiais,
equipamentos, métodos ou práticas de trabalho.

Risco
Combinação de probabilidade e consequência de um evento perigoso específico que pode
ocorrer.
Temos então que risco é a possibilidade, elevada ou reduzida, de alguém sofrer danos
provocados pelo perigo.

Avaliação de Riscos

A avaliação de riscos é o processo que mede os riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. É uma análise sistemática de
todos os aspectos relacionados com o trabalho, que identifica:

 aquilo que é susceptível de causar lesões ou danos;


 a possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal não for o caso;
 as medidas de prevenção ou protecção que existem, ou deveriam existir, para
controlar os riscos.

Tipos de Riscos

1. Físicos:
São representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de trabalho que
podem afetar a saúde dos trabalhadores, como:
 Ruídos;
 Vibrações;
 Frio;
 Calor;
 Pressões anormais;
 Umidade.

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2. Químicos:
São identificados pelo grande número de substâncias que podem contaminar o
ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e mental dos trabalhadores,
por exemplo:
 Poeiras;
 Fumos:
 Névoas;
 Neblinas;
 Gases;
 Vapores;
 Produtos químicos em geral.

3. Biológicos:
Estão associados ao contato do homem com:
 Vírus;
 Bactérias;
 Protozoários
 Fungos;
 Parasitas
 Bacilos.

4. Ergonômicos:
Estão ligados à execução de tarefas, à organização e às relações de trabalho, são
eles:
 Esforço físico intenso;
 Posturas inadequadas;
 Imposição de ritmos excessivos;
 Jornadas de trabalho prolongadas;
 Monotonia e repetitividade.

5. Acidentes:
São muito diversificados e estão presentes no:
 Arranjo físico inadequado;
 Pisos pouco resistentes ou irregulares;
 Matéria prima ou material fora de especificação;
 Máquinas e equipamento sem proteção;
 Ferramentas inadequadas ou defeituosas;
 Iluminação inadequada.

Todos os perigos identificados na avaliação de riscos devem ser tratados. O tipo de


perigo, o grau de risco que representa e a gravidade do dano que pode causar variam de um
local de trabalho para outro e de setor para setor. Abordamos em seguida apenas alguns dos
aspectos a ter em atenção.

 Equipamentos e instalações de trabalho:


Proteções mecânicas para evitar o contacto com objetos perigosos inadequadas, falta de
manutenção do equipamento e dos veículos de trabalho, cortes e lascas de lâminas,
ângulos, folhas de metal, ferramentas ou extremidades, perigos elétrico.

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 Local de trabalho:
Desordem, arrumação, limpeza e controle, má visibilidade em zonas em que operam
veículos e equipamento de elevação, como gruas móveis, mistura de pessoas e veículos,
principalmente nas entradas e saídas de garagens, armazéns e depósitos.

 Transporte no local de trabalho:


movimentos não controlados de objetos, como barris mal imobilizados e outras cargas e
embalagens, no armazém ou durante o transporte, a distribuição ou a movimentação.
Pessoas atingidas ou atropeladas por veículos em movimento, pessoas que caem de
veículos ou são atingidas por objetos que tombam de veículos, ou veículos capotados.

 Trabalhadores:
falta de informação, instrução, formação, supervisão e educação.

 Trabalho em altura:
em andaimes, escadotes, escadas, pontes rolantes e rampas; existe igualmente um risco
de queda de objetos sobre as pessoas que trabalham num nível inferior.

 Queimaduras:
queimaduras térmicas causadas pelo trabalho com superfícies quentes, líquidos quentes,
vapores, gases ou sistemas de aquecimento; queimaduras químicas causadas por
substâncias corrosivas, nomeadamente por ácidos fortes e bases estremes utilizadas
como produtos de limpeza.

 Incêndios e explosões
causados pela conjugação de três fatores — combustível, oxigênio e uma fonte de
ignição.

 Substâncias perigosas:
podem ser fatais quando inaladas; por exemplo, o monóxido de carbono, "assassino
silencioso", gerado pela combustão incompleta, nomeadamente nos gases de escape.

 Asfixia:
certos trabalhos implicam a exposição ao risco de asfixia, ou seja, à falta de oxigênio. Tal
pode ser o caso dos trabalhos realizados em espaços confinados, como cubas, tanques,
reatores ou condutas.

 Fatores psicossociais:
o stress pode agravar o risco de acidentes de trabalho.

Prevenção
Tomada de ação específica para um risco conhecido.

Existem várias formas de Prevenir os acidentes

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 Eliminando o Perigo na Fonte;
 Neutralizando o Perigo com Equipamento de Proteção Coletiva;
 Reduzindo a probabilidade do dano com Equipamento de Proteção Individual;
 Com medidas gerenciais e administrativas.

Para prevenir os acidentes e as doenças decorrentes do trabalho, a ciência e as


tecnologias colocam à nossa disposição uma série de medidas e equipamentos de proteção
coletiva e individual.
As medidas e os equipamentos de proteção coletiva visam, além proteger muitos
trabalhadores ao mesmo tempo, à otimização dos ambientes de trabalho, destacando-se por
serem mais rentáveis e duráveis para a empresa.

Exemplos:

 Limpeza e organização dos locais de trabalho.


 Sistema de exaustão colocado em um ambiente de trabalho onde há poluição.
 Isolamento ou afastamento de máquina muito ruidosa.
 Colocação de aterramento elétrico nas máquinas e equipamentos.
 Proteção nas escadas através de corrimão, rodapé e pastilha antiderrapante.
 Instalação de avisos, alarmes e sensores nas máquinas, nos equipamentos e
elevadores.7
 Limpeza ou substituição de filtros e tubulações de ar-condicionado.
 Instalação de para-raios.
 Iluminação adequada.
 Colocação de plataforma de proteção em todo o perímetro da face externa dos prédios
nas obras de construção, demolição e reparos.
 Isolamento de áreas internas ou externas com sinalização vertical e horizontal.

EPC E EPI

Definições de EPC e EPI

Equipamento de Proteção Coletiva - EPC: é toda medida ou dispositivo, sinal, imagem,


som, instrumento ou equipamento destinado à proteção de uma ou mais pessoas. Os
exemplos anteriores.

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Equipamento de Proteção Individual - EPI: é todo dispositivo de uso individual, destinado à


proteção de uma pessoa.

Quando usar o EPI

o Quando não for possível eliminar o risco por outras medidas ou equipamentos de
proteção coletiva.
o Quando for necessária complementar a proteção coletiva.
o Em trabalhos eventuais ou emergenciais.
o Em exposição de curto período.

Como escolher o EPI

A escolha do EPI deve ser feita por pessoal especializado, conhecedor não só do
equipamento, como também das condições em que o trabalho é executado.

É preciso conhecer também o tipo de risco, a parte do corpo atingida, as características e


qualidades técnicas do EPI, se possui Certificado de Aprovação - CA do Ministério do
Trabalho e Emprego e, principalmente, o grau de proteção que o equipamento deverá
proporcionar.

Classificação dos EPI

Os equipamentos de proteção individual são classificados de conformidade com a parte do


em corpo que deve ser protegida.

Cabeça - protetores para o crânio e para o rosto. Para o crânio, usam se diversos tipos de
capacetes ou chapéus, e para o rosto utilizam-se protetores faciais;

Olhos e nariz - óculos e máscaras;


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Ouvidos - protetores auditivos tipo concha ou plugs de inserção;

Braços, mãos e dedos - luvas, mangotes e pomadas protetoras;

Tronco - aventais e vestimentas especiais;

Pernas e pés - perneiras, botas ou sapatos de segurança;


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Corpo inteiro - cintos de segurança contra quedas ou impactos.

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Obrigações legais

Cabe ao empregador:

 adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;


 fornecer gratuitamente ao empregado somente EPI aprovado pelo Ministério do
Trabalho e Emprego através do Certificado de Aprovação - CA;
 orientar o trabalhador sobre o seu uso;
 tornar obrigatório o uso;
 substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica.
 Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

Cabe ao empregado:

 usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;


 responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
 comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
 cumprir as determinações do empregador sobre seu uso.

Precaução
Tomada de uma ação “geral/estendida” diante de riscos não conhecidos.

Porque acontecem os acidentes

Sabemos que os acidentes ocorrem devido a uma interação de vários fatores que estão
presentes no ambiente ou na situação de trabalho muito antes do seu desencadeamento. . .
São, portanto, eventos previsíveis e preveníveis.”

NR 12 – SEGURANÇA EM MAQUINAS E EQUIPAMENTOS


A Norma Regulamentadora Nº 12 define referências técnicas, princípios fundamentais
e medidas de proteção visando garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores.
Dentro dos métodos de controle adotados para garantir a segurança no trabalho estão a
definição de protocolos e fluxos de trabalho em todas as fases de operação e manutenção de
máquinas, treinamento documentado de todos os empregados envolvidos, e a projeção e
instalação de sistemas de segurança, os quais compreendem proteções físicas fixas e
móveis, dispositivos de monitoramento, circuitos de acionamento e dispositivos mecânicos,
todos instalados de forma redundante e monitorados por interface de segurança certificada
conforme a categoria de risco avaliada.

Objetivos principais:

 Trazer informações sobre boas práticas em segurança de máquinas;


 Nova geração de máquinas : Concepção com segurança intrínseca da máquina;
 Adequação das máquinas existentes;
 Redução das assimetrias regionais quanto a proteção dos trabalhadores;
 Redução dos acidentes típicos;
 Prevenção de doenças.

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Onde a NR 12 e utilizada

 Fabricas
 Importação
 Comercio
 Exposição
 Em toda atividade econômica
 Onde houver a intervenção de máquinas e equipamentos

Dentro da segurança do trabalho além dos conceitos vistos acima, perigo e risco existem
outros que afetam na saúde do trabalhador, são eles:

Outros conceitos:

Acidente:
É o evento não programado nem planejado que resulta em lesão, doença ou morte, dano ou
outro tipo de perda.

Incidente:
É o evento que tem o potencial de levar a um acidente ou que deu origem a um acidente.

Dano:
É a consequência de um perigo, em termos de lesão, doença, prejuízo à propriedade, meio
ambiente ou uma combinação destes.

Saúde:
É o equilibrado bem-estar físico, mental e social do ser humano.

Gerenciamento de Riscos:
conjunto de medidas gerenciais utilizadas em uma política de redução de riscos, bem como
redução das consequências de cenários acidentais porventura instalados.

Máquina

Conjunto de peças ou de órgãos ligados entre eles, em que pelo menos um é móvel.

O perigo mecânico gerado por partes, ou componentes da máquina, está condicionada


principalmente pela:

– forma (arestas, rebarbas, partes pontiagudas);


– posição relativa (zonas de contato iminente);
– a massa e a estabilidade (energia potencial);
– a massa e a velocidade (energia cinética);
– resistência mecânica a ruptura ou deformação,
– acumulação de energia, etc.

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Principais Riscos

Os principais riscos mecânicos a que estão expostos os trabalhadores, quando operam uma
maquina são:

 Agarramento, enrolamento, arrastamento, aprisionamento


 Corte, corte por cisalhamento
 Golpe ou decepamento
 Esmagamento
 Choque ou impacto
 Abrasão ou fricção
 Ejeção de fluidos e elevada pressão
 Projeção de objetos
 Perda de estabilidade
 Perfuração, picadela

Principais Causas de Acidentes Devidos à Utilização de Máquinas

Os acidentes quando ocorrem são, regra geral, imputados ao operador que desempenha a
tarefa. No entanto as suas verdadeiras causas são, na maioria das vezes, originadas por
situações alheias ao trabalhador mais direto, tais como:

 Elementos de proteção em falta, inadequados ou danificados


 Desenho da máquina incorreto (está pensado unicamente para o produto final e não
para a utilização por parte do trabalhador)
 Instalação e montagem da máquina precária (movimenta-se, vibra, etc.)
 Utilização inadequada da máquina (submeter a máquina a esforços para os quais não
está dimensionada ou utilizá-la para outros fins que não aqueles a que se destina)
 Manutenção da máquina deficiente ou inexistente
 Ferramentas da máquina em mau estado, inadequadas ou gastas
 Erros de comando (inexistência de sinalização ou instruções dos comandos da
máquina)
 Arranque intempestivo da máquina
 Impossibilidade de paragem da máquina em condições de segurança (inexistência ou
deficiência de funcionamento dos sistemas de paragem de emergência)

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Medidas de Prevenção

Recomendações Gerais

o Só devem ser adquiridas e colocadas em funcionamento as máquinas que cumpram


os requisitos mínimos de segurança e saúde (máquinas com marcação CE)
o Os sistemas de comando das máquinas devem ser bem visíveis, estar claramente
identificados e equipados com um comando à distância (sempre que seja possível),
posicionados e acessíveis fora da zona perigosa da máquina e possuir um sistema de
paragem de emergência acessível e devidamente identificado (este deve completar o
comando de paragem manual)
o A colocação da máquina ou equipamento em funcionamento só deve ser possível por
ação voluntária do operador; uma manobra não intencional nunca deve provocar uma
situação perigosa (o comando de arranque deve estar protegido contra o toque
inadvertido)
o A ordem de paragem da máquina tem que ter prioridade sobre a ordem de arranque
o Os dispositivos de segurança e proteção da máquina devem ser robustos e
solidamente fixos; devem ser concebidos de forma a poderem ser desmontados para
que se possa aceder à zona perigosa ou equipamento sem gerar riscos adicionais; a
sua colocação não pode ocasionar riscos complementares e devem facilitar a
observação do ciclo de trabalho
o Os órgãos de transmissão, correias, engrenagens, polias, etc., devem estar
devidamente protegidos ou isolados
o As zonas das máquinas onde existam riscos mecânicos e onde não haja uma
intervenção por parte do operador devem possuir projeções eficazes (ex.: proteções
fixas)
o Todas as máquinas devem estar corretamente fixas ou estáveis no pavimento
o Todas as máquinas devem ser mantidas num perfeito estado de conservação, limpas e
oleadas
o A máquina dever ser manipulada sem distrações e de acordo com as regras de
segurança estabelecidas
o A iluminação dos locais de trabalho e de manutenção deve ser suficiente e em função
das exigências da tarefa
o Devem existir dispositivos de alerta que devem ser facilmente percebidos (se sonoros,
devem-se sobrepor ao ruído da máquina e ambiente) e a sua interpretação deve ser
imediata e sem ambiguidade
o Todas as zonas perigosas das máquinas devem estar devidamente sinalizadas e
identificadas
o As máquinas devem ser alvo de manutenções periódicas no sentido de se verificar o
seu funcionamento seguro, e de inspeções adicionais sempre que sejam feitas
alterações na máquina, haja um acidente ou por falta de uso prolongado

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O operador antes de Iniciar o Trabalho deve:

 Verificar se as projeções das engrenagens, correias, etc., estão colocadas


corretamente e devidamente fixas
 Não remover ou adulterar qualquer proteção ou barreira de proteção da máquina e não
iniciar o trabalho se alguma se encontrar danificada ou ausente
 Verificar se os dispositivos de proteção se encontram no seu local e corretamente
instalados
 Verificar se os elementos de fixação da peça estão em bom estado de conservação e
devidamente fixos à máquina
 Verificar se a peça a maquinar está corretamente fixa aos elementos de fixação
 Verificar que na mesa onde se vai maquinar a peça não se encontram ferramentas ou
peças que possam cair ou ser alcançadas e projetadas por elementos da máquina

Durante o Trabalho

 Durante a operação o operador deve manter as mãos afastadas da ferramenta da


máquina; para trabalhos que se realizem em ciclos automáticos, nunca se devem
apoiar as mãos na mesa da máquina
 Todas as tarefas de verificação, ajuste, etc., devem ser realizadas com a máquina
parada,
 Afastar-se ou abandonar o posto de trabalho (mesmo que seja por um breve momento)
 Medir e calibrar
 Verificar o trabalho (acabamento da peça)
 Ajustar os elementos de proteção
 Direcionar o líquido de refrigeração, óleos de corte, etc.
 Limpar e/ou olear
 Colocar a peça a trabalhar na máquina

Ao final do expediente

Com a máquina desligada


 Desmontar as peças removíveis
 Retirar todo o excesso de resíduos utilizando as ferramentas corretas fornecidas ou
indicadas pelo fabricante
 Limpar e higienizar a máquina, utilizar panos limpos
 Não utilizar água corrente (mangueiras), a limpeza deve ser feita com pano úmido ou
conforme indicação do fabricante.
 Verificar se a chave geral esta desligada

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Operações de Manutenção

Devem realizar-se em condições de segurança adequadas:

 Parar, sempre que seja possível, a máquina


 Sinalizar com avisos de proibição de colocação em funcionamento todas as máquinas
avariadas ou cujo funcionamento seja perigoso
 Para evitar a colocação em funcionamento acidental de máquinas em manutenção
deve-se bloquear o interruptor principal de acionamento da máquina ou desligar e
bloquear no quadro a alimentação elétrica da máquina (por exemplo, com cadeado)
 Todos os equipamentos desligados devem estar devidamente identificados, utilizando
para tal procedimentos de segurança: lock-out (desligar e bloquear o arranque da
máquina) e tag-out (aviso de máquina em manutenção).

Ergonomia

O que é Ergonomia:

Ergonomia é um termo que deriva do grego “ergon”, que significa “trabalho” e “nomos”, que
significa “leis ou normas”. Ergonomia designa o conjunto de disciplinas que estuda a
organização do trabalho no qual existe interações entre seres humanos e máquinas. O
principal objetivo da ergonomia é desenvolver e aplicar técnicas de adaptação do homem ao
seu trabalho e formas eficientes e seguras de o desempenhar visando a otimização do bem-
estar e, consequentemente, aumento da produtividade.
Na percepção ergonômica, todo e qualquer trabalho possui dois componentes: o físico e o
mental, que necessitam de equilíbrio para proporcionar bem-estar e saúde aos trabalhadores.
As pessoas possuem estaturas e constituição física diferentes. Portanto, a capacidade de
suportar sobrecarga física e mental também varia de indivíduo para indivíduo. Estas
características tão distintas devem ser levadas em consideração no planejamento das tarefas
e das condições de trabalho.

É razoável concluir que uma máquina, um equipamento, painel, plataforma, cadeira, mesa ou
ferramenta de trabalho com desenho inadequado e sem permitir ajustes de adequação para o
usuário podem provocar dores lombares, lesões nos músculos, tendões e articulações.

Posições de trabalho

Em pé

As tarefas que exigem que o trabalhador fique constantemente em pé provocam uma


sobrecarga nas pernas. Estas podem ficar inchadas, pois os músculos não se movimentam o
suficiente para bombear a quantidade adequada de sangue de volta para o coração. Em
consequência, aparecem o cansaço e a redução da capacidade de concentração.

É impossível trabalhar em pé comodamente por muito tempo quando a altura em que as


tarefas são realizadas é inadequada ou quando os controles das máquinas e equipamentos
não estão ao alcance. É necessário que exista bastante espaço para os pés, para que o
trabalhador possa mudar de posição e distribuir alternativamente o peso.

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Roupas ou uniformes apertados dificultam os movimentos durante o trabalho, por isso devem
ser evitados.

A altura em que a tarefa é realizada é um fator importante, pois, se esta for incorreta, o
organismo se cansará mais facilmente. A altura deve ser ideal para que o trabalho possa ser
realizado sem que o trabalhador precise curvar as costas e de modo que os ombros
permaneçam relaxados em posição natural.

Quando se trabalha em pé é importante que:

o os objetos necessários à execução da tarefa sejam de fácil alcance;

o a altura da bancada esteja ajustada à estatura do trabalhador, de forma que, quando


este estiver em pé, a superfície de trabalho esteja ao nível dos cotovelos, deste modo
ele poderá ficar com as costas eretas e os ombros relaxados;

o o trabalhador fique em uma posição ereta em frente à bancada e próximo dela, com o
peso distribuído igualmente entre as duas pernas;

o a altura da superfície de trabalho seja alterada de acordo com a natureza do trabalho;


e os comandos, tais como as alavancas ou interruptores, estejam em nível mais baixo
do que os ombros;

o a superfície sobre a qual o trabalhador esteja em pé seja adequada e resistente às


condições de trabalho;

o os calçados sejam adequados, diminuindo a sobrecarga das costas e pernas.

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O ideal é que o trabalhador possa alternar entre as posições sentado e em pé, e inclusive
revezar entre uma tarefa mais sedentária e outra que exija maior movimentação.

Sentado

Durante tarefas que não exigem muita força muscular e que podem ser executadas em áreas
limitadas, o trabalhador deve estar sentado. Toda a área deve estar ao alcance do
trabalhador, sem que ele necessite esticar ou torcer o corpo.

Condições visuais

É essencial que se veja claramente aquilo com que se está trabalhando. A maioria dos
objetos deve ficar a 50 centímetros de distância dos olhos.
No caso de objetos muito pequenos, estes devem ser colocados sobre uma superfície mais
elevada, sendo algumas vezes necessário fazer uso de uma lente de aumento.

Para reduzir o desconforto decorrente do trabalho sentado junto a máquinas ou


terminais de computador, recomenda-se:

o as condições da tela ou lente devem ser ajustadas cuidadosamente, de forma a


compatibilizá-las com a visão individual;

o a posição da tela e a distância entre esta e os olhos devem ser ajustáveis


individualmente;

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o a iluminação deve ser adequada ao tipo de trabalho que está sendo realizado para
evitar ofuscamento ou reflexos. Certas atividades exigem uma iluminação
complementar ou especial;

o as jornadas de trabalho deverão contar pausas para repouso visual;

o o assento da cadeira de trabalho deverá ter uma altura ajustável, para que cada
pessoa possa trabalhar na posição mais confortável possível.

Levantamento de cargas

O levantamento e o transporte manual de cargas pesadas devem ser evitados, devendo ser
realizados por equipamentos mecânicos.Se isto não for possível, várias pessoas devem
trabalhar juntas, sendo importante que todas utilizem os métodos corretos de levantamento.

O levantamento de peso deve ser realizado com o auxílio das pernas e não das costas. A
postura correta deve ser com os ombros para trás, as costas arqueadas e os joelhos
dobrados.
O peso deve ser mantido o mais próximo possível do corpo. Para levantar a carga, manter as
costas retas e, aos poucos, esticar as pernas, observando:

o a carga próxima ao corpo;

o os pés separados e o peso do corpo corretamente distribuído;

o a carga apoiada nas duas mãos.

o os joelhos dobrados;

o o pescoço e as costas alinhados;

o as costas retas e as pernas em movimento de esticar.

Organização e conteúdo do trabalho

Condições de trabalho adequadas contribuem para a segurança e a saúde dos trabalhadores,


e para melhorar a produção e a competitividade da empresa.

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Para a Ergonomia, existem algumas decisões administrativas que auxiliam na melhoria
da organização e do conteúdo do trabalho

o aumentar o grau de liberdade para a realização da tarefa, reduzindo a fragmentação e


a repetição;

o permitir maior controle do trabalhador sobre o seu trabalho;

o levar em conta que a capacidade produtiva de uma pessoa pode variar, e que essa
capacidade é diferente entre um indivíduo e outro;

o estabelecer pausas, quando e onde cabíveis, durante a jornada de trabalho para


relaxar, distensionar e permitir a livre movimentação, sem aumento do ritmo ou da
carga de trabalho;

o enriquecer o conteúdo do trabalho, nas tarefas e locais de atividade, para que a


criatividade e a realização profissionais sejam objetivos comuns das empresas e dos
trabalhadores;

o o mobiliário dos locais de trabalho deve permitir posturas confortáveis, ser adequado
às características físicas do trabalhador e à natureza das tarefas, e permitir liberdade
de movimentos;

o ferramentas e instrumentos de trabalho devem ser adequados à tarefa e ao seu


operador.

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“A Segurança não é o simples ato egoísta de


não querer acidentar, mas sobretudo, um ato
de solidariedade de não deixar ocorrer
acidentes.”

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Bibliografia

Normas Regulamentadoras do MTE


- NR 01
- NR 06
- NR 09
- NR 12
- NR 17

- Curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho – Pitágoras BH


- Gestão de Riscos no Trabalho – Fundacentro, 1999

Sites Pesquisados:

- www.mte.gov.br
- www.fundacentro.gov.br
- www.abnt.gov.br
- www.inmetro.gov.br
- www.sesi.org.br
- www.previdenciasocial.gov.br

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Autor:

Darilson M. Barbosa

Engenheiro Mecânico
Engenheiro de Segurança do Trabalho

Contato:

e-mail: darilsonmb@hotmail.com
tel: (33) 3083-1579 / 3021-2792

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