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Manutenção

Industrial

186
1ª edição
Desenvolvimento de conteúdo, mediação pedagógica e design gráfico
Equipe Técnico-Pedagógica do Instituto Monitor

Monitor Editorial Ltda.


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1ª Edição - Junho/2015

I.C.E. Monitor
Sumário

Apresentação.................................................................................................................................. 6

Lição 1 - Mecanismo de Deterioração dos Materiais


Introdução.................................................................................................................................. 7
1. Mecanismo de Deterioração dos Materiais........................................................ 7
1.1 Seleção de Materiais.............................................................................................. 8
1.2 Corrosão........................................................................................................................ 9
1.2.1 Corrosão Atmosférica................................................................................. 9
1.2.2 Corrosão pelo Solo....................................................................................... 10
1.2.3 Formas de Proteção do Metal............................................................... 10
1.3 Deterioração Metalúrgica................................................................................... 11
1.4 Processamento Industrial.................................................................................. 12
Exercícios Propostos............................................................................................................ 13

Lição 2 - Técnicas de Ensaios Destrutivos e Não Destrutivos


Introdução.................................................................................................................................. 15
1. Sobre as propriedades dos Metais............................................................................ 15
2. Ensaios Mecânicos dos Materiais............................................................................ 16
2.1 Ensaios Destrutivos................................................................................................ 16
2.1.1 Ensaio de Tração............................................................................................ 17
2.1.2 Ensaio de Compressão ou Compressão Física............................ 17
2.1.3 Ensaio de Dureza ou Ensaio de Penetração................................. 18
2.1.4 Ensaio de Flexão........................................................................................... 18
2.2 Ensaios Não Destrutivos..................................................................................... 19
2.2.1 Emissão Acústica.......................................................................................... 19
2.2.2 Ensaio Visual.................................................................................................. 19
2.2.3 Ultrassom Automatizado....................................................................... 20

Lição 3 - NR 13: Caldeiras e Vasos de Pressão


Introdução.................................................................................................................................. 23 1.
Caldeiras e Vasos de Pressão........................................................................................... 23
2. Inspeção Baseada no Risco.......................................................................................... 24
3. Estatística: Probabilidade de Falhas....................................................................... 24
3.1 Questões Administrativas................................................................................... 24
4. Riscos........................................................................................................................................ 25
5. Questões Operacionais................................................................................................... 25
Exercícios Propostos............................................................................................................ 26

3
Lição 4 - Higiene Ocupacional e Segurança do Trabalho
Introdução.................................................................................................................................. 27
1. Higiene Ocupacional........................................................................................................ 27
2. Segurança do Trabalho.................................................................................................. 28
2.1 Condições Inseguras de Trabalho e Orientações Importantes.... 28
2.2 Atos Inseguros do Profissional e Orientações Importantes
para o Ambiente Industrial.............................................................................. 29
2.3 Normas Gerais e Atribuições de Segurança........................................... 30
2.3.1 Consolidação das Leis do Trabalho – CLT...................................... 30
2.4 Segurança na Operação de Sistemas Industriais e NRs.................. 40
2.4.1 Condições Inseguras das Instalações Industriais..................... 40
2.5 Normas Regulamentadoras – NRs............................................................... 40
Exercícios Propostos............................................................................................................ 47

Encerramento................................................................................................................................. 50

Referências Bibliográficas..................................................................................................... 51

4
Apresentação
Manutenção Industrial é uma área relevante no contexto do processo pro-
dutivo e podemos afirmar que, dentro das indústrias, é um setor que visa
manter o perfeito funcionamento dos sistemas, máquinas e equipamentos
industriais. Com os avanços tecnológicos e desenvolvimento dos processos
produtivos, é importante que o profissional que irá atuar nesta área tenha os
conhecimentos técnicos necessários ao setor.

Existe falta de profissionais qualificados para atender às demandas da ma-


nutenção industrial; e muitos são os riscos presentes no ambiente produtivo,
tais como: perda de produção, serviços de manutenção sem qualidade, atraso
na entrega de produto, danos materiais, financeiros e acidentes de trabalho.

Além dos riscos presentes nos ambientes industriais, riscos como: possibili-
dades de ambientes de trabalho sem organização e limpeza, falta de planeja-
mento ou planejamento inadequado de serviços, equipamentos e máquinas
sem conservação adequada. O profissional que realiza ou que realizará os
serviços de manutenção deve ficar atento aos riscos profissionais presentes
nas suas atividades, riscos como: possíveis cortes, quedas, choques elétricos,
posturas inadequadas e uso de ferramentas e equipamentos obsoletos1.

A qualificação e aprendizado contínuo e seguro deverá ser seu principal alia-


do no desenvolvimento profissional, na prevenção de acidentes e prestação
de serviços de manutenção com qualidade.

Bom estudo!

1. Obsoleto
Caído em desuso; antiquado.

5
Lição 1 - Mecanismo de Deterioração
dos Materiais

Temos buscado e adquirido, dentro de nossas condições e possibilida-


des, produtos e serviços de qualidade, entre eles: roupas, alimentos,
lazer e outras necessidades humanas, e empresas sérias e coerentes
tem o mesmo foco: a qualidade na aquisição dos seus produtos e servi-
ços. São eles: sistemas, programas, máquinas e contratação de profis-
sionais. A conservação de produtos para que sejam utilizados no mo-
mento propício é uma das atenções e preocupações da alta direção de
empresas e indústrias.

A lição visa mostrar os mecanismos de deterioração dos materiais, os prin-


cipais ensaios destrutivos e não destrutivos, a importância da NR 13 na con-
servação das caldeiras1 e vasos de pressão, bem como os mecanismos de
acumulação de danos a integridade das estruturas.

Ao término dessa lição você deverá ser capaz de:


a) Identificar os mecanismos de deterioração dos materiais;
b) Conhecer e identificar os tipos de corrosão (atmosférica/solo).

Saiba Mais
Mecanismos de deterioração: Conjunto de agentes dispostos que permitem a corrosão
de materiais.

1. Mecanismo de Deterioração dos Materiais


O principal mecanismo de deterioração é a corrosão, que consiste em
uma reação química do metal com o oxigênio do ar, na presença de água
ou umidade (oxidação) (água/ar). Com base nesse entendimento, ou seja,
a compreensão de que deterioração é a perda de massa por oxidação, va-
mos conhecer os procedimentos de preservação dos objetos metálicos
antes de utilizá-los.

1. Caldeira
Tanque metálico para aquecimento de líquidos/Gerador de vapor (Inúmeras indústrias
possuem este sistema/equipamento visando gerar vapor para iniciar e manter seus processos
produtivos).

6
Figura 1 – Exemplo de corrosão em chapa metálica

1.1 Seleção de Materiais

A escolha do tipo de material que será utilizado na fabricação ou melhoria de


produtos constitui parte importante do contexto da Manutenção Industrial.
Trata-se de uma área que apresenta dificuldades (condições de não preser-
vação), como, por exemplo, o fenômeno de corrosão, que é uma condição de
deterioração da matéria.

Escolher corretamente os materiais para que os mesmos possam ser utili-


zados na produção ou melhoria de produtos contribuirá de forma decisiva
para que estes sejam fabricados sem defeitos e melhor aceitos pelos variados
mercados consumidores: cliente, empresas e indústrias em geral.

A Seleção correta dos materiais deverá conter basicamente os seguintes pro-


cedimentos:
a) Definir o responsável que irá gerenciar o projeto (criação e/ou melhoria
do produto);
b) Definir os profissionais que irão fornecer e aplicar os conhecimentos
técnicos, mecânicos e de produção;
c) Criar condições (salas de reuniões, computadores, pranchetas, tempo
adequado, recursos financeiros) para que estes profissionais possam atuar de
forma plena no fornecimento de informações e aplicações de tecnologias;
d) Definir o projeto do produto e plano de execução (ex: máquinas e/
ou acessórios). Quais os objetivos, justificativa, desenvolvimento,
encerramento, criação ou alterações de melhoria, fornecedores, local de
estoque de matérias e quando será utilizado.

Saiba Mais
Na seleção de materiais é possível o envolvimento de um ou mais profissionais e
setores da indústria. Entre os setores estão: setor de qualidade, setor de manutenção
elétrica e/ou mecânica, fornecedores, entre outros.

Dica de Leitura
Saiba mais sobre Seleção de Materiais no artigo “Metalurgia e Materiais metallurgy
and materiais” de Washington Luís Vieira da Silvai; Zirlene Alves da Silva Santosii;
André Luís Silvaiii; Adilson Rodrigues da Costaiv Disponível em: http://dx.doi.
org/10.1590/S0370-44672012000200011

7
1.2 Corrosão

A corrosão é a destruição lenta e contínua de qualquer material sólido, causa-


da por ação química, iniciada na superfície do material, temos como exemplo
a corrosão que ocorre nos metais e denominamos de corrosão metálica.

Os metais possuem uma forte tendência corrosiva e é necessário que o pro-


fissional de manutenção industrial, tenha a ciência e domínio da forma de
preservação dessas tendências.

Figura 2 – Situação/condição típica de corrosão lenta e contínua de material sólido

Sobre a ação química direta de agentes corrosivos sobre o metal, o caso mais
comum é a deterioração do aço e do ferro. A seguir, apresentaremos duas
formas comuns de deterioração no ambiente industrial e algumas formas de
proteção do metal.

►►1.2.1 Corrosão Atmosférica


A corrosão é um processo químico onde o metal reage com o oxigênio do ar
na presença de umidade, ou seja, para ocorrer a corrosão, é necessário que o
metal esteja exposto ao oxigênio e exista acumulo de água ou umidade que
possibilite a movimentação dos elétrons.

Figura 3 – Corrosão em estruturas metálicas expostas aos fenômenos atmosféricos

8
►►1.2.2 Corrosão pelo Solo
O metal (ex: tubulação de ferro), uma vez enterrado no solo, e graças à umida-
de do próprio local, com o passar do tempo, sofrerá corrosão.

Figura 4 - exemplo de corrosão pelo solo

►►1.2.3 Formas de Proteção do Metal


Antes da utilização do metal, é necessária a aplicação dos seguintes procedi-
mentos:

A peça deverá receber cobertura de uma fina camada de metal protetor (zin-
cagem, galvanização, cromagem etc.).

Figura 5 – Processo de galvanização por banho químico

A peça poderá passar por processos termoquímicos, como a cementação2 ou


a fosfatização3, que consiste na modificação da estrutura por fina camada su-
perficial.

2. Cementação
Modificação das qualidades de um metal por este se combinar com outra substância
(geralmente carbono), sob a .ação do calor.

3. Fofatização
Processo em metalurgia de proteção superficial de metais, que consiste em se recobrir peças
metálicas com fosfatos de zinco, ferro e manganês.

9
Figura 6 – Sistema de cementação

Há também o processo de recobrimento da superfície da peça por pintura


(tintas, vernizes e esmalte).

Figura 7 – Recobrimento da peça por pintura

1.3 Deterioração Metalúrgica

A deterioração (corrosão) dos metais é uma realidade e condição que merece


especial atenção do profissional que atua ou atuará direta ou indiretamente
no setor produtivo e através do setor de manutenção industrial.

A preservação de produtos, como peças metálicas, máquinas, equipamentos e


estruturas, devem ser o alvo da atenção de mecânicos, técnicos da qualidade,
segurança, engenheiros e gestores.

O controle do fenômeno da corrosão somente será possível pela escolha cor-


reta dos materiais (seleção de materiais) e da aplicação das formas e meios de
proteção.

Lembrete
Manutenção Industrial é uma área relevante no contexto do processo produtivo e
podemos afirmar que, dentro das indústrias, é um setor que visa manter o perfeito
funcionamento de sistemas, máquinas e equipamentos industriais.

10
1.4 Processamento Industrial

Dentro das indústrias ocorrem processos variados, entre eles está a trans-
formação química e mecânica de produtos ou subprodutos para criação ou
melhoria dos já existentes.

O processamento industrial envolve questões de planejamento, como manu-


tenção preventiva ou corretiva, e implementação de programas e projetos,
respeitando a aplicação de etapas iniciais, desenvolvimento e finalização.

Figura 8 - Atividades de manutenção (corretiva e/ou preventiva) de sistemas, máquinas e


equipamentos

Criar condições para que o produto tenha maior durabilidade e qualidade de-
verá ser a meta e o objetivo dos responsáveis pelo processamento industrial.
Como profissional do ramo, você deverá fornecer conhecimentos técnicos e
exercer sua atividade com profissionalismo, seja na área operacional ou na
área administrativa.

Dica de Vídeo
Processamento industrial é um conjunto de conhecimentos e aplicações técnicas,
operacionais, tecnológicos e administrativas que se realizam e se vivenciam no
Ambiente de Trabalho (administrativo e operacional).

Nos endereços a seguir, você poderá assistir vídeos sobre temas relevantes ao
processamento industrial, visando um melhor aprendizado.

Segue:

A química da Corrosão/metais:
https://www.youtube.com/watch?v=qddcU8Gu6NU

Gestão da manutenção (Manutenção Mundial, seguimentos da manutenção):


https://www.youtube.com/watch?v=67Gw8Ju9Ddc

Manutenção corretiva preventiva e preditiva:


https://www.youtube.com/watch?v=406rBM7SApU

11
Exercícios Propostos

1. De acordo com o conteúdo da disciplina Manutenção Industrial, marque


a afirmação correta:
( ) a) Manutenção Industrial é um setor que visa manter o perfeito funciona-
mento de sistemas, máquinas e equipamentos industriais.
( ) b) Manutenção Industrial é o setor responsável somente pela manuten-
ção preventiva de sistemas, máquinas e equipamentos industriais.
( ) c) Manutenção Industrial é o setor responsável somente pelo reparo de
sistemas, máquinas e equipamentos industriais.
( ) d) Manutenção Industrial é a área responsável somente pelo funciona-
mento do sistema.
( ) e) Manutenção Industrial é o setor responsável somente pela atividade
corretiva de sistemas, máquinas e equipamentos industriais.

2. Leia atentamente as afirmações e marque a questão correta em relação à


escolha dos materiais:
( ) a) Escolher de forma incorreta os materiais não seria problema, pois ain-
da poderá ser feita ações corretivas, que contribuirá de forma decisiva
para que os produtos sejam fabricados sem defeitos e melhor aceitos
pelos variados mercados consumidores.
( ) b) Escolher corretamente os materiais contribui para que os produtos se-
jam fabricados sem defeitos e melhor aceitos pelos variados mercados
consumidores.
( ) c) Escolher corretamente os materiais é garantia de que não se necessitará
de atividades corretivas quanto aos produtos.
( ) d) Escolhendo corretamente os materiais para que os mesmos possam
ser utilizados na produção ou melhoria de produtos não necessitará de
medidas preventivas para a sua preservação.
( ) e) Escolher corretamente os materiais não significa êxito na produção ou
melhoria de produtos.

3. Podemos afirmar que corrosão é:


( ) a) A corrosão é a destruição lenta e não contínua de qualquer material
sólido, causada por ação química, iniciada na superfície do material.
( ) b) A corrosão é a destruição lenta e contínua de qualquer material sólido,
causada por ação química, iniciada na superfície do material.
( ) c) A corrosão é a destruição lenta e contínua de qualquer material sólido,
causada por ação química, iniciada no interior do material.
( ) d) A corrosão é a destruição lenta e contínua de qualquer material líquido,
causada por ação química, iniciada no interior do material.
( ) e) A corrosão é a destruição rápida e contínua de qualquer material líqui-
do, causada por ação química, iniciada no interior do material.

12
4. A seguir, são apresentadas explicações sobre corrosão atmosférica e for-
ma de proteção:
I. Os metais expostos ao ar seco e puro não sofrem deterioração devido à prote-
ção do seu filme protetor em torno de si. A possibilidade de corrosão será devido à
destruição deste filtro em algum ponto e sua manutenção não é possível. É preciso
trocá-lo.
II. Os metais expostos ao ar seco e puro não sofrem deterioração devido à proteção do
seu filme protetor em torno de si. A possibilidade de corrosão será devido à destruição
deste filtro em algum ponto e não poderá ser interrompida a deterioração contínua
com o recobrimento com filme protetor.
III. Os metais expostos ao ar seco e puro não sofrem deterioração devido à prote-
ção do seu filme protetor em torno de si. A possibilidade de corrosão será devido à
destruição deste filtro em algum ponto. Porém, ela poderá ser interrompida com o
recobrimento com filme protetor.
IV. Os metais expostos ao ar seco e puro não sofrem deterioração devido à proteção
do seu filme protetor em torno de si, não havendo possibilidade de corrosão do filme
protetor.

Assinale a alternativa quanto à explicação correta:


( ) a) I e II
( ) b) I e III
( ) c) II e III
( ) d) III e IV
( ) e) Somente a III

5. O ________________ envolve questões de planejamento e implementação


de programas e projetos, respeitando a aplicação de etapas iniciais, de-
senvolvimento e finalização.

Assinale a alternativa que completa o sentido da frase:


( ) a) Manutenção preventiva
( ) b) Mecanismo de deterioração
( ) c) Setor administrativo
( ) d) Processamento industrial
( ) e) Agentes corrosivos

5. D
4. E
3. B
2. B
1. A
Respostas dos Exercícios Propostos

13
Lição 2 - Técnicas de Ensaios Destrutivos e
Não Destrutivos

O metal é um elemento muito utilizado no setor de manutenção industrial,


seja na produção de produtos novos, seja na melhoria ou recuperação de
produtos existentes, como máquinas, equipamentos, acessórios, etc. É im-
portante que anomalias1 e defeitos venham ser detectados antes de sua uti-
lização. Dentre as formas ou técnicas utilizadas para a detecção de defeitos,
estão as técnicas de ensaios destrutivos e não destrutivos.

Ao término dessa lição você deverá ser capaz de:


• Conhecer as técnicas de ensaios destrutivos e não destrutivos.
1. Sobre as propriedades dos metais
Antes de darmos continuidade, vamos estudar algumas propriedades dos
metais, conforme segue:

Propriedades elétricas: são bons condutores de eletricidade. Exemplo: prata,


ouro, cobre e alumínio.

Figura 1 – Fios de cobre

Propriedades mecânicas: está relacionado à aplicação de forças e à defor-


mação sofridas pelo mesmo.

Figura 2 – Exemplo de deformação do metal

1. Anomalias
Irregularidade, deformidade ou monstruosidade.

14
Propriedades magnéticas: Utilizados em processos magnéticos, como vál-
vulas solenoides. Metais: ferro, cobalto e níquel.

Figura 3 – Exemplo de válvula solenoide

Propriedades Térmicas: São metais que são bons condutores de calor (eletri-
cidade). Exemplo: prata, ouro, cobre e alumínio.

Figura 4 – Exemplo de fundição de alumínio

2. Ensaios Mecânicos dos Materiais


Os ensaios mecânicos dos materiais são procedimentos padronizados que
compreendem testes, cálculos, gráficos e consultas a tabelas, tudo isso em
conformidade com normas técnicas. Realizar um ensaio consiste em subme-
ter um objeto já fabricado ou um material que vai ser processado industrial-
mente a situações que simulam os esforços que eles vão sofrer nas condições
reais de uso, chegando a limites extremos de solicitação.

É por meio dos ensaios mecânicos que se verifica se os materiais apresentam


as propriedades que os tornarão adequados ao seu uso. Dessa forma, tem-se
o controle de qualidade do produto, garantindo assim confiabilidade e segu-
rança para o cliente.

2.1 Ensaios Destrutivos

Os ensaios destrutivos são aqueles que deixam algum sinal na peça ou cor-
po de prova submetido ao ensaio, mesmo que estes não fiquem inutilizados.
Exemplos: tração, compressão, dureza, flexão, entre outros. A seguir, os tipos
mais comuns de ensaios destrutivos.

15
►►2.1.1 Ensaio de Tração
Consiste na aplicação de uma carga de tração crescente, em uma única dire-
ção, em um dado corpo de prova, previamente preparado e normatizado, até
a ruptura do mesmo. Neste ensaio deseja-se medir a variação no comprimen-
to em função da carga aplicada.

Figura 5 – Exemplo de ensaio de tração

►►2.1.2 Ensaio de Compressão ou Compressão Física


Consiste na aplicação de uma carga compressiva2, em uma única direção, em
um dado corpo de prova, previamente preparado e normatizado. Deseja-se
determinar a deformação linear obtida. Quando um material é submetido ao
ensaio de compressão, a relação entre tensão e deformação é semelhante às
obtidas no ensaio de tração.

Figura 6 – Ensaio de compressão ou compressão física

2. Compressiva
Redução de volume resultante dessa pressão.

16
►►2.1.3 Ensaio de Dureza ou Ensaio de Penetração
Consiste na impressão de uma pequena marca feita na superfície do material,
com a ajuda de uma ponte de penetração, que pode ser uma esfera de aço e/
ou uma ponta de diamante. A dureza do material (metal) é diretamente rela-
cionada à marca deixada nesta superfície, com a característica da marca e da
carga aplicada.

Figura 7 – Ex. de ensaio de dureza ou ensaio de penetração

►►2.1.4 Ensaio de Flexão


O ensaio de flexão é realizado em materiais frágeis e em materiais resis-
tentes, como o ferro fundido, alguns aços, estruturas de concreto e outros
materiais que em seu uso são submetidos a situações onde o principal es-
forço é o de flexão.

Figura 8 – Exemplo de ensaio de flexão

17
2.2 Ensaios Não Destrutivos

Os Ensaios Não Destrutivos (END) são definidos como testes para o controle
da qualidade, realizados sobre peças acabadas ou semiacabadas, para a de-
tecção de falta de homogeneidade ou defeitos, através de princípios físicos
definidos, sem prejudicar a posterior utilização dos produtos inspecionados.

Constituem uma das principais ferramentas do Controle da Qualidade e são


utilizados na inspeção de produtos soldados, fundidos, forjados, laminados,
entre outros, com vasta aplicação nos setores petroquímico, nuclear, aeroes-
pacial, siderúrgico, naval, autopeças e transporte rodoferroviário.

A seguir, alguns exemplos de ensaios não destrutivos.

►►2.2.1 Emissão Acústica


O ensaio por emissão acústica consiste na detecção de descontinuidades em
equipamentos submetidos a carregamentos com pressão interna. Uma das
aplicações do método de inspeção com a técnica de emissão acústica, talvez
a maior, consiste na inspeção de recipientes que contenham fluidos pressuri-
zados, por exemplo, vasos de pressão.

Figura 9 – Exemplo de ensaio de emissão acústica

►►2.2.2 Ensaio Visual


A inspeção por meio do ensaio visual é uma das mais antigas atividades nos
setores industriais, e é o primeiro ensaio não destrutivo aplicado em qual-
quer tipo de peça ou componente, e está frequentemente associado a outros
ensaios de materiais.

18
Figura 10 – Exemplo de ensaio visual

►►2.2.3 Ultrassom Automatizado


Ondas ultrassônicas podem ser usadas para detectar defeitos, medir espessu-
ras ou caracterizar materiais. Dispositivos especiais, chamados transdutores,
permitem captar estas ondas de alta frequência, refletindo-as cada vez que
encontra uma descontinuidade. O ensaio por ultrassom é utilizado na inspe-
ção de soldas, avaliação do efeito da corrosão, detecção de defeitos laminares
em chapas planas, etc., sendo amplamente utilizado nos setores petroquími-
co, siderúrgico, naval, aeronáutico e nuclear. Devido a sua complexidade, o
ensaio por ultrassom exige do inspetor bom nível técnico e treinamento.

Figura 11 – Exemplo de ultrassom automatizado

Exercícios Propostos

1. De acordo com o conteúdo da lição. Marque a afirmação correta:


( ) a) O alumínio é um elemento muito utilizado no setor de manutenção in-
dustrial, seja na produção ou na melhoria ou recuperação de produtos
existentes.

19
( ) b) O metal é um elemento muito utilizado no setor de manutenção indus-
trial na melhoria ou recuperação de produtos existentes.
( ) c) O ferro é um elemento muito utilizado no setor de manutenção in-
dustrial, seja na produção ou na melhoria ou recuperação de produtos
existentes.
( ) d) O metal é um elemento muito utilizado no setor de manutenção in-
dustrial, seja na produção ou na melhoria ou recuperação de produtos
existentes.

2. Assinale a alternativa que completa o sentido da frase:


Os ___________ dos materiais são procedimentos padronizados que compreen-
dem ________, _________, gráficos e consultas a tabelas, tudo isso em conformi-
dade com normas técnicas. Realizar um ensaio consiste em submeter um objeto
__________ ou um material que vai ser processado industrialmente a situações
que simulam os __________ que eles vão sofrer nas condições reais de uso, chegan-
do a limites ___________ de solicitação.
( ) a) Ensaios destrutivos; inspeção; manutenção; com defeito; defeitos; míni-
mos.
( ) b) Ensaios mecânicos; testes; cálculos; já fabricado; esforços; extremos.
( ) c) Ensaios não destrutivos; testes; manutenção; já fabricado; erros; par-
ciais.
( ) d) Ensaios mecânicos; manutenção; testes; com defeito; esforços; extremos.
( ) e) Ensaios não destrutivos; testes; cálculos; já fabricado; erros; extremos.

3. Podemos afirmar que ensaio de tração:


( ) a) Consiste na aplicação de uma carga de tração não crescente, em uma
única direção, em um dado corpo de prova, previamente prepa-
rado e normatizado, até a ruptura do mesmo.
( ) b) Consiste na aplicação de uma carga de tração crescente, em uma única
direção, em um dado corpo de prova, previamente preparado e
normatizado, até a ruptura do mesmo.
( ) c) Consiste na aplicação de uma carga de tração crescente, em duas di-
reções, em um dado corpo de prova, previamente preparado e
normatizado, até a ruptura do mesmo.
( ) d) Consiste na aplicação de uma carga de tração crescente, em uma única
direção, em um dado corpo de prova, previamente não prepara-
do e normatizado, até a ruptura do mesmo.
( ) e) Consiste na aplicação de uma carga de tração crescente, em uma única
direção, em um dado corpo de prova, previamente preparado e norma-
tizado, até a não ruptura do mesmo.

4. A seguir, é apresentado afirmações que explicam a compressão física:


I. É o resultado da aplicação de uma força de compressão a um material de
baixa qualidade, resultando em uma redução em seu volume, ou, como tratado
em resistência dos materiais e engenharia, uma redução de uma de suas
dimensões, axial com a atuação da força, e um aumento da seção transversal a

20
este mesmo eixo, quando a deformação da peça nesta direção é permitida, pois
deve-se considerar que teoricamente, neste caso, que seu volume mantenha-se
constante.
II. É o resultado da aplicação de uma força de compressão a um material,
resultando em uma redução em seu volume, ou, como tratado em resistência dos
materiais e engenharia, uma não redução de uma de suas dimensões, axial com a
atuação da força, e um aumento da seção transversal a este mesmo eixo, quando
a deformação da peça nesta direção é permitida, pois deve-se considerar que
teoricamente, neste caso, que seu volume mantenha-se constante.
III. É o resultado da aplicação de uma força de compressão a um material,
resultando em uma redução em seu volume, ou, como tratado em resistência dos
materiais e engenharia, uma redução de uma de suas dimensões, axial com a
atuação da força, e um aumento da seção transversal a este mesmo eixo, quando
a deformação da peça nesta direção é permitida, pois deve-se considerar que
teoricamente, neste caso, que seu volume mantenha-se constante.
IV. É o resultado da aplicação de uma força de compressão a um material,
resultando em uma redução em seu volume, ou, como tratado em resistência dos
materiais e engenharia, uma redução de uma de suas dimensões, axial com a
atuação da força, e uma baixa na seção transversal a este mesmo eixo, quando
a deformação da peça nesta direção é permitida, pois deve-se considerar que
teoricamente, neste caso, que seu volume mantenha-se constante.

Qual explicação está correta?


( ) a) I e II
( ) b) I e III
( ) c) II e III
( ) d) III e IV
( ) e) Somente a III

5. “O ensaio de flexão é realizado __________________, como o ferro fundi-


do, alguns aços, estruturas de concreto e outros materiais que em seu uso
são submetidos a situações onde o principal esforço é o de flexão”.
Assinale a alternativa correta.
( ) a) Em materiais frágeis e em materiais resistentes
( ) b) Em qualquer material
( ) c) Em materiais frágeis e em materiais não resistentes
( ) d) Em materiais fortes e em materiais resistentes
( ) e) Em materiais de natureza duvidosa e em materiais resistentes

5. A
4. E 3. B
2. B 1. D

Respostas dos Exercícios Propostos

21
Lição 3 - NR 13: Caldeiras e Vasos de
Pressão
Caldeiras e vasos de pressão são equipamentos que oferecem grandes ris-
cos aos trabalhadores e ao meio ambiente, como explosões, vazamentos de
produtos tóxicos. E a avaliação, que consiste na aplicação de técnicas refe-
rentes à integridade da estrutura desses equipamentos, deverá ser aplicada
visando à eliminação e a redução dos riscos existentes.

E a Norma Regulamentadora NR 13 estabelece requisitos mínimos para ges-


tão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas
tubulações de interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspe-
ção, operação e manutenção. O empregador é o responsável pela adoção
das medidas determinadas nesta NR.

Ao término dessa lição você deverá ser capaz de:


a) Conhecer e Interpretar a NR 13: caldeiras e vasos de pressão e fazer
avaliação de integridade estrutural;
b) Realizar inspeção com base no risco através de estatística e
probabilidade de falha.

1. Caldeiras e Vasos de Pressão


Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular va-
por sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia,
projetados conforme códigos pertinentes, excetuando-se refervedores e si-
milares.

Figura 1 – Exemplo de caldeiras a vapor

Vasos de pressão são todos os reservatórios, de qualquer tipo, dimensões ou


finalidades, não sujeitos à chama, fundamentais nos processos industriais que
contenham fluidos e sejam projetados para resistir com segurança a pressões

22
internas diferentes da pressão atmosférica, ou submetidos à pressão externa,
cumprindo assim a função básica de armazenamento. Exemplos: Unidade de
refrigeração industrial via amônia e compressores de ar comprimido.

Figura 2 – Exemplo de vasos de pressão de aço

As caldeiras e vasos de pressão são unidades que operam no processo indus-


trial e podem apresentar falhas como corrosão em suas estruturas, como tu-
bulações, conexões ou tanques, ou até mesmo possível dano estrutural, como
atividade sísmica/terremotos. Saber as condições reais dos equipamentos
dará segurança aos que os operam como também permitirá a utilização
consciente e segura destes equipamentos.

2. Inspeção Baseada no Risco


Caldeiras e vasos de pressão precisam de inspeção periódica devido ao risco
que oferecem, conforme já mencionamos. Para tal, a inspeção baseada no ris-
co consiste numa técnica que permite a identificação, avaliação e mapeamen-
to de riscos nos equipamentos, não apenas com caldeiras e vasos de pressão,
mas também em diversos tipos de equipamentos do processo produtivo.

Tal técnica é aplicada por profissionais que atuam no contexto da manuten-


ção industrial, como gerentes de manutenção, técnicos de manutenção, ins-
petores, entre outros.

3. Estatística: Probabilidade de Falhas


A identificação, avaliação e mapeamento dos riscos (falhas) nos equipamen-
tos, seguirão procedimentos básicos definidos, respeitando a realidade de
cada ambiente produtivo.

3.1 Questões Administrativas

Para a realização da inspeção com base no risco através de estatística e pro-


babilidade de falha, é necessário tomar algumas medidas:
a) Definir o responsável (engenheiro) que irá gerenciar os procedimentos de
identificação, avaliação e mapeamentos;

23
b) Aplicar os procedimentos de segurança com base na norma de segurança
NR 13 e/ou normas API RP 580 e API STD 581 ou outras normas
pertinentes à segurança de equipamentos e outros riscos existentes;
c) Proporcionar recursos financeiros, materiais e tecnológicos
(equipamentos/instrumentos de medição);
d) Definir os profissionais que irão fornecer e aplicar os conhecimentos
técnicos (gerente de contratos, engenheiro mecânico, engenheiro de
segurança, técnico em mecânica e inspetor de segurança em caldeira e
vasos de pressão);
e) Definir os equipamentos a serem avaliados visando a identificação e
mapeamento de falhas;
f) Monitorar e controlar (gerenciar) todo o processo de identificação,
avaliação e mapeamento dos possíveis riscos (falhas) nos equipamentos;
g) Definir o plano e/ou programa de execução da avaliação e análise dos
equipamentos e documentos de validação e permissão de trabalho (PT)
dos serviços que serão realizados.

4. Riscos
Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, de
acordo com a Portaria nº 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978:
a) Riscos de acidentes, como máquinas e equipamentos sem proteção,
probabilidade de incêndio e explosão, armazenamento inadequado etc.;
b) Riscos ergonômicos, como levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho,
monotonia, repetição de movimento, postura inadequada de trabalho etc.;
c) Riscos físicos, como ruído, calor, frio, pressão, umidade, radiações
ionizantes e não ionizantes, vibração etc.;
d) Riscos químicos, como poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores;
e) Riscos biológicos, como bactérias, vírus, fungos, parasitas etc.

5. Questões operacionais
Os serviços de inspeção em caldeiras e vasos de pressão deverão ser reali-
zados por profissionais qualificados e treinados (inspetores de segurança
em caldeira e vasos de pressão), e deverá ter suporte técnico, operacional e
qualidade (engenheiros, técnicos em mecânica, operadores de máquinas ou
utilidades e técnicos em qualidade):
• Os equipamentos deverão possuir certificados de calibração e ser
utilizados por profissionais treinados;
• Realizar análise qualitativa ou/e quantitativa nos equipamentos que serão
utilizados ou avaliados;
• Considerar os mecanismos de danos e taxas de danos relacionados aos
materiais de construção do equipamento, resultados do ambiente de
operação (interna e externa);

24
• Buscar a eficácia do programa de inspeção para se identificar os
mecanismos de dano.

Exercícios Propostos

1. Indique a alternativa correta quanto à NR 13 – caldeiras e vasos de pressão:


( ) a) Caldeiras e vasos de pressão são equipamentos que oferecem poucos
riscos aos trabalhadores e ao ambiente laboral.
( ) b) Caldeiras e vasos de pressão são equipamentos seguros e não ofere-
cem riscos.
( ) c) Caldeiras e vasos de pressão são equipamentos que oferecem grandes
riscos, como explosões, vazamentos de produtos tóxicos, entre outros.
( ) d) Caldeiras e vasos de pressão são equipamentos que oferecem grandes
riscos e por isso não podem ser utilizados.
( ) e) Caldeiras e vasos de pressão são equipamentos que apresentam pro-
blemas de deterioração.

2. Leia atentamente as afirmações e marque a alternativa correta em rela-


ção à “inspeção baseada no risco”:
( ) a) Trata-se de técnica que permite somente a identificação de riscos nos
equipamentos.
( ) b) Trata-se de técnica que permite a identificação, avaliação e mapeamen-
to de riscos nos equipamentos.
( ) c) Trata-se de técnica que permite identificação e avaliação de riscos nos
equipamentos.
( ) d) Trata-se de técnica que permite a identificação, avaliação correção de
riscos nos equipamentos.
( ) e) São técnicas que permitem a prevenção de riscos nos equipamentos.

3. Assinale a alternativa que completa o sentido da frase:


Vasos de _________ são equipamentos que contêm __________ sob pressão inter-
na ou externa, diferente da __________.

( ) a) pressão; fluidos; atmosférica.


( ) b) contenção; substâncias; periférica.
( ) c) pressão; substâncias; atmosférica.
( ) d) fluidificação; substâncias; atmosférica.
( ) e) pressão; substâncias; periféricas.

4. Os serviços de inspeção em caldeiras e vasos de pressão deverão ser rea-


lizados por:
( ) a) Profissionais inexperientes e treinados;
( ) b) Profissionais qualificados e treinados;
( ) c) Profissionais qualificados e sem treinamento
( ) d) Amadores
( ) e) Profissionais desqualificados

25
5. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) a) A Norma Regulamentadora – NR 13 estabelece requisitos mínimos para
gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e
suas tubulações de interligação nos aspectos relacionados à instalação,
inspeção, operação e manutenção.
( ) b) As caldeiras e vasos de pressão são unidades que operam no processo
industrial e podem apresentar falhas como corrosão em suas estrutu-
ras.
( ) c) A identificação, avaliação e mapeamento dos riscos (falhas) nos equipa-
mentos, seguirão procedimentos básicos definidos, respeitando a reali-
dade de cada ambiente produtivo.
( ) d) Caldeiras e vasos de pressão não precisam de inspeção periódica, pois
são equipamentos completamente seguros.
( ) e) Os serviços de inspeção em caldeiras e vasos de pressão deverão ser
realizados pelos próprios operadores de máquina.

5. V / V / V / F / F
4. B
3. A
2. B
1. C
Respostas dos Exercícios Propostos

26
Lição 4 - Higiene Ocupacional e Segurança
do Trabalho
O objetivo da Higiene Ocupacional é realizar o levantamento quantitativo
dos riscos ambientais para que se possa trabalhar com a redução e elimina-
ção dos mesmos, nos locais de trabalho.

Ao término desta lição, você deverá ser capaz de:


• Conhecer e definir higiene ocupacional, segurança do trabalho e noção
das normas regulamentadoras.

Dica de Leitura
Saiba mais sobre Higiene ocupacional e Segurança do Trabalho:
SALIBA, Tuff Messias; SALIBA. Caldeira e vasos de pressão. São Paulo: LTr, 2011

1. Higiene Ocupacional
Higiene ocupacional é a ciência que tem como foco a saúde ocupacional
de trabalhadores das indústrias em geral, por meio da antecipação, do
reconhecimento, da avaliação e do controle dos riscos físicos, químicos e
biológicos originados nos ambientes de trabalho (ambiente operacional e
administrativo).

E as normas referentes à higiene ocupacional são:


a) NR 4 – SESMT: formado por uma equipe de profissionais (engenheiro de
segurança do trabalho, técnico de segurança do trabalho e enfermeiro
do trabalho), são responsáveis pelo controle e prevenção dos riscos do
ambiente de trabalho;
b) NR 5 – CIPA: comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como
foco prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho (preservação
da vida);
c) NR 6 – Equipamentos de proteção individual - EPI: medida de controle
importante na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais (ver
imagem 27);
d) NR 7 – Medicina do trabalho: Portaria nº 3.214/78: Parte da saúde
ocupacional que lida com os meios de prevenção, como higiene
ocupacional, arts. 168 e 169 da CLT;
e) NR 17 – Ergonomia: Parte importante que cuida da adaptação das
condições de trabalho (organização), das características psicológicas
dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto e
segurança.

27
Vários são os programas e procedimentos utilizados para o gerenciamento e
controle de riscos presentes no ambiente produtivo e no ambiente de manu-
tenção industrial. Segue alguns exemplos:
• Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais – PPRA;
• Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacionais – PCMSO;
• Programa de Proteção Respiratória – PPR; e
• Programa de Conservação Auditiva – PCA.
2. Segurança do Trabalho
Segurança do trabalho é o estudo e aplicação de vários procedimentos e me-
didas visando a prevenção de acidentes e doenças decorrente do ambiente de
trabalho. O profissional que prestará serviços dentro do setor de manutenção
industrial (setor produtivo) deve estar sempre atento às seguintes questões
de segurança:
• Obedecer sempre às normas de segurança do trabalho. A negligência do
profissional constitui um dos fatores de acidentes;
• Não trabalhar em condições inseguras, como, por exemplo, ferramentas
em condições precárias de uso, falta de placa de sinalização;
• Buscar sempre orientações/informações sobre prevenção de acidentes
e doenças ocupacionais. Exemplos de fonte de informação: técnico de
segurança do trabalho, membro da CIPA, líderes, engenheiro de segurança
do trabalho, literatura técnica;

Verificaremos agora duas condições de possibilidade de acidente no exercício


profissional dentro do ambiente produtivo/ambiente de manutenção industrial.

2.1 Condições Inseguras de Trabalho e Orientações Importantes

Antes de iniciar qualquer serviço (inspeção de segurança, manutenção, ope-


ração e/ou instalação) próximo ou em torno de máquinas ou equipamentos
(ex: caldeiras, motores, bombas, geradores1, tanques, válvulas), verificar a situa-
ção de proteção e observar se estão inadequadas ou defeituosas.

Verificar as ferramentas ou instrumentos de medição. Caso apresentem de-


feitos, providenciar a troca ou substituição, se necessário. Ferramentas e ins-
trumentos de medição deverão estar em perfeito estado de conservação e
utilização.

Observar o local onde será realizado o trabalho, como a arrumação, espaço


suficiente e se há passagens perigosas.

1. Geradores
Dispositivo que transforma energia mecânica, química ou calorífica em energia .elétrica.

28
Verificar se há defeitos na edificação (buraco no piso e paredes em condições
precárias, entre outros) para que se possam evitar possíveis acidentes.

Verificar se a iluminação e instalações elétricas estão adequadas. Para tal,


buscar orientação profissional.

Verificar se há ventilação adequada no local (ex: espaços confinados) de exe-


cução dos serviços. Buscar orientações de agentes ou profissionais de segu-
rança do trabalho.

É importante a verificação das condições de trabalho, inclusive se os EPI’s são


adequados para o tipo de serviço a ser realizado e dependendo do tipo de
serviço, o profissional deverá comunicar e adquirir permissões de trabalho
quando necessário.

2.2 Atos Inseguros do Profissional e Orientações Importantes para o


Ambiente Industrial

A seguir, os possíveis riscos presentes no ambiente produtivo/industrial.

No ambiente industrial é possível haver cargas suspensas. Manter uma dis-


tância segura é de grande relevância.

Figura 1 – Exemplos de cargas suspensas

Figura 2 – Não colocar o corpo ou parte dele em locais perigosos

Figura 3 – Evitar a utilização de ferramentas de forma inadequada

29
Figura 4 - Não lubrificar, ajustar ou limpar máquinas em atividade

Figura 5 – Usar dispositivos de segurança e proteção individual (EPI’s)

O setor de manutenção industrial é constituído de áreas onde são desen-


volvidas várias atividades profissionais, e cada atividade possui riscos
específicos. Procure entender e aplicar os procedimentos de segurança
contra acidentes e doenças profissionais dentro do seu campo de atua-
ção profissional.

Saiba Mais
Doença profissional é uma lesão corporal, perturbação funcional ou doença que
seja consequência necessária e direta da atividade exercida pelo trabalhador e não
represente normal desgaste do organismo. São doenças profissionais as doenças que
constam da respetiva lista, publicada no Diário da República, e as que não estando
nela incluídas, sejam qualificadas como tal.

O profissional que exerce suas atividades dentro do ambiente produtivo/in-


dustrial deve estar sempre atento às questões de segurança, como sinaliza-
ção, placas de avisos e outras formas de prevenção.

2.3 Normas Gerais e Atribuições de Segurança

►►2.3.1 Consolidação das Leis do Trabalho – CLT


CAPÍTULO V

DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO


(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Seção I – Disposições Gerais

Art. 154 - A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste


capítulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições
que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regula-
mentos sanitários dos estados ou municípios em que se situem os respectivos

30
estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de
trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Seção II - Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição

Art. 160 - Nenhum estabelecimento poderá iniciar suas atividades sem prévia
inspeção e aprovação das respectivas instalações pela autoridade regional
competente em matéria de segurança e medicina do trabalho.

§ 1º - Nova inspeção deverá ser feita quando ocorrer modificação substancial


nas instalações, inclusive equipamentos, que a empresa fica obrigada a
comunicar, prontamente, à Delegacia Regional do Trabalho.

§ 2º - É facultado às empresas solicitar prévia aprovação, pela Delegacia


Regional do Trabalho, dos projetos de construção e respectivas instalações.

Seção III – Dos Órgãos De Segurança E De


Medicina Do Trabalho Nas Empresas

Art. 162 – As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Mi-
nistério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em
segurança e em medicina do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977).

Parágrafo único – As normas a que se refere este artigo estabelecerão: (Reda-


ção dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).
a) Classificação das empresas segundo o número de empregados e a
natureza do risco de suas atividades. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977).
b) O número mínimo de profissionais especializados exigido de cada
empresa, segundo o grupo em que se classifique, na forma da alínea
anterior. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).
c) A qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de
trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Seção IV – Do Equipamento de Proteção Individual

Art. 166 – A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,


equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito esta-
do de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral
não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saú-
de dos empregados. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 167 – O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utiliza-


do com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

31
Seção V – Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho

Art. 168 – Será obrigatório exame médico, por conta do empregador, nas con-
dições estabelecidas neste artigo e nas instruções complementares a serem
expedidas pelo Ministério do Trabalho: (Redação dada pela Lei nº 7.855, de
24.10.1989).

I – A admissão; (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

II – Na demissão; (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

III – Periodicamente. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

§ 1º - O Ministério do Trabalho baixará instruções relativas aos casos em que


serão exigíveis exames: (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

a) Por ocasião da demissão; (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

b) Complementares. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

§ 2º - Outros exames complementares poderão ser exigidos, a critério médico,


para apuração da capacidade ou aptidão física e mental do empregado para a
função que deva exercer. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989).

Seção VI – Das Edificações

Art. 170 – As edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garan-
tam perfeita segurança aos que nelas trabalhem. (Redação dada pela Lei nº
6.514, de 22.12.1977).

Art. 171 – Os locais de trabalho deverão ter, no mínimo, 3 (três) metros de pé-
-direito, assim considerada a altura livre do piso ao teto. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Parágrafo único – Poderá ser reduzido esse mínimo desde que atendidas as
condições de iluminação e conforto térmico compatíveis com a natureza do
trabalho, sujeitando-se tal redução ao controle do órgão competente em ma-
téria de segurança e medicina do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977).

Art. 172 – 0s pisos dos locais de trabalho não deverão apresentar saliências
nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimenta-
ção de materiais. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 173 – As aberturas nos pisos e paredes serão protegidas de forma que
impeçam a queda de pessoas ou de objetos. (Redação dada pela Lei nº 6.514,
de 22.12.1977).

Art. 174 – As paredes, escadas, rampas de acesso, passarelas, pisos, corredores,


coberturas e passagens dos locais de trabalho deverão obedecer às condições

32
de segurança e de higiene do trabalho estabelecidas pelo Ministério do Traba-
lho e manter-se em perfeito estado de conservação e limpeza. (Redação dada
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Seção VII – Da Iluminação

Art. 175 – Em todos os locais de trabalho deverá haver iluminação adequada,


natural ou artificial, apropriada à natureza da atividade. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

§ 1º - A iluminação deverá ser uniformemente distribuída, geral e difusa, a fim


de evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

§ 2º - O Ministério do Trabalho estabelecerá os níveis mínimos de iluminamento


a serem observados. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Seção VIII – Do Conforto Térmico

Art. 176 – Os locais de trabalho deverão ter ventilação natural, compatível


com o serviço realizado. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Parágrafo único – A ventilação artificial será obrigatória sempre que a natu-


ral não preencha as condições de conforto térmico. (Redação dada pela Lei nº
6.514, de 22.12.1977).

Art. 177 – Se as condições de ambiente se tornarem desconfortáveis, em vir-


tude de instalações geradoras de frio ou de calor, será obrigatório o uso de
vestimenta adequada para o trabalho em tais condições ou de capelas, an-
teparos, paredes duplas, isolamento térmico e recursos similares, de forma
que os empregados fiquem protegidos contra as radiações térmicas. (Redação
dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 178 – As condições de conforto térmico dos locais de trabalho devem ser
mantidas dentro dos limites fixados pelo Ministério do Trabalho. (Redação
dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Seção IX – Das Instalações Elétricas

Art. 179 – O Ministério do Trabalho disporá sobre as condições de segurança


e as medidas especiais a serem observadas relativamente a instalações elétri-
cas, em qualquer das fases de produção, transmissão, distribuição ou consu-
mo de energia. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 180 – Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar


ou reparar instalações elétricas. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 181 – Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações elé-


tricas devem estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados
por choque elétrico. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

33
Seção X - Da Movimentação, Armazenagem E Manuseio De Materiais

Art. 182 - O Ministério do Trabalho estabelecerá normas sobre: (Redação dada


pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

I - as precauções de segurança na movimentação de materiais nos locais de


trabalho, os equipamentos a serem obrigatoriamente utilizados e as condi-
ções especiais a que estão sujeitas a operação e a manutenção desses equipa-
mentos, inclusive exigências de pessoal habilitado;  (Incluído pela Lei nº 6.514,
de 22.12.1977)

II - as exigências similares relativas ao manuseio e à armazenagem de ma-


teriais, inclusive quanto às condições de segurança e higiene relativas aos
recipientes e locais de armazenagem e os equipamentos de proteção indivi-
dual; (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

III - a obrigatoriedade de indicação de carga máxima permitida nos equi-


pamentos de transporte, dos avisos de proibição de fumar e de advertência
quanto à natureza perigosa ou nociva à saúde das substâncias em movi-
mentação ou em depósito, bem como das recomendações de primeiros so-
corros e de atendinento médico e símbolo de perigo, segundo padronização
internacional, nos rótulos dos materiais ou substâncias armazenados ou
transportados.  (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

Parágrafo único - As disposições relativas ao transporte de materiais apli-


cam-se, também, no que couber, ao transporte de pessoas nos locais de traba-
lho. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

SEÇÃO XI – Das Máquinas E Equipamentos

Art . 184 – As máquinas e os equipamentos deverão ser dotados de dispositi-


vos de partida e parada e outros que se fizerem necessários para a prevenção
de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento aci-
dental. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Parágrafo único – É proibida a fabricação, a importação, a venda, a locação e


o uso de máquinas e equipamentos que não atendam ao disposto neste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 185 – Os reparos, limpeza e ajustes somente poderão ser executados com
as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à realização do
ajuste. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 186 – O Ministério do Trabalho estabelecerá normas adicionais sobre


proteção e medidas de segurança na operação de máquinas e equipamen-
tos, especialmente quanto à proteção das partes móveis, distância entre estas,
vias de acesso às máquinas e equipamentos de grandes dimensões, emprego
de ferramentas, sua adequação e medidas de proteção exigidas quando mo-
torizadas ou elétricas. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

34
Seção XII – Das Caldeiras, Fornos E Recipientes Sob Pressão

Art. 187 – As caldeiras, equipamentos e recipientes em geral que operam sob


pressão deverão dispor de válvula e outros dispositivos de segurança, que
evitem seja ultrapassada a pressão interna de trabalho compatível com a sua
resistência. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Parágrafo único – O Ministério do Trabalho expedirá normas complemen-


tares quanto à segurança das caldeiras, fornos e recipientes sob pressão, es-
pecialmente quanto ao revestimento interno, à localização, à ventilação dos
locais e outros meios de eliminação de gases ou vapores prejudiciais à saúde,
e demais instalações ou equipamentos necessários à execução segura das ta-
refas de cada empregado. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 188 – As caldeiras serão periodicamente submetidas a inspeções de se-


gurança, por engenheiro ou empresa especializada, inscritos no Ministério
do Trabalho, de conformidade com as instruções que, para esse fim, forem
expedidas. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

§ 1º - Toda caldeira será acompanhada de “Prontuário”, com documentação


original do fabricante, abrangendo, no mínimo: especificação técnica, dese-
nhos, detalhes, provas e testes realizados durante a fabricação e a montagem,
características funcionais e a pressão máxima de trabalho permitida (PMTP),
esta última indicada, em local visível, na própria caldeira. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

§ 2º - O proprietário da caldeira deverá organizar, manter atualizado e apre-


sentar, quando exigido pela autoridade competente, o Registro de Segurança,
no qual serão anotadas, sistematicamente, as indicações das provas efetua-
das, inspeções, reparos e quaisquer outras ocorrências. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

§ 3º - Os projetos de instalação de caldeiras, fornos e recipientes sob pressão


deverão ser submetidos à aprovação prévia do órgão regional competente em
matéria de segurança do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Seção XIII – Das Atividades Insalubres e Perigosas

Art. 189 – Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas


que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os em-
pregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados
em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos
seus efeitos. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 190 – O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e ope-


rações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da
insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de pro-
teção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes. (Reda-
ção dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

35
Parágrafo único – As normas referidas neste artigo incluirão medidas de
proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem aero-
dispersóides tóxicos, irritantes, alérgicos ou incômodos. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 191 – A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: (Reda-


ção dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

I – Com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro


dos limites de tolerância; (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

II – Com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador,


que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. (Re-
dação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Parágrafo único – Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a


insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou
neutralização, na forma deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art.192 – O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites


de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percep-
ção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por
cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classi-
fiquem nos graus máximo, médio e mínimo. (Redação dada pela Lei nº 6.514,
de 22.12.1977).

Art.193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da


regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas
que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado
em virtude de exposição permanente do trabalhador a: (Redação dada pela
Lei nº 12.740, de 2012).

I – Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012).

II – Roubos, ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais


de segurança pessoal ou patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012).

§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado


um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos
resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.
(Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que


porventura lhe seja devido. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

§ 3º- Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma na-


tureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.
(Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012).

36
§ 4 º - São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em
motocicleta. (Incluído pela Lei nº 12.997, de 2014).

Art. 194 – O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de pericu-


losidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física,
nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 195 – A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosi-


dade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de pe-
rícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados
no Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais


interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia
em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar
ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. (Redação dada pela Lei nº
6.514, de 22.12.1977).

§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por emprega-


do, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito
habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao
órgão competente do Ministério do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514,
de 22.12.1977).

§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora


do Ministério do Trabalho, nem a realização ex oficio da perícia. (Redação
dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 196 – Os efeitos pecuniários decorrentes do trabalho em condições de in-


salubridade ou periculosidade serão devidos a contar da data da inclusão da
respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho, res-
peitadas as normas do artigo 11. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 197 – Os materiais e substâncias empregados, manipulados ou transpor-


tados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à saúde, devem
conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro imediato e o
símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização internacional.
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Parágrafo único – Os estabelecimentos que mantenham as atividades previs-


tas neste artigo afixarão, nos setores de trabalho atingidas, avisos ou cartazes,
com advertência quanto aos materiais e substâncias perigosos ou nocivos à
saúde. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Seção XIV – Da Prevenção da Fadiga

Art. 198 – É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um em-


pregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições espe-

37
ciais relativas ao trabalho do menor e da mulher. (Redação dada pela Lei
nº 6.514, de 22.12.1977).

Parágrafo único – Não está compreendida na proibição deste artigo a


remoção de material feita por impulsão ou tração de vagonetes sobre
trilhos, carros de mão ou quaisquer outros aparelhos mecânicos, podendo o
Ministério do Trabalho, em tais casos, fixar limites diversos, que evitem sejam
exigidos do empregado serviços superiores às suas forças. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Art. 199 – Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem postura


correta ao trabalhador, capazes de evitar posições incômodas ou forçadas,
sempre que a execução da tarefa exija que trabalhe sentado. (Redação dada
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Parágrafo único – Quando o trabalho deva ser executado de pé, os emprega-


dos terão à sua disposição assentos para serem utilizados nas pausas que o
serviço permitir. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Seção XV - Das Outras Medidas Especiais de Proteção

Art. 200 – Cabe ao Ministério do Trabalho estabelecer disposições comple-


mentares às normas de que trata este Capítulo, tendo em vista as peculiari-
dades de cada atividade ou setor de trabalho, especialmente sobre: (Redação
dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

I – Medidas de prevenção de acidentes e os equipamentos de proteção indi-


vidual em obras de construção, demolição ou reparos; (Redação dada pela Lei
nº 6.514, de 22.12.1977).

II – Depósitos, armazenagem e manuseio de combustíveis, inflamáveis e ex-


plosivos, bem como trânsito e permanência nas áreas respectivas; (Redação
dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

III – Trabalho em escavações, túneis, galerias, minas e pedreiras, sobretudo


quanto à prevenção de explosões, incêndios, desmoronamentos e soterra-
mentos, eliminação de poeiras, gases, etc. e facilidades de rápida saída dos
empregados; (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

IV – Proteção contra incêndio em geral e as medidas preventivas adequadas,


com exigências ao especial revestimento de portas e paredes, construção de
paredes contra-fogo, diques e outros anteparos, assim como garantia geral
de fácil circulação, corredores de acesso e saídas amplas e protegidas, com
suficiente sinalização; (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

V – Proteção contra insolação, calor, frio, umidade e ventos, sobretudo no tra-


balho a céu aberto, com provisão, quanto a este, de água potável, alojamento
profilaxia de endemias; (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

38
VI – Proteção do trabalhador exposto a substâncias químicas nocivas, radia-
ções ionizantes e não ionizantes, ruídos, vibrações e trepidações ou pressões
anormais ao ambiente de trabalho, com especificação das medidas cabíveis
para eliminação ou atenuação desses efeitos limites máximos quanto ao tem-
po de exposição, à intensidade da ação ou de seus efeitos sobre o organismo
do trabalhador, exames médicos obrigatórios, limites de idade controle per-
manente dos locais de trabalho e das demais exigências que se façam neces-
sárias; (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

VII – higiene nos locais de trabalho, com discriminação das exigências, ins-
talações sanitárias, com separação de sexos, chuveiros, lavatórios, vestiários
e armários individuais, refeitórios ou condições de conforto por ocasião das
refeições, fornecimento de água potável, condições de limpeza dos locais de
trabalho e modo de sua execução, tratamento de resíduos industriais; (Reda-
ção dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

VIII – emprego das cores nos locais de trabalho, inclusive nas sinalizações de
perigo. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977).

Parágrafo único – Tratando-se de radiações ionizantes e explosivos, as nor-


mas a que se referem este artigo serão expedidas de acordo com as resolu-
ções a respeito adotadas pelo órgão técnico. (Redação dada pela Lei nº 6.514,
de 22.12.1977).

SEÇÃO XVI - Das Penalidades

Art. 201 - As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do tra-


balho serão punidas com multa de 3 (três) a 30 (trinta) vezes o valor de refe-
rência previsto no artigo 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril
de 1975, e as concernentes à segurança do trabalho com multa de 5 (cinco)
a 50 (cinqüenta) vezes o mesmo valor. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)

Parágrafo único - Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fisca-


lização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei,
a multa será aplicada em seu valor máximo. (Incluído pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)

-- X --

O setor de manutenção industrial tem confirmado sua destacada importân-


cia no cenário social e econômico em todo mundo. Grandes estruturas, como
pontes, prédios, estágios e outras construções tem se beneficiado com esta
área de valor e relevância.

Os riscos estão presentes não importa o local ou região, e precisamos aplicar


os mecanismos de prevenção disponíveis, seja tecnológico ou de outras for-
mas de prevenir riscos.

39
A Observação, aplicação das normas e entendimentos das atribuições de se-
gurança, constitui fator relevante na prevenção de acidentes e doenças ocu-
pacionais.

2.4 Segurança na Operação de Sistemas Industriais e NRs

A segurança é o principal aspecto entre os que envolvem a operação de sis-


temas e instalações industriais (caldeiras, vasos de pressão compressores de
refrigeração indústria via amônia, geradores, entre outros).

Segue pontos relevantes para a operação segura dos sistemas citados:


• Devem-se seguir as normas e procedimentos de segurança segundo a NR 13;
• Deve-se ter em mente que o principal objetivo e a proteção do pessoal
de operação, manutenção e os que circulam em torno de máquinas e
equipamentos, como também pessoas que circulam na vizinhança;
• Deve-se ter em mente que a falta de manutenção adequada poderá
resultar em danos materiais e econômicos.

Aspectos relevantes para uma instalação segura:


• Projeto cuidadoso;
• Manutenção periódica e adequada;
• Gerenciamento adequado;
• Operação e eficiente.
►►2.4.1 Condições Inseguras das Instalações Industriais
• Instalações antigas e obsoletas;
• Violação das normas de segurança, Exemplo NR-12;
• Operação inadequada dos equipamentos/ instalações industriais;
• Operadores mal treinados;
• Projetos inadequados;
• Falta de programação correta de trabalho/manutenção e operação.
Em muitos casos, o proprietário não tem plena consciência das condições das
instalações industriais.

Os trabalhadores que realizam a operação dos sistemas e instalações indus-


triais (máquinas e equipamentos) têm maior probabilidade de serem afeta-
dos por acidentes.

2.5 Normas Regulamentadoras – NRs

As Normas Regulamentadoras – NR´s referem-se ao conjunto de requisitos e


procedimentos relativos à segurança e medicina do trabalho, de observância

40
obrigatória às empresas privadas, públicas e órgãos do governo que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

São elas:

NR 1 - Disposições Gerais

As NR’s são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos


órgãos públicos de administração direta e indireta, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. A NR 1 estabelece a impor-
tância, funções e competência da Delegacia Regional do Trabalho.

NR 2 - Inspeção Prévia

Todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, deverá solicitar


aprovação de suas instalações ao órgão do Ministério do Trabalho e Emprego.

NR 3 - Embargo ou Interdição

A Delegacia Regional do Trabalho, à vista de laudo técnico do serviço com-


petente que demonstre grave e iminente risco para o trabalhador, poderá
interditar estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento, ou
embargar a obra. (CLT artigo 161, Decreto Lei 5452/43).

NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medici-


na do Trabalho (SESMT)

A NR 4 estabelece os critérios para organização dos Serviços Especializados


em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, de forma
a reduzir os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais.

Para cumprir suas funções, o SESMT deve ter os seguintes profissionais: mé-
dico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro do traba-
lho, técnico de segurança do trabalho, auxiliar de enfermagem, em quantida-
des estabelecidas em função do número de trabalhadores e do grau de risco.

O trabalho do SESMT é preventivo e de competência dos profissionais citados


acima, com aplicação de conhecimentos de engenharia de segurança e de
medicina ocupacional no ambiente de trabalho para reduzir ou eliminar os
riscos à saúde dos trabalhadores.

Dentre as atividades dos SESMT, estão a análise de riscos e a orientação dos


trabalhadores quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual. É
também de responsabilidade do SESMT o registro dos acidentes de trabalho.
(CLT - artigo 162 Decreto Lei 5452/43).

NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

As empresas privadas, públicas e órgãos governamentais que possuam em-


pregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT ficam obriga-

41
dos a organizar e manter em funcionamento uma Comissão Interna de Pre-
venção de Acidentes (CLT artigo 164 e 165 Decreto Lei 5452/43).

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA tem como objetivo a


prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar
compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a pro-
moção da saúde do trabalhador.

NR 6 - Equipamento de Proteção Individual

Para os fins de aplicação desta NR, considera-se Equipamento de Proteção


Individual – EPI todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou
estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalha-
dor e que possua enfim o Certificado de Aprovação – CA, pelo Ministério do
Trabalho e Emprego – MTE. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados
gratuitamente. (CLT - artigo 166 inciso 6.3 subitem A - artigo 167 inciso 6.2).

Para Pesquisar
Para mais informações sobre o Art. 166 da CLT, pesquise em:
http://www.abcdsemtra.com.br/legislacao/nr-6-equipamento-de-protecao-individual/

NR 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação por


parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores
como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
- PCMSO, cujo objetivo é promover e preservar a saúde do conjunto dos seus
trabalhadores.

NR 8 - Edificações

Esta NR estabelece requisitos técnicos mínimos que devam ser observados


nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham.

NR 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

Esta NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por


parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores
como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, através
da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocor-
rência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente
de trabalho.

NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade

Esta NR estabelece os requisitos e condições mínimas exigidas para garantir


a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem com instalações elé-
tricas, em suas etapas de projeto, construção, montagem, operação e manu-
tenção, bem como de quaisquer trabalhos realizados em suas proximidades.

42
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

Esta NR estabelece normas de segurança para operação de elevadores, guin-


dastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. O arma-
zenamento de materiais deverá obedecer aos requisitos de segurança para
cada tipo de material.

NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais destinados a


máquinas e equipamentos, como piso, áreas de circulação, dispositivos de
partida e parada, normas sobre proteção de máquinas e equipamentos, bem
como manutenção e operação.

NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão

Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios nos locais onde se situam as


caldeiras de qualquer fonte de energia, projeto, acompanhamento de opera-
ção e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de
pressão, em conformidade com a regulamentação profissional vigente no país.

NR 14 - Fornos Industriais

Esta NR estabelece os procedimentos mínimos, fixando construção sólida, revesti-


da com material refratário, de forma que o calor radiante não ultrapasse os limites
de tolerância, oferecendo o máximo de segurança e conforto aos trabalhadores.

NR 15 - Atividades e Operações Insalubres

Esta NR estabelece os procedimentos obrigatórios, nas atividades ou opera-


ções insalubres que são executadas acima dos limites de tolerância previstos
na legislação, comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho.
Agentes agressivos: ruído, calor, radiações, pressões, frio, umidade, agentes
químicos. Até 31 de dezembro de 2012 está em consulta pública uma proposta
de revisão dessa norma.

NR 16 - Atividades e Operações Perigosas

Esta NR estabelece os procedimentos nas atividades exercidas pelos trabalhadores


que manuseiam e/ou transportam explosivos ou produtos químicos, classificados
como inflamáveis, substâncias radioativas e serviços de operação e manutenção.

NR 17 - Ergonomia

Esta NR visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condi-


ções de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de
modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho
eficiente, incluindo os aspectos relacionados ao levantamento, transporte e
descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições am-
bientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.

43
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

Esta NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e


de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio
ambiente de trabalho na indústria da construção. DSF DAF.

NR 19 - Explosivos

Esta NR estabelece os procedimentos para manusear, transportar e armaze-


nar explosivos de uma forma segura, evitando acidentes.

NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

Esta NR estabelece a definição para líquidos combustíveis, líquidos inflamá-


veis e Gás de petróleo liquefeito, parâmetros para armazenar, como transpor-
tar e como devem ser manuseados pelos trabalhadores.

NR 21 - Trabalhos a céu aberto

Esta NR estabelece os critérios mínimos para os serviços realizados a céu


aberto, sendo obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos com boa
estrutura, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries.

NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

Esta NR estabelece sobre procedimentos de Segurança e Medicina do Traba-


lho nas atividades de minas, determinando que a empresa adotará métodos e
manterá locais de trabalho que proporcionem a seus empregados condições
satisfatórias de Saúde, Segurança e Medicina do Trabalho.

NR 23 - Proteção contra incêndios

Esta NR estabelece os procedimentos que todas as empresas devam possuir,


no tocante à proteção contra incêndio, saídas de emergência para os traba-
lhadores, equipamentos suficientes para combater o fogo e pessoal treinado
no uso correto.

NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho

Esta NR estabelece critérios mínimos, para fins de aplicação de aparelhos sa-


nitários, gabinete sanitário, banheiro, cujas instalações deverão ser separadas
por sexo, vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos.

NR 25 - Resíduos Industriais

Esta NR estabelece os critérios para eliminação de resíduos industriais dos


locais de trabalho, através de métodos, equipamentos ou medidas adequadas,
de forma a evitar riscos à saúde e à segurança do trabalhador.

44
NR 26 - Sinalização de Segurança

Esta NR tem por objetivos fixar as cores que devam ser usadas nos locais de
trabalho para prevenção de acidentes, identificando, delimitando e advertin-
do contra riscos.

NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Mi-


nistério do Trabalho

Esta NR estabelecia que o exercício da profissão de técnico de segurança do


trabalho dependia de registro no Ministério do Trabalho, fosse efetuado pela
SSST, com processo iniciado através das DRT.

Esta NR foi revogada pela portaria Nº 262 de 29 de maio de 2008 (DOU de


30 de maio de 2008 – Seção 1 – Pág. 118). De acordo com o Art. 2º da supraci-
tada portaria, o registro profissional será efetivado pelo Setor de Identifica-
ção e Registro Profissional das Unidades Descentralizadas do Ministério do
Trabalho e Emprego, mediante requerimento do interessado, que poderá ser
encaminhado pelo sindicato da categoria. O lançamento do registro será di-
retamente na Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS.

NR 28 - Fiscalização e Penalidades

Esta NR estabelece que fiscalização, embargo, interdição e penalidades, no


cumprimento das disposições legais e/ou regulamentares sobre seguran-
ça e saúde do trabalhador, serão efetuados obedecendo ao disposto nos
decretos leis.

NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Por-


tuário

Esta NR regulariza a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profis-


sionais, alcançando as melhores condições possíveis de segurança e saúde
dos trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instala-
ções portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da
área do porto organizado.

NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário

Esta norma aplica-se aos trabalhadores das embarcações comerciais, de ban-


deira nacional, bem como às de bandeiras estrangeiras, no limite do dispos-
to na Convenção n.º 147 da Organização Internacional do Trabalho - Normas
Mínimas para Marinha Mercante, utilizados no transporte de mercadorias ou
de passageiros, inclusive naquelas utilizadas na prestação de serviços, seja na
navegação marítima de longo curso, na de cabotagem, na navegação interior,
de apoio marítimo e portuário, bem como em plataformas marítimas e flu-
viais, quando em deslocamento.

45
NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultu-
ra, Exploração Florestal e Aquicultura

Esta NR tem por objetivo estabelecer os preceitos a serem observados na or-


ganização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o plane-
jamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvi-
cultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio
ambiente do trabalho.

Para fins de aplicação desta NR considera-se atividade agro-econômica,


aquelas que operando na transformação do produto agrário, não altere a sua
natureza, retirando-lhe a condição de matéria prima.

NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde

Esta NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implemen-


tação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos
serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção
e assistência à saúde em geral.

Para fins de aplicação desta NR, entende-se como serviços de saúde qualquer
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas
as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde
em qualquer nível de complexidade.

A responsabilidade é solidária entre contratante e contratado quanto ao


cumprimento da NR 32. A conscientização e colaboração de todos é muito
importante para prevenção de acidentes na área da saúde.

As atividades relacionadas aos serviços de saúde são aquelas que, no entendi-


mento do legislador, apresentam maior risco devido à possibilidade de contato
com micro-organismos encontrados nos ambientes e equipamentos utilizados
no exercício do trabalho, com potencial de provocar doenças nos trabalhadores.

Os trabalhadores diretamente envolvidos com estes agentes são: médicos,


enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, atendentes de ambulató-
rios e hospitais, dentistas, limpeza e manutenção de equipamentos hospita-
lar, motoristas de ambulância, entre outros envolvidos em serviços de saúde.

NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados

Esta NR tem por objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identifica-


ção de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e
controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a se-
gurança e saúde dos trabalhadores e que interagem direta ou indiretamente
nestes espaços.

Espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação


humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ven-

46
tilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa
existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Constru-


ção e Reparação Naval

Esta NR tem por finalidade estabelecer os requisitos mínimos e as me-


didas de proteção à segurança, à saúde e ao meio ambiente de trabalho
nas atividades da indústria de construção e reparação naval. Cita nove
procedimentos de trabalhos executados em estaleiros: trabalho a quente;
montagem e desmontagem de andaimes; pintura; jateamento e hidroja-
teamento; movimentação de cargas; instalações elétricas provisórias; tra-
balhos em altura; utilização de radionuclídeos e gamagrafia; e máquinas
portáteis rotativas.

NR 35 - Trabalho em Altura

A NR-35 estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o


trabalho em altura, como o planejamento, a organização e a execução, a fim
de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores com atividades executa-
das acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda.

NR 36 - Norma Regulamentadora sobre Abate e Processamento de Carnes


e Derivados

36.1.1 O objetivo desta Norma é estabelecer os requisitos mínimos para a


avaliação, controle e monitoramento dos riscos existentes nas atividades
desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados
destinados ao consumo humano, de forma a garantir permanentemente a
segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, sem prejuízo da obser-
vância do disposto nas demais Normas Regulamentadoras - NR do Ministério
do Trabalho e Emprego.

Exercícios Propostos

1. Assinale a alternativa que completa o sentido da frase:

O profissional que atua no setor de manutenção _____________ deve ter em


mente que as atividades relacionadas a sua ____________ oferecem variados
__________, como queda de altura, choque elétrico, acidente com máquinas e fer-
ramentas etc.

( ) a) preventiva; profissão; riscos.


( ) b) industrial; saúde; riscos.
( ) c) preventiva; área de atuação; riscos.
( ) d) industrial; área de atuação; riscos.
( ) e) corretiva; profissão; riscos.

47
2. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) a) Higiene ocupacional é a ciência que tem como foco a saúde ocupacio-
nal de trabalhadores das indústrias em geral, por meio da antecipação,
do reconhecimento, da avaliação e do controle dos riscos.
( ) b) Vários são os programas e procedimentos utilizados para o gerencia-
mento e controle de riscos presentes no ambiente produtivo e no am-
biente de manutenção industrial. O Programa de Prevenção dos Riscos
Ambientais – PPRA é um deles.
( ) c) Segurança do trabalho é o estudo e aplicação de vários procedimentos
e medidas visando a prevenção de acidentes e doenças decorrente do
ambiente de trabalho.
( ) d) É importante a verificação das condições de trabalho e a escolha dos
EPI’s é de acordo com a escolha do trabalhador.
( ) e) O profissional que exerce suas atividades dentro do ambiente produti-
vo/industrial deve estar sempre atento às questões de segurança, como
sinalização, placas de avisos e outras formas de prevenção.

3. Leia atentamente e marque a afirmação correta em relação à Higiene


Ocupacional:
( ) a) Ciência que tem como foco a manutenção do ambiente de trabalho das
indústrias em geral, visando o reconhecimento dos riscos e a avaliação.
( ) b) Ciência que tem como foco a segurança do trabalho por meio da pre-
venção de riscos, do mapeamento e da manutenção corretiva.
( ) c) Ciência que tem como foco a preservação do ambiente de trabalho das
indústrias em geral, por meio da antecipação, do reconhecimento, da
avaliação e do controle dos riscos.
( ) d) Ciência que tem como foco a saúde ocupacional de trabalhadores das
indústrias em geral, por meio da antecipação, do reconhecimento, da
avaliação e do controle dos riscos.
( ) e) Ciência que tem como foco a segurança do trabalho das indústrias em
geral, por meio da manutenção corretiva.

4. Podemos afirmar que Ergonomia é:


( ) a) Parte importante que cuida da adaptação das normas e legislação de
trabalho (organização), das características psicológicas dos trabalhado-
res, de modo a proporcionar o máximo de conforto e segurança.
( ) b) Parte importante que cuida da adaptação das condições de trabalho
(organização), das características sociais e esportiva dos trabalhadores,
de modo a proporcionar o máximo de conforto e segurança.
( ) c) Parte com pouca importante que cuida da adaptação das condições de
trabalho (organização), das características psicológicas dos trabalhado-
res, de modo a proporcionar o máximo de conforto e segurança.
( ) d) Parte importante que cuida da adaptação das condições de trabalho
(organização), das características psicológicas dos trabalhadores, de
modo a proporcionar o máximo de conforto e segurança.
( ) e) Parte importante que cuida da adaptação das condições de trabalho
(organização), das características psicológicas dos trabalhadores, de
modo a não proporcionar o máximo de conforto e segurança.

48
5. A seguir, é apresentado definições sobre Segurança do Trabalho:
I - Segurança do trabalho é o meio e fim de vários procedimentos e medidas, visan-
do à prevenção de acidentes e doenças decorrente do ambiente de trabalho.
II - Segurança do trabalho é o estudo e aplicação de vários procedimentos e medi-
das, visando a prevenção de acidentes e doenças decorrente do ambiente de traba-
lho.
III - Segurança patrimonial é o estudo e aplicação de vários procedimentos e me-
didas, visando a prevenção de acidentes e doenças decorrente do ambiente de tra-
balho.
IV- Segurança do trabalho é o estudo e aplicação de vários procedimentos e medi-
das, visando proporcionar acidentes e doenças decorrente do ambiente de trabalho.

Qual definição está correta?


( ) a) II
( ) b) I e III
( ) c) II e III
( ) d) III e IV
( ) e) IV

5. A
4. D
3. D
2. V / V / V / F / V
1. D
Respostas dos Exercícios Propostos

49
Encerramento

Chegamos ao final da disciplina Manutenção Industrial e podemos concluir


que a manutenção industrial é essencial para o bom funcionamento de uma
organização. E essa condição somente será possível com a participação de
profissionais qualificados para atender às necessidades de manutenção e ou-
tras demandas.

As lideranças do processo produtivo e do setor de manutenção industrial


deverão estar atentas aos avanços tecnológicos, organização e limpeza de
seus setores, planejamento adequado de serviços, ambientes, máquinas e
equipamentos, visando o bom resultado dos serviços e redução ou elimina-
ção de perdas, como acidentes, doenças ocupacionais e/ou perda de material.

Já o setor administrativo, como produção, manutenção e gestão em geral de-


vem ter entre os objetivos e responsabilidades dos seus setores e/ou líderes,
o controle, a redução e/ou eliminação de acidentes e doenças ocupacionais.

E quando se trata de setor de manutenção industrial, essa visão tem que ser
ainda mais aguçada e especializada, uma vez que os profissionais trabalham e
se expõem constantemente a riscos variados, como já tratados.

Muitos são os desafios nos setores ou áreas de manutenção industrial, mas


acreditamos que com bom preparo, isso proporcionará melhor atuação e se-
gurança na prestação de serviços de qualidade. Continue seus estudos e seja
um profissional qualificado nesta área tão promissora em nosso país.

Desejamos sucesso em sua vida profissional.

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Referências Bibliográficas

Consolidação das leis do trabalho. Disponível em < http://www.planalto.gov.


br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em 29 jun. 2015.

Normas Regulamentadoras. Disponível em < http://portal.mte.gov.br/legisla-


cao/normas-regulamentadoras-1.htm>. Acesso em 29 jun. 2015.

SALIBA, T. M. Caldeira e vasos de pressão. São Paulo: LTr, 2011.

STOECKER, W.F.; JABARDO, J.M S. Refrigeração Industrial. 2ª Ed. São Paulo:


Edgard Blucher, 2002.

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