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Instituto Politécnico Boa Esperança

Aula 7 da cadeira/módulo: Instalar Circuitos De Comando Em Residências


Carga horária: 64 horas

1. Procedimentos de segurança em instalações eléctricas


Os serviços e actividades com electricidade são regulamentos pelo Ministério do Trabalho e Emprego
através, neste artigo você irá conferir alguns procedimentos de segurança em instalações eléctricas.
Devido o grande número de acidentes de trabalho relacionados a serviços em instalações eléctricas, o
Ministério do Trabalho e Emprego publicou a Norma.
A norma regulamentada tem como objectivo estabelecer os requisitos e as condições mínimas para a
implementação das medidas de controlo e sistemas preventivos, visando garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que directa ou indirectamente, interajam em instalações eléctricas e serviços com
electricidade.

2. Procedimentos de Segurança em Instalações Eléctricas

Entre os principais procedimentos de segurança em instalações eléctricas, destacam-se os seguintes:

a) Em todas as intervenções em instalações eléctricas devem ser adotadas medidas preventivas de


controle do risco eléctrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de
forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho;
b) Nos trabalhos em instalações eléctricas, quando as medidas de protecção colectiva forem
tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos
de protecção individual específicos e adequados às actividades desenvolvidas;
c) Os serviços em instalações eléctricas devem ser planejados e realizados em conformidade
com procedimentos de trabalho específicos, padronizados, com descrição detalhada de cada
tarefa, passo a passo,  assinados por profissional;
d) Antes de iniciar trabalhos em equipa os seus membros, em conjunto com o responsável pela
execução do serviço, devem realizar uma avaliação prévia, estudar e planejar as actividades e acções
a serem desenvolvidas no local, de forma a atender os princípios técnicos básicos e as melhores
técnicas de segurança aplicáveis ao serviço;
e) As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às actividades, devendo contemplar a
condutibilidade,  inflamabilidade e influências electromagnéticas;

Docente/Formador: Eng. Gérson Florêncio Rodrigues Pá gina 1


f) Nos locais de trabalho só podem ser utilizados equipamentos, dispositivos e ferramentas
eléctricas compatíveis com a instalação eléctrica existente, preservando-se as características de
protecção, respeitadas as recomendações do fabricante e as influências externas.

3. As consequências da electricidade no corpo humano

A maior parte das pessoas já experimentou  um choque eléctrico e sabe que a sensação não é nada
agradável. Para quem trabalha com sistemas eléctricos é ainda mais perigoso, pois muitos circuitos
eléctricos fornecem alta potência de cargas que podem causar problemas bem mais graves.  

3.1. Queimaduras
Na medida em que a corrente eléctrica é conduzida por um material, qualquer oposição a esse fluxo de electrões
(resistência) resulta em uma dissipação (espalhar) de energia, geralmente sob a forma de calor.

Este é o efeito mais básico e fácil de entender da electricidade no tecido vivo: a corrente faz aquecer. Se a
quantidade de calor gerado for suficiente, o tecido pode ser queimado.

O efeito é fisiologicamente o mesmo que os danos causados por uma chama aberta ou outra fonte de calor de
alta temperatura, exceto que a electricidade tem a capacidade de queimar o tecido bem abaixo da pele de uma
vítima, até mesmo queimando órgãos internos.

3.2. Contracções musculares e sistema nervoso

Outro efeito da corrente eléctrica no corpo, talvez o mais significativo em termos de perigo, diz respeito ao
sistema nervoso. Se uma corrente eléctrica forte suficiente for conduzida através de uma criatura viva,
sobrecarregará o sistema nervoso, impedindo que os sinais reflexivos possam actuar nos músculos. Os músculos
atingidos por uma corrente externa (choque) serão involuntariamente contraídos, e não há como a vítima reagir.

Este problema é ainda mais perigoso se a vítima entrar em contacto com um condutor energizado com as
mãos. Os músculos do antebraço responsáveis por dobrar os dedos tendem a ser mais desenvolvidos do que os
músculos responsáveis pela extensão dos dedos, portanto, se ambos os conjuntos de músculos tentarem se
contrair devido a uma corrente eléctrica conduzida através do braço da pessoa, os músculos de “flexão” irão ser
mais fortes,  apertando os dedos em um punho.

Se o condutor estiver virado para a palma da mão da vítima,  essa acção de aperto forçará a mão a agarrar
firmemente o fio, o que a impedirá de soltar o que lhe está causando o choque. Os electricistas familiarizados
com este efeito de choque eléctrico geralmente se referem a uma vítima imobilizada de choque eléctrico como
“congelada no circuito”. Esta contracção dos músculos induzido por choque só pode ser interrompido parando
a corrente através da vítima, mesmo quando a corrente é interrompida, a vítima pode não recuperar o
controle voluntário sobre seus músculos por um tempo, já que a química do neurotransmissor ficará
desorganizada.

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3.3. O efeito nos corações e pulmão
A corrente eléctrica pode ainda afectar músculos vitais para nossa sobrevivência. O músculo do diafragma (que
controla os pulmões e o coração) também pode ser “congelado” em um estado de tétano por corrente eléctrica.
Mesmo as correntes muito baixas são capazes de influenciar para que o coração não bata correctamente e passe
para uma condição conhecida como fibrilação.

Um coração fibrilante flutua em vez de bater, incapacitando o mesmo de bombear sangue para órgãos vitais no
corpo. Essa situação poderá levar a vítima a morte se não for socorrida imediatamente. Os pulmões também
podem parar, causando séria asfixia.

4. Os choques nos diferentes tipos de correntes eléctricas

Os efeitos do choque podem ser contrários em diferentes tipos de correntes, considerando Corrente


Directa/contínua (DC) – electricidade que se move em direcção contínua em um circuito ou os sistemas de
energia moderna.

 Corrente Alternada (AC) – a intensidade e a direcção são grandezas que variam ciclicamente ao contrário da
corrente contínua.

Como AC afecta o corpo depende da sua frequência. A AC de baixa frequência (50 a 60 Hz) pode ser mais
perigosa do que a CA de alta frequência e ainda de 3 a 5 vezes mais perigosa que o DC da mesma tensão e
amperagem.

Uma vez que a corrente de choque é interrompida, um coração “congelado” tem uma melhor chance de
recuperar um padrão de batida normal do que um coração fibrilante.

É por isso que o equipamento desfibrilador usado por médicos de emergência funciona: o choque de corrente
fornecido pela unidade de desfibrilador é DC, que interrompe a fibrilação e dá ao coração a chance de se
recuperar.

Em resumo, essa imagem mostra como o corpo reage à descarga eléctrica de acordo com a potência:

a) Limiar de percepção (1 a 5 mA)  – corrente mínima no qual o indivíduo sente a corrente;

b) Limiar de dor (5 a 10 mA) –  corrente mínima no qual a maioria dos indivíduos queixa-se;

c) Corrente de “let-go” (10 a 20 mA) –  corrente mínima no qual o indivíduo contraiu sua musculatura,
por exemplo da mão, e não consegue soltar-se por sua própria força;

d) Corrente de fibrilação (100 a 500 mA) –  corrente mínima no qual uma parcela significante
de indivíduos corre risco de vida;

e) Corrente maior que 500 mA –  graves queimaduras e morte;


Docente/Formador: Eng. Gérson Florêncio Rodrigues Pá gina 3
A vítima de choque eléctrico deve ser socorrida imediatamente, iniciando pelo corte da corrente eléctrica.

Se não for possível cortar a corrente, a pessoa deve ser afastada por meio de uma material isolante, como
plástico ou borracha.

Jamais tente desgrudar a pessoa na força, pois poderá ficar grudado junto ou machucá-la fortemente.

Enquanto isso os bombeiros e ambulância devem ser chamados com muita urgência.

Docente/Formador: Eng. Gérson Florêncio Rodrigues Pá gina 4

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