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FURNAS

CENTRAIS ELÉTRICAS S/A.

Segurança em Instalações e
Serviços com Eletricidade
Curso Básico

SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS - RH.G


DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E HIGIENE INDUSTRIAL - DSH.G
Choque Elétrico
Reforçar o conhecimento dos conceitos
básicos de eletricidade de modo a facilitar
CHOQUE ELÉTRICO

o entendimento da metodologia de
trabalho e das medidas de segurança a
serem adotadas, visando a preservação
da integridade física do Ser Humano.
43% ocorrem em residências
CHOQUE ELÉTRICO

30% ocorrem nas empresas

27% ocorrem em locais diversos


Dinâmico:

É produzido pelo contato com um material ou


circuito energizado. O circuito pode estar
CHOQUE ELÉTRICO

diretamente energizado, quando ligado a uma


fonte de energia elétrica em funcionamento, ou
indiretamente energizado por ação de descarga
atmosférica ou por indução contínua. Esse
choque elétrico dura enquanto perdurar o
contato;
Estático:
CHOQUE ELÉTRICO

É produzido pelo contato com material carregado


eletricamente por ação da indução.
Dura apenas um curto intervalo de tempo
necessário para descarregar essa energia
acumulada.
As descargas atmosféricas, ou raios são
gigantescas descargas elétricas entre nuvens, ou
entre nuvem e a terra, que podem produzir
choques elétricos de mesma característica do
estático e do dinâmico, proporcionando por
CHOQUE ELÉTRICO

enormes capacitores, com altíssima corrente. Os


raios podem incidir diretamente na vítima.
É O EFEITO PERTURBADOR DA CORRENTE
ELÉTRICA QUANDO PASSA PELO NOSSO
CORPO, DEPENDENDO DA INTENSIDADE E
DO TEMPO PODE CAUSAR DANOS IRREPARÁVEIS
AO ORGANISMO HUMANO
CHOQUE ELÉTRICO

As manifestações do choque são:


contrações musculares;
 comprometimento do sistema nervoso PULMÃO

central, podendo levar à parada


respiratória;
 comprometimento cardiovascular,
podendo provocar fibrilação ventricular –
"parada cardíaca"; CORAÇÃO

queimaduras de grau e extensão


variáveis, podendo chegar até a necrose
do tecido.
Probabilidade de Reanimação de Vítimas de Choque Elétrico.

100%
90%
Chances de Reanimaçào

80%
CHOQUE ELÉTRICO

70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Tempo para início de RCP [Minutos]
1 2 3 4 5 6 8
choque produz diversos efeitos, como:

Elevação da temperatura dos órgãos devido ao


aquecimento produzido pela corrente; tetanização dos
CHOQUE ELÉTRICO

músculos; superposição da corrente neurotransmissoras


que comandam o organismo, criando uma pane geral;
comprometimento do coração quanto ao ritmo de
batimento cardíaco e a possibilidade de fibrilação
ventricular; efeito de eletrólise, mudando a qualidade do
sangue dentro do corpo humano; comprometimento da
respiração; deslocamento dos músculos e órgãos internos
da sua devida posição; comprometimento de outros
órgãos, tais como: rins, cérebro, vasos, órgãos genitais e
reprodutores.
Músculos Respiratórios
(Bloqueio do Diafragma) Fibrilação ventricular
Músculo Circulatório
CHOQUE ELÉTRICO
PRINCIPAIS
EFEITOS 1º GRAU
NO CORPO Quando atingem a camada mais
HUMANO superficial da pele, causando
                            ferimentos leves, vermelhidão e
ardor. 
CHOQUE ELÉTRICO

2º GRAU 
Comprometendo a superfície e a
camada intermediária da pele
                            (epiderme e derme), e provocando
bolhas e dor intensa. 
3º GRAU
Quando ocorre lesão da epiderme,
derme e de tecidos profundos
                             (músculos, nervos, vasos etc.). A
pele fica carbonizada ou
esbranquiçada e há ausência de dor.
Filme 1 Filme 2

EFEITOS TÉRMICOS
CHOQUE ELÉTRICO

Entre um condutor de alta tensão


e uma pessoa pode acontecer um
arco elétrico a uma temperatura
altissima, podendo provocar uma
queimadura térmica.

 Toda queimadura de origem


elétrica deve ser considerada
grave
EFEITOS TÉRMICOS
Queimaduras provenientes do choque
elétrico(eletro-térmicas, por arco elétrico e
CHOQUE ELÉTRICO

por contato)
Causam:

Complicações renais (diminuição da


função renal - bloqueio renal)

Seqüelas sensoriais proveniente da


passagem da corrente pela cabeça
Diminuição da acuidade auditiva
(vertigem)

Catarata, seqüelas na retina e cornea.


9,7%
9,7
%
7,9%
7,9
%
2,9%
2
,9%
CHOQUE ELÉTRICO

1,8%
1
,8%
0,0%
0
,0%
CONTATO
CONTATO DIRETO
TRAJETO E INDIRETO

INTENSIDADE DA fase neutro


ou
CORRENTE fase

ELÉTRICA PELO
ORGANISMO
CHOQUE ELÉTRICO

carcaça
DETERMINA metálica

SUA GRAVIDADE
terra

fase

carcaça
metálica

terra terra
Limiar de percepção do organismo humano:
Espécie
 Corrente contínua é da ordem de 5 mA
CHOQUE ELÉTRICO

da

 Corrente alternada é da ordem de 1 mA. Corrente

50/60 Hz 500 Hz 1.000 Hz 5.000 Hz 10.000 Hz 100.000 Hz Freqüência


da
Corrente
1 mA 1,5 mA 2 mA 7 mA 14 mA 150 mA
QUADRO SINÓTICO DOS EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO EM PESSOAS
ADULTAS, JOVENS E SADIAS

Intensidade da Perturbações Estado possível, Salvamento Resultado final


corrente possíveis logo após do mais provável
alternada (50/60 durante o choque Intensidade
Hz) que percorre choque
o corpo da
CHOQUE ELÉTRICO

1 Miliampère Nenhuma Normal ___ Normal


(limiar de Corrente
sensação)
1a9 Sensação cada Normal Desnecessário Normal
Miliampères vez mais (1) - ASFIXIA
desagradável à é a ausência de
medida que a respiração.
intensidade
aumenta. (2) - ANOXIA
Contrações é a ausência de oxigênio
musculares no sistema respiratório.
9 a 20 Sensação Morte aparente Respiração Restabelecimen
Miliampères dolorosa, artificial e to (3) - ANOXEMIA
é a ausência de oxigênio
contrações massagem
no sangue; é uma
violentas. cardíaca conseqüência da anoxia.
Asfixia (1) (quando houver
Anoxia (2) fibrilação)
Anoxemia (3).
Perturbações
circulatórias
QUADRO SINÓTICO DOS EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO EM PESSOAS
ADULTAS, JOVENS E SADIAS

20 a 100 Sensação Morte aparente Respiração Restabelecimen


Miliamperères insuportável. artificial e to ou morte.
Contrações massagem Muitas vezes Intensidade
violentas. cardíaca não há tempo
Anoxia. (quando houver de salvar em
da
CHOQUE ELÉTRICO

Anoxemia. fibrilação) decorrência da


Corrente
Asfixia. gravidade das
Perturbações lesões e a
circulatórias morte ocorre
(1) - ASFIXIA
graves, em poucos é a ausência de respiração.
inclusive, às minutos.
vezes, fibrilação (2) - ANOXIA
ventricular é a ausência de oxigênio no
Acima de 100 Asfixia imediata. Morte aparente Idêntico ao Idêntico ao sistema respiratório.
Miliampères Fibrilação ou imediata. anterior anterior (3) - ANOXEMIA
ventricular. é a ausência de oxigênio no
Alterações sangue; é uma
musculares. conseqüência da anoxia.
Queimaduras.
Vários ampères Asfixia imediata. Morte aparente Idêntico ao Idêntico ao
Queimaduras ou imediata. anterior anterior
graves
O mesmo que Tensão Elétrica - Volts (V)

É a força elétrica necessária para alimentar qualquer tipo de carga


ou fazer circular uma corrente em um circuito elétrico
CHOQUE ELÉTRICO

Quando duas caixas


d` água se
encontram num
mesmo plano, não há
fluxo de água nos
canos
conseqüentemente
não há DDP

Equalizado
Comparando as duas situações:

A diferença de altura (DDP ou Tensão) faz circular um fluxo de


água, (Corrente Elétrica) através de um cano (condutor) com
CHOQUE ELÉTRICO

determinado diâmetro (Resistência Elétrica)

Quando reabastece um
carro com um galão de DDP
gasolina e uma mangueira,
o galão tem que ser
posicionado mais alto que
o tanque.

Desta forma existe uma


diferença de potencial
Corrente Elétrica é a quantidade de eletricidade, medida por Amperes,
que percorre um material condutor. Quanto maior a corrente, mais
prejudicial é o choque provocado.

A corrente elétrica circula em um material condutor quando existir


CHOQUE ELÉTRICO

uma fonte elétrica (tensão) e um circuito fechado

A unidade de medida é ampéres (A)

CORRENTE ELÉTRICA

G + - + - + - ++ - + - + - +
- + - + - + -- + - + - + -
+-+-+-+
-+-+-+-
+-+-+-+
-+-+-+-
+-+-+-+
-+-+-+-
+-+-+-+
-+-+-+- CARGA

CORRENTE = I
VOLTS = V
WATTS = W
(OPOSIÇÃO A PASSAGEM DA CORRENTE ELETRICA)

A resistência elétrica do corpo humano depende :


 da pele (áspero, seco, úmido)
 das condições físicas
CHOQUE ELÉTRICO

 da natureza do contato (solo úmido)


 da superfície de contato
 da pressão do contato
 do tempo de contato

+-+-+-+-+
-+-+-+-+-
+-+-+-+-+
+-+-+-+ -+-+-+-+-
-+-+-+- + - + - + - +-+ -
+-+-+-+ + - + - + +- +- + - + - +- + - + - + -+- +
-+-+-+- - + - + - +- +- - + - + -+ - + - + - + - +
+-+-+-+ -+-+-+-+-
-+-+-+- +-+-+-+-+
-+-+-+-+-
Não há tensões absolutamente inofensiva
Uma pessoa imersa em uma banheira poderá sofrer
eletroplesão mesmo sob a tensão de alguns volts
Neste caso a resistência total do corpo, incluindo contatos é
de 500 ohms ou até menos
CHOQUE ELÉTRICO

V=R x I

I=V
R

I = 48 = 96mA
500
Potencial de Toque
Ocorre entre a mão e os pés de uma pessoa ou animal
ao tocar em um objeto eletricamente carregado,
principalmente quando estamos com os pés direto no
solo
CHOQUE ELÉTRICO
Potencial de Passo
Ocorre entre os pés de uma pessoa quando
espaçadas de 0,80 m., no mínimo, e apoiados em uma
área com os pés em contato direto com o solo
CHOQUE ELÉTRICO
CHOQUE ELÉTRICO
É a diferença de potencial que existe na extremidade de um
cabo lançado e ancorado na praça, mesmo que este tenha sido
aterrado na torre adjacente.
CHOQUE ELÉTRICO
Os fenômenos da indução
ocorrem em :
CHOQUE ELÉTRICO

 Estruturas com mais circuitos

 Linhas paralelas caminhando


todas ou em parte em um mesmo
corredor, qualquer que seja a
localização dos serviços

 Todas as subestações ou
condutores que apresentam
paralelismo
Ocorre em objetos isolados da terra, que tenham alguma
condutividade e estejam situados próximos a condutores
energizados.
CHOQUE ELÉTRICO

O efeito existe independente do condutor estar


transportando corrente elétrica ou não

O valor da carga absorvida aumenta


com:

• Nível de tensão do condutor


energizados;
• Aproximação do objeto ao
condutor;
• Dimensão do objeto;
• Grau de isolamento do
objeto para a terra.
Ocorre quando próximo a um condutor energizado
transportando corrente elétrica, é colocado em paralelo a
um segundo condutor (linha de transmissão, cerca
tubulação, equipamentos, etc), podendo estar acima do solo
ou enterrado.
CHOQUE ELÉTRICO

O valor da tensão induzida aumenta com:

Com o aumento da corrente no


condutor energizado;

Extensão em que os dois condutores


Permanecem em paralelo, medida
a partir de um ponto aterrado;

Aproximação entre os dois


condutores,
OCORRE QUANDO EXISTE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO
EM CONSTRUÇÃO E ESTA É ENERGIZADA PELA SIMPLES
AÇÃO DO VENTO
CHOQUE ELÉTRICO

Ação de ventos
OCORRE QUANDO EXISTE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO
ENERGIZADA INDUZINDO CONSTANTEMENTE OUTRA EM
CONSTRUÇÃO OU EM MANUTENÇÃO, O PROCESSO DE
CHOQUE ELÉTRICO

INDUÇÃO É CONSTANTE
Contato com condutores regularmente energizados devido a:

 Engano de equipamento ou linha;


CHOQUE ELÉTRICO

 Contato imprevisto com condutores de fácil alcance;

 Contato com condutores energizados supondo que os


mesmos se encontram desenergizados;

 Desconhecimento técnico do equipamento, instalações ou


circuitos
Condutores acidentalmente energizados por
 Contatos entre cabos condutores em vãos de
CHOQUE ELÉTRICO

cruzamento;

 Erro de manobras;

 Descargas atmosféricas;

 Terceiros (concessionárias)
Condutores previsíveis de energização por:
CHOQUE ELÉTRICO

• Indução eletrostática;

• Indução eletromagnética;

• Tensões estáticas
As principais medidas preventivas contra o risco de contato
com eletricidade são:

 Espaçamentos elétricos;
CHOQUE ELÉTRICO

 Isolamento por obstáculos;

 Aterramentos elétricos;

 Sinalizações de identificação e advertência;

 Controles à distância (manual e/ou automático);

 Blindagem e estanqueidade.
CHOQUE ELÉTRICO
CHOQUE ELÉTRICO
CHOQUE ELÉTRICO
CHOQUE ELÉTRICO
CHOQUE ELÉTRICO
CHOQUE ELÉTRICO
Falhas Pessoais devido a:

Auto suficiência
CHOQUE ELÉTRICO

Autoconfiança
Desconhecimento
Negligência
Improvisações

Problemas particulares (condições psicológicas)


• Conscientização permanente através de treinamentos e
realização de Diálogo Diário de Segurança – DDS;
CHOQUE ELÉTRICO

• Capacitação Profissional e reciclagem;

• Melhoria constante nas condições ambientais do trabalho;

• Elaboração da Análise Preliminar de Risco – APR.


CHOQUE ELÉTRICO

Filme 10

ACIDENTE TC
NA SE GURUPI
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

É a interligação entre um ponto


condutor de energia elétrica a
outro ponto de terra, evitando a
possibilidade de uma
energização e tem como objetivo
fornecer a máxima segurança ao
pessoal envolvido em
manutenção.
Energização Acidental.
Energização inadvertida do equipamento ou linha originada tanto pelo
religamento quanto por contatos acidentais com linhas energizadas próximas
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

(queda de condutor energizado por exemplo ).

Descargas Atmosféricas.
Boas condições atmosféricas na área de trabalho não eliminam a
possibilidade de uma descarga elétrica atmosférica vir atingir o sistema num
outro local distante, energizando-o.
Os aterramentos normalmente fornecem proteção suficiente contra surtos de
tensão devido a estas descargas.

Tensão Estática.
Devido ao atrito com o vento e com a poeira, e em condições de ambiente
seco, as linhas sofrem uma contínua indução que se soma às demais
tensões presentes . As tensões estáticas crescem continuamente e após
longos períodos de tempo, podem ser relativamente elevadas.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Tensões Induzidas Capacitivas.

Dois condutores separados por um dielétrico e com potenciais diferentes,


haverá entre ambos o efeito capacitivo. Este fenômeno ocorre, por
exemplo, quando a existência de linha ou equipamento energizado na
vizinhança de linha ou equipamento desenergizado.
Em linhas paralelas, a proximidade aumenta a tensão induzida e a
corrente a ela associada. Esta corrente pode ser suficientemente
grande para se tornar perigosa e fatal ao homem de manutenção.
O aterramento evita o perigo de tais correntes descarregando-as para a
terra.
Tensões Induzidas Eletromagnéticas.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Ao se aterrar uma linha, as correntes devido às tensões induzidas


capacitivas e às tensões estáticas, são drenadas imediatamente.
Todavia, ainda existirá uma tensão induzida eletromagneticamente.

Essa tensão é induzida por linha ou linhas energizadas que cruzem ou


são paralelas à linha ou equipamento desenergizado no qual se
trabalhe.

Em função da distância entre as linhas, da corrente de carga das linhas


energizadas, do comprimento do trecho onde há paralelismo ou
cruzamento e da existência ou não de transposição nas linhas.
Conjunto de cabos e conectores adequados
e dimensionados para as suportar altas
correntes elétricas
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO
Capacidade para conduzir a máxima corrente de curto pelo tempo
necessário à atuação do sistema de proteção, garantindo a segurança do
homem de manutenção, no caso de energização inadvertida da linha ou
equipamento, além de conduzir correntes induzidas de estado permanente.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Capacidade para suportar três energizações consecutivas.


Os cabos, grampos e conectores deverão suportar os esforços mecânicos
criados pelas correntes de curto, sem se desprenderem nas conexões e
nem se romperem.
Filme 3 Filme 4

Deve ser adequado e funcional ao serviço de manutenção.

Manter, por ocasião da corrente de curto-circuito, uma queda de tensão


através do conjunto de aterramento não prejudicial à pessoa em paralelo
com o mesmo.

Capacidade para suportar os surtos devidos à descargas atmosféricas que


ocorrem em pontos distantes do local de trabalho.
Devem ser em cobre, do tipo extra-flexível, com isolamento em para
600 V.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Capa externa de PVC transparente.

A bitola dos cabos de aterramento bem como a espessura de


isolamento, variam de acordo com as necessidades referentes à
capacidade de condução de corrente e a resistência do jumper de
aterramento e conseqüente queda de tensão no local de trabalho.
Dimensionados também pela máxima corrente de falta, devendo ainda
suportar os esforços mecânicos devidos a essa corrente. Dependem ainda
da bitola do condutor ou outras características do local onde serão
colocados, tais como: barramento, estruturas, etc.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Os grampos e conectores de aterramento deverão ter características tais


que possibilitem o maior envolvimento possível dos cabos ou barras
condutoras do sistema a ser aterrado, assegurando boa conexão elétrica e
mecânica. A experiência tem demonstrado a eficiência do tipo MORSA com
as superfícies de contato serrilhadas, que permitem adequada pressão de
contato e o rompimento do filme de óxido ou outras impurezas que possam
existir, diminuindo a resistência de contato.

Deverão ser de material resistente e bom condutor elétrico (bronze, cobre,


alumínio).
O Bastão de Aterramento, utilizado para colocação e
retirada do conjunto de aterramento deverá possuir
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

isolamento adequado para a classe de tensão da linha


ou equipamento em que for utilizado.
Os trados, também, deverão ser
dimensionados para permitir a
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

condução da máxima corrente de


falta, durante o tempo em que esta
durar, e permitir a menor queda de
tensão possível. O material
recomendado deverá ser bom
condutor elétrico(cobre), além de
possuir boa resistência mecânica.
Em serviços de manutenção junto a circuitos energizados e onde a indução atinge
níveis elevados, recomenda-se a adoção de um sistema para escoamento da carga
capacitiva armazenada pelo corpo do homem de manutenção, sem reações
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

incômodas para o mesmo.


Manter-se, quando possível, afastado dos cabos de aterramento, de maneira a evitar
ser atingido com um golpe, em razão de sua oscilação causada por um curto circuito.
Antes do aterramento, considerar todos os cabos inclusive os cabos pára-raios
como energizados.
Evitar aproximar-se do ponto em que o conector do cabo de aterramento está preso à
estrutura ou malha de terra.
Observar a necessidade de descarregar os capacitores de equipamentos e TAP’s
capacitivos das buchas antes de realizar qualquer serviço nos mesmos.
Quando o serviço permitir, o pessoal de manutenção situado no solo, deve manter-se
afastado da estrutura para evitar a possibilidade de choque, no caso da torre sob
trabalho ter resistência de aterramento elevada, que, aliada às correntes devida a
indução , poderá produzir potenciais perigosos.
Confirmar o bom estado de conservação do equipamento de
aterramento, para a sua utilização, principalmente quando à
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

limpeza da superfície de contato do seu grampo e quanto ao


bom estado das conexões.

Em se tratando de serviços em subestações, após o aterramento


pelos dispositivos (chave Terra) operativos do sistema, o
operador deverá entregar, no local, ao encarregado de
manutenção os equipamentos e procederem em conjunto
inspeção de delimitação e confirmar que os equipamentos estão
isolados e liberados para o trabalho. Na seqüência, o
encarregado de manutenção deverá delimitar a área de trabalho,
utilizando-se de fitas ou redes e bandeirolas.
Verificar antes da execução do aterramento, se a linha ou
equipamento está desenergizado, utilizando-se dispositivos
adequado ( detector de tensão), a classe de tensão da linha
ou equipamento;
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Conforme item 10.7.8 da NR – 10.


ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

• INSPECIONAR, LIMPAR E TESTAR OS CABOS

• VERIFICAR O ESTADO DAS CONECÇÕES


ELÉTRICAS

• VERIFICAR SE EXISTEM FIOS PARTIDOS


OU DETERIORAÇÃO NOS CABOS

• DANOS FISICO NO CABO

• VERIFICAR SE EXISTE SUJEIRA OU DANOS


NAS MANDIBULAS DOS GRAMPOS
Anualmente deve ser feito um ensaio de queda de tensão no cabo
de aterramento, incluindo conectores e grampos, de modo a
ser comprovado que quando fluem as correntes de curto, a
queda de tensão dos mesmos não exceda à especificada.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Antes de cada utilização dos equipamentos, deve-se verificar se


existem fios partidos ou danos físicos no cabo, principalmente
próximo aos conectores.
A conexão entre os cabos e os grampos deve ser rígida e limpa.

As mandíbulas serrilhadas devem ser limpas frequentemente e


substituídas quando estiverem danificadas.

Deve proceder-se à limpeza dos bastões isolantes e inspecioná-


los quanto à existência de fissuras ou outros danos, além do
ensaio periódico de verificação do isolamento.
O conjunto de aterramento deve ser manuseado, armazenado e
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

transportado com o mesmo cuidado que se deve ter com o


equipamento para o trabalho em linha energizada.

Os cabos e grampos devem ser depositados sobre uma lona


estendida no chão antes da sua conexão ao sistema a ser
aterrado, de forma a não sofrerem efeitos de seu contato
direto com o solo.

Todo conjunto de aterramento que for submetido a uma corrente


de curto-circuito, não deve ser novamente utilizado.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO
COLOCAÇÃO:

1. Instalar a ligação ao terra;


ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

2. Instalar o grampo que liga o objeto


condutor AO ATERRAMENTO TEMPORÁRIO
RETIRADA:

1. REMOVER o grampo que liga o objeto


condutor
2. REMOVER a ligação a terra;

Obs.: Não manter o cabo de aterramento permanentemente fixado


(caminhão Guindauto)
Filme 4
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Filme 5

Filme 6

Filme 7

Filme 8

Filme 9
Usar sempre um mínimo de 2 cabos :
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Um só cabo não suporta correntes de curto-circuito


ou energização acidental;

Estatisticamente,
um só cabo falha
com freqüência.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO
Somente após a conclusão ou supervisão do trabalho de manutenção
deverá ser retirado o aterramento. O Encarregado de serviço providenciará a
retirada do pessoal do local de trabalho.
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Retirar a conexão do cabo de aterramento com o terminal da linha ou


equipamento, seguindo a ordem inversa à de colocação.
Retirar a conexão do cabo de aterramento com malha de terra da subestação
ou com a estrutura.

Verificar se todos os equipamentos foram retirados (andaime, plataformas,


guindaste, etc.).

Entregar a linha ou equipamento para a operação, dando baixa no


documento hábil ( permissão de trabalho ) , informando à Operação que
todos os cabos de aterramento colocados foram retirados.
Após a conclusão dos trabalhos em subestações, antes de tomar as
providências necessárias a entrega a Operação, o Encarregado de serviço e
o Operador devem proceder à Inspeção de liberados para energização
segura.
RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE
ACIDENTE GRAVE OCORRIDO NO DIA 28 DE
AGOSTO DE 2003 NOS SERVIÇO DE EMENDA DE
CABOS CONDUTORES DA LT 500 kV IBIÚNA
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

BATEIAS, MUNICÍPIO DE ITAPERUÇU - PR.

V 8/8

V 8/9
Local da
emenda
V8/9

V8/9
Tipo de acidente: Choque Elétrico por indução
 
Local: Torre V8/9 – Mísula da fase “C”
 
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Data: 28 de Agosto de 2003 (Quinta Feira)


 
Horário: 19h30min.
 
Tipo de trabalho: Programado
 
Atividade executada:

Atividade executada
No momento do acidente: Substituição de emenda do cabo condutor.
  Remoção do sistema de aterramento.
  
Condições climáticas: Chuva fina, vento forte e frio.
 
Período: Noturno (sem iluminação artificial)
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

 
 
Nome:
 
Função: Eletricista de LT
 
Tempo na Função: 1 Ano e 7 Meses +18 dias
 
Danos Pessoais: Queimadura de 3º Grau - Tecidos desvitalizados, Flictenas,
Eritema, Edema, Exposição de Tendões, Ossos e Necroses

Partes do corpo Atingidas: Face, Região Cervical, Mão Direita e Couro


Cabeludo.
 

Após a instalação dos espaçadores nas fases condutoras, o próximo


ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

procedimento era a retirada dos cabos de aterramento temporários.


Dois eletricistas posicionaram na torre V8/9, aguardando a chegada
de outros técnicos do ECMO.T que estavam desaterrando a torre
V8/8 e que aguardavam o bastão isolante para que pudessem
proceder à retirada dos aterramentos da torre citada. Inicialmente o
eletricista de LT Paulo Melo removeu o cabo de aterramento da fase
“A”, para depois remover o aterramento da fase “B”. Neste momento
o eletricista Alexandro em meio à escuridão retirou o conector tipo
morsa da fase “C” que ainda estava aterrada. Com a manobra errada
o eletricista sofreu descarga elétrica que causou queimadura de 3º
grau em sua mão direita, vindo a ficar sustentado na estrutura pelos
ganchos de ancoragem do talabarte de segurança.
A distância percorrida entre a torre V8/9 (Local do acidente) até o Hospital
de Rio Branco do Sul, foi de 19 km em estrada de terra sendo este trecho
percorrido em 34 minutos, onde o acidentado foi imediatamente transferido
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

para o Hospital Universitário Evangélico de Curitiba sem nenhum


procedimento médico. Neste trajeto foram gastos aproximadamente 40
minutos.
 
À distância percorrida entre as torres V8/8 e V8/9, para transportar o bastão
isolante para proceder a retirada dos cabos de aterramento temporário, foi
de 2.600 m, em um tempo de 7 minutos, pois somente foi levado para a
frente de serviço um único bastão isolante.
 
A DSHI.G, através de seu representante argumentou, quanto ao término
das atividades, pois o tempo para retirada do sistema de aterramento das
estruturas V8/8 e V8/9, e ainda a descida da gaiola e outros materiais.
Instalação dos espaçadores, era insuficiente dado o volume de
procedimentos a serem seguidos.
Os serviços de retirada de aterramento da torre V8/9, deram inicio as
19:00h, sendo retirado o primeiro terra na seqüência de cima para baixo, ou
seja, fase “A”, e seqüencialmente as demais fases.
 
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Como já era noite e não havia iluminação artificial, o eletricista Paulo Melo
desceu da mísula superior até a fase condutora “A” para instalar
manualmente o terminal do bastão isolante no elo do conector de aterramento
para posteriormente desenroscar o parafuso que estabelece a conexão da
garra com o cabo. Após a retirada deste cabo de aterramento, foi executado o
procedimento normal de descida do material até o solo.
 
Em seguida o Eletricista Paulo Melo, deslocou-se para a mísula da fase “B”,
onde desceu na cadeia fazendo o mesmo procedimento feito anteriormente,
pois a escuridão impossibilitava de visualizar e instalar o terminal no elo do
conector para retirada do cabo de aterramento. Após a instalação do bastão
isolante no conector, o eletricista Alexandro, que já se encontrava na mísula
inferior e de posse do bastão isolante, aguardava a saída do eletricista Paulo
Melo, da fase intermediária “B” para remoção do aterramento.
No momento do acidente ventava forte e caia uma chuva fina.
 
Não existia sistema de iluminação artificial (Refletores).
 
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Altura aproximada de 25 metros do solo, em relação ao da ocorrência


do acidente.
 
Causou nos estranheza, pela pressa em retirar o material e desaterrar
a linha, visto que a programação de desligamento do 1º circuito
sentido Ibiúna/Bateias, estava confirmado entre as 06:40h do dia
27/08 até às 16:00h do 29/08/03 e a PT Permissão para o Trabalho foi
dado baixa às 12h27 minutos do dia 29.08.2003.
 
Os eletricista e fiscais não utilizavam dispositivos antiquedas tipo
guiado ou trava quedas retrátil para descerem nas cadeias de
isoladores, contrariando os procedimentos implantados pela empresa
para eliminar o risco de queda, principalmente com os isoladores
molhados.
 
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Falta de equipamentos de proteção individual básico, tais


como; Luva, calçado condutivo e trava quedas para os
técnicos do ECMO.T
 
O peso do bastão isolante mais o cabo de aterramento
temporário era de aproximadamente 13 kg;
 
O eletricista acidentado participou de 3 (três) palestra
proferida por profissionais da DLTR.O, sobre sistema de
aterramento temporário utilizado na manutenção de LT, com
aproveitamento acima da média histórica de Furnas.
 
ECMO.T: Engº Eduardo Barros Maia.
Fiscais: Daivaldo,
José Carlos,
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

Eurico,
Aécio,
Luigi,
Wallace.
 

Operação Supervisor: Luciano.


Eletricistas de LT: Paulo Melo,
Alexandro.
 
DSHI.G TST: Valmir.
 
 
Diante do exposto acima, concluímos que o
acidente ocorreu pela falta de iluminação natural e
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

artificial, aliado a utilização de um procedimento


perigoso na disposição dos conectores de
aterramento na torre, as condições ambientais, frio,
chuva, e ainda, a falta de um planejamento
antecipado e detalhado das ações em função dos
riscos, onde ferramental, materiais, equipamentos,
EPI’s, métodos e procedimentos deveriam ser
descritos e seguidos durante o desenvolvimento
das atividades de campo.
Tendo em vista o acima exposto e visando eliminar a possibilidade
de novas ocorrências e infortúnios semelhantes, recomendamos:
 
Estabelecer um planejamento antecipado e detalhado das atividades,
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

contemplando, as áreas de apoio, produção e de segurança do


pessoal e de terceiros, assim como, um sistema de iluminação
artificial eficiente caso haja necessidade de trabalho extraordinário;
 
Adotar procedimentos e métodos seguros de trabalho para
estabelecer o aterramento, ou seja, aterrar as fases correspondentes
a suas mísulas, respeitando a seqüência de instalação e remoção,
conforme procedimento;
 
Providenciar a identificação dos conectores instalados nas
extremidades dos cabos de aterramento de forma que as cores (azul,
vermelha e branca) sejam contempladas e as instalações dos cabos
devam ser correspondentes com as fases condutoras previamente
convencionadas em Furnas.
 
 
 
Utilização de um sistema eficiente de comunicação (rádios) entre as equipes;

Manter nas frentes de serviços um kit para resgate e atendimento a


ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

acidentados.
 
Utilizar dispositivo antiquedas, trava-quedas tipo guiado ou trava-quedas
retrátil para acessar os cabos condutores.
 
Utilizar plataforma de trabalho com material condutor em seu assoalho e com
os rodízios que deslizam sobre os cabos condutores de alumínio, para que
fique estabelecida uma área equipotencial, evitando com isso diferença de
potencial, causador de choque elétrico nos técnico que ali desempenham
suas atividades.
 
Antes do processo de seccionamento do cabo condutor para efetuar a
emenda, instalar um cabo de aterramento temporário nas extremidades para
equalização de potencial elétrico.
CIRCUITO 2 CIRCUITO 1

A
C
CIRCUITO 2 CIRCUITO 1

A
CIRCUITO 2 CIRCUITO 1

CABO
BASTÃO TERRA
O

A ALEXANDRO
Foto 03 – Torre V8/9, local onde ocorreu o acidente
Foto 04 – Detalhe da emenda a ser substituída
Foto 05 – Local da emenda a ser substituída
Foto 03 – Vista do separador de cabos retirado temporariamente para
possibilitar a manobra durante a emenda
Foto 06 – Instalação de aterramento temporário das fases condutoras
Foto 07 – Vista da plataforma de trabalho para execução de emendas aéreas
Foto 08 – Detalhe da instalação da plataforma de trabalho (gaiola) para substituição
da emenda.
Foto 09

Detalhe da
plataforma
e execução
da emenda.
Foto 10 – Detalhe da execução da emenda (prensagem da luva de alumínio no
cabo condutor).
Foto 11 – Detalhe da retirada da plataforma de trabalho.
Foto 12 – Reinstalação dos espaçadores, para posteriormente ser retirados os
cabos de aterramento temporários.
Foto 13 – Remoção do cabo de aterramento temporário na fase “B” da torre
V8/8 (Detalhe do tempo fechado e escurecendo).
Foto 14 – Remoção do cabo de aterramento temporário na fase “C” da torre V8/8
(Detalhe do escuro da noite que chegava).
Análise do acidente na área de Itaberá
Detalhe do cabo de aterramento após a ocorrência do acidente
Detalhe do cabo de aterramento após a ocorrência do acidente
Local por onde a vitima com lesões no corpo desceu
Ninguém vem ao mundo pronto
ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

para o sucesso ou para o


fracasso, os caminhos são
construídos ao caminhar, as vezes
eles nos dão o direito ao tropeço e
a retomada.

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