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Doenças parasitárias - AULA 8 27.9.

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Doenças vetoradas por artrópodes

Tripanossomíase Equina Transmissão acíclica e vetores -


→ Pode ser causada por duas espécies de Trypanosoma evansi
tripanossoma:
- T r y p a n o s o m a e v a n s i →T a m b é m Transmissão primária através de vetor
mecânico. Ou seja, ele somente faz o
chamada de Mal de cadeiras.
transporte do parasita, ela não desenvolve o
parasita dentro dela mesmo.
• Tem tropismo por células nervosas (o
desenvolvimento da patologia causa
Stomoxys calcitrans (moscas dos
problemas neurológicos para o cavalo). Por
estábulos) - fêmeas nulíparas, postura em
isso as medidas profiláticas não de extrema
material fecal e com resíduos.
importância

- T. Equiperdum → Chamada também de Tabanidae (mutucas) - velocidade,


desenvolvimento em ambiente aquático.
Mal do coito.

Transmissão por agulhas.


• Só acontece em equinos.

Transmissão por morcegos


• Os sinais clínicos aparecem no sistema
reprodutor (macho faz priapismo e fêmea
tem rubor e aumento da vulva) Patogenia
• É uma doença de trato reprodutor, ela é Elevação na temperatura corporal, a qual
transmitida de macho para fêmea e vice está diretamente associada com a
versa, ela não envolve vetoração. parasitemia e o progressivo
desenvolvimento da anemia, perda da

Hospedeiros - Trypanosoma evansi


condição física e fraqueza.

Edema, principalmente nas partes inferiores


Os animais sensíveis são os equinos e os
do corpo e hemorragia ou petéquias nas
tolerantes a infecção são os bovinos.
membranas serosas.
Os bovinos são os reservatórios.
Esses sintomas ocorrem pois tripanossoma
consome glicogênio do animal, com isso
Logo, os bovinos podem carregar o parasita
cavalo acaba perdendo energia.
na circulação sem evoluir para um quadro
clínico, com isso tempos dificuldade de
Quanto maior a parasitemia, maior os sinais
identificar a doença.
clínicos.
Cães também podem desenvolver a doença e
Quando o parasita avança da circulação para
evoluir para um quadro neurológico.
o SNC, que é o local que o animal tem
tropismo. Com isso o animal fica com
Capivaras, quati e alguns animais silvestres
sintomas neurológicos e acabam sendo
também atuam como reservatório.
eutanasiados.

- Milena S. Machado 1
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Diagnóstico das tripanossomíases


Antes do parasita chegar na medula, é
possível tratar. Após a chegada o SNC não é
mais possível

DIAGNÓSTICO PARASITÓLÓGICO
Mal do coito Métodos diretos:
- Métodos diretos é feito para identificar a
forma tripomastigotas.

Transmissão - Exame de sangue a fresco (só quando o


animal estiver no quadro agudo).
A natural ocorre pela deposição do parasita
nas membranas. - Esfregaço sanguíneo em gota espessa
A transmissão envolve mucosas da genitália - Teste de concentração (micro-hematócrito
durante o coito.
ou Método Woo) → usado para quadros
crônicos ou quando a parasitemia já esta
Pode ser transmitido do garanhão para a
baixa.
égua ou vice-versa.
Métodos indiretos:
Não é transmitido por mosca hematófaga.
- Xenodiagnóstico (usamos o barbeiro para
consumir o sangue de um possível portador
Pode através da transfusão de grandes
de doenças de chagas e depois pegamos o
volumes de sangue de um animal infectado
barbeiro e colocamos no microscópio seu
para outro susceptível
trato digestivo)

Patogenia DIAGNÓSTICO IMUNOLÓGICO


Usado para ver se o portador criou
Fêmeas → úbere e a vulva inflamados com anticorpos contra o agente. Se o resultado
partes despigmentadas. for positivo significa que o hospedeiro teve
contato com o parasita.
Machos → ficam excitados e urinam com
frequência, apresentando o pênis inchado - Imunofluorescência indireta (IFI)
com regiões do ânus e órgãos genitais • Padrão ouro
despigmentados. • Com a amostra de sangue usamos
marcadores e corante. E realizamos um
Muitos equinos são portadores exame de contraste e com isso conseguimos
assintomáticos. observar a forma tripomastigotas.

Nos casos crônicos, além do edema, há - Hemaglutinação indireta (HAI)


fibrose do escroto, prepúcio e túnica vaginal, • Onde tiver reação resposta antígeno
diminuindo a capacidade reprodutiva do anticorpo, vai formar grumo.
animal.
- Enzyme-linked immunosorbent
assay (ELISA)
• Permite detectar o padrão positivo ou
negativo por meio da coloração
• Não é o método mais confiável pois quem for
realizar o exame pode ter dificuldade de
identificar a cor.

- Milena S. Machado 2
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DIAGNÓSTICO MOLECULAR Leishmaniose tegumentar


- Polymerase chain reaction (PCR)
• É um método caro, logo só é feito em últimos

Morfologia do bioagente
casos quando já esgotamos todas as opções.

Prevenção Amastigotas (forma que usamos para


diagnóstico)
Controle do vetor
- Saber o tipo de criatório que o vetor tem Promastigotas (forma do inseto)
- Uso de repelentes
- Melhorar a condição climática do ambiente
Cadeia de transmissão
Controle ambiental
- Vigilância de áreas desmatadas

Vigilância em saúde
- É a forma para detectar portadores,
normatização e fiscalização em vigilância
sanitária, emprego de biosseguridade em
produção animal
Mosquito é um vetor biológico pois o
Leishmaniose flebotomínion vai desenvolvendo o parasita
dentro dele.
É uma doença de notificação obrigatória.
Classificamos uma região endêmica quando
É feita a eutanásia quando o tratamento não temos pessoas, animais e vetores infectados .
é eficaz ou se não existe a possibilidade de
tratamento para o animal.
Hospedeiros

Tipos de leishmaniose Bicho preguiça, tamanduá, cachorro do


mato, gambá, diversos roedores, cão,
→ Leishmaniose Tegumentar americana humano entre outros.
ou Leishmaniose cutânea
- É a forma tegumentar
- Também chamada de úlcera de bauru, ferida
brava ou nariz de tapir
- Pode se expandir para as mucosas.

→ Leishmaniose Visceral
- É a forma visceral da doença.
- Também chamada de Calazar, barriga
Dágua, febre dumdun, doença do cachorro.
- Desenvolve um quadro de hepatomegalia e
esplenomegalia.

- Milena S. Machado 3

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