Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUPERIOR LTDA
POLO VIANA
O presente estudo é do tipo bibliográfico, exploratório, teve como base artigos retirados
da internet, literaturas relacionadas ao tema e revistas científicas, objetivando
principalmente conhecer a assistência de enfermagem que pode ser prestada a este
paciente.
Introdução
Os primeiros registros foi em 1817, a DP foi descrita pela primeira vez pelo médico inglês
James Parkinson, como, “Doença neurológica progressiva que afeta os centros cerebrais
responsáveis pelo controle e regulação do movimento”, A doença de Parkinson (DP) e
segunda enfermidade neurodegenerativa mais frequente das desordens de movimentos,
acometendo o sistema nervoso central, Caracteriza se pela redução pela influência
dopaminérgica nigroestriatal e cortical, A prevalência na DP na população e de 550 casos
por 100,000 habitantes aos 70 anos de idade.
acinesia, alterações posturais entre outros. Para Melo; Barbosa e Caramelli(8) , outras
manifestações da DP não devem ser ignoradas por trazerem grandes dificuldades aos
pacientes causando um grande nível de dependência, são as psicoses, distúrbios
cognitivos e depressão. Vale lembrar que todos os sintomas apresentados pelo paciente
com DP levam a dificuldade em realizar atividades de vida diária (AVD).
Objetivo Específico
Metodologia
Resultado e Discussão
mesmo de descrédito. Assim, a assistência não se deve restringir apenas ao doente, mas
também ao cuidador de forma integral e resolutiva (VALCARENGHI et al., 2020). É dever
dos profissionais de saúde esclarecer dúvidas sobre a doença, seu tratamento e
possibilidades, contribuindo assim para a aceitação e a continuidade da vida sem que
haja muitas mudanças em seus hábitos diários. É de extrema importância sensibilizar
familiares e o portador da doença após o diagnóstico. A Estratégia Saúde da Família, por
ser a porta preferencial de conexão entre usuário e a rede de atenção à saúde, deve
estar preparada para identificar e receber portadores não apenas desta, mas de muitas
outras doenças (GALVÃO et al., 2016). Reafirmando a importância da assistência de
saúde para o paciente e cuidador, um estudo realizado no Canadá demonstrou que
através de uma equipe qualificada e interdisciplinar, composta por especialistas em
distúrbios do movimento e enfermeiros especialistas em doença de Parkinson, em
conjunto com o serviço social e psicólogos, obtiveram resultados satisfatórios na melhoria
da saúde e da qualidade de vida de pessoas com a doença de Parkinson
(VALCARENGHI et al., 2018). O enfermeiro como cuidador e educador no cenário da
atenção primária precisa estimular a autoconfiança, o autocuidado, a autonomia e o
empoderamento dos pacientes com Parkinson, possuindo como ferramenta importante o
uso das gerontotecnologias, que essas podem passar informações de prevenção de
agravos, estímulo da memória e quebra de paradigmas estimados pelo Parkinson. O uso
de jogos lúdicos para essa finalidade, como exemplo os jogos da memória, que trazem
cartas com métodos de prevenção e recomendações, têm permitido reflexão, trocas de
experiências, vínculos, distração, corresponsabilidade, coparticipação e alívio das
sintomatologias, incentivando para que o idoso se torne autônomo da sua vida
(HAMMERSCHMIDT et al., 2019). É pertinente destacar que cabe ao enfermeiro
promover a integralidade da assistência. Um importante parâmetro é a visita domiciliar,
caracterizada como uma ferramenta deveras importante, pois promove educação em
saúde e o autocuidado pelo estreitamento de laços e compreensão da realidade de cada
paciente, sendo de extrema relevância a disseminação desta prática entre os
profissionais, reforçando o papel do enfermeiro como educador (GALVÃO et al., 2016).
Um dos momentos importantes da assistência é a realização da anamnese. Durante a
mesma, o enfermeiro deve investigar episódios de queda, uma vez que estudos mostram
que 48% dos pacientes com Parkinson caem e 24% já vivenciou por várias vezes; avaliar
a capacidade nutricional e de ingesta hídrica, pois pode haver dificuldades de deglutição
na fase evolutiva, variando de 18,5% a 100% dos casos, bem como o encorajar para uma
alimentação adequada e ingestão de no mínimo 8 copos de líquidos por dia, ajudando
idosos com insuficiência renal e constipação (TOSIN et al., 2015). É importante investigar
a presença de dores musculoesqueléticas decorrentes da rigidez e de outras
comorbidades, aplicando a escala visual numérica de dor, bem como através do exame
físico. Ainda durante a investigação é possível identificar a presença de disfunção sexual
no idoso e assim traçar medidas de intervenções que estimulem a adesão ao tratamento
antiparkinsoniano e as orientações sobre seus efeitos, visando também amenizar o risco
do abandono e da automedicação (TOSIN et al., 2015). É importante ressaltar que a
coleta de dados de enfermagem sobre o paciente envolve observação, entrevista e a
coleta de dados empíricos. É preciso que os enfermeiros além de conhecer as práticas
propedêuticas de inspeção, palpação, percussão e ausculta, tenham um grande
conhecimento de fisiologia e da patologia clínica, o que lhes permite um arcabouço para
a análise crítica dos dados coletados e garantir cuidados e intervenções adequadas.
Também lhe compete a observação das demandas relacionadas ao estado emocional,
psicológico e espiritual que levam ao estabelecimento de diagnósticos de enfermagem
que exigem intervenções resolutivas e imediatas para assegurar o bem-estar do paciente
(BARROS, 2015). Para a eficiência do cuidado, a execução das etapas do processo de
enfermagem precisa ser contínua. Isso demanda do enfermeiro habilidade e competência
para o julgamento clínico, baseado em todos os aspectos biopsicossocial, devendo este
possuir um vasto conhecimento dos domínios que compõem a estrutura dos diagnósticos
da NANDA-I que podem ser aplicados para o paciente, tais como eliminação e troca,
promoção da saúde, atividade e repouso, percepção e cognição, conforto, intolerância ao
estresse, papéis e isolamento e sexualidade (TOSIN et al., 2015).
Considerações Finais.
.v 14 Brunner LS, Suddarth DS. Tratado de enfermagem médico cirúrgico.11 ed. Rio de Janeiro: Guanabara
koogam; 2009. 15 Salles EM, Winter E. Metodologia da pesquisa científica. 2 ed. São Paulo: CEDAS; 1997.
16 Marconi M, Lakatos EM. Metodologia do trabalho científico. 5 ed. São Paulo: Atlas; 2001. 17 Ribeiro M.
Organização de serviço de tratamento para a dependência química. In.: Figlie NB, Bordin S, Laranjeira R.
Aconselhamento em dependência química
SANTOS, Giovanni Ferreira et al. Doença de Parkinson: Padrão epidemiológico de internações no Brasil.
Research Society And Development, Minas, v. 11, n.1, p.1-9, 03 jan. 2022. Doença de Parkinson: Padrão
epidemiológico de... - Google Acadêmico Acesso em 02 março de 2023
1. Backes DS. Viewing nursing care as a social enterprising practice [tese]. Florianópolis: Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC); 2008.
2. Maurer FA, Smith CM. Community/Public Health Nursing Practice: Health for Families and Populations. 3ª
ed. St. Louis: Elsevier Saunders; 2005.
3. Nies MA, Even M. Community Health Nursing Promoting the Health of Population. St. Louis: Saunders
Elsevier; 2007.
World Health Organization (WHO), Regional Office for Europe. Health 21: The health for all policy framework
for the WHO European Region. Copenhagen: World Health Organization (WHO), Regional Office for Europe;
1999.
6. Barbosa MA, Medeiros M, Prado MA, Bachion MM, Brasil VV. Reflexões sobre o trabalho do enfermeiro em
saúde coletiva. Rev Eletr Enfer 2004; 6(1):9-15.
7. Matumoto S, Fortuna CM, Mishima SM, Pereira MJB, Domingos NAM. Supervisão de equipes no Programa
de Saúde da Família: reflexões acerca do desafio da produção de cuidados. Rev Inter-Comun Saúde Educ
2005; 8(16):9-24.
8. Alves VS. Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da Família: pela integralidade da
atenção e reorientação do modelo assistencial. Rev Inter-Comun Saúde Educ 2005; 9(16):39-52.
9. Costa GD, Cotta RMM, Ferreira MLM, Reis JR, Franceschini SCC. Family health: challenges in the
reorientation process of the assistance model. Rev Bras Enfer 2009; 62(1):113-118.
10. Erdmann AL, Fernandes JV, Melo C, Carvalho BR, Menezes Q, Backes MTS. A visibilidade da profissão de
enfermeiro: reconhecendo conquistas e lacunas. Rev Bras Enfer 2009; 62(4):637-643.
11. Matumoto S, Mishima SM, Pinto IC. Collective health: a challenge for nursing. Cad Saude Publica 2001; 17(1):233-
241.