Você está na página 1de 4

Autores - Texto: Ana Bárbara Xavier Luciano Lucena.

Naiane Rodrigues Alcântara


Lobo. Welton Soares de Oliveira. Luis Heustákio Lima Carvalho Filho.
Autores - Vídeos: Curso Geriatria e Gerontologia

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS IMPORTANTES NA


GERIATRIA

.
Olá cursista, nesse módulo iremos trazer um apanhado geral sobre os principais
motivos das interações medicamentosas na Geriatria, é importante destacar que as
doenças crônicas que mais acometem a população de idosos estão descritas em
outros módulos, desse modo o material escrito irá contemplar apenas a parte
introdutória.

INTRODUÇÃO

O crescimento da população de idosos pode ser evidenciado em todo Brasil e atribui-


se a este fenômeno a queda das taxas de fecundidade, da redução da mortalidade e do
aumento da expectativa de vida.

O processo de envelhecimento individual está relacionado com alterações na


capacidade funcional, a qual pode ser comprometida pela presença de doenças crônicas e
pode desencadear fragilidade. Nesse sentido, os idosos compõem o grupo etário que
apresenta maior prevalência de fragilidade.

As Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNT) são patologias multifatoriais que


progridem durante a vida, sendo caracterizada como um sério problema de saúde pública.
Segundo Organização Mundial de Saúde essas doenças foram causa de 63% das mortes no
mundo e de 72,6% das mortes no Brasil, em 2013, o que causa impacto na qualidade de vida
da população acometida. Dentre os principais fatores de risco para a morbi/mortalidadedas
das DCNT estão o tabaco, a má alimentação, o sedentarismo, a hiperglicemia, os níveis
alterados de pressão arterial e a obesidade.

Estes fatores de risco têm como consequência o desenvolvimento de patologias


crônicas, como: cardiovasculares, hipertensão, diabetes mellitus e a obesidade. Sendo estas
as principais DCNT que acometem a população brasileira, especialmente os idosos.

Nessa população, observa-se constantemente a ocorrência da polifarmácia, que é o


uso de várias medicações ao mesmo tempo, devido, muitas vezes, ao aumento exponencial
da prevalência de doenças crônicas e das sequelas que acompanham o avançar da idade da
medicalização presente na formação de parte expressiva dos profissionais da saúde.
Neste vídeo, a Dra. Laryssa Leal aborda o tema da polifarmácia e a Iatrogênia.

A polifarmácia é considerada um fator de risco para a interação medicamentosa e


reações adversas. A primeira ocorre quando os efeitos de alguns medicamentos são
modificados por outros, alterando sua eficácia, podendo aumentá-la ou diminuí-la, de
maneira benéfica ou maléfica. As reações adversas são efeitos nocivos que ocorrem
durante o tratamento medicamentoso e podem estar associados, no idoso, à alteração na
capacidade da droga em atuar decorrente das mudanças nas funções fisiológicas desses
pacientes, ou seja, podem ocorrer alterações nos processos de absorção, distribuição,
metabolização e excreção do medicamento.

Em metanálise, Dechanont et al. identificaram que 1,1% das admissões hospitalares


estiveram associadas com interações medicamentosas. Por outro lado, McDonnell et al.
avaliaram eventos adversos preveníveis em admissões hospitalares e identificaram que
aproximadamente 26% do total das admissões envolveu interações medicamentosas que
poderiam ter sido reconhecidas precocemente pelos farmacêuticos e por profissionais de
saúde da Atenção Primária.
PRINCIPAIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NOS IDOSOS

Neste vídeo, o Dr. Iri Sandro aborda o tema Interações Medicamentosas no Idoso.
REFERÊNCIAS

GERBER, Elisangela; CHRISTOFF, Adriana de Oliveira. ESTUDO DAS INTERAÇÕES


MEDICAMENTOSAS EM IDOSOS RESIDENTES EM INSTITUIÇÃO DE LONGA
PERMANÊNCIA. Infarma - Ciências Farmacêuticas, [S.l.], v. 25, n. 1, p. 11-16, apr. 2013.
ISSN 2318-9312. Disponível em:
<http://revistas.cff.org.br/?journal=infarma&page=article&op=view&path%5B%5D=434&path
%5B%5D=424>. Acesso em: 03 july 2020. doi:http://dx.doi.org/10.14450/2318-
9312.v25.e1.a2013.pp11-16.

PAGNO, Andressa Rodrigues et al . A terapêutica medicamentosa, interações potenciais e


iatrogenia como fatores relacionados à fragilidade em idosos. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio
de Janeiro , v. 21, n. 5, p. 588-596, out. 2018 . Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
98232018000500588&lng=pt&nrm=iso>. acessos
em 03 jul. 2020. https://doi.org/10.1590/1981-22562018021.180085.

SANTOS, Tayane Oliveira dos et al . Interações medicamentosas entre idosos acompanhados


em serviço de gerenciamento da terapia medicamentosa da Atenção Primária. Einstein (São
Paulo), São Paulo , v. 17, n. 4, eAO4725, 2019 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
45082019000400207&lng=en&nrm=iso>. access on 03 July 2020. Epub Aug 22,
2019. https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019ao4725.

SANTOS, Tayane Oliveira dos et al . Interações medicamentosas entre idosos acompanhados


em serviço de gerenciamento da terapia medicamentosa da Atenção Primária. Einstein (São
Paulo), São Paulo , v. 17, n. 4, eAO4725, 2019 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-
45082019000400207&lng=en&nrm=iso>. access on 03 July 2020. Epub Aug 22,
2019. https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019ao4725.
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC
Antunes, Juliane de Fátima Santos et al. Interação medicamentosa em idosos internados no
serviço de emergência de um hospital universitário disponível em:
https://www.reme.org.br/artigo/detalhes/1059

ABREU, Sanmille S.S. de; OLIVEIRA, Andreza G. de; MACEDO, Maria Aparecida S.S.;
DUARTE, Stênio F.P.; REIS, Luciana A. dos; LIMA, Pollyanna V. Prevalência de Doenças
Crônicas não Transmissíveis em Idosos de uma Cidade do Interior da Bahia. Id on Line Revista
Multidisciplinar e de Psicologia, 2017, vol.11, n.38, p.652-662. ISSN: 1981-1179.

Você também pode gostar