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Brazilian Journal of health Review

Causas e consequências de quedas de idosos em domicílio

Causes and consequences of fall among elderly people at home

DOI:10.34119/bjhrv3n3-225

Recebimento dos originais:08/05/2020


Aceitação para publicação:25/06/2020

Cândida Leão Marinho


Fisioterapeuta - Universidade Nilton Lins. Especialista em Gerontologia e Saúde do
Idoso/Universidade do Estado do Amazonas – UEA
Endereço: Rua João Gomes, nº13. Novo Aleixo. CEP: 69058-579. Manaus/AM, Brasil
E-mail: candidamarinho@hotmail.com

Vanusa do Nascimento
Enfermeira. Mestre em Gerontologia pela Universidade Federal de Santa Maria-
UFSM/RS. Professora do Curso de Pós-graduação em Gerontologia e Saúde do Idoso da
Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas – UEA
Membro do Departamento de Enfermagem Gerontológica - ABEn-AM.
Coordenadora da Policlínica Gerontológica da Fundação Universidade Aberta da Terceira
Idade – FUnATI/AM
Endereço: Av. Brasil. 1087. Santo Antônio. Manaus/AM, Brasil. CEP: 69029-230
E-mail: vanusanascimento@gmail.com

Beatriz da Silva Rosa Bonadiman


Biomédica, Mestre em Farmacologia Universidade Federal de Santa Maria-UFSM
Doutoranda em Bioquímica pela Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC
Instituição: Universidade Federal de Santa Catarina
Endereço: Campus Universitário, s/n, MIP – Córrego Grande. 88040-900 Florianópolis -
SC.
E-mail: beadasilvarosa@gmail.com

Stella Regina Folhadela Torres


Psicóloga. Especialista em Psicoterapia Breve e Gerontologia e Saúde do Idoso – pela
Universidade do Estado do Amazonas – UEA
Coordenadora de Extensão da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade –
FUnATI/AM
Endereço: Av. Brasil. 1087. Santo Antônio. Manaus/AM, Brasil. CEP: 69029-230.
E-mail: stellaft@terra.com.br

RESUMO
Os idosos representam dois terços da população mundial, fenômeno que imprime a
necessidade de maiores estudos relativos aos problemas de saúde em que são expostos,
como a ocorrência de quedas, nos quais são os acidentes domésticos mais graves e
frequentes entre eles sendo considerada uma das principais causas externas de morbidade e
mortalidade nesse segmento populacional. Os fatores de risco que mais se associam às

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quedas são: idade avançada (80 anos e mais); sexo feminino; história prévia de quedas;
imobilidade; baixa aptidão física; fraqueza muscular de membros inferiores; fraqueza do
aperto de mão; equilíbrio diminuído; marcha lenta com passos curtos; dano cognitivo;
doença de Parkinson; sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e polifarmacia. São considerados
determinantes na ocorrência de quedas na população idosa fatores intrínsecos, através de
alterações nos sistemas musculoesqueléticas, vestibular, sensorial e cognitivo, e os fatores
extrínsecos relacionados ao ambiente. É importante considerar alterações no domicílio que
o tornem um ambiente mais saudável e seguro, facilitando a deambulação dos idosos e o
desenvolvimento de atividades de vida diárias, diminuindo o risco de quedas. O
conhecimento dos fatores de risco é importante para nortear o planejamento de medidas
preventivas com o intuito de evitar quedas e suas consequências, no ambiente domiciliar,
tendo como objetivo principal a redução do declínio funcional e a melhora da qualidade de
vida da população idosa.

Palavras Chave: Idoso, quedas e habitação.

ABSTRACT
The elderly represent two thirds of the world population, a phenomenon that shows the need
for further studies related to the health problems to which they are exposed, such as the
occurrence of falls, in which they are the most serious and frequent domestic accidents
among them, being considered one of the main external causes of morbidity and mortality
in this population segment. The risk factors that are most associated with falls are: advanced
age (80 years and over); women; previous history of falls; immobility; low physical fitness;
muscle weakness of lower limbs; weakness of the handshake; decreased balance; idling with
short steps; cognitive damage; Parkinson's disease; sedatives, hypnotics, anxiolytics and
polypharmacy. Intrinsic factors are considered determinants in the occurrence of falls in the
elderly population, through changes in the musculoskeletal, vestibular, sensory and
cognitive systems, and extrinsic factors related to the environment. It is important to
consider changes in the home that make it a healthier and safer environment, facilitating the
ambulation of the elderly and the development of activities of daily living, reducing the risk
of falls. The knowledge of risk factors is important to guide the planning of preventive
measures in order to prevent falls and their consequences, in the home environment, with
the main objective of reducing functional decline and improving the quality of life of the
elderly population.

Keywords: Elderly, falls and housing.

1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento populacional encontra-se disseminado por várias regiões do
mundo, fato esse resultante do declínio da fecundidade e da mortalidade ao longo dos anos
(SOUZA et. al 2019). Diante desse fato, o envelhecimento populacional tem sido foco de
grande interesse da sociedade como um todo, já que este fenômeno vem ocorrendo de
maneira abrupta, principalmente em países em desenvolvimento, inclusive no Brasil;
ocasionando uma modificação considerável em sua pirâmide populacional (CHIBANTE et.
al 2016).

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população com
60 anos ou mais vem crescendo no Brasil, com taxas de mais de 4% ao ano no período de
2012 a 2022. Espera-se, para os próximos 10 anos, um incremento médio de mais de 1,0
milhão de idosos anualmente (IBGE 2016).
O envelhecimento vai além da simples cronologia, sendo um processo dinâmico e
progressivo, no qual ocorrem modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e que
associadas à elevada prevalência de doenças, tornam os idosos mais susceptíveis a
ocorrência de incidentes nos diferentes ambientes nos quais estão inseridos (PAPALEO
2002).
Dentre os incidentes mais frequentes entre a população idosa está a queda, que é
definida como um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição
inicial, sem correção de tempo hábil e é determinada por circunstâncias multifatoriais que
comprometem a estabilidade do indivíduo (GOMES et. al 2014).
O aumento da ocorrência de quedas entre idosos pode gerar comprometimento na
saúde do idoso e impacto negativo na qualidade de vida. Além de receio de novas quedas,
o que paulatinamente pode resultar em quadros de dependência; isolamento social; perda
progressiva da capacidade funcional e à reincidência de novo episódio de queda (SOUZA
et. al 2019).
É importante entender que na pessoa idosa, surgem diversas complicações presentes
no organismo, além da falta de socialização que tem como características dessa fase, criando
barreiras, com família e amigos. (OMS 2015).
Esse quadro traz uma discussão sobre acidentes nos quais possam gerar incapacidade
provocando a falta de autonomia e independência do idoso, ou seja, mantê-lo apto para
poder realizar as atividades básicas da vida diária e as instrumentais, sendo independente
em suas capacidades funcionais (SILVA, 2006).
A capacidade funcional pode ser definida como a habilidade de manter as atividades
físicas e mentais necessárias ao idoso, o que significa conseguir realizar as atividades
básicas e instrumentais da vida diária. A falta de incapacidade do idoso pode ter
complicações importantes na vida do mesmo, da sua família, da comunidade e o sistema de
saúde, uma vez que a incapacidade ocasiona maior vulnerabilidade e dependência,
contribuindo, assim, para a diminuição do bem-estar e da qualidade de vida dos idosos
(FIEDLER, 2008).

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Pode ser considerado um tipo de acidente doméstico inesperado não intencional, em
que o corpo do indivíduo passa para um nível mais baixo em relação à sua posição original,
com a incapacidade de correção em tempo hábil, condicionada a fatores intrínsecos
(inerentes ao próprio idoso), e extrínsecos (relacionados ao meio ambiente). É a segunda
causa de morte por lesões acidentais e não acidentais (AGUIAR, 2009).
As quedas ocorrem devido à perda de tônus muscular, equilíbrio postural e podem
ser decorrentes de problemas primários do sistema osteoarticular ou uma condição clínica
adversa que afete secundariamente os mecanismos do equilíbrio e estabilidade (MELZER,
2004).
Existem algumas constatações que devem ser levadas em consideração, quando se
fala em queda de idosos, onde 70% delas ocorrem dentro do seu próprio lar, sendo que as
pessoas que vivem sozinhas apresentam maior risco desse tipo de acidente (PEREIRA et.al,
2001). O idoso, muita das vezes passa a maior parte do tempo em sua residência. Esse
ambiente que pode parecer seguro pela familiaridade, pode tornar-se um ambiente de risco.
Neste ambiente a pessoa idosa tem sua prontidão diminuída devido a sua autoconfiança para
se deslocar, construída pelo conhecimento que possui sobre o ambiente em que vive
(FERRETTI; LUNARDI; BRUSCHI,2013). A atenção também fica reduzida, porque as
atividades que desempenha em seu lar são costumeiras, dessa forma, acidentes que
poderiam facilmente ser evitados, são causadores da redução da mobilidade ou da
capacidade funcional (FERRETTI et, al 2013).
Existem diversas alterações fisiológicas e consequentemente as chances de lesões
nas quedas, podem propiciar a dependência do indivíduo, o que se considera um problema
de saúde pública (ZAGO, 2010). Cerca de 30% a 60% das pessoas com mais de 65 anos de
idade caem anualmente, e metade apresenta quedas múltiplas. Esses dados mostram ainda
que de 40% a 60% dessas quedas levam a algum tipo de lesão, sendo 5% de fraturas, as
mais comuns, vertebrais, fêmur, úmero, rádio e costelas (ESQUENAZI et al.; 2014;
MACHADO et al., 2009).
A sociedade deve ter um olhar crítico para com a segurança dos idosos, pois a grande
maioria dos ocorridos, que levam a lesões e dependências, pode ser evitada, diminuindo o
índice de morbidade e mortalidade dessa população (GANANÇA et al, 2008).
Sendo assim, estudo buscou identificar através de uma revisão de literatura as
causas e consequências de quedas em idosos em domicílio, descrevendo o ambiente mais
propicio á quedas, com suas consequências o que impossibilitam as capacidades funcionais.

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2 MÉTODOS
O método de pesquisa utilizado foi revisão de literatura integrativa, utilizando-os
artigos indexados dos últimos 06 (seis) anos, (2013 a 2019), com os descritores Idoso,
quedas e habitação. Para a busca dos artigos, foi realizado a pesquisa na biblioteca virtual
em saúde (Bireme), que utiliza como fontes de informação, as seguintes bases de dados
Medical Literature Analysis andem Retrieval System Online (Medline); National Library
of Medicine (PubMed), Scientific Eletronic Library Online (Scielo).
Foram selecionados 15 artigos, onde os 05 (cinco) mais relevantes sobre o tema
foram utilizados para elaboração e conclusão dos resultados, sendo 03 (três) artigos de
estudo qualitativo, 02 (dois) de estudo descritivo e 01 (um) observatório.
De acordo com a análise dos artigos observa-se a necessidade de mais estudos
longitudinais e consequentemente, um melhor acompanhamento das condições da
capacidade funcional dos idosos, especialmente aos riscos relacionados à ocorrência de
quedas, consideradas uma das principais causas de morte entre os idosos. Os critérios de
inclusão estabelecidos para a seleção dos artigos foram: ser artigo original; responder a
questão norteadora; ter disponibilidade eletrônica na forma de texto completo, ter sido
publicado no período supracitado no idioma português. Foram excluídos: pesquisas que
consideraram indivíduos com idade inferior a 60 anos como idosos e estudos repetidos em
uma ou mais bases de dados. Para a busca dos artigos foram utilizadas três palavras chaves
indexadas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): fatores de riscos, acidentes por
quedas e acessibilidade domiciliar, e realizadas todas as possibilidades de cruzamento entre
os descritores selecionados. A CASP é um instrumento que classifica os artigos a partir de
pontuações que variam de 6 a 10 pontos (boa qualidade metodológica e viés reduzido) e 5
pontos ou menos (qualidade metodológica satisfatória, mas com risco de viés considerável).
Nesta revisão foram selecionados apenas os artigos classificados entre 6 a 10 pontos. O
AHRQ é uma avaliação que classifica os estudos em 6 níveis de acordo com o nível de
evidência: (1) revisão sistemática ou Meta-análise; (2) ensaios clínicos randomizados; (3)
ensaios clínicos sem randomização; (4) estudos de coorte e de caso-controle; (5) revisão
sistemática de estudos descritivos e qualitativos e (6) único estudo descritivo ou qualitativo.
As avaliações supracitadas contemplam em sua análise: a identificação do artigo original,
as características metodológicas do estudo e a avaliação dos resultados selecionados nesta
revisão.

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3 RESULTADOS
Após a seleção, 15 (quinze) artigos que atenderam aos critérios de inclusão para esta
revisão descritiva, foi divido em categorias descritos abaixo.
Por meio dos estudos do levantamento bibliográfico, buscou-se avaliar o perfil do
idoso com relação à sua susceptibilidade para queda, e os principais fatores intrínsecos e
extrínseco, 05 (cinco) artigos, foram analisados por atenderem aos critérios de inclusão.
Objetivando apresentar os artigos analisados de forma mais didática e facilitando uma
análise comparativa, optou-se por dispô-los em forma de tabela, separando-os nos seguintes
subitens, “Titulo”, “Autores” e “Ano”, as informações estão no quadro abaixo:

Quadro 01: Descrição dos artigos e suas características.


TÍTULO AUTORES REVISTA E ANO DE
PUBLICAÇÃO
Causas e consequências de Fatima Ferretti, Diany Lunardi. Fisioterapia em
quedas de idosos em domicílio Larissa Bruschi. Movimento/set./dez.2013.

Quedas em idosos em ambiente Dayse Panisset Miranda. Thayane REVISTA ENFERMAGEM


domiciliar: uma revisão Dias dos Santos. Fátima Helena do ATUAL 2017; Edição
integrativa Espírito Santo. Carla Lube de Especial.
Pinho Chibante.

Elisângela Arantes Barreto.

Avaliação da acessibilidade Constancia Karyne da Silva Portuguese ReonFacema.


domiciliar do idoso: fisioterapia Coêlho. Jessica Ohrana Façanha 2018.
preventiva Bastos. Hugo Ferreira Lemos.
Janaína de Moraes Silva.

Prevalência e fatores associados Janaína Santos Nascimento. Texto & Contexto


a quedas em Idosos. Darlene Mara dos Santos Tavares. Enfermagem, 2016.

Quedas em idosos: identificando Luanda C. S. Silva. Juliana Régis Revista Multidisciplinar da


fatores de risco da Costa e Oliveira. Saúde – Ano VII – Nº 11/
2015.

3.1 AS CAUSAS DE QUEDAS DO IDOSO NO AMBIENTE DOMICILIAR


Os fatores de risco de quedas em idosos no domicílios encontrados e/ou analisados
nos estudos selecionados foram: alterações cognitivas, acuidade visual, ambiente domiciliar
(luz, disposição de móveis e objetos, pisos, ausência de barra de apoio), diminuição da força
física de membros superiores e inferiores, autopercepção da condição de saúde e
osteoporose, sendo identificados maiores riscos de quedas entre os idosos de idade mais
avançada, mulheres e entre aqueles com maior dependência de cuidados (BARBOSA 2009).

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Neste estudo a maior prevalência de quedas entre os idosos é a do sexo feminino e
de idade mais avançada. No que se relaciona ao gênero, esse dado justifica-se em razão das
mulheres realizarem atividades em maior número no âmbito domiciliar, levando-as a maior
propensão de acidentes domésticos (GAWRYSZEWSKI, 2010).
Ao que se refere ao momento das quedas, identificou-se que elas ocorrem
principalmente no quintal, no banheiro, e ao caminhar acontece o tropeço.
Para um outro autor os perigos no ambiente serão maiores quando mais elevada for
o grau de vulnerabilidade do idoso e a consequência que este problema poderá causar.
Justifica ainda que os idosos não caem por realizações de atividades perigosas (subir em
cadeiras ou escadas) e sim em realizações de atividades rotineiras (FABRÍCIO,
RODRIGUES, JUNIOR, 2004). Ambientes muito apertados e com presença de vários
obstáculos representam risco, pois a maioria das pessoas necessitam de um espaço mínimo
de circulação livre, que não deixe o caminho mais complexo e dificulte a mobilidade,
principalmente quando estiver realizando alguma atividade ou carregando algo (AGNELLI,
2012).
Os estudos apontam que os programas de gestão integrada de riscos que enfatizam
várias intervenções incluindo a avaliação por profissional capacitado em gerontologia e
geriatria, com as devidas modificações nos domicílios, são mais eficazes para reduzir as
quedas entre os idosos, nas residências. As condições adequadas são importantes para
minimizar os fatores de risco, levando em considerações as adequações para todos os
ambientes da casa e dos acessórios que devem e não devem constar nos respectivos
cômodos, podendo evitar fraturas e internações (MACHADO, 2009).

3.2 AS CONSEQUÊNCIAS DAS QUEDAS NO IDOSO


As quedas podem ter sérias consequências físicas e psicológicas, incluindo lesões,
hospitalizações, perturbação da mobilidade, medo de cair novamente, restrição da atividade,
declínio funcional, institucionalização e até mesmo a morte (ISHIZUKA, 2003).
O envelhecimento é um processo natural em que todo ser humano sofre. Acontece
que nesta fase, a força muscular, a flexibilidade, o equilíbrio e as articulações começam a
apresentar uma perda considerável de tônus muscular, podendo ocasionar quedas e
problemas de saúde significativos para o idoso. Dessa forma atividade de prevenção, como
os exercícios de fortalecimento muscular, treino proprioceptivos e de equilíbrio favorecem
as capacidades funcionais, nas quais estão inseridas a resistência e flexibilidades necessárias

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à boa qualidade de vida da saúde do idoso (MORAES, 2012).
Em geral, a prática de atividades físicas, é fundamental para o desenvolvimento do
ser humano, a reabilitação domiciliar faz um trabalho da psicomotricidade do idoso
incorporando várias capacidades necessárias para uma boa qualidade de vida, ou seja, as
mais variadas e diversificadas dificuldades encontradas no dia a dia do idoso podem ser
amenizadas com o trabalho de força, executada com uma boa orientação do profissional de
Fisioterapia (PIOVESAN; PIVETTA; PEIXOTO, 2011).
Os benefícios dos exercícios físicos para pessoas com idade mais avançadas, pode
ser tanto físico, sociais, quanto psicológicos. Ao praticar exercícios físicos regularmente os
idosos tendem a diminuir seus níveis de triglicerídeos, reduzir sua pressão arterial, aumentar
o colesterol HDL, aumentar à sensibilidade das células a insulina, reduzir gordura corporal,
aumentar a massa muscular, diminuir a perda mineral óssea, entre outros diversos fatores
positivos para o praticante (CIVINSKI; MONTEBELLER; BRAZ, 2011, p. 167).
A força muscular pode ser definida como um conjunto de músculos tensionados
exercendo uma determinada resistência que poderá variar o volume e a intensidade da ação.
Em um treinamento de força muscular, a capacidade de exercer essa força é medida de
forma gradual e torna-se um fator fundamental e decisivo para a adaptação neural. Os
resultados acontecem quando há essa adaptação e a melhoria da coordenação e eficiência
do exercício físico é o aumento da massa muscular quando há aumento de força
(MATSUDO; MATSUDO e BARROS NETO, 2000).
Os estudos comprovam a perda de tônus muscular no idoso, por conta da
degeneração dos tecidos e o declínio de tecidos ósseo ao longo da vida, existe a necessidade
da pratica da musculação para a diminuição da perda massa muscular e o combate às
patologias ósseas em virtude do desgaste do tecido (PEDRO; AMORIM, 2008).
Os tecidos ósseos são compostos pelos seguintes tipos celulares presentes no tecido
ósseo são: osteoblastos, responsáveis pela síntese da matriz celular não mineralizada,
denominada osteoide; osteócitos, dispostos em lacunas; e osteoclastos, responsáveis pelo
processo de remodelamento e reabsorção óssea (GARTNER; HIATT, 2014).
Baseado nos estudos e no processo degenerativo do idoso precisa identificar todos
os locais da residência que possam trazer e gerar acidentes provocando a incapacidade do
mesmo, com isso é importante ficar atento, colocar os acessórios e retirar os objetos da casa
que possam provocar quedas e tropeços, como por exemplos, (tapete, corrimão, barra de
apoio) (SOUSA, 2004).

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Justificam que as quedas em domicílio são constantes e muito comuns. Nesse caso,
é importante enfatizar que a família precisa ser orientada com relação ao processo de
envelhecimento e também sobre os problemas associados a ele. Os fatores mencionados
devem ser levados em maior consideração quando se tem um idoso no próprio lar, pois
pequenos utensílios em lugares inadequados podem levar a grandes fraturas que, muitas das
vezes, são irreversíveis. E, por isso, a família deve ser orientada quanto a adequações
necessárias no âmbito do domicílio (RIBEIRO E PEREIRA, 2005).

3.3 O AMBIENTE DOMICILIAR MAIS PROPÍCIO A QUEDA DO IDOSO


Com relação aos cômodos no domicílio, o banheiro é onde se verifica as
inadequações mais frequentes, levando o longevo a ficar mais propenso às quedas. As
principais inadequações identificadas foram: ausências de corrimão (barra de apoio) e de
tapete antiderrapante; presença de batentes, portas de acesso com maçanetas quebradas ou
arredondadas e pisos escorregadios ou irregulares. O banheiro é um dos locais considerados
mais perigosos para o idoso, pois é o lugar que ele mais acessa durante o dia e à noite. A
ausência de barra de apoio proporciona um aumento de quedas justamente pelo fato de o
chão do banheiro ser uma área escorregadia em razão da extensa passagem de água pelo
chuveiro. Logo, é fundamental que os familiares tenham consciência sobre essas
inadequações (BARBOSA E NASCIMENTO, 2001 E CHAIMOWICZ, 2009).
Outro fato relevante constatado é que os idosos não caem apenas no momento em
que realizam atividades perigosas, mas principalmente em atividades consideradas
rotineiras, como um curto deslocamento dentro da própria casa. Um simples deslocamento
pode acarretar fraturas graves que podem comprometer, temporária ou permanentemente,
as funções motoras (MENDES, 2005).
Segundo Machado (2009), fraturas podem ser fatais para idosos: pacientes com mais
de 60 anos que quebram o fêmur tem taxa de mortalidade de aproximadamente 30% até dois
anos depois do acidente. Por isso é importante preservar o corpo com atividades físicas
direcionadas e adaptar a casa para evitar quedas.
A Iatrogenia costuma estar relacionada com a reação adversa a medicamentos
(RAM). Trata-se de uma resposta nociva e não intencional ao uso de um medicamento que
ocorre em associação a doses normalmente empregadas para profilaxia, diagnóstico e
tratamento. Por exemplo, em decorrência da interação medicamentosa, a pressão arterial
pode abaixar repentinamente, causando tontura e queda (DALL, 2005).

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Os idosos em geral estão mais propensos à Iatrogenia, já que, costumam ter uma
polifarmácia. Isto é, em decorrência de diversas comorbidades, muitos remédios são usados
diariamente para tratamento destas diversas doenças. Além dos medicamentos receitados
pelos médicos, há automedicação, devendo os familiares e cuidadores ficarem atentos, deve-
se procurar identificar suas causas e desenvolver métodos para preveni-la ou reduzir seus
efeitos.

4 DISCUSSÃO
Atividades e comportamentos de risco e ambientes inseguros aumentam a
probabilidade de cair, pois levam as pessoas a escorregar, tropeçar, errar o passo, pisar em
falso, trombar, criando, assim, desafios ao equilíbrio. Os riscos dependem da frequência de
exposição ao ambiente inseguro e do estado funcional do idoso. Por outro lado, quanto mais
vulnerável e mais frágil o idoso, mais suscetível aos riscos ambientais, mesmo mínimos. O
grau de risco, depende muito da capacidade funcional. Como exemplo, pequenas dobras de
tapete ou fios no chão de um ambiente são um problema importante para idosos com andar
arrastado. Manobras posturais e ambientais, facilmente realizadas e superadas por idosos
saudáveis, associam-se fortemente a quedas naqueles portadores de alterações do equilíbrio
e da marcha. Idosos fragilizados caem durante atividades rotineiras, aparentemente sem
risco (deambulação, transferência), geralmente dentro de casa, num ambiente familiar e bem
conhecido.
Os dados encontrados referentes à ocorrência de queda ser maior em mulheres do
que homens não foram diferentes dos apresentados em estudo de BERG et al (1997). Esses
autores citam como variáveis que podem ser responsáveis por esta diferença: idade
avançada, frequência diminuída de atividades externas, utilização de acentuada quantidade
de drogas, uso de psicotrópicos, diminuição de força de preensão.
As causas das quedas em idosos podem ser variadas e estar associadas. Os fatores
responsáveis por elas têm sido classificados na literatura como intrínsecos, ou seja,
decorrentes de alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, a doenças e efeitos
causados por uso de fármacos, e como extrínsecos, fatores que dependem de circunstâncias
sociais e ambientais que criam desafios ao idoso. Geralmente, problemas com ambiente são
causados por eventos ocasionais que trazem risco aos idosos, principalmente àquele que já
apresenta alguma deficiência de equilíbrio e marcha. Problemas ambientais também foram
as mais frequentes causas encontradas no estudo de BERG et al (1997), no qual tropeços e

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escorregões somaram 59% das causas de quedas e problemas com degraus representaram
12%.
Dentre fatores intrínsecos, o surgimento de doenças que ocasionem redução da
capacidade física pode acarretar efeitos sobre o controle postural do indivíduo ou, ainda, ter
ação sobre o equilíbrio. As principais condições patológicas que predispõem à queda,
segundo KAY et al (1995), LiPSITZ, (1996), são: doenças cardiovasculares, neurológicas,
endocrinológicas, osteomusculares, geniturinária, psiquiátricas e sensoriais. Na literatura,
vários estudos mostram relação entre queda e déficit sensorial.
Além de apresentar uma relação com doenças já diagnosticadas, alguns autores
referem a queda como um fator preditório de algo errado com a saúde do idoso, podendo
indicar a eminência de uma doença ainda não diagnosticada.
Vários estudos na literatura sobre o uso de medicações, também considerado
possível causa intrínseca da queda e observado no presente estudo, descrevem que o uso de
fármacos pode ser fator de risco, principalmente quanto ao uso de polifármacos. BRITO et
al (2001) relatam que medicações como diuréticos, psicotrópicos, anti-hipertensivos e
antiparkinsonianos podem ser considerados medicamentos que propiciam episódios de
quedas. Isto muitas vezes ocorre porque essas drogas podem diminuir as funções motoras,
causar fraqueza muscular, fadiga, vertigem ou hipotensão postural. Os dados do presente
trabalho referentes ao uso de polifármacos estão em concordância com os de ROBBINS et
al (1989). Esses autores afirmam que o uso de quatro ou mais drogas associadas, em idosos,
pode levar a maior risco de queda, devido ao fato de haver forte associação entre as drogas
ou ainda que o tratamento com polifármacos traduza uma condição de saúde precária.
Portanto, é essencial que o profissional, ao prescrever medicamentos, estabeleça uma
avaliação criteriosa sobre a real necessidade do seu uso, dada a estreita relação.
Entre os principais fatores relacionados a quedas no ambiente domiciliar está à
diminuição da acuidade visual, que interfere no equilíbrio e na marcha, os quais se
relacionam com a função cognitiva sendo responsável por até 20% dos acidentes domésticos
causados por quedas, a visão é um dos cinco sentidos mais importantes para o individuo,
pois é primordial para a percepção de tudo o que está à volta, por isso controla a função
cognitiva da pessoa idosa (TEXEIRA, OLIVEIRA E DIAS, 2006).
Outros fatores de risco de quedas em domicilio foram apontadas pelas publicações,
que compuseram a mostra deste estudo, tais como os ambientais, devido às condições
arquitetônicas e de mobiliário e ausência de aparatos de proteção, presença de escadas e

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tapetes, iluminação precária. Esses fatores de riscos ambientais, aliados fatores de riscos
patológicos aumentam as chances de quedas e, por conseguinte, de fraturas e traumas que
podem resultar em morte. Assim, é importante salientar que uma pessoa com idade avançada
precisa de ambientes livres para poder se locomover de forma adequada sem acidentes.
(PIOVESAM, 2011).
Outro fato relevante, é que os idosos não caem apenas no momento em que estão
realizando atividades perigosas, mas principalmente em atividades consideradas rotineiras,
como um curto deslocamento dentro da própria casa. Um simples deslocamento pode
provocar fraturas graves, que podem comprometer, temporária ou permanentemente, as
funções motoras. Além disso, quase sempre o psicológico do idoso acaba sendo afetado, o
que dificulta, e muito, a sua reabilitação. (MOURA, 2009).
O envelhecimento, além de trazer complicações da marcha, acaba aumentando a
possibilidade de tropeços. Durante esta fase da vida, há uma diminuição da flexibilidade e
mobilidade do quadril e joelhos, limitação da amplitude de dorsiflexão dos tornozelos,
diminuição da força, alteração do equilíbrio e tonturas. Essas alterações são responsáveis,
na maioria das vezes por escorregões, tropeços e quedas. (SILVA, 2006).
Estudo demonstrou que 19% das quedas, resultaram em algum tipo de fraturas grave
no idoso. Resultado de investigação demonstrou que as quedas no mesmo nível foram
responsáveis, quase 40% das internações dos idosos e 35% dos óbitos, indicando que as
circunstâncias das quedas são relativamente rotineiras.
A perda de autonomia e independência traz a necessidade de auxilio dos familiares,
e/ou cuidadores, bem como uma equipe interdisciplinar, para o desenvolvimento de
atividades cotidianas, bem como, é importante enfatizar, que a família precisa ser orientada,
quanto ao processo de envelhecimento e também sobre os problemas relacionados a ele.
(ROCHA, 1994).
Esses dados justificam que as quedas em domicilio, são constantes e muito comuns,
diante deste cenário, o sistema de saúde e seus profissionais, precisam estar preparados, para
atuarem na prevenção de quedas e no tratamento e reabilitação de suas consequências.

5 CONCLUSÃO
A principal meta em gerontologia, no cuidado aos idosos, é a manutenção da
independência e autonomia para suas atividades básicas da vida diária, o que pode estar
diretamente relacionado à qualidade de vida. Sabendo-se a queda pode interferir na

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capacidade funcional dos idosos e que a mesma pode modificar a maneira como eles
desenvolvem suas atividades básicas e instrumentais da vida diária, pode ser fator preditivo
para a qualidade de vida dessa população.
Portanto, conclui-se que os fatores intrínsecos relacionados ao processo do
envelhecimento, e os fatores extrínsecos, são considerados determinantes na ocorrência de
quedas na população idosa.

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