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QUEDAS EM IDOSOS

Acadêmica: JESSICA FERREIRA


Acadêmica: KETLYN BEATRIZ LUZ DA CRUZ
Orientadora: JULIANA LONDERO SILVA AVILA
INTRODUÇÃO
O processo de envelhecimento é dinâmico e progressivo, resultando em alterações
morfológicas, funcionais e bioquímicas no corpo. Essas mudanças afetam a capacidade de
adaptação homeostática, tornando o organismo mais susceptível a agressões internas e externas.
Com o envelhecimento, ocorre uma perda gradual de movimentos, agilidade, força muscular
e velocidade de contração dos músculos, impactando negativamente na marcha e equilíbrio.
Esses fatores aumentam a probabilidade de quedas.
A queda é definida como a incapacidade de corrigir o deslocamento do corpo durante o
movimento no espaço, muitas vezes devido a circunstâncias multifatoriais que afetam a
estabilidade.
1 INTRODUÇÃO
A incidência de quedas em idosos tem aumentado anualmente, especialmente em idosos com
70 anos ou mais. Os idosos com enfermidades que afetam a mobilidade, equilíbrio e controle
postural são os mais suscetíveis a quedas.
A prática de exercícios físicos pode reduzir o risco de quedas em idosos, melhorando a saúde
geral e oferecendo maior segurança nas atividades diárias.
Além da prevenção de quedas, o exercício físico proporciona benefícios adicionais, como
aumento do contato social, redução de doenças crônicas, melhora da saúde física e mental,
independência e qualidade de vida.
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, metade das quedas em idosos resulta em lesões, incluindo hospitalização,
medo de novas quedas, restrição social e até morte.
No entanto, muitos dos fatores determinantes das quedas são modificáveis com
intervenções apropriadas, o que pode reduzir os custos após o evento.
Nos Estados Unidos, uma proporção significativa de idosos experimenta quedas
anualmente, variando de 28% a 40%.
No contexto brasileiro, cerca de 30% a 40% dos idosos na comunidade relatam pelo
menos uma queda por ano, com 11% enfrentando quedas recorrentes.
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é investigar o histórico de quedas em idosos
institucionalizados e sua relação com a funcionalidade, abordando a importância de
intervenções preventivas.

Outra coisa importante é no rodapé de cada slide vocês colocarem a referência


dos itens apresentados, como fiz a baixo... Por exemplo se esse autor...

WORSFOLD, C.; SIMPSON, J.M. 2001


2 METODOLOGIA
Este estudo é uma pesquisa experimental de levantamento de dados que utilizou um
questionário, a Bateria de Avaliação do Risco de Quedas em Idosos (SANTOS et al.,
2020). O questionário, composto por 44 perguntas objetivas e discursivas, foi aplicado
em idosos com mais de 60 anos de ambos os sexos em locais públicos. Os dados
coletados incluíram informações sobre o nível educacional dos participantes,
antecedentes pessoais e familiares, histórico de quedas anteriores e medidas de
precaução adotadas para evitar quedas.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram coletados dados de 20 participantes, idade média dos participantes foi de
72 anos, variando de 61 a 84 anos. Em relação ao sexo, 60% são feminino e 40%
masculino. Todos os participantes são brasileiros e se identifica como branco 55% e
pardo 45%. É notável que a maioria dos participantes seja do sexo feminino (60%),
esse valor é semelhante ao encontrado em outro estudo realizado em unidades
básicas de saude. Quanto ao estado civil, 65% dos participantes são casados, o que
contradiz com o estudo de onde demonstra mais idosos viúvos. (Siqueira et al
2007).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A distribuição da educação formal na amostra é variada, com 25% dos participantes
relatando que nunca estudaram. Essa diversidade destaca a importância de adaptar as
estratégias de prevenção de quedas para diferentes níveis de escolaridade, uma vez que a
educação pode influenciar a compreensão e a adesão a medidas preventivas (Biderman et
al., 2019).
No que diz respeito à saúde, a prevalência de hipertensão (35%) e diabetes (25%)
entre os participantes é consistente com estudos anteriores que destacam essas condições
de saúde como comuns em idosos (CDC, 2020; Nascimento et al., 2019).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O fato de nenhum dos participantes ser fumante é encorajador, visto que o
tabagismo está associado a vários problemas de saúde, incluindo um maior risco de
quedas (Kannel et al., 2010). Além disso, a maioria dos participantes não consome
álcool em excesso (70%), o que é positivo, já que o consumo excessivo de álcool
pode afetar o equilíbrio e a coordenação (NIAAA, 2020).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Preocupações surgem com relação ao histórico de quedas. Cerca de 40% dos participantes
relataram quedas nos últimos três anos, com 30% tendo experimentado quedas nos últimos 12
meses. Esses dados destacam a importância de estratégias de prevenção de quedas direcionadas a
essa população, incluindo avaliações de risco de quedas e intervenções apropriadas (Gillespie et al.,
2012).
Em relação ao ambiente residencial, a presença de corrimãos em escadas, iluminação adequada e
medidas de segurança no banheiro é uma prática positiva entre 60% dos participantes. Essas medidas
são essenciais para reduzir o risco de quedas em idosos segundo Tinetti et al., (2018) que após uma
instrução de prevenção de quedas a taxa de quedas diminuiu significativamente (Tinetti et al., 2018).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os resultados deste estudo fornecem informações valiosas sobre os idosos da
amostra, abordando questões demográficas, de saúde e ambientais. No entanto, eles
também destacam a necessidade de intervenções específicas para prevenir quedas
nessa população, considerando as condições de saúde individuais e o ambiente
residencial.
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